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De 2006 para 2007, pessoal ocupado assalariado cresceu 7,5% em empresas e outras organizações

Em 2007, houve um crescimento de 2,7% no número de empresas

23/09/2009 07h01 | Atualizado em 23/09/2009 07h01

Em 2007, houve um crescimento de 2,7% no número de empresas e outras organizações ativas formais no Cadastro Central de Empresas - Cempre, com o saldo de 115 mil a mais em comparação a 2006, passando de 4,3 milhões para 4,4 milhões. Esse conjunto de mais de 4 milhões de empresas e outras organizações ocuparam 42,6 milhões de pessoas, sendo 36,7 milhões como assalariadas. O total de pessoal ocupado assalariado cresceu 7,5% entre 2006 e 2007, passando de 34,1 milhões para 36,7 milhões de pessoas, o que representa mais 2,6 milhões de pessoas assalariadas. Os salários e outras remunerações pagos no ano totalizaram R$ 603 bilhões. O salário médio mensal foi de R$ 1.282,111, o que significa um aumento real de 1,9% na comparação com 20062. Na publicação das Estatísticas do Cempre 2007, são apresentadas pela primeira vez pelo IBGE informações organizadas segundo a nova versão da classificação nacional de atividades econômicas– CNAE 2.0 .

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas representava 46,0% das empresas e outras organizações

No número de empresas e outras organizações, Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas era responsável por quase metade das organizações ativas no ano, 46,0%, seguida das Indústrias de transformação com 9,0% e Outras atividades de serviços com 7,9%. Essas três seções, juntas, foram responsáveis por 62,9% do total de empresas e outras organizações ativas no ano (tabela 7).

As maiores participações no pessoal ocupado total foram das seções Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (22,0%), Administração pública, defesa e seguridade social (18,5%) e Indústrias de transformação (18,4%).

Em relação ao pessoal ocupado assalariado e aos salários e outras remunerações, as mesmas seções se destacaram, mas em outra ordem, pois Comércio sai da primeira colocação em pessoal ocupado total para a terceira colocação nas variáveis pessoal ocupado assalariado e salários e outras remunerações. Administração pública, defesa e seguridade social aparece em primeiro lugar absorvendo 21,5% do pessoal assalariado e 28,1% da massa salarial, seguida por Indústrias de transformação com 19,8% e 21,1%, respectivamente e Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas com 18,0% e 10,9%, respectivamente. Em 2007, essas três atividades juntas foram responsáveis por 58,8% do pessoal ocupado total, 59.2% do pessoal ocupado assalariado e 60,1% da massa de salários pagos.

Construção foi a atividade que mais cresceu no pessoal assalariado e no total de salários

O grupo Construção se destacou com variações de 17,3% no pessoal ocupado total, 18,5% no pessoal ocupado assalariado e 14,3% em salários e outras remunerações. Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais teve o segundo maior crescimento no pessoal ocupado total (13,4%) e Educação teve o segundo maior crescimento de pessoal ocupado assalariado (12,2%) e nos salários e outras remunerações (13,3%).

Tamanho médio das empresas e outras organizações brasileiras era de 9,6 pessoas ocupadas

Em 8 das 20 seções analisadas, o tamanho das empresas caracteriza-se pela presença de empresas com 0 a 9 pessoas ocupadas. Neste caso, podemos destacar as seções Outras atividades de serviços com 4,0 pessoas ocupadas, Artes, cultura, esporte e recreação com 4,3 pessoas, Atividades imobiliárias e atividades profissionais, científicas e técnicas com 4,5 pessoas cada e Comércio com 4,6 pessoas, dentre outras.

Por sua vez, em 2 seções as empresas apresentaram tamanho médio relativos a empresas de porte de 50 a 249 pessoas e de 250 e mais pessoas ocupadas, a saber: Eletricidade e gás com 107,9 pessoas ocupadas e Administração pública, defesa e seguridade social com 545,2 pessoas ocupadas.

Empresas de maior porte pagam maiores salários médios e absorvem 55,1% das pessoas assalariadas

Em 2007, o salário médio mensal correspondeu a 3,4 salários mínimos médios mensais3 e quanto maior o porte da empresa, maior o salário médio pago. Enquanto as empresas com 250 ou mais pessoas ocupadas pagaram 4,4 salários mínimos médios mensais, as empresas com 0 a 9 pessoas ocupadas pagaram 1,8 salário mínimo médio mensal.

Em 2007, 55,1% das pessoas assalariadas foram absorvidas pelas empresas com 250 ou mais pessoas ocupadas, enquanto 29,6% foram absorvidas conjuntamente pelas empresas de 0 a 9 pessoas (11,5%) e de 10 a 49 pessoas ocupadas (18,1%).

Setores de Eletricidade e Gás e de Atividades financeiras pagaram os maiores salários médios mensais

Existia uma grande diferença entre os valores salariais pagos segundo as seções da CNAE 2.0. Na seção Eletricidade e gás, o salário médio mensal foi de 10,4 salários mínimos, em Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 9,0 salários mínimos e em Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 7,7 salários mínimos. Esses salários foram de 2,3 a 3,1 vezes superiores ao da média nacional.

Por sua vez, nas seções Agricultura, pecuária, produção florestal e aqüicultura e Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas com 2,1 salários mínimos cada, Atividades administrativas e serviços complementares com 2,0 salários mínimos e Alojamento e alimentação com 1,6 salário mínimo, os salários pagos corresponderam de 0,5 a 0,6 vez da média nacional. A diferença entre o maior e o menor salário médio mensal, em salários mínimos, por seção da CNAE 2.0 chegou a 6,5 vezes.

56,5% do pessoal assalariado recebeu até 3 salários mínimos médios mensais

Analisando a distribuição das pessoas ocupadas assalariadas segundo as faixas de salários mínimos médios mensais, observa-se que 36,0% das pessoas ocupadas assalariadas receberam até 2 salários mínimos médios mensais; 20,5% de 2,1 a 3 salários; 27,3% de 3,1 a 4 salários; e 16,2% acima de 4 salários mínimos médios mensais.

Entre as classes que pagaram salários mais baixos, até 1,5 salários mínimos mensais, ressaltam-se às relacionadas à atividade agrícola de cultivo de uva, fumo e café; ao comércio varejista de produtos de padaria, bebidas, hortifrutigranjeiros, produtos alimentícios, calçados, entre outros; a serviços como limpeza em prédios e em condomínios; cabeleireiros; atividades de condicionamento físico; e em atividades industriais como fabricação de acessórios do vestuário e confecção de roupas profissionais.

Dentre as classes da CNAE que pagaram os melhores salários, 6,1 salários mínimos ou mais, destacam-se as classes da CNAE relacionadas ao setor financeiro como bancos de investimento (32,9 salários mínimos) e os bancos de desenvolvimento (25,9 salários mínimos); ao setor de petróleo como fabricação de produtos de refino de petróleo (25,0 salários mínimos) e fabricação de produtos petroquímicos básicos (20,3 salários mínimos); administração pública como relações exteriores (28,6 salários mínimos) e justiça (16,5 salários mínimos).

Sudeste concentra mais da metade dos assalariados e dos salários pagos

A região Sudeste concentrava mais da metade (51,2%) das unidades locais e das pessoas ocupadas (52,3%) no país, seguida do Sul (22,5% e 18,0%), Nordeste (15,7% e 17,2%), Centro-Oeste (7,2% e 7,7%) e Norte (3,4% e 4,9%). A distribuição do pessoal ocupado assalariado e dos salários e outras remunerações também era concentrada no Sudeste (52,1% e 56,9%, respectivamente).

O Nordeste era a segunda região mais importante na absorção de pessoas assalariadas (17,6%), e a terceira na participação de salários e outras remunerações (12,9%), trocando de posições com o Sul, terceiro em pessoal ocupado assalariado (17,3%) e segundo na participação salarial (15,9%). As regiões Centro-Oeste (respectivamente 7,8% e 9,6%) e Norte (5,2% e 4,7%) apresentaram as menores participações nas duas variáveis.

Os salários médios mensais foram superiores à media nacional no Centro-Oeste (4,2 salários mínimos) e no Sudeste (3,8 salários mínimos). Por outro lado, os 3,2 salários médios mensais no Sul, os 3,1 no Norte e os 2,5 no Nordeste ficaram abaixo da média.

Administração pública é destaque no Norte, Nordeste e Centro-Oeste

A seção Administração Pública, Defesa e Seguridade Social absorveu 38,7%, 32,3% e 29,8% do pessoal assalariado no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, respectivamente, sendo a seção mais importante nessas três regiões. Já Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas vem em seguida, com 16,9%, 16,2% e 18,3%, respectivamente. A seção Indústrias de Transformação aparece em terceiro lugar, com 13,4%, 13,9% e 12,4% do pessoal.

No Sul e no Sudeste, o destaque era a seção Indústrias de Transformação, com 28,4% e 19,6%, seguida da seção Comércio; Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, com 19,6% e 18,5%, respectivamente. Nestas duas regiões, Administração Pública, Defesa e Seguridade Social ficou na terceira colocação, com 14,7% e 17,0% , respectivamente, da absorção do pessoal assalariado.

São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro concentram 50,3% do pessoal ocupado

São Paulo, com 30,5% das unidades locais, 30,1% do pessoal ocupado total e 29,8% do pessoal ocupado assalariado; Minas Gerais, com 11,1% das unidades locais, 10,5% do pessoal ocupado total, 10,4% do pessoal ocupado assalariado; e Rio de Janeiro, com 7,7% das unidades locais, 9,7% do pessoal ocupado total, 9,9% do pessoal ocupado assalariado eram os principais destaques por unidades da federação. Logo em seguida, aparece o Rio Grande do Sul (9,5% das unidades locais, 6,8% do pessoal ocupado total, 6,4% do pessoal ocupado assalariado) e o Paraná (7,6% das unidades locais, 6,5% do pessoal ocupado total e 6,2% do pessoal ocupado assalariado).

Já a remuneração era maior no Distrito Federal (6,9 salários mínimos mensais), 102,9% acima da média nacional. O segundo maior salário médio mensal foi pago em de Roraima (4,2 salários mínimos), seguido de São Paulo (4,1 salários mínimos). Amapá (4,0 salários mínimos) e Rio de Janeiro (3,9 salários mínimos), também representam valores acima da média nacional, respectivamente de 14,7% a 23,5%.

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1 Utilizou-se o pessoal assalariado médio para o cálculo do salário médio. Ver tópico “Critérios para atribuição de valores de pessoal assalariado médio e salário médio mensal” na seção Notas técnicas.

2 Utilizou-se o INPC como inflator do salário médio do ano de 2006, tendo como referência o ano de 2007. A variação acumulada do período foi de 5,16%.

3 O valor médio do salário mínimo em 2007 foi de R$ 373,08.