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IPCA-15 de dezembro fica em 0,69% e IPCA-E fecha o ano em 5,79%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,69% em dezembro e ...

21/12/2010 07h01 | Atualizado em 21/12/2010 07h01

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,69% em dezembro e ficou abaixo do resultado de novembro (0,86%). Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) fechou o ano em 5,79%, acima dos 4,18% de 2009. Em dezembro de 2009, o IPCA-15 havia sido de 0,38%.

Uma das causas da redução no IPCA-15 de dezembro é a desaceleração de preços dos alimentos, que passaram da taxa de 2,11% de novembro para 1,84% em dezembro, levando a contribuição de 0,48 ponto percentual para 0,43 neste mês. Mesmo assim, o resultado do grupo Alimentação e Bebidas foi expressivo, equivalente a 62% do IPCA-15.

Parte dos produtos pesquisados apresentou menor ritmo de crescimento de preços. Como o açúcar cristal (de 14,05% em novembro para 4,12% em dezembro), pão francês (de 1,88% para 0,25%) e leite pasteurizado (de 1,53% para 1,47%). Outros ficaram até mais baratos de um mês para o outro. São exemplos o feijão carioca (de 10,83% para -12,72%), feijão preto (de 7,15% para -0,46%) e batata-inglesa (de 9,96% para -3,62%).

Mas os preços das carnes continuaram subindo e o quilo passou a custar, em média, 8,32% a mais em dezembro após a alta de 6,10% de novembro. Além do frango, cujos preços aumentaram 5,31% em dezembro e 3,33% em novembro, e da carne seca, com 9,12% no mês de dezembro e 2,73% no anterior. Individualmente, o item carnes foi o que exerceu maior impacto em dezembro, com 0,21 ponto percentual, e, com isto, tomou conta de 30% do resultado do índice do mês.

A taxa dos não alimentícios ficou em 0,34% em dezembro, abaixo dos 0,49% do mês anterior. Vários itens importantes apresentaram variações mais fracas do que em novembro ou mesmo queda de preços, com destaque para etanol (de 6,75% em novembro para 2,13% em dezembro), gasolina (de 1,92% para 0,07%), salários dos empregados domésticos (de 1,34% para 0,73%), artigos de vestuário (de 1,17% para 0,96%), aluguel residencial (de 1,05% para 0,73%), e artigos de TV, som e informática (de -1,35% para -3,45%).

Em alta de novembro para dezembro, os destaques foram as passagens aéreas (de -1,28% para 7,62%) e o ônibus urbano (de 0,07% para 0,30%) em virtude do reajuste de 2,13% nas tarifas do Rio de Janeiro em vigor desde o dia 6 de novembro.

Dentre os índices regionais, as maiores altas foram registradas em Fortaleza (1,02%) e Belém (1,01%), tendo em vista a forte pressão dos produtos alimentícios (2,77% e 2,46%, respectivamente). O menor índice foi o de Salvador (0,50%), onde os preços do etanol e da gasolina caíram 0,46% e 0,51%, respectivamente.

No ano, a região metropolitana de Belém (7,03%) também se destacou, apresentando a maior variação em razão, basicamente, da alta das tarifas de energia elétrica (15,45%) e do ônibus urbano (8,82%), além da alta dos alimentos (11,10%). O menor índice foi registrado na região metropolitana de Recife (4,34%), onde a energia elétrica apresentou queda de 9,74% e o gás de botijão caiu 9,24%.

O grupo Alimentação e Bebidas (10,16%) ficou bem acima do resultado de 2009 (3,08%). Contribuindo com 2,29 ponto percentual, foi o principal responsável pelo resultado do índice do ano e ficou com 40% do IPCA-15 acumulado em 2010. Carnes, com alta de 30,52% e refeição em restaurante, com 10,50%, foram os itens de maior contribuição no ano: 0,66 e 0,45 ponto percentual, respectivamente.

Quanto aos produtos não alimentícios, ficaram em 4,52% neste ano, muito próximo dos 4,51% de 2009. Entre as principais variações, destacam-se o salário dos empregados domésticos (11,82%), ônibus urbano (7,55%) e aluguel residencial (7,42%).

Por outro lado, alguns itens tiveram variações pouco expressivas ou queda de preços ao longo do ano, destacando-se: gasolina (1,46%), artigos de TV, som e informática (-11,67%), automóveis novos (-1,81%) e usados (-1,21%).

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 13 de novembro a 13 de dezembro e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 12 de novembro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E é o IPCA-15 acumulado em períodos.