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IPCA de dezembro fica em 0,37% e fecha o ano de 2009 em 4,31%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,37% em dezembro de 2009...

13/01/2010 07h01 | Atualizado em 13/01/2010 07h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,37% em dezembro de 2009, 0,04 ponto percentual abaixo da taxa de novembro (0,41%). Em dezembro de 2008 o índice havia ficado em 0,28%. Com isso, o IPCA do ano de 2009 ficou em 4,31%, 1,59 ponto percentual abaixo da taxa de 2008 (5,90%).

Após o resultado mais elevado de 2008 (5,90%), em 2009 o IPCA voltou ao patamar de 2007 (4,46%), mostrando, ao longo do ano, trajetória decrescente para o indicador acumulado em 12 meses. Abaixo estão os índices acumulados no ano desde 2000.

A taxa mensal mais elevada, ao longo de 2009, foi a de fevereiro (0,55%), e os resultados por trimestre evidenciam alta mais concentrada nos meses iniciais do ano, mas inferiores a iguais períodos de 2008.

Enquanto o ano de 2008 foi influenciado pela alta dos alimentos, que haviam fechado em 11,11%, em 2009 esses produtos tiveram variação de 3,18% (sendo 2,64% no primeiro semestre e 0,52% no segundo) e explicaram a redução do IPCA de um ano para o outro. Já os produtos não alimentícios situaram-se em 4,65%, acima de 2008 (4,46%).

Dentre os grupos, em 2009 despesas pessoais ficou com a maior alta (8,03%) e a maior contribuição (0,79 ponto percentual). Nesse caso, os itens que mais impactaram foram serviços pessoais (7,50%) e cigarro (27,00%). Por outro lado, comunicação apresentou a menor variação (1,08%), conforme a tabela abaixo.

Refeições em restaurante têm maior contribuição individual no IPCA do ano

Apesar da redução no ritmo de crescimento de preços do grupo alimentação (de 11,11% em 2008 para 3,18% em 2009), o item refeição em restaurante, cujos preços aumentaram 9,05%, deteve a maior contribuição no IPCA do ano: 0,37 ponto percentual – o que já havia ocorrido em 2008. A seguir veio o açúcar refinado, com alta de 52,99% e contribuição de 0,11 ponto percentual. Na tabela abaixo, os alimentos que mais pressionaram o IPCA de 2009.

Apesar de a safra nacional de 2009 (133,8 milhões de toneladas) ter ficado 8,3% abaixo da de 2008 (146,0 milhões de toneladas), alimentos importantes no consumo das famílias fecharam o ano com uma produção maior. Foi o caso do arroz e do feijão, que apresentaram preços em queda (-13,14% e -37,43%, respectivamente), contribuindo, assim, para a desaceleração dos alimentos em 2009. As carnes (-5,33%) também contribuíram para o menor resultado do ano.

No grupo dos produtos não alimentícios (4,65% em 2009, sendo 2,55% no primeiro semestre e 2,05% no segundo), colégios (5,94%) e empregado doméstico (8,73%) empataram na segunda maior contribuição para o resultado do ano (0,28 ponto percentual cada um). Poucos itens apresentaram resultados em queda, com destaque para automóvel usado (-11,90%), aparelho telefônico (-8,87%), gás veicular (-8,48%), cimento (-5,94%), microcomputador (-5,44%), eletrodomésticos (-4,85%), seguro voluntário (-4,25%) e automóvel novo (-3,62%).

Os combustíveis fecharam o ano em 2,61%, com contribuição de 0,16 ponto percentual, em oposição ao resultado de 0,55% e contribuição de 0,03 ponto em 2008. Em 2009, o álcool variou 14,98%; e a gasolina, 2,06%. A alta do preço do álcool se deveu à menor oferta. Como consequência, os preços da gasolina também aumentaram.

Em 2009, Brasília tem o maior IPCA; e Goiânia, o menor

No ano de 2009, Brasília ficou com o maior IPCA (4,92%) tendo em vista principalmente aumentos ocorridos nos aluguéis (8,08%), condomínios (9,07%) e passagens aéreas (51,39%). O índice mais baixo foi o de Goiânia (3,45%), onde os alimentos apresentaram a menor variação (0,93%).

Alimentos causaram desaceleração do IPCA de novembro para dezembro

O grupo alimentação e bebidas, que, dos 0,58% de novembro, passou para 0,24% em dezembro, foi responsável pela menor taxa do IPCA de um mês para o outro. Produtos que tiveram altas expressivas em novembro sofreram queda de preços no mês seguinte, como a batata-inglesa (de 26,06% para -10,85%), conforme mostra a tabela seguir.

Alguns produtos alimentícios reduziram o ritmo de crescimento de novembro para dezembro, a exemplo do óleo de soja (de 4,43% para 0,83%), mas poucos tiveram alta significativa. Os destaques ficaram com a cenoura (de 5,74% para 28,70%) e as hortaliças (de -1,11% para 10,08%), por conta das chuvas.

No agrupamento dos produtos não alimentícios, a taxa de 0,41% de dezembro ficou acima dos 0,36% de novembro. A maior contribuição individual no mês ficou com as passagens aéreas (0,12 ponto percentual), com alta de 46,91%. Assim, o transporte (de 0,61% para 0,78%) constituiu-se no grupo de maior variação do último mês do ano.

Com variação de 3,15%, o aumento no grupo transporte foi ainda mais elevado em Brasília, que registrou, em dezembro, IPCA de 0,88%, o maior índice regional. A principal influência veio das passagens aéreas, cuja alta de 52,53% levou à contribuição de 0,58 ponto percentual, ou 66% do índice regional. Já a menor taxa ficou com a região metropolitana de Porto Alegre (0,03%), onde houve queda de 0,64% nos alimentos.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 28 de novembro a 29 de dezembro (referência) com os preços vigentes de 30 de outubro a 27 de novembro (base).

INPC de dezembro fica em 0,24% e fecha 2009 em 4,11%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,24% em dezembro, abaixo 0,13 ponto percentual do resultado de novembro (0,37%). Em dezembro de 2008 o índice havia sido de 0,29%. Assim, o INPC encerrou 2009 em 4,11%.

No ano, os alimentos aumentaram 1,83%; e os produtos não alimentícios, 5,10%. Em 2008, o resultado havia sido 6,48%, com alta de 11,40% nos alimentícios e 4,47% nos não alimentícios.

Dos índices regionais, os maiores acumulados em 2009 foram verificados em Curitiba e São Paulo, ambos com 4,68%; e o menor foi o de Porto Alegre (3,18%), conforme tabela a seguir.

Em dezembro, a variação dos produtos alimentícios foi de 0,13%, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,29%. Em novembro esses resultados haviam sido de 0,52% e 0,31%, respectivamente.

No último mês de 2009, o maior resultado regional foi registrado em Recife (0,70%), onde os combustíveis tiveram a maior alta (4,81%). Porto Alegre (-0,25%) ficou com a menor taxa, devido à queda dos alimentos (-1,12%).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a seis salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados de 28 de novembro a 29 de dezembro (referência) com os preços vigentes de 30 de outubro a 27 de novembro (base).