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Em outubro, produção industrial recua em 10 dos 14 locais pesquisados

O indicador mês/mês imediatamente anterior (descontados os efeitos sazonais) mostrou que as quedas mais acentuadas, tomando por base a média nacional (-1,7%), ...

05/12/2008 07h01 | Atualizado em 05/12/2008 07h01

O indicador mês/mês imediatamente anterior (descontados os efeitos sazonais) mostrou que as quedas mais acentuadas, tomando por base a média nacional (-1,7%), ocorreram no Espírito Santo (-5,7%), Rio Grande do Sul (-5,5%) e região Nordeste (-5,1%) e as de menor intensidade em São Paulo (-0,2%) e Rio de Janeiro (-0,6%). Na comparação mensal (out/08 – out/07), as taxas foram positivas em 10 das 14 regiões. Já o índice acumulado no ano apontou crescimento em todas as áreas investigadas.

Em outubro, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente recuaram frente a setembro em dez dos quatorze locais pesquisados. Espírito Santo (-5,7%), Rio Grande do Sul (-5,5%) e região Nordeste (-5,1%) assinalaram as variações mais acentuadas. Bahia (-3,9%), Amazonas (-3,5%), Pernambuco (-3,1%), Santa Catarina (-2,2%) e Minas Gerais (-1,9%) também ficaram abaixo da média nacional (-1,7%). São Paulo (-0,2%) e Rio de Janeiro (-0,6%) tiveram reduções discretas. Por outro lado, Pará (3,1%), Goiás (2,5%), Ceará (1,3%) e Paraná (1,2%) apresentaram crescimento na passagem de setembro para outubro.

No confronto outubro 08/ outubro 07, que, para o total do país, ficou em 0,8%, os índices foram positivos em dez dos quatorze locais, com destaque para o Pará (8,9%). Goiás (4,2%), Paraná (3,9%), Ceará (2,9%), São Paulo (2,5%), Pernambuco (2,2%), Amazonas (2,0%), Rio Grande do Sul (1,7%) e Minas Gerais (1,2%) registraram taxas superiores à média nacional. Rio de Janeiro (0,3%) ficou muito próximo ao patamar de outubro de 2007. Nessa comparação, os locais com recuo na produção foram: região Nordeste (-3,3%), Espírito Santo (-2,7%), Santa Catarina (-2,4%) e Bahia (-0,6%).

Vale mencionar que o mês de outubro, embora com um dia útil a mais que outubro de 2007, está marcado por quedas importantes em setores que concederam férias coletivas não planejadas ou efetuaram paralisações técnicas não programadas, num contexto de aumento da incerteza no ambiente econômico internacional. A influência desses fatores fica evidente no confronto entre o ritmo de produção do período julho-setembro com o de outubro: todos os locais, à exceção do Pará, mostraram perda de ritmo entre os dois períodos. As maiores perdas foram observadas no Espírito Santo (de 12,4% para -2,7%), Paraná (de 11,2% para 3,9%) e Bahia (de 6,1% para -0,6%).

No indicador acumulado para os dez primeiros meses do ano, as taxas positivas alcançaram todos os locais. Acima dos 5,8% assinalados na média nacional, situam-se Espírito Santo (12,9%), Paraná (10,4%), Goiás (10,2%), São Paulo (8,0%), Pará (7,2%), Pernambuco (6,5%), Amazonas (6,4%) e Minas Gerais (6,0%). Nesses locais, fatores como o dinamismo dos produtos tipicamente de exportação, particularmente as commodities (minérios de ferro, açúcar, celulose e produtos siderúrgicos) e a forte presença da indústria automobilística e dos setores produtores de máquinas e equipamentos foram determinantes no desempenho industrial.

AMAZONAS

A produção industrial do Amazonas, em outubro, recuou em relação ao mês imediatamente anterior (-3,5%), na série livre de influências sazonais, após assinalar crescimento de 6,1% em setembro. O índice de média móvel trimestral, com variação positiva de 0,3% entre os trimestres encerrados em outubro e setembro, cresce há cinco meses consecutivos, acumulando ganho de 6,2% nesse período.

Em relação a igual mês do ano passado, o índice mensal aumentou 2,0%, após expansão de 13,7% em setembro. Com isso, tanto o indicador acumulado no ano (6,4%) como o acumulado nos últimos doze meses (7,1%) mostraram redução no ritmo frente aos resultados de setembro (7,0% e 8,3%, respectivamente).

Na comparação com outubro de 2007 (2,0%), cinco dos onze segmentos contribuíram positivamente para a formação da taxa geral, com destaque para material eletrônico e equipamentos de comunicações (10,4%), alimentos e bebidas (8,2%) e equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (20,4%). Nestes ramos sobressaíram os avanços assinalados em telefones celulares; preparações em xarope para elaboração de bebidas; e relógios. Por outro lado, as pressões negativas mais relevantes sobre a média geral foram observadas em outros equipamentos de transporte (-10,9%), em que a concessão de férias coletivas em importantes empresas do ramo foi determinante para o recuo na fabricação de motocicletas; além de edição e impressão (-8,9%) e máquinas e equipamentos (-9,8%), determinadas, principalmente, pelos recuos dos produtos: DVD´s; e aparelhos de ar condicionado.

No indicador acumulado no ano (6,4%), cinco setores aumentaram a produção frente a igual período do ano anterior, com as contribuições mais significativas vindo de outros equipamentos de transporte (19,6%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (7,7%) e edição e impressão (33,4%), sobretudo em função dos itens: motocicletas; telefones celulares; e DVD´s. Em sentido contrário, produtos de metal (-16,4%) e máquinas e equipamentos (-10,4%) exerceram as principais influências negativas, pressionados, em grande medida, pelos itens aparelhos de barbear, no primeiro ramo, e aparelhos de ar condicionado, no segundo.

PARÁ

Em outubro, a indústria do Pará avançou 3,1% frente a setembro, na série livre dos efeitos sazonais, revertendo a queda observada no mês anterior (-2,6%). O índice de média móvel trimestral, ao avançar 0,7% entre os trimestres encerrados em setembro e outubro, manteve a trajetória ascendente iniciada em junho último.

No confronto com outubro do ano passado, o setor industrial cresceu 8,9%. Para períodos de comparação mais longos, os resultados também foram positivos, com o indicador acumulado no ano avançando 7,2% e o acumulado nos últimos doze meses assinalando 6,3% de expansão. Vale destacar que nestas duas comparações os resultados de outubro foram mais elevados que os observados em setembro (7,0% e 6,0%, respectivamente).

No indicador mensal, a indústria paraense cresceu 8,9%, desempenho explicado, em grande parte, pelos avanços em três das seis atividades investigadas, sob a liderança dos setores extrativo (9,8%) e de metalurgia básica (27,1%). Nestas atividades, os produtos que mais se destacaram foram minérios de ferro, manganês e de alumínio, no primeiro ramo, e óxido de alumínio, no segundo. Em sentido contrário, a pressão negativa mais relevante veio do setor de madeira, que mostrou forte queda (-38,8%), puxada principalmente pelo decréscimo na fabricação de madeira serrada e compensada.

No índice acumulado nos dez meses do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial paraense (7,2%) prossegue assinalando crescimento acima da média nacional (5,8%), impulsionado, sobretudo, pelos avanços em cinco dos seis setores investigados, principalmente de extrativa mineral (9,7%) e metalurgia básica (9,4%). Por outro lado, a única pressão negativa foi exercida por madeira (-22,0%).

NORDESTE

Em outubro, a produção industrial do Nordeste, na série livre dos efeitos sazonais, recuou 5,1% em relação ao mês imediatamente anterior, após assinalar taxas positivas por dois meses consecutivos, período em que acumulou 4,6% de expansão. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral fica praticamente estável (-0,2%) entre os trimestres encerrados em setembro e outubro, após assinalar duas taxas positivas consecutivas (agosto 0,7% e setembro 1,2%).

No confronto com outubro de 2007, a indústria nordestina recua 3,3%. O acumulado no ano prossegue assinalando expansão (3,1%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, cresce 3,7%, mas com ligeira redução no ritmo frente ao resultado de setembro (4,4%).

Em relação a outubro de 2007, a queda de 3,3% reflete sobretudo as taxas negativas em sete dos onze setores pesquisados, com os principais impactos sobre o índice geral vindo de produtos químicos (-11,9%); alimentos e bebidas (-2,7%); têxtil (-7,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-17,4%). Nesses ramos, sobressaem, respectivamente, as quedas nos itens adubos ou fertilizantes e polietileno; açúcar cristal e demerara; tecidos de algodão; e eletrodos, escovas de carvão e pilhas ou baterias.

O acumulado no período janeiro-outubro de 2008 avançou 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado, apoiado, em grande parte, nos resultados positivos de sete ramos. As contribuições mais relevantes sobre média da indústria vieram de celulose e papel (30,3%), alimentos e bebidas (4,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (3,5%), impulsionados pelos itens: celulose; castanha de caju; e álcool e óleo diesel. Por outro lado, o impacto negativo mais expressivo veio do ramo têxtil (-4,7%).

CEARÁ

Em outubro, a produção industrial do Ceará ajustada sazonalmente cresceu 1,3% em relação ao mês imediatamente anterior, após assinalar queda de 2,2% em setembro. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral também mostra acréscimo, ao avançar 0,5% entre os trimestres encerrados em setembro e outubro.

Nos confrontos contra iguais períodos do ano anterior, observam-se taxas positivas tanto frente a outubro de 2007 (2,9%) como no acumulado no ano (3,8%). O acumulado nos últimos doze meses aponta ligeira redução no ritmo de crescimento, ao passar de 3,8% em setembro para 3,5% em outubro.

No indicador mensal, a indústria cearense avançou 2,9%, com taxas positivas em cinco dos dez setores industriais pesquisados, cabendo a alimentos e bebidas (15,0%), apoiado, principalmente, na maior fabricação de castanha de caju, a principal influência sobre a média geral. Vale citar, ainda, as contribuições vindas de produtos químicos (20,8%) e de vestuário (15,1%), sustentados pelos avanços nos itens tintas e vernizes para construção, e camisas de malha de uso masculino. Já os maiores impactos negativos vieram de calçados e couro (-11,8%) e têxtil (-8,4%). Nestes segmentos, sobressaem os recuos nos itens calçados de plástico e de couro, no primeiro ramo, e de tecidos de algodão, no segundo.

O acumulado no ano registra taxa de 3,8%, com sete dos dez ramos industriais apontando crescimento. O destaque foi a indústria de alimentos e bebidas (13,5%), sustentada, principalmente, pela maior produção de castanha de caju. Vale destacar também o desempenho de produtos químicos (16,1%), explicado pela maior fabricação de tintas e vernizes para construção. Por outro lado, as pressões negativas mais relevantes vieram da indústria têxtil (-7,0%) e de refino de petróleo e produção de álcool (-19,2%), por conta, respectivamente, dos itens tecidos de malha e de algodão, e de óleo diesel e gasolina.

PERNAMBUCO

Em outubro, a produção industrial de Pernambuco ajustada sazonalmente recua 3,1% na comparação com o mês imediatamente anterior, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando, nesse período, uma perda de 3,3%. O indicador de média móvel trimestral, ao avançar 0,5% entre outubro e setembro, mantém seqüência de três resultados positivos, com ganho de 2,4% entre os trimestres encerrados em julho e outubro.

A indústria pernambucana mostra resultados positivos tanto na comparação com outubro de 2007 (2,2%) como no índice acumulado para o período janeiro-outubro (6,5%). O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar 6,3%, ficou praticamente estável frente a setembro (6,2%).

O acréscimo de 2,2% no indicador mensal foi sustentado por taxas positivas em sete dos onze setores pesquisados, com destaque para alimentos e bebidas (3,8%), metalurgia básica (11,8%), refino de petróleo e produção de álcool (19,5%), e minerais não-metálicos (11,7%). Nesses ramos, sobressaem os avanços na fabricação dos itens refrigerantes; chapas e tiras de alumínio; álcool; e massa de concreto. Por outro lado, as principais influências negativas vieram de produtos químicos (-14,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-20,1%), por conta, respectivamente, da queda na produção de hipoclorito de cálcio; e pilha ou bateria elétrica.

No indicador acumulado no ano, a produção cresceu 6,5%, com resultados positivos em oito atividades. Os principais impactos sobre média global da indústria vieram de alimentos e bebidas (6,7%), metalurgia básica (9,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (81,6%), devido, em grande parte, aos acréscimos na fabricação de açúcar cristal; chapas e tiras de alumínio; e álcool. Em sentido contrário, as principais pressões negativas foram assinaladas por celulose e papel (-7,5%) e calçados e artigos de couros (-15,2%), em função da menor produção de sacos, sacolas e bolsas de papel; e calçados de borracha.

BAHIA

Em outubro, a produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, recuou 3,9% frente a setembro, após também assinalar taxa negativa (-0,7%) no mês anterior. Na comparação com outubro de 2007, o resultado foi negativo (-0,6%). O indicador acumulado do período janeiro-outubro ficou em 4,5%. A taxa anualizada, acumulado nos últimos doze meses, mostra redução no ritmo de crescimento ao passar de 5,1% em setembro para 4,6% em outubro.
A atividade industrial baiana foi 0,6% inferior à de outubro de 2007, com taxas negativas em três dos nove ramos pesquisados, particularmente influenciada pelo desempenho de produtos químicos (-12,2%), refletindo paralisações técnicas em algumas unidades do setor. Esse segmento pesa em torno de 35% da estrutural industrial baiana. Entre as atividades que mostraram expansão na produção, os principais destaque foram celulose e papel (17,1%), alimentos e bebidas (6,4%) e minerais não-metálicos (28,1%), impulsionados, respectivamente, pelos itens: celulose, cerveja e chope e cimento.

O indicador acumulado no ano mostrou expansão de 4,5%, com oito dos nove setores investigados assinalando avanços na produção. Para a formação deste resultado, sobressaem os impactos positivos vindos de celulose e papel (34,8%); borracha e plástico (17,0%) e minerais não-metálicos (17,1%). A única pressão negativa veio de produtos químicos (-1,0%), por conta da queda na fabricação polietileno de alta densidade e etileno não-saturado.

Com o comportamento negativo da indústria baiana nos últimos dois meses, o índice de média móvel trimestral mostrou virtual estabilidade (-0,2%) na passagem de setembro para outubro, após dois meses de crescimento, período em que acumulou 2,7% de expansão.

MINAS GERAIS

A produção industrial de Minas Gerais, descontadas as influências sazonais, recuou 1,9% na passagem de setembro para outubro, terceira taxa negativa consecutiva, acumulando 4,6% de perda nesse período. Na comparação com outubro de 2007, o avanço foi de 1,2%. Os indicadores acumulados nos dez meses do ano (6,0%) e nos últimos doze meses (6,4%) mostraram expansão, mas ambos com desaceleração frente ao resultado de setembro (6,6% e 7,2%, respectivamente).

Em relação a outubro de 2007, a produção industrial mineira avançou 1,2%, com crescimento tanto na indústria de transformação (1,1%) como na extrativa (1,6%). No primeiro segmento, oito das doze atividades pesquisadas apresentaram acréscimo, com destaque para os desempenhos de metalurgia básica (4,9%), refino de petróleo e produção de álcool (15,2%), alimentos (5,9%) e minerais não-metálicos (10,3%). Essas atividades tiveram como principais destaques, respectivamente, a maior produção dos itens lingotes, blocos e placas de aço ao carbono; óleo diesel e gasolina; leite esterilizado e em pó; e cimento. Entre os ramos que exerceram influência negativa sobre a média geral, destaca-se sobretudo a queda de veículos automotores (-16,2%), influenciada, em grande parte, pela concessão de férias coletivas em importante empresa do setor.

O indicador acumulado nos dez primeiros meses do ano aponta crescimento de 6,0%, apoiado na expansão de dez dos treze ramos pesquisados, com destaque para veículos automotores (10,7%), indústria extrativa (7,5%), metalurgia básica (4,3%), e minerais não-metálicos (11,9%) devido, em grande parte, à maior produção, respectivamente, de automóveis; minérios de ferro e seus concentrados; e lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço ao carbono; e cimento. Por outro lado, a principal contribuição negativa veio de têxtil (-6,5%), com queda, sobretudo, em tecidos de algodão.

Com a seqüência de três resultados negativos na comparação com o mês imediatamente anterior, o índice de média móvel trimestral, que estava estável em setembro, recua 1,6% em outubro.

ESPÍRITO SANTO

Em outubro, a indústria do Espírito Santo recuou 5,7% frente a setembro, na série livre dos efeitos sazonais, repetindo o resultado do mês anterior e acumulando, nesses dois meses, uma perda de 11,1%. Assim, o índice de média móvel trimestral recua 3,1% entre setembro e outubro, intensificando o ritmo de queda frente ao índice do mês anterior, que foi -0,5% em setembro.

Na comparação com outubro do ano passado, o setor industrial também mostra taxa negativa (-2,7%). Entretanto, nos demais confrontos, os resultados foram amplamente positivos: o indicador acumulado no ano cresceu 12,9% e o acumulado nos últimos doze meses avançou 13,0%, mas ambos com redução no ritmo de crescimento frente ao resultado de setembro (14,8% e 14,1%, respectivamente), o que reforça as evidências de uma mudança de cenário a partir de outubro.

No indicador mensal, o decréscimo foi de 2,7%, o menor desde dezembro de 2005 (-3,0%). Nesse mês, três dos cinco ramos pesquisados apontaram taxas negativas: metalurgia básica (-21,4%), alimentos e bebidas (-15,4%) e celulose e papel (-6,6%). Nesses ramos, vale destacar o recuo na fabricação de lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços; bombons contendo cacau; e celulose, respectivamente. Em sentido contrário, o setor extrativo (19,2%) exerceu a maior contribuição positiva, impulsionado pelos itens minérios de ferro e gás natural.

O índice acumulado no ano apresentou crescimento de 12,9%, com expansão na produção em todas as atividades investigadas. As principais contribuições sobre a média da indústria vieram das indústrias extrativas (19,6%) e da metalurgia básica (21,5%), influenciadas, em grande parte, pelos itens minérios de ferro e lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços.

RIO DE JANEIRO

Em outubro de 2008, o índice da produção industrial do Rio de Janeiro ajustado sazonalmente volta a recuar (-0,6%) frente ao mês anterior, após crescimento de 4,2% em setembro. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral mostra crescimento nulo (0,0%) entre setembro e outubro, após assinalar ligeira variação positiva no mês anterior (0,4%).

No confronto com outubro de 2007, a produção apontou ligeiro acréscimo de 0,3%. Também se observam taxas positivas nos indicadores acumulados no ano e nos últimos doze meses, ambos com 3,0%, mas com ligeira redução no ritmo de crescimento frente aos resultados de setembro (3,3% e 3,5%).

Em relação a outubro de 2007, o setor industrial fluminense aponta acréscimo de 0,3%, com destaque para a contribuição positiva da indústria extrativa (13,2%), uma vez que a indústria de transformação assinala queda (-2,3%). No primeiro setor, que mostra a sétima taxa positiva consecutiva, sobressai a maior extração de petróleo. Na indústria de transformação, onde cinco das doze atividades registram expansão na produção, os impactos positivos mais significativos vieram de veículos automotores (23,5%) e de edição e impressão (12,4%), sustentados, em grande parte, pelos itens caminhões, chassis para ônibus e caminhões, e automóveis, no primeiro setor, e cds, livros e jornais no segundo. Entre os ramos que reduziram a produção, a principal pressão veio de metalurgia básica (-10,3%), influenciada, sobretudo, pela paralisação técnica em importante empresa do setor, pressionada, principalmente, pelos itens barras de aço ao carbono e folhas-de-flandres. Vale destacar, também, os recuos vindos de refino de petróleo e produção de álcool (-7,9%), outros produtos químicos (-9,4%) e alimentos (-9,8%), pressionados, em grande parte, pelos itens óleo diesel e gasolina; herbicidas; preparações capilares; e conservas de peixe, queijo e requeijão.

No indicador acumulado janeiro-outubro de 2008, frente a igual período de 2007, a atividade fabril fluminense cresce 3,0%, com expansão em oito das treze atividades investigadas. A principal contribuição positiva sobre a média geral veio de veículos automotores (22,7%), que prossegue assinalando taxas de dois dígitos, vindo a seguir indústria extrativa (4,8%) e outros produtos químicos (10,1%). Nestes ramos, sobressaem os avanços nos itens caminhões e automóveis; petróleo; e herbicidas. Por outro lado, as pressões negativas mais relevantes vieram de farmacêutica (-7,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-2,0%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-11,5%), com destaque para as quedas observadas, principalmente, nos itens: medicamentos; óleo diesel e gasolina; creme dental e preparações para limpeza.

SÃO PAULO

A produção industrial de São Paulo apresentou variação negativa de 0,2% em outubro, frente ao mês anterior, na série ajustada sazonalmente, após aumentar 0,9% em setembro. O índice de média móvel trimestral (-0,4%) apresentou o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando recuo de 0,7% nesses dois meses.

Na comparação com igual mês do ano passado, o acréscimo de 2,5% ficou abaixo da taxa de setembro (7,9%). No indicador acumulado no ano, o avanço foi de 8,0%. O acumulado nos últimos doze meses ficou estável entre agosto e setembro (8,8%) e reduziu o ritmo de crescimento em outubro (8,0%).

Em relação a outubro de 2007 (2,5%), dez das vinte atividades pesquisadas contribuíram positivamente para a formação da taxa geral, enquanto em setembro eram dezesseis ramos com taxas positivas. Os principais destaques, em termos de participação, foram: farmacêutica (37,9%), outros equipamentos de transporte (121,1%) e máquinas e equipamentos (7,0%). Os avanços observados nestes segmentos foram explicados, principalmente, pela fabricação de medicamentos; aviões; e válvulas, torneiras e registros. Por outro lado, refino de petróleo e produção de álcool (-17,3%), outros produtos químicos (-12,7%), ambos influenciados por paralisações técnicas, e alimentos (-7,7%) foram os impactos negativos mais significativos sobre a média global, influenciados, sobretudo, pelos recuos assinalados na produção de óleo diesel; etileno não-saturado; e açúcar cristal.

O indicador acumulado no ano cresceu 8,0%, com dezesseis setores influenciando positivamente este resultado. As principais contribuições vieram de veículos automotores (15,8%), outros equipamentos de transporte (44,3%) e máquinas e equipamentos (10,0%), pressionados, em grande parte, pelos acréscimos observados em automóveis; aviões; e aparelhos elevadores ou transportadores de mercadorias, respectivamente. Em contraposição, as pressões negativas mais importantes foram exercidas por alimentos (-2,5%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-5,2%), especialmente devido à redução na fabricação de açúcar cristal; e creme dental.

PARANÁ

A produção industrial do Paraná avançou 1,2% em outubro frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, após crescer 4,7% em setembro. Vale destacar que estes dois meses de taxas positivas devolveram o recuo de 5,8% observado em agosto. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral fica praticamente estável pelo segundo mês consecutivo, ao registrar: 0,2% em setembro e -0,1% em outubro.

Em relação a outubro de 2007, o crescimento foi de 3,9%, vigésima-quinta taxa positiva consecutiva. O indicador acumulado no ano prossegue assinalando taxas de dois dígitos (10,4%). A taxa anualizada, acumulado nos últimos doze meses, aponta ligeira redução no ritmo de crescimento, ao passar de 10,1% em setembro para 9,1% em outubro.

Na formação da taxa de 3,9%, frente a igual mês do ano anterior, observam-se resultados positivos em nove das quatorze atividades pesquisadas, com claro destaque para a influência de veículos automotores (26,4%), impulsionados, em grande parte, pela maior fabricação de caminhões. Em seguida, e em menor escala, sobressaem os avanços de celulose e papel (19,3%), máquinas e equipamentos (11,9%) e minerais não-metálicos (32,2%). Nestes ramos, destacaram-se os itens embalagens, máquinas para colheita e cimento. Por outro lado, as pressões negativas mais relevantes sobre a média geral vieram de edição e impressão (-20,5%), alimentos (-8,1%) e de outros produtos químicos (-31,6%) decorrentes, sobretudo, dos recuos na fabricação de livros e impressos didáticos; açúcar cristal e óleo de soja (refinado e bruto); e adubos e fertilizantes.

No indicador acumulado no ano, houve expansão de 10,4%, com dez ramos apresentando taxas positivas e a principal influência vindo de veículos automotores (33,6%), impulsionado, em grande parte, pelos itens caminhões e automóveis. Vale citar, ainda, os avanços em edição e impressão (28,5%), máquinas e equipamentos (14,4%), celulose e papel (16,6%) e minerais não-metálicos (24,2%), por conta, principalmente, de livros e impressos padronizados; máquinas para colheita e tratores agrícolas; embalagens; e cimento. Por outro lado, as pressões negativas mais relevantes vieram de outros produtos químicos (-19,3%) e alimentos (-3,3%), com destaque para os recuos nos itens adubos e fertilizantes; e açúcar cristal, respectivamente.

SANTA CATARINA

Em outubro de 2008, a produção industrial de Santa Catarina recuou 2,2% frente ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais, após acumular ganho de 3,0% nos últimos quatro meses. Ainda na série ajustada sazonalmente, o índice de média móvel trimestral também mostra perda (-0,5%) entre setembro e outubro, após acumular ganho de 1,9% entre julho e setembro.

No confronto com igual mês do ano anterior, observa-se recuo de 2,4%. Os indicadores acumulados no ano (1,2%) e nos últimos doze meses (1,7%) apontam taxas positivas, mas com perda de ritmo frente aos resultados de setembro (1,7% e 2,8%, respectivamente).

Na comparação outubro 08/outubro 07, a indústria catarinense recua 2,4%, com a queda atingindo sete dos onze ramos pesquisados. As contribuições negativas mais relevantes sobre a média global da indústria vieram de máquinas e equipamentos (-11,8%), madeira (-29,1%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,3%). Nestas atividades, os itens que mais se destacaram foram, respectivamente: refrigeradores e compressores; madeira serrada; e motores elétricos. Por outro lado, entre as quatro atividades que assinalaram expansão, os principais destaques vieram de alimentos (3,8%) e de vestuário (7,0%), impulsionados, em grande parte, pelos itens carnes de suínos e de aves, no primeiro setor, e camisetas de algodão, no segundo.

O acréscimo de 1,2% no indicador acumulado de janeiro-outubro, frente igual período de 2007, reflete a expansão em nove dos onze setores pesquisados. A liderança, em termos de impacto sobre o índice global, permanece com os setores de borracha e plástico (11,4%) e de veículos automotores (10,2%), por conta do aumento na fabricação de tubos, canos e mangueiras de plástico e peças e acessórios de plástico para a indústria automobilística, no primeiro setor, e carrocerias para ônibus e caminhões, no segundo. Também vale destacar o desempenho positivo de alimentos (1,7%) e minerais não-metálicos (6,6%), apoiados, sobretudo, nos avanços dos itens carnes de suínos e de aves, e de ladrilhos e placas de cerâmica, massa de concreto e cimento. Por outro lado, as duas únicas taxas negativas prosseguem vindo de madeira (-27,1%) e de máquinas e equipamentos (-4,7%), pressionados, em grande parte, pelos recuos na produção de madeira serrada, e de refrigeradores e congeladores.

RIO GRANDE DO SUL

A produção industrial do Rio Grande do Sul em outubro recuou 5,5% frente ao mês anterior, descontadas as influências sazonais, após avançar por dois meses consecutivos, acumulando ganho de 5,4%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral, que mostrava trajetória ascendente desde junho último, ficou praticamente estável (-0,1%) entre setembro e outubro.

No confronto com igual mês do ano passado, o resultado de 1,7% ficou bem abaixo do observado em setembro (15,9%). Com isso, tanto o acumulado no ano (5,3%) como o acumulado nos últimos doze meses (5,4%) desaceleraram frente aos índices de setembro (5,7% e 6,1%, respectivamente).

No confronto outubro 08/outubro 07, a atividade industrial gaúcha cresceu 1,7%, com taxas positivas em nove dos quatorze ramos investigados. As contribuições mais relevantes sobre a média global vieram de máquinas e equipamentos (23,8%), veículos automotores (12,5%) e alimentos (7,7%), sustentadas, principalmente, pelos avanços na fabricação de aparelhos de ar condicionado e tratores agrícolas; reboques e semi-reboques e carrocerias para ônibus; e carnes de bovino e arroz, respectivamente. Por outro lado, os principais impactos negativos vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-21,3%) e calçados e artigos de couro (-15,0%), pressionados, em grande medida, pelas reduções observadas em naftas; e calçados de couro femininos.

A produção acumulada no período janeiro-outubro cresceu 5,3% sustentada, principalmente, pelos avanços em oito segmentos, com máquinas e equipamentos (27,4%), veículos automotores (20,8%) e alimentos (8,8%) exercendo as maiores contribuições sobre a formação da taxa geral. Nestes ramos sobressaíram os itens: aparelhos de ar-condicionado e máquinas para colheita; reboques e semi-reboques, carrocerias para ônibus; e carnes de bovinos e arroz. Por outro lado, entre as cinco atividades que assinalaram recuo na produção, as pressões negativas mais relevantes vieram de fumo (-8,6%) e de refino de petróleo e produção de álcool (-4,8%), influenciadas, sobretudo, pelos recuos na fabricação de fumo processado e naftas.

GOIÁS

Em outubro, a indústria de Goiás avançou 2,5% frente a setembro, na série livre dos efeitos sazonais, após queda acumulada de 8,7% nos dois meses precedentes. Com isso, o índice de média móvel trimestral acentua o ritmo de queda em outubro (-2,3%) em relação a setembro (-1,6%). Na comparação com outubro do ano passado, o setor industrial cresceu 4,2%. Nos demais confrontos, os resultados foram os seguintes: 10,2% no acumulado no ano e 9,2% acumulado nos últimos doze meses, este último praticamente repetindo o patamar do mês anterior (9,4%).

No indicador mensal, o aumento de 4,2% pode ser explicado, em grande medida, pela boa performance da indústria de alimentos e bebidas (11,9%) e da indústria extrativa (15,6%). Nestes dois ramos, os produtos de maior impacto foram farinhas e “pellets” de soja; e amianto, respectivamente. Em sentido contrário, as maiores contribuições negativas vieram de produtos químicos (-19,4%) e metalurgia básica (-22,7%).

O índice acumulado no ano apresentou crescimento de 10,2%, com taxas positivas em quatro das cinco atividades pesquisadas. As principais contribuições vieram das indústrias de alimentos e bebidas (11,6%) e de produtos químicos (12,3%) e indústria extrativa (15,6%). Em sentido oposto, a única pressão negativa veio da metalurgia básica (-7,0%), devido à redução na fabricação de ferroníquel e ferronióbio.