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Em novembro, IPCA-15 fica em 0,86%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,86% em novembro e ficou acima do resultado de outubro (0,62%).

23/11/2010 07h01 | Atualizado em 23/11/2010 07h01

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,86% em novembro e ficou acima do resultado de outubro (0,62%). No acumulado do ano, o índice está em 5,07%, acima do índice de igual período de 2009 (3,79%). Considerando os últimos 12 meses (5,47%) também houve superação da taxa, comparando-se com os 12 meses imediatamente anteriores (5,03%). Em novembro de 2009, o IPCA-15 havia sido de 0,44%.

O maior resultado do IPCA-15, que passou de 0,62% em outubro para 0,86% em novembro, continuou vinculado ao grupo alimentação e bebidas, cujo movimento de alta foi ainda mais intenso, chegando a 2,11% em novembro, enquanto já havia atingido 1,70% no mês anterior.

O consumidor passou a pagar, em média, 6,10% a mais por um quilo de carne, item que se manteve na dianteira dos principais impactos, com 0,14 ponto percentual do IPCA-15 de novembro. Em relação a dezembro do ano passado, ou seja, neste ano de 2010, os preços das carnes já subiram 20,49%.

Outros produtos alimentícios também tiveram alta. O feijão carioca, por exemplo, aumentou 10,83% no mês e mais do que dobrou de preços no ano (105,48%). Altas expressivas foram registradas, em novembro, nos preços do açúcar cristal (14,05%), tomate (10,28%), batata-inglesa (9,96%), feijão preto (7,15%), farinha de trigo (5,76%) e açúcar refinado (4,50%), entre outros alimentos importantes no orçamento das famílias.

Como um todo, o grupo alimentação e bebidas deteve 0,48 ponto percentual de contribuição no mês, sendo responsável por 56% do resultado do IPCA-15 de novembro.

Além dos produtos alimentícios, destacaram-se os combustíveis, com alta de 2,22%. O litro do etanol ficou 6,75% mais caro na média das regiões pesquisadas, com reflexo sobre a gasolina, que subiu 1,92% e se constituiu no segundo maior impacto do mês, responsável por 0,08 ponto percentual de contribuição.

Além dos combustíveis, destacam-se as altas nos gastos com empregados domésticos (1,34%), artigos de vestuário (1,17%), aluguel residencial (1,05%) e condomínio (0,88%), levando o agrupamento dos produtos não alimentícios de uma variação de 0,30% em outubro para 0,49% em novembro.

Na tabela a seguir, estão os resultados do IPCA-15 por grupo de produtos e serviços.

Dentre os índices regionais, o maior ficou com a região metropolitana de Salvador (1,45%), com destaque para a forte alta, de 24,72%, nos preços do etanol e de 14,27% na gasolina. O menor foi o índice da região metropolitana de Porto Alegre (0,58%). A tabela abaixo apresenta os resultados por região:

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 14 de outubro a 12 de novembro e comparados com aqueles vigentes de 14 de setembro a 13 de outubro de 2010. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.