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Em fevereiro, emprego na indústria cresce 0,6%

O avanço de 0,6% ocorreu frente a janeiro/10, na série com ajuste sazonal...

09/04/2010 06h01 | Atualizado em 09/04/2010 06h01

O avanço de 0,6% ocorreu frente a janeiro/10, na série com ajuste sazonal, segundo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. No confronto com o mesmo mês do ano anterior, a taxa ficou em 0,7%, primeiro resultado positivo desde novembro/08. No acumulado do bimestre, houve ligeira queda de 0,2%. Já o número de horas pagas cresceu 1,5% na passagem de janeiro para fevereiro/10, na série com ajuste sazonal, revertendo resultado negativo do mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2009, o indicador elevou-se 1,6%, primeiro resultado positivo desde outubro/08. No bimestre, a taxa acumulada fechou positiva (0,7%). A folha de pagamento real cresceu 2,7% em fevereiro, descontados os efeitos sazonais. Para o indicador mensal, a expansão foi de 2,8%, enquanto o acumulado nos dois primeiros meses avançou 2,3%.

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em fevereiro de 2010, o emprego industrial avançou 0,6% frente ao mês anterior na série livre de influências sazonais, segundo resultado positivo consecutivo, acumulando 0,9% de expansão nos dois primeiros meses do ano. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apontou variação positiva de 0,1% entre os trimestres encerrados em janeiro e fevereiro e manteve a sequência de resultados positivos iniciada em agosto de 2009.

Na comparação com fevereiro de 2009, o emprego industrial apresentou expansão de 0,7%, primeiro resultado positivo desde novembro de 2008. Entretanto, o índice acumulado no primeiro bimestre do ano ficou ligeiramente negativo (-0,2%) frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, permaneceu em recuo (-4,8%), mas com redução na intensidade de queda frente ao fechamento de 2009 (-5,3%).

No confronto fevereiro 10/fevereiro 09, o emprego industrial cresceu 0,7%, com nove dos quatorze locais ampliando as contratações. As principais contribuições positivas para o resultado global vieram de São Paulo (1,4%), seguido por região Nordeste (2,9%) e Ceará (8,5%). Na indústria paulista, sobressaíram os avanços no pessoal ocupado vindos de papel e gráfica (20,1%), têxtil (9,2%) e vestuário (4,8%), enquanto nas indústrias nordestina e cearense os principais impactos positivos vieram de calçados e couros (20,1% e 24,9%, respectivamente) e alimentos e bebidas (2,0% e 7,5%). Por outro lado, as áreas que mais influenciaram negativamente foram Minas Gerais (-1,2%) e Paraná (-1,4%), pressionadas pelas reduções nos setores de vestuário (-25,8%), no primeiro local, e alimentos e bebidas (-4,3%) no segundo.

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o emprego industrial avançou em doze dos dezoito ramos, com destaque para papel e gráfica (8,2%), têxtil (4,6%), alimentos e bebidas (1,0%) e calçados e couro (3,2%). Por outro lado, madeira (-12,5%) e vestuário (-3,4%) exerceram as principais influências negativas.

No indicador acumulado nos dois primeiros meses do ano, o emprego industrial ficou ligeiramente negativo (-0,2%), com queda em seis dos quatorze locais e em nove dos dezoito setores. Entre os locais, Minas Gerais (-2,9%), Paraná (-2,0%), Rio Grande do Sul (-1,8%) e região Norte e Centro-Oeste (-1,6%) exerceram as maiores pressões negativas, enquanto os destaques positivos vieram da região Nordeste (2,4%), Ceará (7,2%) e São Paulo (0,5%). Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de madeira (-13,4%) e de vestuário(-4,0%), enquanto papel e gráfica (8,5%) e têxtil (3,7%) responderam pelos principais impactos positivos.

NÚMERO DE HORAS PAGAS

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em fevereiro de 2010, avançou 1,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após registrar taxa negativa de 0,3% no mês anterior. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral, ao crescer 0,4% entre os trimestres encerrados em janeiro e fevereiro, manteve a trajetória ascendente iniciada em agosto do ano passado.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas avançou 1,6% e assinalou o primeiro resultado positivo desde outubro de 2008. O indicador acumulado nos dois primeiros meses do ano também ficou positivo (0,7%), enquanto o índice acumulado nos últimos doze meses permaneceu negativo (-4,8%), mas com redução no ritmo de queda frente ao fechamento de 2009 (-5,6%).

No confronto com fevereiro de 2009, o número de horas pagas cresceu 1,6%, com doze dos quatorze locais e treze dos dezoito ramos pesquisados assinalando taxas positivas. Em termos setoriais, papel e gráfica (8,6%), alimentos e bebidas (1,8%) e meios de transporte (4,9%) exerceram as principais contribuições positivas sobre a média geral da indústria, enquanto madeira (-13,1%), vestuário (-2,6%) e produtos químicos (-1,0%) responderam pelas pressões negativas mais importantes.

Ainda no indicador mensal, os locais que assinalaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram: São Paulo (2,6%), região Nordeste (3,2%) e Ceará (7,9%). No primeiro local, onze segmentos aumentaram o número de horas pagas, com destaque para papel e gráfica (21,6%) e têxtil (9,4%). Na indústria nordestina, calçados e couro (19,1%) e alimentos e bebidas (3,7%) exerceram as maiores influências positivas. Já no Ceará, também calçados e couro (23,9%) e alimentos e bebidas (8,3%) figuram como as maiores pressões positivas.

O índice acumulado nos dois primeiros meses de 2010 (0,7%) mostrou avanço em nove dos quatorze setores, com destaque para os impactos positivos vindos de papel e gráfica (8,8%), alimentos e bebidas (1,8%), máquinas e equipamentos (2,5%) e meios de transporte (2,1%). Por outro lado, madeira (-13,8%) e vestuário (-3,7%) exerceram as maiores influências negativas. Em nível regional, as maiores pressões positivas vieram de São Paulo (1,8%), região Nordeste (2,4%) e Ceará (6,6%), enquanto Minas Gerais (-1,6%), Rio Grande do Sul (-1,4%) e região Norte e Centro-Oeste (-1,3%) motivaram as principais perdas.

Em síntese, os índices para o emprego industrial e o número de horas pagas foram positivos em fevereiro de 2010, tanto frente ao mês anterior (série com ajuste sazonal) como nas comparações contra iguais períodos de 2009, acompanhando o movimento de ampliação da atividade industrial nos dois primeiros meses de 2010. Vale destacar que, mesmo no indicador acumulado dos últimos doze meses, em que as taxas permaneceram negativas, observa-se menor intensidade no ritmo de queda frente ao encerramento de 2009, refletindo em grande parte o maior dinamismo do setor industrial observado nos últimos meses.

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em fevereiro de 2010, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente cresceu 2,7% em relação ao mês imediatamente anterior, acumulando ganho de 8,2% nos dois primeiros meses do ano. Com estes resultados, o indicador de média móvel trimestral avançou 1,4% entre os trimestres encerrados em janeiro e fevereiro, após acréscimo de 0,4% em janeiro.

O valor da folha de pagamento real cresceu 2,8% na comparação com fevereiro de 2009 e 2,3% no indicador acumulado dos dois primeiros meses do ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, permaneceu apontando recuo (-2,5%), mas com ligeira redução na intensidade de queda frente ao fechamento de 2009 (-2,8%).

Em fevereiro de 2010, o valor da folha de pagamento real assinalou expansão de 2,8% em relação a igual mês do ano anterior, com taxas positivas em doze dos quatorze locais pesquisados. A maior influência positiva veio do Rio de Janeiro (14,8%), apoiado nos avanços observados das indústrias extrativas (35,4%), meios de transporte (21,6%) e metalurgia básica (25,1%). Em seguida, vale citar também o crescimento no valor da folha de pagamento real vindo da região Norte e Centro-Oeste (7,9%), por conta das indústrias extrativas (30,9%) e de alimentos e bebidas (4,3%), e São Paulo (0,9%), influenciado pelos setores de papel e gráfica (23,1%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (13,7%). Por outro lado, os impactos negativos vieram do Rio Grande do Sul (-0,8%) e de Minas Gerais (-0,1%), em função, respectivamente, da queda verificada nos setores de calçados e artigos de couro (-10,7%) e máquinas e equipamentos (-5,1%); e de metalurgia básica (-21,0%) e papel e gráfica (-18,9%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real aumentou em onze dos dezoito setores industriais, com destaque para as contribuições positivas assinaladas por indústrias extrativas (15,1%), papel e gráfica (14,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,0%) e alimentos e bebidas (2,6%). Por outro lado, metalurgia básica (-9,2%), madeira (-11,8%) e máquinas e equipamentos (-1,0%) exerceram as perdas mais relevantes sobre a média global.

O indicador acumulado no primeiro bimestre do ano mostrou expansão de 2,3%, com onze dos quatorze locais apontando avanço no valor da folha de pagamento real. As principais contribuições positivas vieram do Rio de Janeiro (11,3%), região Nordeste (4,2%) e região Norte e Centro-Oeste (5,2%). Nestes locais, os maiores impactos positivos foram assinalados, respectivamente, por indústrias extrativas (20,8%) e papel e gráfica (33,4%); calçados e artigos de couro (23,9%) e alimentos e bebidas (4,7%); indústrias extrativas (24,8%) e alimentos e bebidas (5,2%). Em sentido oposto, Minas Gerais (-1,2%) e Espírito Santo (-0,5%) registraram as maiores perdas pressionados, em grande parte, pelas quedas de metalurgia básica (-15,7%), no primeiro local, e de máquinas e equipamentos (-33,6%) no segundo.

Em termos setoriais, doze das dezoito atividades aumentaram o valor da folha de pagamento real, com papel e gráfica (18,6%), alimentos e bebidas (4,7%), indústrias extrativas (9,6%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,8%) apontando as maiores contribuições positivas sobre a média global. Por outro lado, as principais pressões negativas vieram de metalurgia básica (-9,1%) e máquinas e equipamentos (-2,5%).