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Em outubro, volume de vendas varia -0,3 e receita 0,1%

Após sete meses consecutivos de crescimento, em outubro, o comércio varejista do País registrou resultado negativo para o volume de vendas de -0,3%, em relação a setembro, enquanto a receita nominal variou 0,1%, ambas comparações na série com ajuste sazon

16/12/2008 07h01 | Atualizado em 16/12/2008 07h01

Após sete meses consecutivos de crescimento, em outubro, o comércio varejista do País registrou resultado negativo para o volume de vendas de -0,3%, em relação a setembro, enquanto a receita nominal variou 0,1%, ambas comparações na série com ajuste sazonal. Nas demais comparações, sem ajuste sazonal, o varejo obteve taxas de variação para o volume de vendas da ordem de 10,1% sobre outubro do ano anterior; 10,4% no acumulado janeiro-outubro sobre igual período de 2007; e de 10,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Nas mesmas relações, a receita nominal de vendas apresentou acréscimos de 16,7%, de 16,3% e de 15,8%, respectivamente.

Para o volume de vendas, na série com ajuste sazonal, observou-se que das dez atividades pesquisadas somente três assinalaram crescimento em outubro com relação a setembro: Livros, jornais, revistas e papelaria (3,6%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%). Os sete resultados negativos restantes foram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%); Móveis e eletrodomésticos (-0,9%); Combustíveis e lubrificantes (-1,1%); Material de construção (-1,9%); Tecidos, vestuário e calçados (-4,4%); e Veículos e motos, partes e peças (-19,9%).

Na relação outubro 2008/outubro 2007 (sem ajuste sazonal), todas as atividades do varejo assinalaram aumento no volume de vendas, cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, foram7,4% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 15,8% para Móveis e eletrodomésticos; 13,9% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 10,5% em Combustíveis e lubrificantes;13,8% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 44,1% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 19,8% para Livros, jornais, revistas e papelaria e0,3% em Tecidos, vestuário e calçados.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, mesmo com desempenho abaixo da média - variação de 7,4% no volume de vendas em outubro com relação a igual mês do ano anterior - foi responsável pela maior contribuição da taxa global do varejo (35,7% da magnitude desta). Em termos acumulados, a atividade apresenta crescimento de 5,7% e 5,8% para os dez primeiros meses do ano e para os últimos 12 meses, respectivamente. Observa-se que nos últimos 3 meses, os preços do grupo Alimentação no Domicílio – IPCA vêm caindo, proporcionando uma maior demanda por esse tipo de bem.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com variação de 15,8% no volume de vendas em relação a outubro do ano passado, proporcionou o segundo maior impacto na formação da taxa de desempenho do Comércio varejista, sendo responsável por 25,2% da composição da taxa geral. Em termos acumulados, o segmento registra crescimento da ordem de 18,0% para os dez primeiros meses do ano, sobre igual período de 2007, e de 17,1% para os últimos 12 meses.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo, obteve variação de 13,9% no volume de vendas em relação a outubro de 2007, respondendo assim por 12,2% da taxa geral. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc., esta atividade teve seu desempenho influenciado pelo dia das crianças. Acumulando no ano e nos últimos 12 meses taxas de 19,4% e 19,9%, respectivamente.

A quarta maior contribuição ao aumento do volume de vendas do varejo, em outubro, veio do segmento de Combustíveis e lubrificantes, com participação na taxa global do varejo de 10,8%. O segmento registrou variação de 10,5% do confronto outubro2008/outubro2007. Este comportamento pode ser atribuído à estabilização dos preços dos combustíveis - que acumulou nos últimos 12 meses variação de 2,9%, segundo o IPCA. Em relação aos resultados acumulados da atividade, as variações foram de 10,0% para o período de janeiro a setembro e de 9,2% para os últimos 12 meses.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quinta maior participação na taxa global do varejo, apresentou crescimento de 13,8% na comparação com outubro de 2007, e taxas acumuladas de 13,1% no ano e de 12,7% nos últimos 12 meses. A expansão da massa de salários e a diversificação do mix de produtos comercializados são os principais fatores explicativos do desempenho positivo do segmento.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, respondendo pelo sexto maior impacto na formação da taxa do varejo, obteve acréscimo no volume de vendas, em outubro, da ordem de 44,1% sobre igual mês do ano passado, e taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses, respectivamente, de 34,8% e de 35,4%.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com crescimento de 19,8%, exerceu a sétima maior contribuição para o resultado positivo do Comércio Varejista. A taxa acumulada no ano obteve variação de 11,6% e para os últimos 12 meses de 10,9%. O resultado mensal, que mantém uma taxa de dois dígitos, reflete a melhoria do quadro geral da economia e a diversificação da linha de produtos, principalmente nas grandes livrarias e papelarias, que vêm comercializando também produtos não típicos da atividade como CDs, DVDs, material de informática etc.

Com a menor contribuição para o resultado positivo do Comércio Varejista, em outubro, o segmento de Tecidos, vestuário e calçados, variou o volume de vendas em 0,3% com relação a igual mês do ano anterior. Esta taxa, a menor do ano, deve-se ao aumento de preços, principalmente dos produtos importados por conta da desvalorização do real. O IPCA registrou para o subitem Roupas uma inflação mensal de 1,57% (maior variação mensal dos últimos 12 meses). Em termos acumulados, a atividade registrou patamares de variação de 9,1% para os primeiros dez meses de 2008, em relação ao mesmo período de 2007 e em 9,4% para os últimos 12 meses.

Para o Comércio varejista ampliado (varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção), as variações observadas em relação a igual mês do ano anterior foram de 3,7% para o volume de vendas e de 9,2% na receita nominal de vendas. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 12,7% e 12,6%, para o volume de vendas e de 17,9% e 17,5% para a receita nominal, respectivamente.

Em relação ao volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou queda de -7,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior; acumulando nos dez primeiros meses do ano taxa de 17,4% ante o mesmo período de 2007, e nos últimos doze meses variação de 17,5%.

Quanto a Material de construção, as variações foram de 4,1% na relação outubro2008/outubro2007; 10,6% no acumulado de janeiro a outubro; e de 11,0% no acumulado dos últimos 12 meses.

Para o volume de vendas, das vinte e sete Unidades da Federação apenas o Pará apresentou resultado negativo de –0,3%, na comparação outubro2008/outubro2007. Nas demais, as que se destacaram com as maiores variações foram: Paraíba (26,2%); Rondônia (18,8%); Roraima (16,8%); Acre (15,7%); e São Paulo (14,1%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio varejista, os destaques foram, pela ordem: São Paulo (14,1%); Rio de Janeiro (8,7%); Minas Gerais (7,4%); Bahia (10,9%); Paraná (7,9%); e Paraíba (26,2%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Rondônia (21,0%); Roraima (15,5%); Paraíba (13,9%); Mato Grosso (13,3%); e Acre (12,0%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (3,1%); Minas Gerais (6,2%); Rio Grande do Sul (3,9%); Espírito Santo (11,7%); Rio de Janeiro (2,3%); Bahia (5,2%); e Ceará (9,1%).

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação mês/mês anterior, 14 (quatorze) estados com variações positivas e 13 (treze) com quedas. Os principais acréscimos ocorreram na Paraíba (2,9%); Roraima (2,5%); Rio Grande do Norte (2,5%) e Acre (2,0%). Já as maiores quedas se estabeleceram no Ceará (-4,8%); Rondônia (-3,0%) e Rio Grande do Sul (-2,7%).