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Índice Nacional da Construção Civil varia 0,35% em junho

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal, ficou em 0,35% em junho...

08/07/2009 06h01 | Atualizado em 08/07/2009 06h01

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal, ficou em 0,35% em junho, o que significou uma desaceleração de 0,95 ponto percentual em relação a maio (1,30%). Esse movimento é explicado pela menor incidência de reajustes salariais, já que maio concentra as datas-base. Em junho, ocorreram reajustes em apenas dois estados: Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Na comparação com o resultado de junho de 2008 (1,24%), o índice atual (0,35%) mostrou significativa redução. Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em 3,67%, abaixo dos 5,28% do mesmo período de 2008. Nos últimos 12 meses, a taxa situa-se em 10,03%, também abaixo dos 10,99% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 699,15 em maio para R$ 701,62 em junho, sendo R$ 404,58 relativos aos materiais; e R$ 297,04, à mão-de-obra.

A parcela dos materiais registrou aumento de 0,14% em junho, taxa muito próxima ao resultado de 0,13% do mês anterior. Por outro lado, a componente mão-de-obra apresentou forte desaceleração, de 2,29 pontos percentuais, passando de 2,94% em maio para 0,65% junho e influenciando de forma expressiva o índice total. Isso porque, ao contrário de maio, junho não mostra forte concentração de reajustes salariais.

Em 2009, os materiais acumulam alta de 2,26%, bem abaixo dos 4,66% observados em igual período de 2008. Já a mão-de-obra acumula 5,66% neste ano, contra 6,11% no anterior. Em 12 meses, os resultados acumulados são 11,17% (materiais) e 8,51% (mão-de-obra).

Apesar de reduzir ritmo de aumento, Centro-Oeste tem maior taxa de junho

Com exceção da região Sul, onde o índice avançou de 0,81% para 1,08%, as demais registraram desaceleração em relação a maio: Norte (de 0,61% para 0,15%); Nordeste (de 0,26% para 0,14%); Sudeste (de 2,16% para 0,09%) e Centro-Oeste (de 1,59% para 1,27%).

No Centro-Oeste foi verificada a taxa mais acentuada no mês (1,27%). No ano, o Sudeste, com 4,12%, acumula a maior variação; e o destaque nos últimos 12 meses é a região Norte, com taxa de 11,74%. O menor acumulado no ano está com a região Norte (2,38%); considerando os últimos 12 meses, o Sul (8,32%) apresenta o menor resultado.

Os custos regionais, por metro quadrado, foram de R$ 746,30 no Sudeste; R$ 690,94 no Norte; R$ 686,96 no Sul; R$ 672,72 no Centro-Oeste; e R$ 655,93 no Nordeste.

Mato Grosso registra maior alta

Em junho, apenas Mato Grosso e Rio Grande do Sul tiveram reajustes salariais das categorias profissionais e, por isso, apresentaram os maiores aumentos nos custos da construção, respectivamente, 3,75% e 2,59%. Todos os demais estados registraram taxas mensais abaixo de 0,50%, algumas bem próximas da estabilidade (menores que 0,10%): Rio Grande do Norte (0,02%); Tocantins e Santa Catarina (0,04% cada um); Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro (0,05% cada um); Amazonas e Amapá (0,06% cada um); Roraima e Minas Gerais (0,08% cada um) e, finalmente, Sergipe (0,09%).

No ano de 2009, o Acre registra a taxa acumulada mais elevada (8,21%); e, nos últimos 12 meses, o maior acumulado é observado em Mato Grosso (14,26%).

Esses resultados são calculados mensalmente pelo IBGE através de convênio com a Caixa Econômica Federal, a partir do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Criado em 1969, o Sinapi tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando à elaboração e avaliação de orçamentos e ao acompanhamento de custos. Em 2002, o Congresso Nacional aprovou, por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a adoção do Sinapi como referência para delimitação dos custos de execução de obras públicas.