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Em janeiro,volume de vendas do comércio cresce 2,7%.Receita nominal tem alta de 3%

O Comércio Varejista do país iniciou 2010 com crescimentos de 2,7% no volume de vendas e de 3,0% na receita nominal...

11/03/2010 06h01 | Atualizado em 11/03/2010 06h01

O Comércio Varejista do país iniciou 2010 com crescimentos de 2,7% no volume de vendas e de 3,0% na receita nominal, na comparação com dezembro (ajustadas sazonalmente). Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 10,4% sobre janeiro do ano anterior e de 6,2% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 12,3% e de 10,1%, respectivamente.

Em janeiro, as 10 atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos para o volume de vendas com ajuste sazonal: Móveis e eletrodomésticos (+7,9%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+5,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (+3,2%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+2,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+2,0%); Material de construção (+1,9%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+1,4%); Tecidos, vestuário e calçados (+0,8%); Veículos e motos, partes e peças (+0,7%) e Combustíveis e lubrificantes (0,0%).

Na relação janeiro10/janeiro09 (série sem ajuste), os resultados também foram positivos para todas as atividades. Por ordem de importância no resultado global, seguem os dados: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+10,2%); Móveis e eletrodomésticos (+17,7%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+10,3%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+32,2%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+6,0%); Combustíveis e lubrificantes (+4,8%); Tecidos, vestuário e calçados (+2,3%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (+7,0%).

RESULTADOS SETORIAIS

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo iniciou 2010 com resultado bem próximo da média - variação de +10,2% no volume de vendas (janeiro10/janeiro09), sendo responsável pela principal contribuição (47%) da taxa global do varejo. Este desempenho foi motivado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do crescimento da massa de rendimento real efetivo dos assalariados (+5,3% sobre janeiro09 e +29,1% frente a dezembro09, segundo Pesquisa Mensal de Emprego – PME). Quanto ao fato ter crescido próximo à média nacional, a justificativa mais provável está na estabilidade dos preços dos alimentos no ano de 2009 (1,4% de fev09 a jan10, conforme o IPCA, para o grupo Alimentação no domicílio). No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento ficou em 8,6%.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com alta de 17,7% no volume de vendas em relação a janeiro do ano passado, proporcionou o segundo maior impacto (30,0%) na formação da taxa de desempenho do Comércio Varejista. O resultado é atribuído a uma antecipação de compras devido ao término da política de redução de IPI da linha branca (31/01/2010), além da maior oferta de crédito. No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento cresceu 3,1%.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a terceira maior participação na taxa global, cresceu +10,3% na comparação com janeiro de 2009. A taxa acumulada nos últimos 12 meses ficou em +11,9%. O crescimento próximo à média se deve à expansão da massa salarial e a essencialidade dos produtos.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo quarto maior impacto na taxa global, cresceu 32,2% no volume de vendas, na comparação janeiro10/janeiro09. A taxa acumulada nos últimos 12 meses ficou em +11,8%. Trata-se da atividade com a maior variação nesta PMC. Tal desempenho foi influenciado pela a redução de preços dos produtos do gênero (-7% e 1,0% nos últimos 12 meses para os itens microcomputadores e celulares, respectivamente, segundo IPCA), a crescente importância dos produtos de informática e comunicação nos hábitos de consumo e a oferta de crédito na economia.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o quinto maior impacto na taxa do varejo, variou +6,0% no volume de vendas em relação a janeiro de 2009. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc., a atividade é influenciada pelo quadro geral de recuperação da economia. A taxa acumulada nos últimos 12 meses ficou em 8,5%.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com variação positiva de 4,8% no volume de vendas, na relação janeiro10/janeiro09, respondeu pela sexta maior contribuição à taxa global. A variação dos últimos 12 meses ficou em 0,9%. Tal comportamento decorre da alta de preços do álcool combustível (variação de 12,5% nos últimos 12 meses – subitem Álcool do item Combustível do IPCA).

A atividade de Tecidos, vestuário e calçados apresentou taxa de +2,3% em relação a janeiro de 2009 e de –2,3% para os últimos 12 meses. O resultado pode ser explicado pelos aumentos de preços ao longo de 2009 (+6,4% no grupo Vestuário, para os últimos 12 meses, segundo o IPCA).

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria registrou alta de 7,0% e, em função do seu reduzido peso na estrutura do comércio varejista, exerceu baixa influência no resultado geral. A taxa acumulada para os últimos 12 meses ficou em +7,8%. Tais resultados são decorrência do aumento da massa salarial.

O Comércio Varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, cresceu 10,3% em volume de vendas e 11,6% na receita nominal em relação a janeiro de 2009. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de +7,4% e +8,2% para volume de vendas e receita nominal, respectivamente.

Em volume de vendas, Veículos, motos, partes e peças teve alta de 10,3% em relação a janeiro de 2009. A redução do IPI para automóveis novos, com término marcado para 31 de março de 2010, foi o principal fator para o crescimento da atividade. No acumulando dos últimos 12, variação positiva de 11,9%.

Quanto a Material de construção, variações de +9,5% (janeiro10/janeiro09) e –5,0% (acumulado 12 meses). A terceira alta consecutiva pode sinalizar a recuperação do setor, já que ocorreram resultados negativos nos 10 primeiros meses de 2009. O aumento da confiança na recuperação da economia e a redução de IPI para uma lista de materiais de construção podem explicar tal comportamento.

RESULTADOS REGIONAIS

Todas as 27 unidades da federação apresentaram resultados positivos na comparação janeiro10/janeiro09, com destaque para: Mato Grosso (+18,2%); Acre (+17,9%); Amapá (+17,1%); Goiás (+15,4%) e Ceará (+13,2%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, sobressaíram São Paulo (+11,7%); Rio de Janeiro (+7,5%); Minas Gerais (+10,3%); Paraná (+10,7%) e Rio Grande do Sul (+8,7%).

No varejo ampliado, altas para as 27 unidades da federação, com destaque para Rondônia (+21,1%); Tocantins (+19,1%); Ceará (+16,0%); Espírito Santo (+15,5%) e Mato Grosso (+13,5%). Os maiores impactos no resultado vieram de São Paulo (+10,4%); Minas Gerais (+12,2%); Rio de Janeiro (+8,0%); Rio Grande do Sul (+10,2%); Paraná (+10,2%) e Bahia (+13,2%). Os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas também foram todos positivos. Os maiores acréscimos ocorreram no Maranhão (+10,8%); Mato Grosso do Sul (+7,0%); Amazonas (+7,0%); Amapá (+4,4%) e Pará (+4,0%).