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Emprego na indústria varia 0,3% em janeiro de 2010

No primeiro mês do ano, o emprego variou 0,3% frente a dezembro/09, na série com desconto dos efeitos sazonais...

12/03/2010 06h01 | Atualizado em 12/03/2010 06h01

No primeiro mês do ano, o emprego variou 0,3% frente a dezembro/09, na série com desconto dos efeitos sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a taxa ficou negativa (-1,1%), porém, com o menor ritmo de redução desde dezembro de 2008. O número de horas pagas recuou (-0,3%) na passagem de dezembro/09 para janeiro/10, na série ajustada sazonalmente. No confronto com o mesmo mês do ano anterior, houve perda de 0,2%, a menor desde outubro de 2008. Já a folha de pagamento real cresceu 5,9% em janeiro, em relação a dezembro/09, descontada a sazonalidade. Na análise mensal, houve expansão de 2,4% frente a igual período do ano anterior, interrompendo sequência de dez meses de perdas.

Pessoal ocupado

Em janeiro de 2010, o emprego industrial mostrou variação positiva de 0,3% frente ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais, após queda de 0,6% em dezembro. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral manteve a trajetória ascendente iniciada em agosto último, ao registrar acréscimo de 0,3% entre os trimestres encerrados em dezembro e janeiro.

Na comparação com igual mês do ano anterior, houve um recuo de 1,1% no pessoal ocupado do setor industrial, sendo esta queda, no entanto, a menor desde dezembro de 2008. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,1%, praticamente repetiu o fechamento de 2009 (-5,2%).

No confronto janeiro 2010/janeiro 2009, no total do país, houve recuo no emprego industrial em treze dos dezoito setores pesquisados, com destaque, em termos de contribuição para a formação da taxa global de -1,1%, para: madeira (-13,8%), vestuário (-4,3%) e meios de transporte (-4,0%). Entre os ramos que apontaram taxas positivas, papel e gráfica (8,8%) assinalou a principal pressão positiva sobre a média nacional.

Em nível regional, ainda nesse tipo de comparação, houve redução no pessoal ocupado em dez dos quatorze locais pesquisados, com destaque para as perdas vindas de Minas Gerais (-4,2%) e da região Norte e Centro-Oeste (-3,0%). Nesses locais, sobressaíram as reduções no emprego industrial provenientes de vestuário (-27,7%) e de metalurgia básica (-12,1%), na indústria mineira, e de madeira (-26,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-9,2%), no segundo local. Por outro lado, as áreas que ampliaram o pessoal ocupado neste confronto foram: região Nordeste (2,0%), Ceará (6,0%), Pernambuco (3,4%) e Bahia (2,9%). Nos dois primeiros locais, vale destacar os avanços vindos de calçados e couro, com taxas de 16,9% e 20,3%, respectivamente, e de alimentos e bebidas (3,3% e 7,1%). Já em Pernambuco, o principal impacto ficou com o setor de alimentos e bebidas (8,4%), enquanto, na Bahia, sobressaiu o crescimento assinalado por calçados e couro (20,4%).

O primeiro resultado do emprego para o ano de 2010 (-1,1%) mostrou queda bem menos intensa que a observada no último trimestre de 2009 (-4,2%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Esse movimento esteve presente em dezesseis ramos industriais, com destaque para meios de transporte, que passou de -10,4% no último trimestre do ano passado para -4,0% em janeiro de 2010, máquinas e equipamentos (de -8,4% para -2,9%), calçados e couro (de -2,2% para 3,3%), produtos de metal (de -8,3% para -3,1%) e borracha e plástico (de -6,3% para -1,1%). Ainda na mesma comparação, todos os locais apresentaram taxas superiores à do último trimestre do ano passado, com destaque para: Pernambuco (de -2,1% para 3,4%), Minas Gerais (de -9,1% para -4,2%), região Norte e Centro-Oeste (de -6,4% para -3,0%) e Espírito Santo (de -5,3% para -1,8%).

Número de horas pagas

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em janeiro de 2010, teve variação negativa de 0,3% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após sete meses sem registrar queda, período em que acumulou ganho de 3,4%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apresentou acréscimo de 0,2% entre dezembro e janeiro e manteve a trajetória ascendente iniciada em agosto do ano passado.

Na comparação com igual mês do ano anterior, observa-se variação negativa de 0,2%, menor queda desde outubro de 2008 (1,4%), quando o número de horas pagas apontou o último resultado positivo. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar -5,3%, mostrou ligeira redução no ritmo de queda frente ao fechamento de 2009 (-5,6%).

No confronto com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas apontou variação negativa de 0,2%, com decréscimo em sete dos quatorze locais e em onze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais contribuições negativas vieram de madeira (-13,8%), vestuário (-5,0%) e produtos de metal (-3,9%). Em sentido contrário, papel e gráfica (9,0%), alimentos e bebidas (2,1%) e calçados e couro (3,3%) exerceram as pressões positivas mais importantes.

Ainda no indicador mensal, os locais que assinalaram os maiores impactos negativos no resultado nacional foram: Minas Gerais (-2,9%), região Norte e Centro-Oeste (-2,1%) e Santa Catarina (-1,5%). No primeiro local, quatorze segmentos reduziram o número de horas pagas, com destaque para os impactos vindos de vestuário (-26,6%) e de metalurgia básica (-11,3%). Na indústria da região Norte e Centro-Oeste, madeira (-27,7%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,4%) exerceram as maiores influências negativas sobre o número de horas pagas nesse local, enquanto, em Santa Catarina, vestuário (-6,4%) e meios de transporte (-18,1%) assinalaram as pressões negativas mais relevantes. Por outro lado, entre os sete locais que apontaram taxas positivas, destacaram-se os avanços vindos de São Paulo (1,0%), por conta de papel e gráfica (25,4%) e de alimentos e bebidas (3,1%), e da região Nordeste (1,5%), influenciada, em grande parte, pelos setores de calçados e couro (16,5%) e de alimentos e bebidas (2,7%).

O resultado de -0,2% de janeiro de 2010 para o número de horas pagas mostrou queda bem menos intensa que a observada no último trimestre de 2009 (-3,6%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Esse movimento foi verificado em quinze ramos industriais, com destaque para máquinas e equipamentos, que passou de -9,0% no último trimestre do ano passado para 1,0% em janeiro de 2010, meios de transporte (de -7,3% para -0,4%) e calçados e couro (de -3,6% para 3,3%). Entre os locais, todos apresentaram taxas superiores à do último trimestre do ano passado, com destaque para: Bahia (de -4,8% para 1,7%), região Norte e Centro-Oeste (de -7,1% para -2,1%), Minas Gerais (de -7,7% para -2,9%) e Pernambuco (de -1,0% para 3,6%).

Folha de pagamento

Em janeiro de 2010, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, ajustado sazonalmente, cresceu 5,9% em relação ao mês imediatamente anterior, após ter acumulado perda de 4,0% nos últimos dois meses de 2009. Com estes resultados, o indicador de média móvel trimestral avançou 0,6% entre os trimestres encerrados em dezembro e janeiro, após recuar 1,2% em dezembro último.

No confronto com igual mês do ano anterior, houve crescimento de 2,4%, interrompendo dez meses consecutivos de queda nesse tipo de comparação. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -2,8 em dezembro para -2,5% em janeiro, interrompeu a trajetória descendente iniciada em setembro de 2008 (6,8%).

No indicador mensal, o valor da folha de pagamento real cresceu 2,4%, apoiado na expansão de doze dos quatorze locais, com destaque para São Paulo (1,3%), que exerceu a principal contribuição positiva sobre a indústria geral. Nesse local, sobressaíram os avanços vindos de papel e gráfica (32,4%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (15,1%) e alimentos e bebidas (7,4%). Vale destacar também os resultados positivos observados no Rio de Janeiro (8,1%), influenciado, em grande parte, pela expansão de papel e gráfica (55,2%), por conta do pagamento de participação nos lucros e de dissídio coletivo em importante empresa do setor, e indústrias extrativas (6,0%); região Nordeste (5,7%), devido a calçados e artigos de couro (28,6%) e alimentos e bebidas (6,6%); e Paraná (7,5%), em razão dos ganhos salariais em meios de transporte (17,7%) e alimentos e bebidas (8,4%). Em sentido oposto, os dois impactos negativos foram assinalados por Minas Gerais (-1,9%) e Espírito Santo (-6,8%), por conta, respectivamente, das quedas assinaladas em metalurgia básica (-8,5%) e indústrias extrativas (-14,6%); e máquinas e equipamentos (-37,3%) e metalurgia básica (-12,9%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, a folha de pagamento real avançou em treze dos dezoito setores, com destaque para papel e gráfica (22,0%), alimentos e bebidas (7,3%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,4%) e produtos químicos (6,2%). Por outro lado, as maiores perdas foram assinaladas em metalurgia básica (-8,4%), máquinas e equipamentos (-4,0%) e produtos de metal (-5,0%).

A expansão de 2,4% no valor da folha de pagamento real em janeiro/2010 reverteu a queda de 3,8% observada no último trimestre de 2009, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Esse movimento esteve presente em quinze atividades, com destaque para produtos químicos, que passou de -9,4% no último trimestre do ano passado para 6,2% em janeiro de 2010, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de -6,0% para 8,4%) e papel e gráfica (de 10,7% para 22,0%). Ainda na mesma comparação, treze dos quatorze locais apresentaram taxas superiores às do último trimestre de 2009, com destaque para: Pernambuco (de -0,4% para 9,4%), Minas Gerais (de -10,7% para -1,9%), região Norte e Centro-Oeste (de -4,9% para 3,4%) e Rio de Janeiro (de 0,2% para 8,1%).