Índice Nacional da Construção Civil registra variação de 0,31% em agosto
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a CAIXA, apresentou variação de 0,31% em agosto...
09/09/2010 06h01 | Atualizado em 09/09/2010 06h01
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a CAIXA, apresentou variação de 0,31% em agosto e ficou 0,43 ponto percentual abaixo da taxa registrada em julho( 0,74%). Comparado com agosto de 2009 (0,20%), o índice atual foi superior. De janeiro a agosto, o acumulado situou-se em 5,43%, acima dos 4,37% observados em igual período de 2009. Considerando os últimos doze meses, a variação foi de 6,92%, um pouco acima dos doze meses imediatamente anteriores (6,79%).
O custo nacional da construção, por metro quadrado, passou de R$ 752,86 (julho) para R$ 755,21 (agosto), sendo R$ 426,31 relativos aos gastos com materiais e R$ 328,90 com a mão-de-obra.
A parcela dos materiais subiu 0,39%, abaixo da taxa de julho (0,49%). Mas a redução no ritmo de crescimento foi bem mais acentuada na parcela de mão-de-obra, que registrou variação de 0,21% ao passo que em julho havia atingido 1,06%.
No ano, a alta dos materiais fechou em 3,31%, acima dos 2,91% de igual período do ano passado. A mão-de-obra, neste mesmo período, com taxa de 8,30%, também foi superior à taxa registrada de janeiro a agosto de 2009 (6,42%).
Nos últimos doze meses os acumulados foram: 4,70% (materiais) e 9,93% (mão-de-obra).
Região Norte se destacou em agosto
Pressionado pelos reajustes salariais ocorridos no Amazonas, a maior taxa regional de agosto ficou com o Norte (0,79%). A Região Sul apresentou a menor variação mensal (0,19%), praticamente igual a registrada no Nordeste (0,20%). A taxa relativa ao Centro-Oeste situou-se em 0,47% e a do Sudeste em 0,29%.
O Centro-Oeste apresentou os maiores acumulados no ano e nos últimos doze meses, 8,11% e 9,34%, respectivamente. Os menores resultados, nestes períodos, foram no Sudeste (4,95%) e no Sul (6,03%).
Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 796,44 (Sudeste); R$ 757,48 (Norte); R$ 740,56 (Sul); R$ 740,21 (Centro-Oeste) e R$ 705,77 (Nordeste).
Amazonas e Espírito Santo registraram as maiores altas
Tendo como principais responsáveis os reajustes salariais decorrentes de acordo coletivo, Amazonas (2,41%) e o Espírito Santo (2,28%) apresentaram, em agosto, as maiores elevações em suas taxas. Roraima (0,04%), Pernambuco (0,07%), Ceará (0,09%), Rio de Janeiro (0,10%) e Rio Grande do Sul(0,10%) ficaram com as menores variações no mês. Os menores acumulados no ano foram observados em Roraima (0,88%) e Pernambuco (1,34%) e os menores nos últimos doze meses em Roraima (4,06%) e no Rio Grande do Sul (5,05%).
Estes resultados são calculados mensalmente pelo IBGE através de convênio com a CAIXA – Caixa Econômica Federal, a partir do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. O SINAPI, criado em 1969, tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos. Em 2002, o Congresso Nacional aprovou através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a adoção do SINAPI como referência para delimitação dos custos de execução de obras públicas. |