Em sete anos, média anual da população desocupada caiu 28,2%
Em sete anos, contingente médio anual da população desocupada caiu 28,2%, o que corresponde a menos 736 mil pessoas a procura de trabalho...
28/01/2010 07h01 | Atualizado em 28/01/2010 07h01
* VERSÃO LIBERADA ÀS 19:20 EM FUNÇÃO DE CORREÇÃO DE BASE DE DADOS REPONDERADA CORRESPONDENTE AO PERÍODO 2003-2008
Em sete anos, contingente médio anual da população desocupada caiu 28,2%, o que corresponde a menos 736 mil pessoas a procura de trabalho. A taxa média anual de desocupação estimada para 2009 foi de 8,1%, ligeiramente superior ao de 2008 (7,9%), mas inferior às registradas em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007, respectivamente: 12,4%, 11,5%, 9,9%, 10,0%, 9,3%. De 2003 a 2009, a população ocupada cresceu 14,9% no agregado das seis regiões metropolitanas investigadas pela Pesquisa mensal de Emprego do IBGE e a participação das mulheres neste contingente teve um crescimento contínuo, de 43,0% para 45,1% (ou 9,6 milhões de trabalhadoras). Sua participação teve o maior aumento na região metropolitana de Porto Alegre. A escolaridade dos trabalhadores deu um salto no período de sete anos analisado: a participação dos trabalhadores com 11 anos ou mais de estudo na força de trabalho das seis regiões investigadas cresceu 10,8 pontos percentuais, indo de 46,7% para 57,5% da força de trabalho. Já o percentual das pessoas ocupadas que contribuíam para a previdência atingiu 66,8% em 2009, o maior desde 2003, quando a participação era de 61,2%. Esse contingente de contribuintes cresceu 25,4% em relação a 2003.
Analisando-se a força de trabalho segundo os grupamentos de atividade, nota-se que os Serviços prestados a empresas tiveram o maior crescimento: 30,6%, ou mais 761 mil trabalhadores, entre 2003 e 2009. Os grupamentos com os menores rendimentos tiveram os maiores aumentos percentuais nas médias anuais do rendimento médio, como o dos Serviços Domésticos (26,8%) da Construção (17,3%).
De 2003 a 2009, a média anual do rendimento real dos trabalhadores cresceu 14,3%, e a dos empregados com carteira assinada cresceu 7,3%. Mas o rendimento médio real das mulheres trabalhadoras continuou a representar pouco mais de 70% do recebido pelos homens, no período.
Na análise por cor ou raça, a média anual dos rendimentos dos trabalhadores pretos ou pardos cresceu mais que a dos brancos: 15,3%, contra 22,3%, em sete anos. No entanto, em média, os trabalhadores de cor preta ou parda ganhavam um pouco mais do que a metade (51,4%) do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Já os trabalhadores com nível superior tiveram um aumento real de 0,9% em seus rendimentos, cuja média anual era de R$ 3.445,06 em 2009. A seguir, os principais destaques da evolução do mercado de trabalho, entre 2003 e 2009, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE:
Em 2009, a média mensal de janeiro a dezembro do contingente de pessoas ocupadas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas atingiu 21,3 milhões de pessoas. Em 2008, os ocupados eram 21,1 milhões de pessoas, observou-se, portanto, um aumento de 0,7% em relação a 2008. Esse aumento foi antecedido pelo maior crescimento anual, na comparação 2008-2007, quando variou em 3,4%. Foi na região metropolitana de Porto Alegre o único registro de queda na população ocupada na comparação com 2008, 0,8%. Nas demais regiões, houve crescimento dessa população no ano, de 2,3% em Recife, 3,1% em Salvador, 1,1% em Belo Horizonte, 0,2% no Rio de Janeiro e 0,6% em São Paulo.
Em relação ao ano de 2003, a população ocupada de 2009 teve uma elevação de 14,9%, sendo que em Salvador e Belo Horizonte o crescimento foi de 23,8% e 24,2%.
Tabela 11a: Variação da população ocupada, segundo as regiões metropolitanas (em %)
Participação das mulheres na população ocupada teve crescimento contínuo
Houve um crescimento contínuo da participação das mulheres na população ocupada, nos sete anos analisados. Apesar desse avanço, contudo, as mulheres continuam sendo a minoria na população ocupada, ainda que constituindo a maioria na população em idade ativa (PIA). Em 2009, elas correspondiam a 45,1% da PO, o que representou um crescimento de 0,4 ponto percentual frente a 2008 (44,7%). Em 2003, a participação feminina na população ocupada era de 43,0%, com contingente de 8,0 milhões de mulheres. Em 2009, cuja participação naquela população passou para 45,1%, o contingente foi de 9,6 milhões de mulheres, o que representou um crescimento de 20,4% na comparação 2009-2003. Para os homens, na mesma base de comparação, o crescimento do contingente foi de 10,7%.
A região metropolitana de Belo Horizonte foi a que apresentou o maior crescimento relativo das mulheres na população ocupada: de 849 mil em 2003 para 1092 mil em 2009, crescimento de 28,7%. No Rio de Janeiro, esse percentual foi de 10,9%, o menor crescimento dentre as seis regiões metropolitanas.
Em 2009, manteve-se a trajetória de crescimento da participação no contingente de ocupados daqueles com 50 anos ou mais de idade, que atingiu 20,9%, contra 19,9% em 2008. Frente a 2003, esse grupamento etário foi o que apresentou maior crescimento, 43,1%, seguido por aqueles de 25 a 49 anos de idade, com aumento de 12,9%.
Participação dos trabalhadores com 11 anos um mais de estudo na força de trabalho sobe de 46,7% para 57,5%
Com relação à escolaridade, manteve-se o crescimento da ocupação no grupo de pessoas com 11 anos ou mais de estudo. Ele representou, em 2009, 57,5% dos ocupados, ante ao percentual de 55,7% em 2008 e de 46,7% em 2003. A região metropolitana de São Paulo foi a que registrou o maior percentual de ocupados com essa instrução em 2009, 59,6%. Na comparação frente a 2003, Porto Alegre foi a única região que apresentou crescimento inferior a 10 pontos percentuais de ocupados com 11 anos ou mais de estudo.
Enquanto o contingente de pessoas ocupadas cresceu 0,7% entre 2009-2008, o de pessoas ocupada com nível superior cresceu 5,8%. Frente a 2003, essas variações foram de 14,9% e 42,2%, respectivamente, da população ocupada e da população ocupada com nível superior. Em 2009, 17,1% da população ocupada possuía nível superior no conjunto das seis regiões metropolitanas. Esse percentual atingiu 19,0% no Rio de Janeiro e de 18,6% em São Paulo. Em Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife eram de 14,7%, 14,0%, 13,1% e 12,9%, respectivamente. As tabelas a seguir sintetizam os números referentes à população ocupada com nível superior.
Apesar do predomínio do Principal Responsável entre as pessoas ocupadas - 48,1%, desde 2007 -, observa-se ao longo desses sete anos o crescimento da participação do cônjuge nessa população. Em 2009, o cônjuge representava 23,0%, ante a 21,6% em 2003, sendo em São Paulo o maior crescimento nesse período, 1,7 ponto percentual.
Em 2009, 66,8% dos trabalhadores contribuíam para a previdência, contra 61,2% em 2003
O percentual de trabalhadores que contribuíam para a previdência atingiu 66,8%, em 2009, o maior desde 2003. Houve aumento em 2009, quando se registrou 14,2 milhões de pessoas, contra 13,9 milhões em 2008. Em 2008-2007, essa variação foi de 5,9%. Em relação a 2003 o crescimento do contingente de ocupados contribuintes atingiu 41,4% em Belo Horizonte, 33,2% em Salvador, 19,7% em Porto Alegre e 15,5% no Rio de Janeiro.
Tabela 30a: Variação do contingente de pessoas ocupadas segundo a contribuição para a previdência em qualquer trabalho, por região metropolitana (em %)*
Tabela 30b: Distribuição das pessoas ocupadas segundo a contribuição para a previdência em qualquer trabalho, por região metropolitana (em %)*
Em sete anos, participação dos trabalhadores com carteira na população ocupada sobe de 49,0% para 54,2%
Os resultados explicitam o aumento gradual e contínuo, desde 2004, da participação dos empregados com carteira assinada no setor privado, que alcançou 44,7% das pessoas ocupadas. Em 2009, a região metropolitana de São Paulo continuou com a maior proporção desta categoria dentre os ocupados (47,9%), sendo Recife e Salvador as Regiões que apresentaram as menores proporções, ambas com 39,8%. Considerando os empregados com carteira assinada no setor privado, os militares ou funcionários públicos estatutários e os empregados com carteira assinada no setor público, observou-se que esse conjunto de trabalhadores totalizou 54,2% do pessoal ocupado em 2009 para o total das seis regiões metropolitanas, ante 49,0% em 2003.
Serviços prestados a empresas foi o grupamento de atividade com maior crescimento: 30,6%
Os resultados mostram que em 2009 persistiu, mas com menor intensidade, a ampliação da ocupação nos Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, de forma que a participação das pessoas ocupadas deste grupamento, em relação à população ocupada total, aumentou de 15,1% em 2008 para 15,3% em 2009. Com relação às estimativas de 2003, este grupamento apresentou o maior crescimento do contingente (30,6%), o que corresponde a um acréscimo de 761 mil pessoas, também acima da expansão da população ocupada no mesmo período (14,9%).
Nos serviços domésticos (1.652 mil pessoas), que respondiam por 7,8% da população ocupada, foi observado aumento de contingente em relação a 2008 (1,1%) e em relação a 2003 (17,8%).
De 2003 a 2009, os seguintes grupamentos apresentaram crescimento no contingente abaixo da média da população ocupada: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (8,3%), construção (12,2%), comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (9,4%). E com crescimentos mais próximos ao do total de ocupados, destaca-se os grupamentos da educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (17,3%) e outros serviços (15,4%).
Em sete anos, contingente médio anual da população desocupada reduziu-se em 28,2%
O contingente médio mensal (média de janeiro a dezembro) da população desocupada, nas seis Regiões Metropolitanas investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (1,9 milhões de pessoas) ficou superior (3,3%) a média de 2008. Na comparação com 2003, foi registrada queda de 28,2% ou 736 mil pessoas.
Tabela 73 - Número de pessoas desocupadas, segundo as regiões metropolitanas (em 1000 pessoas)*
Em quase todos os meses de 2009, foram observadas elevações da população desocupada em relação aos mesmos meses de 2008 (exceto fevereiro, julho e novembro), sendo que o aumento mais acentuado ocorreu na comparação maio/maio, onde o aumento alcançou percentual de dois dígitos (13,0%).
Em relação a 2008, Recife, Salvador e São Paulo registraram aumento no número médio de pessoas desocupadas (9,8%, 1,6% e 10,6%, respectivamente), enquanto as Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro e Porto Alegre apresentaram queda (-10,1% e -6,4%, respectivamente). Frente a 2003, todas as regiões metropolitanas registraram redução no número médio de desocupados, sendo em Porto Alegre onde a queda (-36,8%) foi mais expressiva.
Considerando apenas as pessoas com nível superior, foi observado aumento do total médio de desocupados, de 2008 para 2009, no total das seis regiões investigadas, o aumento foi de 20,6%.
Em 2009, a taxa de desocupação média anual ficou em 8,1%
A taxa média mensal estimada para o agregado das seis Regiões Metropolitanas, em 2009, foi de 8,1%, valor ligeiramente superior ao de 2008 (7,9%) mas inferior aos registrados nos anos anteriores: 12,4%, 11,5%, 9,9%, 10,0%, 9,3%, respectivamente, em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007. Em relação a 2008, a Região Metropolitana de Belo Horizonte não apresentou variação significativa na taxa média mensal de desocupação (6,5% em 2008 e 6,4% em 2009), o mesmo foi observado para a Região Metropolitana de Salvador cujas taxas foram 11,5% em 2008 e 11,3% em 2009.
Tabela 83: Taxa de desocupação média anual, por regiões metropolitanas (em %)*
Em 2009, a taxa média mensal de desocupação para as mulheres não registrou variação representativa (9,9%) em relação a 2008 (10,0%). A população masculina, por sua vez, apresentou ligeiro aumento do indicador no período (de 6,1% para 6,5%) como reflexo do comportamento da Região Metropolitana de São Paulo, única a registrar aumento significativo (de 6,6% para 7,7%).
Em 2009, a média das estimativas mensais da taxa de desocupação das pessoas que se declararam como principal responsável pelo domicílio foi estimada em 4,5%. Em 2003, essa taxa tinha sido de 7,2%, uma queda, portanto, de 2,7 pontos percentuais. Para os outros membros da família, a taxa reduziu com mais intensidade neste mesmo período, de 16,9% em 2003 para 11,2% em 2009, resultando em queda de 5,7 pontos percentuais. Cabe ressaltar que, apesar de na comparação 2003-2009 a redução da taxa de desocupação ter sido maior entre aqueles que se declararam outro membro da família, foi entre os classificados como principal responsável pelo domicílio que se registraram as menores taxas de desocupação em todos os anos de 2003 a 2009.
Em relação a 2003, todas as Regiões Metropolitanas apresentaram o mesmo comportamento verificado para o agregado das seis Regiões, ou seja, queda da taxa de desocupação, segundo a condição na família.
De 2003 a 2009, a média anual do rendimento real dos trabalhadores cresceu 14,3%
Em sete anos houve ganho expressivo (14,3%, ou cerca de R$ 168,43) na média anual dos rendimentos mensais do trabalho da população ocupada no total das seis regiões pesquisadas. Todas as regiões metropolitanas tiveram altas na média anual do rendimento médio real, no período. Os destaques foram Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador, onde a recuperação ficou em torno de 19,0%.
Apesar da visível recuperação do rendimento da população ocupada no período, ainda não foi retomado o poder de compra em relação 2002*. No segundo semestre de 2009, o rendimento médio real (R$ 1.350,73) foi maior 1,2% que o do mesmo período de 2002 (R$ 1.335,29).
Tabela 95: Média anual do Rendimento real habitualmente recebido pela população ocupada
Tabela 96: Variação da média anual do rendimento real habitualmente recebido pela população ocupada (%)
Média anual dos rendimentos dos empregados com carteira assinada cresceu 7,3%
Analisando as médias anuais do rendimento médio mensal real de todas as categorias de posição na ocupação, observamos um quadro de recuperação que se estendeu em praticamente todas as regiões metropolitanas, com apenas algumas exceções. Os empregados com carteira de trabalho assinada registraram recuperação de 7,3%. Já para os empregados sem carteira de trabalho assinada a recuperação chegou a 18,8%. Para os empregadores a recuperação no período 2003-2009 foi de 15,6%. Foram as categorias dos militares ou funcionários públicos estatutários e dos trabalhadores por conta própria onde os maiores ganhos nos rendimentos foram registrados: 22,5% e 21,1%, nesta ordem.
Fazendo um breve resumo do rendimento dos trabalhadores, focando os grupamentos de atividade nos últimos sete anos (de 2003 a 2009), percebeu-se que os sete grupamentos apresentaram recuperação expressiva dos rendimentos em relação a 2003 no conjunto das seis regiões pesquisadas. Em termos relativos, o grupamento dos serviços domésticos foi o que apresentou maior aumento, 26,8%. No grupamento da indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, foi verificado um ganho de 15,8%. Regionalmente, verificou-se que quase todas as regiões apresentaram ganho acima de 10,0% no grupamento da indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, exceto a Região Metropolitana de Recife (7,5%).
Nos grupamentos da construção, apenas a Região Metropolitana de Recife não conseguiu recuperar o valor real do rendimento em relação a 2003. Nos grupamentos do comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis e dos serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, só não foi verificada recuperação na Região Metropolitana de Recife. No grupamento da educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social, foi verificada alta do rendimento em todas as regiões pesquisadas. No grupamento dos serviços domésticos, foi verificada alta em todas as regiões, com destaque para as regiões nordestinas, onde o aumento ultrapassou 35,0%. Para os rendimentos dos trabalhadores envolvidos em atividades referentes aos outros serviços (alojamento e alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividade associativas, recreativas, culturais e desportivas, serviços pessoais), foi verificado ganho real em todas as regiões.
Rendimento médio real das trabalhadoras representa pouco mais de 70% do dos homens
O rendimento de trabalho das mulheres, estimado em R$ 1.097,93, continua sendo inferior ao dos homens (R$ 1.518,31). Em 2009, comparando a média anual dos rendimentos dos homens e das mulheres, verificou-se que, em média, as mulheres ganham em torno de 72,3% do rendimento recebido pelos homens. A tabela 101 mostra que esta diferença não se alterou desde o início da série da pesquisa.
A média anual do rendimento médio mensal real dos homens em 2009 cresceu 7,9%, variação menor que a encontrada para as mulheres (9,8%). Em cincos regiões metropolitanas, a variação do rendimento das mulheres, de 2008 para 2009, foi superior a dos homens. A exceção foi Porto Alegre, onde o movimento foi contrário.
Tabela 102: Razão da média anual do rendimento real habitual do trabalho principal, segundo o sexo (em %)
População ocupada com nível superior teve 36,5|% de aumento real nos rendimentos
A média anual do rendimento médio mensal real dos trabalhadores com nível superior (R$ 3.392,32) subiu 36,5% em sete anos (de 2003 para 2009).
As tabelas 103 e 104 do estudo mostram os valores e as variações da média anual do Rendimento médio Real habitual da população ocupada com o nível superior, segundo as regiões metropolitanas pesquisadas.
Grupamentos com os menores rendimentos tiveram os maiores aumentos percentuais, no período
Analisando-se os rendimentos segundo os grupamentos de atividade, nota-se que todos apresentaram ganho no poder de compra. Em termos percentuais, os grupamentos com os maiores aumentos foram os que tinham os menores rendimentos. Para o grupamento do Serviço domésticos, de 2003 a 2009, houve um aumento de 26,8% na média anual do rendimento médio real. Outro grupamento de destaque foi o da Construção, (composto em sua maioria por pedreiros), que apresentou aumento de 17,3% entre 2003 e 2009.
Média anual dos rendimentos dos trabalhadores pretos ou pardos cresceu mais que a dos brancos
A média anual do rendimento dos trabalhadores de cor preta ou parda, estimado em R$ 882,42, continua sendo inferior ao dos trabalhadores de cor branca (R$ 1.716,44). Em 2009, comparando as médias anuais dos rendimentos dos trabalhadores de cor branca com os de cor preta ou parda, verificou-se que, em média, os trabalhadores de cor preta ou parda ganham um pouco mais do que a metade (51,4%) do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Esta relação não se alterou desde o início da série da pesquisa.
Enquanto a média anual do rendimento médio mensal real dos trabalhadores de cor branca, em 2009, cresceu 15,3%, em relação a 2003, a média anual dos trabalhadores de cor preta ou parda, no mesmo período, subiu 22,3%.
Tabela 107: Razão da média anual do Rendimento Real Habitual, segundo a cor ou raça (em %)
Rendimento domiciliar per capita
A média anual do rendimento médio mensal domiciliar per capita foi estimada em R$ 878,09, para o agregado das seis regiões pesquisadas em 2009, e apresentou variação de 3,7 em relação a 2008. No período 2003-2009, este ganho foi de 23,3%.
As Regiões Metropolitanas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Porto Alegre tiveram rendimento médio domiciliar per capita superior a dois salários mínimos em 2009. Salvador teve o maior crescimento anual, 5,5% e Recife apresentou um rendimento médio domiciliar per capita pouco superior a um salário mínimo (R$ 494,53).
Analisando o ano de 2009 e fazendo um contraponto com 2003, temos que a média anual do rendimento médio real domiciliar per capita subiu 23,3% para o total das seis áreas pesquisadas. Em Belo Horizonte, o aumento chegou a 30,4%, seguido pelas Regiões Metropolitanas de São Paulo (25,2%) e de Rio de Janeiro (25,0%), Porto Alegre (23,6%) e Salvador (23,4%). Recife registrou a menor variação, 5,3%.
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* A série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2002, não nos permite uma comparação anual, por esta razão a comparação foi feita entre os segundos semestres e os meses de março a dezembro.