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Em outubro, vendas no varejo crescem 0,4% e receita nominal 1,3%

Em outubro, o comércio varejista do país registrou crescimento de 0,4% no volume de vendas em relação ao mês anterior...

14/12/2010 07h01 | Atualizado em 14/12/2010 07h01

Em outubro, o comércio varejista do país registrou crescimento de 0,4% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Já a receita nominal cresceu 1,3%. Com tais números, o setor completa seis meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e de 10 meses em receita nominal. Os outros índices, sem ajuste sazonal, apresentaram crescimento no volume de vendas de 8,8% (sobre outubro de 2009), 11,1% no acumulado em 2010 e 10,7% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal obteve crescimentos de 13,3%, 14,3% e de 13,8%, respectivamente.

Entre atividades, cinco têm variação positiva

Na série com ajuste sazonal, das 10 atividades cinco registraram variações positivas, quatro tiveram variações negativas e uma demonstrou estabilidade: Veículos e motos, partes e peças (6,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%); Móveis e eletrodomésticos (2,3%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,7%); Tecidos, vestuário e calçados (1,4); Material de construção (0,0%); Combustíveis e lubrificantes (- 0,2%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,0%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,0%).

Já na comparação com outubro de 2009, todas as atividades obtiveram aumentos: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,7%); Móveis e eletrodomésticos (15,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,9%); Tecidos, vestuário e calçados (9,9%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%); Combustíveis e lubrificantes (5,1%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (12,6%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (15,9%).

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo deu a maior contribuição (37%) para a taxa global do varejo. O resultado é fruto do crescimento da massa de rendimento real habitual dos ocupados (10,8% sobre outubro de 2009, segundo a PME), embora tenha havido alta de preços de 6,9% no Grupo Alimentação no Domicilio, acima da inflação global medida pelo IPCA (5,2%), no acumulado dos últimos 12 meses. Os resultados da atividade para os acumulados em 2010 e nos últimos 12 meses foram 9,7% e 9,6%, respectivamente.

Móveis e eletrodomésticos exerceu a segunda maior contribuição (28%), explicada pela oferta de crédito, queda de preços no setor em função da valorização cambial e pela evolução positiva da massa de salários da população ocupada. No acumulado do ano, o ganho ficou em 18,1%, e nos últimos 12 meses em 17,2%.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu o terceiro maior impacto (10%) na taxa do varejo. O comportamento da massa salarial, da oferta do crédito e a comemoração do Dia das Crianças são os principais fatores para tal desempenho. Em acumulados, a taxa para os primeiros 10 meses do ano ficou em 8,7%, e para os últimos 12 meses em 8,3%.

Tecidos, vestuário e calçados foi responsável pela quarta contribuição à taxa global. Em acumulados, os resultados foram de 10,9% para 2010 e de 9,7% para os últimos 12 meses. A atividade continua trajetória ascendente mesmo com os aumentos de preços no segmento (6,2% de variação no grupo vestuário no acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IPCA).

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quinta maior participação, teve taxas acumuladas de 11,5% no ano e de 11,5% para os últimos 12 meses. Seu desempenho continua relacionado ao movimento da massa real de salário e do crédito, somadas à essencialidade dos produtos do gênero.

Combustíveis e lubrificantes exerceu a sexta contribuição na taxa global. No acumulado no ano, a alta ficou em 6,6%; nos últimos 12 meses em 6,2%. Contribuem para o desempenho a estabilidade de preços dos combustíveis (1,7% em 12 meses, segundo o IPCA) e o aumento da frota de veículos automotores em circulação.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com a sétima maior contribuição, obteve acréscimos de 24,4% em 2010 e de 21,4% nos últimos 12 meses. Queda de preços de produtos do setor, como microcomputadores e aparelhos telefônicos (- 7,6% e - 8,3%, respectivamente, nos últimos 12 meses, segundo o IPCA), e as condições favoráveis de crédito e renda explicam o desempenho.

Livros, jornais, revistas e papelaria exerceu a oitava maior influência no resultado global. A variação foi de 9,4% tanto para o acumulado no ano quanto para os últimos 12 meses. Tais resultados decorrem principalmente do aumento da renda.

Já o Comércio Varejista ampliado registrou crescimentos de 2,1% para o volume de vendas e de 2,0% para a receita nominal na comparação com setembro, ambas as taxas com ajustamento sazonal. Na comparação com outubro de 2009, as variações ficaram em 11,2% e 14,1%, respectivamente. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, as taxas cresceram 11,4% e 12,0%, respectivamente, para o volume de vendas. Já para a recita nominal, as variações ficaram em 14,1% e 14,3%, respectivamente.

Veículos, motos, partes e peças registrou alta de 16,0% no volume de vendas em relação a outubro de 2009, acumulando no ano e nos últimos 12 meses variações de 11,3% e 14,1%, respectivamente. Já para Material de Construção, as variações ficaram em 8,9% na relação com outubro de 2009, 15,6% no acumulado do ano e 13,9% nos últimos 12 meses. O desempenho se justifica pelas medidas oficiais de incentivo à construção civil (redução do IPI e ampliação das linhas de crédito), além do aumento de renda.

Todas UFs cresceram na comparação com outubro de 2009

Todas as 27 Unidades da Federação tiveram resultados positivos na comparação com outubro de 2009, com destaques para Tocantins (73,0%); Rondônia (28,8%); Roraima (27,2%); Maranhão (20,4%) e Acre (20,0%). Em termos de participação na composição da taxa global, destacaram-se São Paulo (7,5%), Rio de Janeiro (10,8%), Minas Gerais (8,8%), Rio Grande do Sul (9,2%) e Paraná (8,1%).

Em relação ao Comércio Varejista ampliado, os maiores desempenhos em volume de vendas ocorreram em Tocantins (61,2%); Rondônia (32,4%); Roraima (23,2%); Mato Grosso (21,4%) e Acre (20,6%). Em termos de participação no resultado global, os destaques foram São Paulo (10,6%), Rio de Janeiro (11,1%), Minas Gerais (10,0%), Rio Grande do Sul (11,7%) e Paraná (12,4%).

Já os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam 14 das 27 UFs com variação positiva na comparação com setembro, com destaque para Rio Grande do Norte (3,7%); Distrito Federal (3,3%); Goiás (2,0%); e Bahia (1,7%). Por outro lado, as maiores quedas ocorreram em Roraima (-8,1%); Paraíba (-3,4%); Amapá (-3,0%), e Alagoas (-1,0%).