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IPCA-15 de março fica em 0,11%, e IPCA-E inicia o ano em 1,14%

Com variação de 0,11% em março, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou bem abaixo do resultado de fevereiro (0,63%)...

25/03/2009 06h01 | Atualizado em 25/03/2009 06h01

Com variação de 0,11% em março, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou bem abaixo do resultado de fevereiro (0,63%). Nos últimos 12 meses, a taxa acumulada de 5,65% é menor do que a de 5,77%, relativa aos 12 meses imediatamente anteriores. Com a taxa de março, o IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial, acumulado do IPCA-15 em determinados períodos) apresentou variação de 1,14 % no primeiro trimestre do ano, abaixo do resultado do mesmo trimestre de 2008 (1,58%).

O forte recuo no IPCA-15 de fevereiro (0,63%) para março (0,11%) foi explicado pelos grupos educação (-0,43%) e alimentação e bebidas (0,21%).

Em fevereiro, a alta da educação havia atingido 4,95%, e o grupo tinha sido responsável por 54% do índice do mês, refletindo a típica aplicação dos reajustes de início do ano letivo. Já em março, o resultado foi a -0,43%, puxando para baixo a taxa dos produtos não-alimentícios, de 0,69% em fevereiro para 0,08% no mês seguinte.

No caso dos alimentos, a taxa passou de 0,44% em fevereiro para 0,21% em março, com vários itens importantes no consumo das famílias ficando mais baratos de um mês para o outro: feijão preto (de 5,52% para -7,78%), feijão carioca (de 2,14% para -10,17%), carnes (de -0,80 % para -3,01%) e tomate (de -6,74% para -8,67%), por exemplo. Alguns itens, porém, continuaram em alta: açúcar cristal (de 8,20% para 17,00%), açúcar refinado (de 1,96% para 10,72%), frutas (de 0,64% para 3,03%), hortaliças (de 5,22% para 9,69%), refeição fora de casa (de 0,99% para 0,66%) e ovo (de -1,95% para 3,66%) foram alguns deles.

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Recife (0,56%), devido, principalmente, ao grupo alimentação e bebidas, cuja variação ficou em 0,94%. O menor foi o do Rio de Janeiro, que chegou a apresentar deflação de 0,23%, tendo em vista a queda de 0,97% nos produtos alimentícios.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 12 de fevereiro a 13 de março e comparados com aqueles coletados entre 15 de janeiro e 11 de fevereiro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.