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Em julho, vendas do comércio caem 0,2% e receita nominal cresce 0,5%

Em julho, o volume de vendas do comércio varejista interrompeu a seqüência de quatro meses de crescimento, apresentando resultado negativo de -0,2%. ...

16/09/2008 06h01 | Atualizado em 16/09/2008 06h01

Em julho, o volume de vendas do comércio varejista interrompeu a seqüência de quatro meses de crescimento, apresentando resultado negativo de -0,2%. A receita nominal permanece com sua trajetória de taxas positivas, com 0,5% de crescimento. Nas demais comparações, o volume de vendas registrou aumento de 11,0% sobre julho de 2007, 10,6% no acumulado no ano e 10,2% no acumulado dos últimos 12 meses. Para as mesmas comparações, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 18,5%, 16,3% e de 15,0%. Na série ajustada sazonalmente, quatro das dez atividades pesquisadas apresentaram queda nas vendas: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,5%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,7%) e Tecidos, vestuário e calçados (-3,0%.) Na série sem ajuste, os dez setores cresceram: Móveis e eletrodomésticos (19,6%) teve maior peso na taxa global e Livros, jornais, revistas e papelaria (10,1%) o menor.

Em julho de 2008, o comércio varejista do país apresentou resultado de -0,2% para o volume de vendas e crescimento de 0,5% para a receita nominal, na série com ajuste sazonal. Das dez atividades pesquisadas, seis obtiveram variações positivas: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,9%); Material de construção (2,2%); Veículos e motos, partes e peças (1,8%); Móveis e eletrodomésticos (1,3%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%); e Combustíveis e lubrificantes (0,4%). As variações negativas foram em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,5%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,7%) e Tecidos, vestuário e calçados (-3,0%).

Já na relação julho2008/julho2007 (série sem ajuste), todas as atividades do varejo obtiveram aumentos no volume de vendas: Móveis e eletrodomésticos (19,6%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (21,3%); Combustíveis e lubrificantes (15,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (15,1%); Tecidos, vestuário e calçados (8,4%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (20,6%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (10,1%).

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 19,6% no volume de vendas em relação a julho do ano passado, proporcionou pelo segundo mês consecutivo o principal impacto na formação da taxa de desempenho do Comércio Varejista, sendo responsável por 28% da magnitude da taxa. No acumulado do ano, a taxa foi de 18,6% e nos últimos 12 meses, de 16,6%. Esses resultados, não só positivos como superiores à média estabelecida no varejo, continuam sendo explicados basicamente pela expansão do crédito, melhoria da massa de salários da população ocupada e redução dos preços dos eletroeletrônicos.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo,com variação de 5,4% no volume de vendas em julho, sobre igual mês do ano anterior, foi responsável pela segunda maior contribuição à taxa global do varejo (24%). Esse resultado, abaixo do comportamento médio do varejo, pode estar ainda refletindo o efeito da inflação sobre o consumo de produtos alimentícios. Os acumulados nos primeiros sete meses do ano e nos últimos 12 meses foram de 5,8% e 6,0%, respectivamente.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo, com variação de 21,3% no volume de vendas em relação a julho de 2007 e responsável por 15% da taxa geral. Esse resultado mostra que a atividade continua sendo influenciada pelo quadro geral positivo da economia. A taxa para os primeiros sete meses do ano e para os últimos 12 meses foi de 21,5%, em ambas comparações.

A quarta maior contribuição para o resultado positivo do varejo, em julho, coube ao segmento de Combustíveis e lubrificantes, com 15,0% de variação do volume de vendas em relação a julho de 2007 e respondendo por 14,5% da taxa global. Em termos de desempenho acumulado no ano, a taxa de variação chegou aos 9,2%, e nos últimos 12 meses a 7,3%. Atribui-se este comportamento à estabilidade de preços dos combustíveis, conjugada com a melhoria das condições econômicas do País.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quinta maior participação na taxa global do varejo, cresceu 15,1% na comparação com julho do ano passado, e registrou taxas acumuladas de 13,1%, no ano, e de 12,2%, para os últimos 12 meses. As condições econômicas favoráveis, principalmente em relação ao comportamento da massa de salários e do crédito, somadas à ampliação das vendas dos produtos genéricos, são os principais fatores explicativos do desempenho positivo do segmento.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que expandiu o volume de vendas em 8,4% com relação a igual mês do ano anterior, foi responsável pela sexta maior contribuição à taxa global do varejo. Esse resultado se deve, provavelmente, a uma acomodação das vendas do segmento alimentada pela expectativa de lançamento da nova coleção primavera-verão. Em termos acumulados, a taxa foi de 11,1% tanto para os primeiros sete meses do ano como para os últimos 12 meses.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo sétimo maior impacto na formação da taxa global, obteve acréscimo de 20,6% no volume de vendas, em julho sobre igual mês do ano anterior, com taxas acumuladas no ano de 29,2% e, nos últimos 12 meses, de 32,1%. Trata-se da atividade com o maior patamar de crescimento nos indicadores acumulados. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destacam-se a redução de preços dos produtos do gênero, conjugada com facilidades de financiamento e a crescente importância que os produtos de informática e comunicação vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com crescimento de 10,1%, exerceu mais uma veza menor influência no resultado do varejo. O indicador acumulado no ano obteve variação de 11,3% e o dos últimos 12 meses de 9,9%. Estes são resultados decorrentes da melhoria do quadro geral da economia e da diversificação de produtos, ou seja, distribuição de CDs e DVDs através principalmente das grandes bancas de jornais e livrarias, bem como materiais de informática e outros.

O Comércio Varejista ampliado registrou crescimento em relação ao mês anterior de 1,0% para o volume de vendas e de 1,8% para a receita nominal, ambas as taxas com ajustamento sazonal. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 16,5% para o volume de vendas e de 23,2% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 14,6% e 14,2% para o volume e de 19,7% e 18,4% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

A atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou expansão de 26,0% no volume de vendas, em relação a julho de 2007, acumulando no ano 22,9% e nos últimos doze meses 22,6% de crescimento. Com o resultado mensal, a atividade continua a apresentar a principal contribuição para a taxa global do varejo ampliado (52%). A redução das taxas de juros e a ampliação dos prazos de financiamento, bem como expectativas positivas quanto à manutenção do emprego, vêm se constituindo ainda nos principais fatores para a expansão das vendas do ramo.

Quanto a Material de Construção, as variações foram de 19,3% na relação julho2008/julho2007, de 12,5% no acumulado do ano e de 12,4% nos últimos 12 meses. Tal desempenho resulta do quadro favorável da economia, especialmente no que se refere a crédito e massa de salários, combinado com medidas oficiais de incentivo à construção civil.

RESULTADOS REGIONAIS

Todas as vinte e sete Unidades da Federação tiveram resultados positivos na comparação julho08/julho07, sendo as taxas mais significativas observadas em: Goiás (19,2%); Rondônia (17,9%); Mato Grosso do Sul (17,2%); Mato Grosso (17,0%) e Paraíba (15,0%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (13,2%); Rio de Janeiro (9,9%); Minas Gerais (10,1%); Rio Grande do Sul (8,5%) e Bahia (9,9%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram no Espírito Santo (30,5%); Goiás (29,6%); Rondônia (27,3%); Mato Grosso (25,1%) e Mato Grosso do Sul (23,4%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (17,7%); Minas Gerais (16,2%); Rio de Janeiro (12,4%); Rio Grande do Sul (16,3%) e Paraná (14,9%). Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam dezessete estados com variação positiva, na comparação mês/mês anterior, sendo os destaques: Paraíba (7,8%); Acre (6,0%); Alagoas (4,7%); Mato Grosso (3,1%); Tocantins (2,1%) e Sergipe (2,0%).