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Em agosto, vendas do comércio crescem 0,7% e a receita, 0,8%

Em agosto, o volume de vendas do Comércio Varejista do País cresceu 0,7% em relação ao mês anterior (com ajuste sazonal)...

15/10/2009 06h01 | Atualizado em 15/10/2009 06h01

Ambas as taxas foram da série com ajuste sazonal, que apresenta quatro meses de crescimento. Na série sem ajuste, o volume de vendas cresceu 4,7% em relação a agosto de 2008, acumulando alta de 4,7% no ano e de 5,4% nos últimos 12 meses. Para a receita nominal, as mesmas taxas foram, respectivamente, 8,0%, 9.6% e 10,7%.

Em agosto, o volume de vendas do Comércio Varejista do País cresceu 0,7% em relação ao mês anterior (com ajuste sazonal), e a receita nominal 0,8%. Com esses resultados o setor completou quatro meses de taxas positivas. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos de 4,7% sobre agosto do ano anterior e de 4,7% e 5,4% nos acumulados dos oito primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 8,0%, 9,6% e de 10,7%, respectivamente (Tabelas 1 e 2).

RESULTADOS SETORIAIS

Para o volume de vendas com ajuste sazonal, houve altas em cinco das dez atividades, pela ordem decrescente de magnitude das taxas: Veículos e motos, partes e peças (2,5%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%); Material de construção (1,1%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,8%) e Móveis e eletrodomésticos (0,6%)As variações negativas foram em: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,7%); Combustíveis e lubrificantes (-0,7%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,8%); Tecidos, vestuário e calçados (-2,0%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,9%) (Tabela 1).

Já na relação a agosto de 2008 (série sem ajuste), houve altas no volume de vendas de seis das oito atividades do varejo, na ordem de importância no resultado global: 8,5% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 14,9% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 7,3% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 0,6% para Móveis e eletrodomésticos; 11,1% em Livros, jornais, revistas e papelaria; 0,1% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; -5,8% em Tecidos, vestuário e calçados; e -5,1% em Combustíveis e lubrificantes.

Em agosto, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve alta de 8,5% no volume de vendas, sobre igual mês do ano anterior, e deu a principal contribuição à taxa global do varejo (Tabela 3). Esse resultado, acima da média, se justifica pelo aumento do poder de compra da população decorrente do crescimento da massa de rendimento real habitual dos ocupados (3,0% sobre agosto de 2008, segundo a PME); bem como pela estabilização dos preços do setor que evoluíram, no acumulado dos últimos 12 meses, em 1,8% no Grupo Alimentação no Domicilio, ficando abaixo da inflação global medida pelo IPCA (4,4%). Os acumulados da atividade nos oito primeiros meses do ano e nos últimos 12 meses foram de 7,4% e 6,4%, respectivamente.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a segunda maior participação na taxa global do varejo, apresentou crescimento de 14,9% na comparação com agosto do ano passado, e taxas acumuladas de 12,5% no ano e de 13,3% para os últimos 12 meses. As condições econômicas favoráveis no que diz respeito ao comportamento da massa de salários e a retomada gradual do crédito, somadas à essencialidade dos produtos do gênero, são os principais fatores explicativos do desempenho positivo do segmento.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo: 7,3% no volume de vendas em relação a agosto de 2008. Esse resultado mostra que a atividade continua tendo, também, seu desempenho relacionado ao movimento da massa real de salário e do crédito. Em termos acumulados, a taxa para os primeiros oito meses do ano foi de 9,0% e para os últimos 12 meses, de 8,7%.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 0,6% no volume de vendas em relação a agosto do ano passado, foi o quarto maior impacto na formação da taxa de desempenho do Comércio Varejista. Esse resultado, o segundo positivo depois de cinco meses de queda, é explicado basicamente pela recente melhoria do crédito, pela queda dos preços da chamada linha branca, como reflexo da redução do IPI, e pela evolução positiva da massa de salários da população ocupada. No ano, a atividade acumulou taxa de -1,6% e nos últimos 12 meses, de 2,6%.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com crescimento de 11,1%, exerceu a quinta maior influência no resultado do varejo. O indicador acumulado no ano obteve variação de 9,2%, e o dos últimos 12 meses de 10,1%. Estes resultados são decorrentes da melhoria da renda e da diversificação de produtos comercializados.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pela sexta maior contribuição na formação da taxa global, obteve acréscimo no volume de vendas, em agosto, da ordem de 0,1% sobre igual mês do ano anterior, e taxas acumuladas de 13,3% no ano e de 21,0% nos últimos 12 meses. O que explica a variação desse mês é a queda nas receitas de várias empresas do ramo, concentradas principalmente no estado de São Paulo, com significativo peso na estrutura nacional.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que reduziu seu volume de vendas em -5,8%, foi responsável pela sétima contribuição à taxa global do varejo. Em termos acumulados, os resultados foram de -6,2% para os oito primeiros meses do ano e de -4,9% para os últimos 12 meses. A atividade continua sua trajetória de taxas negativas em função, especialmente, dos aumentos de preços no segmento: 7,3% de variação para o grupo vestuário, contra acréscimo de 4,4% no Índice Geral, no acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IPCA.,/

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com variação de -5,1% no volume de vendas em relação a agosto de 2008, exerceu a segunda contribuição negativa na taxa global do varejo. Em termos de desempenho acumulado no ano, a taxa de variação da atividade chegou a 0,4%, e nos últimos 12 meses a 3,2%. Mesmo com a estabilidade dos preços dos combustíveis, tal resultado, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias – ABCR, pode ser explicado pela redução do fluxo de veículos pesados.

O Comércio Varejista ampliado, registrou variações em relação ao mês anterior de 3,3% para o volume de vendas e de 2,1% para a receita nominal, ambas as taxas com ajustamento sazonal. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 5,5% para o volume de vendas e de 5,2% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses o setor apresentou a mesma taxa de variação para o volume de vendas (3,7%), já para a recita nominal as variações foram de 5,1% e 6,4%, respectivamente.

O volume de vendas de Veículos, motos, partes e peças subiu 9,4% em relação a agosto de 2008, acumulando no ano e nos últimos doze meses taxas de 4,4% e 2,4%, respectivamente. A política de redução do IPI vem incentivando as vendas de automóveis, afetadas a partir do último trimestre de 2008 pelas restrições de crédito.

Material de Construção teve quedas de -6,9% na relação agosto09/agosto08, de -9,8% no acumulado do ano e de -5,8% nos últimos 12 meses. Em que pese as medidas oficiais de incentivo à construção civil e o aumento de renda, este ano o setor ainda não apresentou resultados positivos no volume de vendas.

RESULTADOS REGIONAIS

Vinte e três Unidades da Federação tiveram resultados positivos na comparação agosto09/agosto08, sendo as taxas mais significativas observadas em: Piauí (23,9%); Sergipe (17,5%); Ceará (8,0%); Alagoas (7,4%); e São Paulo (6,0%) (Gráfico 3). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (6,0%); Rio de Janeiro (5,4%); Paraná (5,3%); Minas Gerais (2,9%) e Bahia (5,9%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas em volume de vendas foram no Piauí (19,5%); Sergipe (17,8%); Acre (17,7%); Alagoas (10,0%); Pará (8,9%) e Ceará (7,6%). Os maiores impactos no resultado global foram São Paulo (6,8%); Rio de Janeiro (7,1%); Minas Gerais (4,6%); Paraná (4,6%); Pernambuco (7,3%) e Bahia (4,8%). O volume de vendas com ajuste sazonal subiu em dezenove estados, na comparação mês/mês anterior. Os destaques são: Paraná (3,0%); Maranhão (2,8%); Rio Grande do Norte (2,6%) e Piauí (1,9%).