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Em julho, emprego industrial cresce 0,7%

Na comparação mês/mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, a taxa perdeu somente para a de maio de 2004 (1,0%). ...

09/09/2008 06h01 | Atualizado em 09/09/2008 06h01

Na comparação mês/mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, a taxa perdeu somente para a de maio de 2004 (1,0%). Na comparação com julho/07 e no acumulado no ano, os indicadores fecharam, ambos, em 2,8%. A folha de pagamento real dos trabalhadores na indústria avançou 1,3% na passagem de junho para julho (série com ajuste sazonal). No confronto com julho/07 e no acumulado do ano, os ganhos foram de 6,9% e 6,6%, respectivamente.

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em julho, o emprego industrial cresceu 0,7% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, maior incremento desde maio de 2004 (1,0%), e registrou a segunda taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 1,3% nesse período. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral avançou 0,4% entre os trimestres encerrados em junho e julho, interrompendo a estabilidade observada desde dezembro de 2007.

Na comparação com julho de 2007, o aumento foi de 2,8%, mantendo seqüência de vinte e cinco taxas positivas. No índice acumulado nos sete primeiros meses do ano, o ganho foi, também, de 2,8%. O indicador acumulado nos últimos doze meses, que vinha em trajetória crescente desde outubro de 2006, ficou estável entre junho e julho (2,9%).

No índice mensal (2,8%), o contingente de trabalhadores aumentou em onze das quatorze áreas investigadas, com destaque para São Paulo (4,3%), Minas Gerais (6,6%) e região Norte e Centro-Oeste (2,8%). No primeiro local, as principais contribuições positivas vieram de máquinas e equipamentos (10,4%) e produtos químicos (21,3%); no segundo, os impactos de alimentos e bebidas (12,3%) e meios de transporte (13,4%) foram os mais relevantes; e, no terceiro, o destaque foi para alimentos e bebidas (5,2%) e minerais não-metálicos (21,0%). Por outro lado, foram observadas reduções em Pernambuco (-4,4%), Santa Catarina (-1,1%) e região Nordeste (-0,3%).

Em nível nacional, o pessoal ocupado aumentou em treze dos dezoito setores, frente a julho de 2007, com máquinas e equipamentos (12,3%), meios de transporte (9,6%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,6%) e produtos químicos (11,1%) respondendo pelos impactos positivos mais importantes. Na direção contrária, as contribuições negativas mais significativas vieram de calçados e artigos de couro (-9,8%), vestuário (-4,7%), têxtil (-6,2%) e madeira (-8,2%).

No indicador acumulado no ano, o nível de emprego na indústria foi 2,8% maior que em igual período do ano passado, resultado apoiado no crescimento de onze locais e doze ramos. No total do país, as pressões positivas mais relevantes, em termos de participação, vieram de máquinas e equipamentos (12,6%), meios de transporte (10,6%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,8%) e alimentos e bebidas (2,9%). Entre os locais, São Paulo e Minas Gerais (ambos com 4,2%) e região Norte e Centro-Oeste (3,9%) foram as contribuições positivas mais importantes, enquanto Santa Catarina (-0,5%) exerceu a principal pressão negativa. Entre os segmentos, as influências negativas mais significativas no total do país foram observadas em calçados e artigos de couro (-10,7%), vestuário (-5,0%), têxtil (-5,5%) e madeira (-7,2%).

Em síntese, com base na evolução do índice de média móvel trimestral, o nível do emprego industrial, que vinha mantendo patamar estável ao longo de 2008, registrou variação positiva de 0,4% em julho. Esse movimento guarda relação com a trajetória de crescimento da produção que, neste mesmo indicador, mostrou aumento de 0,8% entre os trimestres encerrados em maio e junho e acentuou o ritmo de expansão em julho (1,1%).

NÚMERO DE HORAS PAGAS

Em julho, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria cresceu 0,9% em relação a junho, na série livre de influências sazonais, segunda taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 1,5%. Com esses resultados, o indicador de média móvel trimestral apresentou variação positiva de 0,3% entre os trimestres encerrados em junho e julho, após ficar estável entre maio e junho (0,0%).

A comparação com igual mês do ano anterior registrou crescimento de 2,7%, vigésimo sexto resultado positivo consecutivo. O acumulado no ano também assinalou elevação de 2,7%. O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória ascendente desde setembro de 2006, ficou estável entre junho e julho (2,6%).

No indicador mensal, o número de horas pagas avançou 2,7%, sustentado, em grande parte, pelo aumento observado em doze dos quatorze locais e em doze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as maiores pressões positivas vieram de máquinas e equipamentos (13,0%), meios de transporte (11,7%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,3%). Por outro lado, calçados e artigos de couro (-10,5%), vestuário (-5,3%) e madeira (-7,7%) exerceram as principais contribuições negativas.

Ainda no mesmo confronto, os locais com os desempenhos mais importantes no resultado nacional foram São Paulo (4,0%), Minas Gerais (7,0%) e região Norte e Centro-Oeste (2,4%). Em São Paulo, onze atividades pesquisadas aumentaram o número de horas pagas, com destaque para máquinas e equipamentos (10,4%), meios de transporte (10,3%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (14,2%). Na indústria mineira, sobressaíram alimentos e bebidas (9,3%) e meios de transporte (20,1%); e na região Norte e Centro-Oeste, alimentos e bebidas (5,3%) foi o principal impacto. Em sentido contrário, a influência negativa mais expressiva no cômputo geral veio de Pernambuco (-5,2%), sobretudo devido ao recuo em alimentos e bebidas (-8,5%).

No período acumulado janeiro-julho, o acréscimo de 2,7% foi decorrente, sobretudo, dos avanços em onze áreas e doze segmentos. Os maiores impactos positivos, por local, vieram de São Paulo (4,0%), Minas Gerais (4,7%) e região Norte e Centro-Oeste (3,9%), enquanto Espírito Santo (-1,9%) exerceu a maior pressão negativa. No corte setorial, os principais aumentos vieram de máquinas e equipamentos (13,3%), meios de transporte (12,0%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,5%). Por outro lado, calçados e artigos de couro (-11,8%) e vestuário (-5,0%) sobressaíram com as contribuições negativas mais relevantes.

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em julho, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente avançou 1,3% em relação ao mês imediatamente anterior, terceira taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 2,3% no período. Com esses resultados, o indicador de média móvel trimestral cresceu 0,7% entre os trimestres encerrados em junho e julho, revertendo a variação negativa (-0,2%) de junho.

Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram positivos: 6,9% no indicador mensal e 6,6% no acumulado no ano. No indicador acumulado nos últimos doze meses (6,4%), o ritmo de crescimento ficou ligeiramente acima da taxa de junho (6,3%).

O valor da folha de pagamento real de julho aumentou 6,9% na comparação com igual mês do ano anterior, com taxas positivas nos quatorze locais pesquisados. A principal contribuição positiva veio de São Paulo (7,4%), em função do incremento salarial em produtos químicos (25,9%), meios de transporte (10,3%) e minerais não-metálicos (18,9%). Em seguida, vieram Minas Gerais (11,4%), com destaque para meios de transporte (20,2%) e minerais não-metálicos (21,1%); Paraná (10,1%), por conta de máquinas e equipamentos (30,9%) e alimentos e bebidas (15,0%); e Rio Grande do Sul (5,6%), em razão do aumento do valor da folha de pagamento em máquinas e equipamentos (27,5%) e meios de transporte (29,3%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, a folha de pagamento real cresceu em treze dos dezoito ramos investigados. Os maiores impactos positivos vieram de meios de transporte (11,9%), produtos químicos (16,6%), máquinas e equipamentos (8,3%) e minerais não-metálicos (18,2%). Em sentido oposto, as pressões negativas mais relevantes vieram de papel e gráfica (-3,6%), calçados e artigos de couro (-4,3%) e têxtil (-2,9%).

O indicador acumulado no ano cresceu 6,6%, com acréscimo em todos os locais. Os maiores impactos positivos foram registrados em São Paulo (7,5%), Minas Gerais (8,6%) e Rio Grande do Sul (5,9%). Nestes locais destacaram-se, respectivamente, meios de transporte (14,2%) e produtos químicos (15,8%); meios de transporte (15,7%) e metalurgia básica (7,7%); e produtos de metal (35,8%) e máquinas e equipamentos (23,4%).

Em termos setoriais, treze atividades ampliaram o valor da massa salarial, sendo que as principais influências positivas vieram de meios de transporte (13,7%), máquinas e equipamentos (8,7%), produtos de metal (12,4%) e produtos químicos (9,3%). Por outro lado, calçados e artigos de couro (-6,8%) e papel e gráfica (-3,2%) mostraram as maiores reduções salariais.