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Emprego industrial varia 0,3% em agosto

Taxa representou a segunda evolução positiva consecutiva no confronto mês/mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal...

08/10/2009 06h01 | Atualizado em 08/10/2009 06h01

Taxa representou a segunda evolução positiva consecutiva no confronto mês/mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Frente a igual mês do ano passado, o percentual foi de queda (-6,7%), assim como no acumulado em 2009 (-5,5%). O número de horas pagas variou 0,3% na passagem de julho para agosto, com desconto dos efeitos sazonais. Mas, no confronto com agosto/08, mostrou recuo (-7,0%), o mesmo ocorrendo no acumulado no ano (-6,3%). A folha de pagamento real registrou declínio em todas as comparações: -0,4% na passagem de julho para agosto (com ajuste sazonal); -6,2% com relação a agosto/08; e -2,2% no acumulado no ano.

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em agosto, o emprego industrial assinalou a segunda variação positiva consecutiva de 0,3% na comparação com o mês anterior, na série livre de influências sazonais, após ter recuado 7,3% de outubro de 2008 a junho de 2009. Com isso, o índice de média móvel trimestral, que vinha apresentando menor ritmo de queda desde fevereiro último, registrou a primeira variação positiva (0,2%) desde novembro do ano passado.

Frente a iguais períodos do ano anterior, os resultados permaneceram negativos: em relação a agosto de 2008, a queda foi de 6,7% e, no índice acumulado no ano, -5,5%. O indicador acumulado nos últimos doze meses permanece em trajetória descendente desde agosto do ano passado, atingindo -3,5% em agosto/09.

No índice mensal (-6,7%), o contingente de trabalhadores se reduziu nas quatorze áreas investigadas,
com destaque para São Paulo (-4,7%), Minas Gerais (-11,4%), região Norte e Centro-Oeste (-10,7%) e Rio Grande do Sul (-9,1%). No primeiro local, as principais contribuições negativas vieram de meios de transporte (-14,8%) e máquinas e equipamentos (-11,2%); no segundo, os impactos de vestuário (-25,5%) e alimentos e bebidas (-6,6%) foram os mais relevantes; no terceiro, os destaques foram para madeira (-30,1%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-22,3%); e na indústria gaúcha, calçados e artigos de couro (-15,9%) e máquinas e equipamentos (-15,5%).

No total do país, o emprego industrial recuou em dezesseis dos dezoito setores, frente a agosto de 2008, com meios de transporte (-13,1%), máquinas e equipamentos (-12,4%), produtos de metal (-11,3%) e calçados e artigos de couro (-10,0%) exercendo as principais pressões negativas na taxa global. Em sentido contrário, papel e gráfica (7,1%) e fumo (2,4%) foram os únicos impactos positivos.

No indicador acumulado no ano, o nível do pessoal ocupado na indústria foi 5,5% menor do que em igual período do ano passado, resultado apoiado nos decréscimos observados nos quatorze locais e em dezessete ramos. Entre os locais, São Paulo (-4,2%), Minas Gerais (-8,0%), região Norte e Centro-Oeste (-8,9%) e Rio Grande do Sul (-7,4%) foram as principais contribuições negativas. Entre os setores investigados, no total do país, as pressões negativas mais relevantes vieram de meios de transporte (-9,0%), vestuário (-8,8%), máquinas e equipamentos (-8,3%) e produtos de metal (-9,1%). Por outro lado, papel e gráfica (6,9%) apontou o único impacto positivo no resultado geral.

Em síntese, na série com ajuste sazonal, o emprego industrial registrou, no confronto mês/mês anterior, a segunda taxa positiva, avançando 0,6% nesse período, influenciado pelo maior dinamismo na atividade produtiva ao longo de 2009. Com isso, o índice de média móvel trimestral apresentou a primeira taxa positiva (0,2%) desde o final do ano passado. Contudo, nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, os resultados permaneceram negativos tanto frente a agosto de 2008 como no acumulado no ano.

NÚMERO DE HORAS PAGAS

Em agosto, o número de horas pagas pelo setor industrial voltou a crescer (0,3%) na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após ficar estável em julho (0,0%). O índice de média móvel trimestral interrompeu a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado, ao apresentar variação positiva de 0,3% entre julho e agosto.

Para os demais indicadores, os resultados do total de horas pagas na produção permaneceram negativos: -7,0% em relação a agosto do ano passado, -6,3% no acumulado do ano e -4,0% no acumulado nos últimos doze meses.

No confronto com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas foi negativo em todos os locais pesquisados, ficando o maior decréscimo com a região Norte e Centro-Oeste (-12,1%). A região Sudeste exerceu a principal pressão negativa na formação da taxa global de -7,0%, principalmente em razão das quedas observadas em São Paulo (-4,9%) e em Minas Gerais (-10,8%), onde sobressaíram, respectivamente, os decréscimos nos ramos: meios de transporte (-15,5%) e máquinas e equipamentos (-13,8%); vestuário (-26,6%) e metalurgia básica (-14,6%).

Em nível setorial, ainda no confronto agosto 09/agosto 08, houve redução no número de horas pagas em dezesseis dos dezoito segmentos pesquisados, vindo de máquinas e equipamentos (-14,4%) o principal impacto negativo no cômputo geral, seguido por meios de transporte (-13,1%) e produtos de metal (-11,5%). Em sentido contrário, papel e gráfica (4,5%) e fumo (4,8%) foram os impactos positivos.

No indicador acumulado no ano (-6,3%), verificam-se, setorialmente, reduções no número de horas pagas de quinze ramos industriais, ficando as principais contribuições negativas no resultado global com meios de transporte (-11,2%) e máquinas e equipamentos (-10,9%). Por outro lado, papel e gráfica (6,0%), refino de petróleo e produção de álcool (2,7%) e minerais não metálicos (0,6%) apontaram os impactos positivos nesta comparação. Regionalmente, entre os quatorze locais que reduziram o número de horas pagas, São Paulo (-4,8%), região Norte e Centro-Oeste (-10,2%), Minas Gerais (-7,9%) e Rio Grande do Sul (-9,2%) exerceram as pressões negativas mais importantes na formação da taxa global.

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em agosto, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 0,4% em relação ao mês imediatamente anterior, após ter ficado estável em julho (0,0%). Com estes resultados, o indicador de média móvel trimestral apresentou retração de 0,7% entre os trimestres encerrados em julho e agosto, após ter assinalado variação de 0,1% em julho.

Nas comparações com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram negativos: -6,2% no indicador mensal e -2,2% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses também aponta redução de ritmo ao passar de 1,5% em julho para 0,3% em agosto e prossegue em trajetória descendente desde setembro de 2008 (6,7%).

O valor da folha de pagamento real mostrou queda de 6,2% em relação a igual mês do ano anterior, sexto resultado negativo consecutivo, com taxas negativas em treze dos quatorze locais pesquisados. A maior contribuição negativa veio de São Paulo (-3,3%), pressionado pelos ramos de meios de transporte (-10,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,2%) e minerais não metálicos (-16,1%). Vale destacar também as perdas vindas de Minas Gerais (-11,0%), por conta de metalurgia básica (-21,2%) e de alimentos e bebidas (-7,3%); Rio de Janeiro (-12,6%) e região Nordeste (-9,7%), em função da indústria extrativa (-32,4% e -34,9%) e de refino de petróleo e produção de álcool (-40,3% e -29,4%), ambos influenciados negativamente por uma base de comparação elevada, por conta de pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa, em agosto de 2008.

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real decresceu em treze dos dezoito ramos industriais, com os maiores impactos negativos vindo da indústria extrativa (-25,1%), meios de transporte (-9,3%), metalurgia básica (-17,4%) e máquinas e equipamentos (-8,0%). Por outro lado, papel e gráfica (14,7%) e alimentos e bebidas (1,6%) exerceram as contribuições positivas mais significativas.

O indicador acumulado no ano apresentou queda de 2,2%, com redução no valor da folha de pagamento real em dez dos quatorze locais. As principais contribuições negativas foram observadas em São Paulo (-2,2%), Rio Grande do Sul (-7,0%) e Minas Gerais (-4,5%). Nesses locais, os maiores decréscimos foram assinalados, respectivamente, em meios de transporte (-5,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,6%); meios de transporte (-16,2%) e calçados e couros (-9,4%); e metalurgia básica (-11,8%) e meios de transporte (-8,3%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (1,6%) e Espírito Santo (5,3%) exerceram as principais influências, por conta, respectivamente, do crescimento de 13,6% e 11,8% na indústria extrativa.

Em termos setoriais, treze atividades reduziram o valor da folha de pagamento real, com meios de transporte (-5,6%), máquinas e equipamentos (-5,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,8%) e metalurgia básica (-9,1%) exercendo as principais pressões negativas. Em sentido contrário, os maiores impactos positivos vieram de papel e gráfica (12,6%) e indústria extrativa (12,9%).