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IPCA de janeiro fica em 0,75%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,75% em janeiro...

05/02/2010 07h01 | Atualizado em 05/02/2010 07h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,75% em janeiro, o dobro da taxa de 0,37% registrada no mês de dezembro. É o maior resultado desde maio de 2008 (0,79%). Com o mês de janeiro, o índice dos últimos 12 meses ficou em 4,59%, acima dos doze meses imediatamente anteriores (4,31%). O IPCA de janeiro de 2009 ficou em 0,48%.

O grupo Alimentação e Bebidas(que pesa 22,5% no índice), registrou uma forte aceleração de preços, passando de 0,24%, em dezembro, para 1,13% em janeiro. Com esse resultado, o grupo apresentou uma contribuição de 0,25 ponto percentual e foi responsável por um terço do IPCA do mês. A subida nos preços dos alimentos pode ser atribuída à ocorrência das chuvas que vêm afetando desfavoravelmente as lavouras de importantes pólos produtores, além de outros fatores. Os maiores aumentos foram constatados na região metropolitana do Rio de Janeiro, com o grupo chegando a 2,07%, conforme a tabela a seguir.

Na média das regiões pesquisadas, o quilo da cenoura e da batata inglesa ficaram, respectivamente, 12,21% e 10,80% mais caros, enquanto os preços das hortaliças subiram 8,44%. O feijão (1,19%) com arroz (3,26%) também registraram aumentos, assim como carnes (1,67%) e leite (1,88%).Os principais alimentos em alta estão relacionados a seguir.

Do lado das quedas não foram tantos os alimentos em destaque, conforme mostra a tabela abaixo. O tomate, 13,74% mais barato, ficou com a mais intensa contribuição negativa: 0,02 ponto percentual.

Entretanto, apesar da forte alta dos alimentos, as tarifas dos ônibus urbanos se destacaram com o maior impacto individual no IPCA do mês (3,90%) e 0,14 ponto percentual de contribuição. Os combustíveis vieram a seguir, com variação de 2,08% e 0,10 ponto. Estes dois itens, juntos, ônibus urbanos e combustíveis, contribuíram com 0,24 ponto percentual, que representa um terço do índice de janeiro.

A variação de 3,90% dos ônibus foi significativamente influenciada pelo resultado de 14,35% de São Paulo, reflexo do reajuste de 17,40% no valor das tarifas, que passaram de R$2,30 para R$2,70 a partir do dia 04 de janeiro. Houve também aumento em Salvador, onde a variação ficou em 1,82% tendo em vista o reajuste de 4,18% a partir de 16 de janeiro, quando a tarifa passou de R$2,20 para R$2,30.Quanto aos combustíveis, foi registrada alta acentuada nos preços do álcool, que chegou a ficar 11,09% mais caro, com reflexo sobre a gasolina, que passou a custar 1,33% a mais.

Com estes e outros aumentos, os produtos não alimentícios tiveram variação de 0,64%, acima dos 0,41% de dezembro do ano passado. Abaixo, os resultados por grupo de produtos e serviços pesquisados.

Com a alta dos ônibus urbanos, combustíveis e outros itens, o consumidor passou a gastar bem mais com Transporte (1,45%), grupo que pesa 19,3% na despesa das famílias e teve variação ainda mais elevada do que a dos alimentos, constituindo a maior contribuição de grupo (0,28 ponto percentual). Subiram, também, as tarifas dos ônibus intermunicipais (2,94%), sob influência do Rio de Janeiro (7,66%), Belo Horizonte (4,47%), Salvador (3,20%) e Belém (1,17%), além das tarifas dos ônibus interestaduais (1,33%). Para o consumidor que mantém veículo próprio, além dos combustíveis, ficaram mais caros o seguro voluntário (1,63%), estacionamento (1,16%), acessórios e peças (0,97%) e conserto (0,70%).

Sobre as regiões pesquisadas, os maiores resultados foram verificados no Rio de Janeiro e São Paulo, ambas com 1,00%. No Rio de Janeiro os alimentos apresentaram a maior variação (2,07%) e em São Paulo além dos alimentos (1,14%), os ônibus urbanos apresentaram resultado de 14,53%. O menor índice ficou com a região metropolitana de Recife (0,20%) onde os alimentos variaram 0,47%, gás de bujão e gasolina apresentaram queda de 1,07% e 1,17%, respectivamente.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2009 a 28 de janeiro de 2010 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2009 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

INPC de janeiro fica em 0,88%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,88% em janeiro, acima 0,64 ponto percentual do resultado de dezembro (0,24%). Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 4,36%, acima dos doze meses imediatamente anteriores (4,11%). Em janeiro de 2009, o INPC havia ficado em 0,64%.

A variação dos produtos alimentícios foi de 1,13% em janeiro, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,77%. Em dezembro os resultados ficaram em 0,13% e 0,29%, respectivamente.

Entre as regiões pesquisadas, o maior resultado foi registrado em São Paulo (1,55%), onde o ônibus urbano apresentou resultado de 14,53% em virtude do reajuste de 17,40% em vigor a partir de 4 de janeiro. O menor índice foi registrado em Brasília (0,14%) onde os alimentos apresentaram a menor variação (0,33%).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 06 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2009 a 28 de janeiro (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2009 (base).