Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Índice Nacional da Construção Civil fica em 0,32% em abril

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal, apresentou variação de 0,32% em abril...

08/05/2009 06h01 | Atualizado em 08/05/2009 06h01

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal, apresentou variação de 0,32% em abril, o que mostrou uma desaceleração de 0,62 ponto percentual em relação a março (0,94%), explicada pelo recuo das duas componentes do índice, materiais e mão-de-obra, destacando-se esta última pelo ritmo menor de reajustes salariais nos estados. No ano, o acumulado ficou em 1,98% e nos últimos doze meses em 11,62%.

Na comparação com o resultado de abril de 2008 (0,37%), o índice atual ficou um pouco abaixo, assim como o acumulado dos últimos doze meses (11,62%) contra 11,67% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.

O custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 688,00 (março) para R$ 690,19 (abril), sendo R$ 403,49 relativos aos gastos com materiais e R$ 286,70 à mão-de-obra.

A parcela dos materiais variou 0,24%, o que apontou um recuo de 0,47 ponto percentual em relação a março (0,71%), sendo esta a menor variação desde junho de 2007. A componente mão-de-obra também apresentou forte desaceleração, passando de 1,28% para 0,43%, com recuo de 0,85 ponto percentual, devido a menor incidência de reajustes salariais ocorridos em abril (Ceará) em comparação com março (Paraíba, Bahia e Rio de Janeiro).

No ano de 2009, os materiais e a mão-de-obra registraram o mesmo acumulado (1,98%). Em doze meses, os resultados foram 13,14% (materiais) e 9,54% (mão-de-obra).

Região Nordeste se destacou em abril

Todas as regiões apresentaram desaceleração nos índices mensais, de março para abril: Norte (0,46% para 0,23%), Nordeste (1,72% para 0,64%), Sudeste (0,93% para 0,25%), Sul (0,25% para 0,13%) e Centro-Oeste (0,39% para 0,15%).

Mesmo apresentando o maior recuo (1,08 ponto percentual), a Região Nordeste voltou a ser destaque entre as demais, como já havia acontecido em março, mas desta vez pressionada pelo índice do Ceará (3,30%).

Com relação aos resultados acumulados, o mais alto no ano coube ao Nordeste (3,23%) e nos últimos doze meses ao Norte (13,13%). Nestes mesmos períodos, os menores acumulados ficaram com a região Sul (1,06%) e o Sudeste (11,18%).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 729,87 (Sudeste); R$ 685,69 (Norte); R$ 674,14 (Sul); R$ 653,87 (Centro-Oeste) e R$ 653,36 (Nordeste).

Ceará registrou a maior alta

Devido à pressão exercida pelos reajustes salariais das categorias profissionais, o custo da construção no Ceará teve o maior aumento (3,30%), em abril. Todos os demais estados registraram variações abaixo de 0,50%, sendo as menores: 0,01% no Amapá; 0,06% no Pará; 0,07% no Distrito Federal; 0,08% em Pernambuco e na Bahia e 0,09% no Piauí.

A Paraíba registrou o maior acumulado no ano (5,95%), seguida pelo Rio de Janeiro (5,19%), enquanto o Acre se destacou nos últimos doze meses (15,14%).

Estes resultados são calculados mensalmente pelo IBGE através de convênio com a CAIXA – Caixa Econômica Federal, a partir do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil.

O SINAPI, criado em 1969, tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.

Em 2002, o Congresso Nacional aprovou através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a adoção do SINAPI como referência para delimitação dos custos de execução de obras públicas.