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IPCA-15 de dezembro fica em 0,29% e IPCA-E fecha ano em 6,10%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,29% em dezembro, inferior à taxa de 0,49% de novembro. ...

19/12/2008 07h01 | Atualizado em 19/12/2008 07h01

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,29% em dezembro, inferior à taxa de 0,49% de novembro. Com isso, o IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) fechou o ano em 6,10%, bem acima dos 4,36 % de 2007. Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de novembro a 10 de dezembro e comparados com aqueles vigentes de14 de outubro a 13 de novembro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E, é o IPCA-15 acumulado em períodos.

A redução no IPCA-15 de dezembro deve-se, principalmente, à forte desaceleração de preços dos alimentos, que, da taxa de 0,90%, de novembro, passaram para 0,34%, em dezembro, numa contribuição de 0,08 ponto percentual em substituição à de 0,20 do mês anterior.

Os preços de grande parte dos produtos apresentaram menor ritmo de crescimento ou caíram. O feijão carioca, que já havia tido queda de 2,54% em novembro, ficou ainda mais barato em dezembro, com queda de 21,15%, enquanto o tipo preto, 7,65% mais caro em novembro, cedeu 4,71% em dezembro.

O tomate, cujos preços apresentaram alta de 45,90% contra 3,38% em novembro, foi responsável por 0,08 ponto percentual de contribuição no mês de dezembro, a maior individualmente, tomando o lugar do item carnes, que, no mês anterior, havia apresentado alta de 4,52% e contribuição de 0,20 ponto. A taxa das carnes, no entanto, em dezembro, baixou para 0,61%.

O mesmo ocorreu com os produtos não alimentícios, cuja taxa de 0,28% também ficou abaixo dos 0,37% do mês anterior. Artigos de limpeza (de 0,91% para 0,79%), aluguel (de 0,84% para 0,56%), gasolina (de 0,33% para -0,12%), álcool (de 0,75% para -0,29%) e automóveis usados (de -1,10% para -2,57%) são exemplos de itens que influenciaram na redução da taxa de um mês para o outro.

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Brasília (0,82%), onde o a gasolina teve alta de 0,87% e álcool, de 0,19%. O menor índice foi o de São Paulo (0,09%), que, com peso de 33,06% no IPCA-15, exerceu significativa influência na determinação do resultado do mês. Abaixo, os índices no trimestre.

No ano, entretanto, a região metropolitana de São Paulo, com 6,03%, ficou um pouco abaixo do IPCA-15, que fechou com 6,10%, bem acima do ano de 2007 (4,36%). Mas o menor índice regional foi o de Brasília, com 5,24%, enquanto o maior foi registrado em Belém, com 8,11%.

O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pelo resultado do índice do ano. Contribuindo com 2,59 ponto percentual, o grupo ficou com 42% do IPCA-15. Com alta iniciada em 2007, quando atingiram variação de 10,09%, os preços dos produtos alimentícios continuaram subindo e chegaram a 11,95%, em 2008. Carnes e refeição em restaurante foram os itens de maior contribuição no ano: 0,55 ponto percentual cada. As carnes ficaram 27,48% mais caras e a refeição, 14,41%. O feijão com arroz ficou bem mais caro. Ao longo do ano, o feijão preto passou a custar 81,72% a mais, enquanto o arroz subiu 33,84%. Vários itens apresentaram altas expressivas, com destaque para tomate (93,01%), carne-seca (43,38%), pão francês (19,57%), frango (13,26%) e açúcar refinado (13,26%).

Quanto aos produtos não-alimentícios, ficaram em 4,49% no ano, acima do resultado de 2,89% de 2007. Entre as principais variações, destacam-se as passagens aéreas (12,86%), artigos de limpeza (11,40%), salário de empregados domésticos (11,04%) e artigos para reparos de residência (10,45%).

Por outro lado, itens importantes no orçamento das famílias tiveram variações pouco expressivas ao longo do ano. É o caso da gasolina, com apenas 0,15%, e da energia elétrica, com 0,78%.

A seguir, os resultados por grupos de produtos.