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Em julho, produção industrial cresce em 10 dos 14 locais investigados

Na passagem de junho para julho, os índices regionais da produção industrial, ajustados sazonalmente, mostraram crescimento em 10 dos 14 locais pesquisados, com ...

04/09/2008 06h01 | Atualizado em 04/09/2008 06h01

Na passagem de junho para julho, os índices regionais da produção industrial, ajustados sazonalmente, mostraram crescimento em 10 dos 14 locais pesquisados, com Goiás (3,1%), Pará e Amazonas (2,3% cada um), Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo (2,1% cada um), Minas Gerais (1,8%) e Bahia (1,5%) apontando resultados acima da média nacional (1,0%). Pernambuco (-3,2%), Ceará (-1,4%), Rio Grande do Sul (-1,1%) e região Nordeste (-1,0%) registraram resultados negativos; enquanto Rio de Janeiro (0,6%) e São Paulo (0,3%) cresceram abaixo da média.

Na comparação com julho de 2007, os índices foram predominantemente positivos, com 13 locais registrando aumento na produção. Vale citar a influência de um dia útil a mais em julho de 2008. Os principais destaques, nessa comparação, em termos de magnitude de taxa, foram Goiás (17,6%), Paraná (15,1%), Espírito Santo (14,3%), São Paulo (10,9%), Pará e Minas Gerais (ambos com 8,6%) e Amazonas (8,5%), com crescimento acima ou igual à média nacional (8,5%). Ceará (6,3%), Rio Grande do Sul (6,2%), Rio de Janeiro (5,4%), Santa Catarina (3,6%), Pernambuco (1,7%) e Bahia (0,5%) também tiveram resultados positivos, embora abaixo da média. A região Nordeste (-0,3%) foi o único local com queda em julho.

O movimento de aceleração registrado para a indústria nacional ao longo de 2008, com uma taxa de crescimento média de 6,2% no primeiro semestre, passando para 8,5% no mês de julho, foi acompanhado por 10 dos 14 locais investigados, com destaque para Goiás, que passou de um crescimento médio de 11,9% no primeiro semestre para 17,6% em julho, Paraná (de 11,2% para 15,1%) e Ceará (de 2,8% para 6,3%).

No indicador acumulado no ano, todos os locais registraram índices positivos, com destaque para Espírito Santo (15,8%), Goiás (12,8%), Paraná (11,8%) e São Paulo (10,0%), todos com desempenhos a dois dígitos. Nestes locais, destaca-se a presença de setores produtores de máquinas e equipamentos (investimento), exportadores de commodities,especialmente as metálicas, da indústria automobilística (caminhões, automóveis e suas peças), da agroindústria (principalmente do Centro-Oeste) e da cadeia de construção.

Amazonas

Em julho, a indústria amazonense cresceu 2,3% em relação a junho1, quarta taxa positiva consecutiva, período em que acumulou um ganho de 4,5%. Nos confrontos com 2007, os resultados permaneceram positivos: 8,5% em relação a julho e 7,6% no acumulado nos sete primeiros meses do ano. O indicador acumulado nos últimos 12 meses (taxa anualizada), que havia reduzido o ritmo de crescimento entre maio (8,4%) e junho (8,1%), voltou a acelerar em julho (8,7%).

Na comparação mensal (8,5%), a produção cresce há 14 meses consecutivos, com 6 das 11 atividades mostrando expansão. As principais contribuições positivas vieram de outros equipamentos de transporte (28,6%), edição e impressão (42,0%), alimentos e bebidas (8,5%) e equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (28,9%). Em sentido contrário, material eletrônico e equipamentos de comunicações (-1,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,5%) exerceram os impactos negativos mais importantes, pressionados principalmente pelos recuos nos itens televisores e gasolina.

No indicador acumulado no ano (7,6%), cinco ramos apontaram taxas positivas, sobressaindo, em termos de participações sobre a média da indústria, outros equipamentos de transporte (24,9%), com destaque para as motocicletas; edição e impressão (53,8%), onde sobressaíram os DVDs; e material eletrônico e equipamentos de comunicações (8,0%), destacando-se os celulares. Produtos de metal (-19,1%) e máquinas e equipamentos (-14,0%) exerceram as pressões negativas mais significativas, influenciados pelas quedas na produção de aparelhos de barbear e fornos de microondas.

Pará

Na comparação com junho, a produção industrial do estado cresceu 2,3% em julho - terceira taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período um ganho de 7,4%. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial paraense cresceu 8,6%, oitava taxa positiva consecutiva. O acumulado de janeiro a julho teve acréscimo de 6,5%, resultado superior ao observado no fechamento do primeiro semestre (6,1%). No acumulado nos últimos 12 meses, o crescimento de 4,5% manteve a trajetória ascendente no ritmo de produção iniciado em janeiro último (2,4%).

A expansão de 8,6% no indicador mensal foi sustentada pelo desempenho positivo da indústria extrativa (15,2%), onde se destacou a extração de minérios de ferro. A indústria de transformação mostrou crescimento mais moderado (2,4%), com quatro das cinco atividades registrando resultados positivos e destaque para minerais não-metálicos (38,8%), impulsionado pela maior produção de caulim beneficiado e cimento. A única taxa negativa veio de madeira (-35,5%).

No acumulado em 2008 (6,5%), cinco das seis atividades mostram performances positivas. A liderança, em termos de impacto, permaneceu com a indústria extrativa (9,3%), seguida por metalurgia básica (5,0%) e celulose e papel (22,6%). Nesses ramos, os destaques ficaram, respectivamente, com os itens minérios de ferro; óxido de alumínio e ferro-gusa; e papel higiênico e celulose, respectivamente. A única pressão negativa também veio do ramo de madeira (-18,0%).

Nordeste

Em julho, a indústria nordestina recuou 1,0% em relação a junho, quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, acumulando no período uma perda de 5,1%. No confronto com julho de 2007, o setor industrial do Nordeste registrou caiu 0,3%, segundo resultado negativo consecutivo. Os indicadores acumulados no ano e nos últimos 12 meses apresentaram crescimento, ambos com 3,9%.

Na formação do resultado de -0,3% frente a julho de 2007, 4 dos 11 segmentos pesquisados mostraram taxas negativas, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (-14,2%), produtos químicos (-2,5%) e têxtil (-5,6%). Nesses ramos, sobressaíram os recuos na produção de óleo diesel; polietileno de alta densidade e adubos ou fertilizantes; e tecidos de algodão e de malha, respectivamente. As principais contribuições positivas vieram de celulose e papel (34,1%) e do setor extrativo (7,2%), com destaque para os itens celulose e petróleo.

No acumulado de janeiro a julho (3,9%), 8 dos 11 segmentos pesquisados tiveram desempenhos positivos, com destaque para alimentos e bebidas (7,3%), celulose e papel (27,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (4,5%). A maior pressão negativa veio do setor têxtil (-4,4%), influenciado principalmente pela diminuição na produção de tecidos de algodão e de malha.

Ceará

Na comparação julho/junho, a produção industrial do Ceará recuou 1,4%, após ter crescido 4,8% em junho. Na comparação com julho de 2007, o setor registrou expansão de 6,3%. O indicador acumulado nos sete primeiros meses de 2008 também foi positivo (3,3%), resultado superior ao fechamento do primeiro semestre do ano (2,8%). A taxa anualizada acelerou o ritmo de crescimento entre os meses de junho (1,9%) e de julho (2,7%).

No indicador mensal, a indústria cearense cresceu 6,3% com resultados positivos em sete das dez atividades pesquisadas. O principal impacto positivo veio de alimentos e bebidas (15,1%), apoiado sobretudo na expansão na fabricação de castanha de caju torrada. Vale citar também os desempenhos positivos de produtos químicos (19,6%) e metalurgia básica (54,9%). Em sentido contrário, as pressões negativas vieram do segmento têxtil (-6,5), do refino de petróleo e produção de álcool (-22,5%) e de minerais não-metálicos (-22,6%).

No acumulado no ano (3,3%), os resultados foram positivos em seis dos dez setores analisados. A liderança em termos de impacto permaneceu com alimentos e bebidas (13,5%), bastante influenciado pela castanha de caju torrada. Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos químicos (12,5%) e produtos de metal (38,1%). As maiores contribuições negativas foram verificadas em têxtil (-7,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (-27,5%).

Pernambuco

Em julho, a produção industrial de Pernambuco recuou 3,2% frente ao mês anterior, após ter avançado 0,9% em junho. Em comparação com iguais períodos de 2007, a indústria pernambucana cresceu 1,7% em relação a julho e 7,0% no acumulado no ano de 2008. O indicador acumulado nos últimos 12 meses ficou praticamente estável na passagem de junho (5,4%) para julho (5,3%).

Em relação a julho do ano passado, a indústria pernambucana cresceu 1,7%, com resultados positivos em 5 das 11 atividades pesquisadas, com destaque para metalurgia básica (11,0%), em razão do aumento na produção de chapas e tiras de alumínio, e vergalhões de aços ao carbono. Vale citar também os avanços observados em produtos de metal (24,7%) e borracha e plástico (9,7%), por conta, respectivamente, da maior fabricação de latas de alumínio, ferro e aço; tubos, canos e mangueiras de plástico. Por outro lado, as maiores influências negativas vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,8%) e minerais não-metálicos (-6,3%).

No acumulado do ano (7,0%), foram registradas taxas positivas em 7 das 11 atividades. Os maiores impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (6,8%), metalurgia básica (9,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (129,9%), com crescimento, respectivamente, na produção de açúcar cristal e refinado; chapas e tiras de alumínio; e álcool. Em sentido oposto, sobressaíram os recuos de celulose e papel (-10,5%) e calçados e artigos de couro (-20,9%).

Bahia

A produção industrial da Bahia avançou 1,5 % em julho, na comparação com o mês imediatamente anterior, após o decréscimo de 2,9% em junho. Na comparação com julho de 2007, o setor industrial baiano mostrou acréscimo de 0,5%. O indicador acumulado em 2008 teve expansão de 4,0%, resultado abaixo do fechamento do primeiro semestre do ano (4,6%). A taxa anualizada, ao avançar 3,5%, reduziu o ritmo de crescimento frente aos meses de maio (4,5%) e junho (4,1%).

Na comparação com julho de 2007 (0,5%), sete dos nove setores pesquisados na Bahia tiveram taxas positivas. A principal contribuição positiva veio de celulose e papel (38,6%), impulsionado principalmente pela maior produção de celulose. Em menor medida, vale citar também os resultados positivos de minerais não-metálicos (21,7%); e borracha e plástico (17,7%). Já as pressões negativas vieram de refino e produção de álcool (-13,5%), devido à menor produção de óleo diesel e gasolina; e produtos químicos (-2,8%).

No indicador acumulado no ano, a indústria baiana avançou 4,0%, com a maior parte (oito) das atividades investigadas assinalando expansão. As principais influências positivas vieram de celulose e papel (31,1%) e metalurgia básica (5,4%). A única retração foi observada em produtos químicos (-1,6%), em razão da queda na fabricação de polietileno de alta densidade e etileno não-saturado, ainda influenciada pela paralisação para manutenção, no mês de junho, em importantes empresas do setor.

Minas Gerais

A produção industrial de Minas Gerais avançou 1,8% na passagem de junho para julho, quinto resultado positivo consecutivo, período em que acumulou crescimento de 6,3%. Na comparação com iguais períodos de 2007, os resultados também foram positivos: 8,6% frente a julho e 6,9% no acumulado no ano. O acumulado nos últimos 12 meses mostrou ligeira desaceleração do ritmo de crescimento na passagem de junho (8,0%) para julho (7,7%).

A expansão de 8,6% no indicador mensal refletiu os resultados positivos tanto da indústria extrativa (8,3%) como da indústria de transformação (8,6%). No primeiro segmento, sobressaiu o avanço na extração do minério de ferro. Na indústria de transformação, onde 10 das 12 atividades pesquisadas cresceram, os principais destaques foram veículos automotores (9,8%), metalurgia básica (8,6%) e alimentos (8,1%), influenciados sobretudo pelos itens automóveis; lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço; e leite condensado e iogurte. O ramo têxtil, com retração de 8,9%, foi a principal influência negativa, pressionado pela queda na produção de tecidos de algodão e roupa de cama.

O indicador acumulado nos sete primeiros meses do ano cresceu 6,9%, apoiado nos avanços da indústria de transformação (6,7%) e indústria extrativa (7,8%). Na indústria de transformação, 9 das 12 atividades apresentaram expansão, destacando-se veículos automotores (18,1%), minerais não-metálicos (11,9%) e metalurgia básica (3,8%). Nesses segmentos, as maiores influências vieram dos itens automóveis; cimento; e ferronióbio e lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço, respectivamente. O setor têxtil (-8,1%) permanece exercendo a maior contribuição negativa sobre a média da indústria mineira nesse tipo de comparação.

Espírito Santo

Em julho, a produção industrial do Espírito Santo avançou 2,1% frente ao mês anterior, após ter registrado queda de 2,7% em junho. Nos confrontos com iguais períodos de 2007, os índices também apontaram crescimento: 14,3% na comparação com julho e 15,8% no período janeiro-julho. O acumulado nos últimos 12 meses (13,9%) teve ligeiro acréscimo no ritmo de expansão ante junho (13,2%).

No confronto com julho do ano passado (14,3%), a produção capixaba registrou a décima taxa positiva consecutiva, apoiada no crescimento da indústria extrativa (18,1%), onde se destacou o aumento da produção de minérios de ferro e gás natural; e na indústria de transformação (12,4%). Nesta última, o destaque ficou com a metalurgia básica (41,4%). Por outro lado, três ramos apontam queda na produção, destacando-se alimentos e bebidas (-6,9%); por conta da redução na fabricação de bombons, balas, pastilhas, chocolate branco e outros confeitos.

No indicador acumulado no ano (15,8%), todos os setores investigados expandiram-se. As principais contribuições vieram da metalurgia básica (34,1%), influenciada pelo aumento da fabricação de lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço, e do setor extrativo (20,1%), por conta dos itens minérios de ferro, gás natural e petróleo.

Rio de Janeiro

A produção industrial do Rio de Janeiro apontou, em julho, expansão de 0,6% frente a junho, terceira taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período um ganho de 6,1%. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor prosseguiu com índices positivos (5,4%), comportamento recorrente desde maio. O indicador acumulado no ano ficou em 2,7%, acima dos 2,3% verificados para o primeiro semestre. O acumulado nos últimos 12 meses manteve taxa positiva, com ligeiro incremento no ritmo de crescimento, ao passar de 2,1% em junho para 2,5% em julho.

Frente a julho de 2007 (5,4%), tanto a indústria de transformação (5,7%) como a extrativa (4,5%) mostraram acréscimos na produção. Nesta última, que assinalou o quarto resultado positivo consecutivo, sobressaiu a maior extração de petróleo. Na indústria de transformação, 7 das 12 atividades apresentaram índices positivos, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (24,8%), impulsionada sobretudo pela maior fabricação de gasolina, favorecida em grande parte pela baixa base de comparação, por conta da paralisação para manutenção em importante refinaria em julho de 2007.

Vale destacar também as contribuições positivas de outros produtos químicos (32,3%) e de veículos automotores (16,2%), influenciados principalmente pela produção de herbicidas e de caminhões e automóveis, repectivamente. Por outro lado, o principal impacto negativo veio da indústria farmacêutica (-19,1%), pressionada pela queda em cerca de 75% dos produtos pesquisados. Em seguida, veio a metalurgia básica (-6,8%), refletindo não só a queda nos itens vergalhões de aço ao carbono, bobinas a frio de aços e folhas-de-flandres mas também a paralisação para manutenção em importante empresa do setor.

No acumulado no ano, a indústria fluminense avançou 2,7%, sustentada principalmente pelos resultados positivos de 9 dos 13 ramos investigados, com destaque para a expansão de veículos automotores (25,0%). Nesse setor, destacaram-se sobretudo os caminhões e os automóveis. Vale ainda citar as influências positivas de outros produtos químicos (10,3%), da indústria extrativa (2,5%) e de minerais não-metálicos (6,5%), impulsionados, em grande parte, pelos itens herbicidas; petróleo; e cimento. Entre os quatro ramos com taxas negativas, as principais pressões vieram de farmacêutica (-11,7%) e de perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-17,7%).

São Paulo

A produção industrial paulista avançou 0,3% em julho frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado positivo consecutivo, acumulando crescimento de 3,0%. Em relação a julho de 2007 a taxa foi positiva (10,9%), e o indicador acumulado nos primeiros sete meses de 2008 mostrou crescimento de 10,0% em relação ao mesmo período do ano passado. O acumulado nos últimos 12 meses acelerou seu ritmo de crescimento na passagem de junho (8,9%) para julho (9,3%).

No índice mensal (10,9% em julho 2008 contra julho 2007), 18 das 20 atividades tiveram taxas positivas. Entre essas, a maior contribuição veio de veículos automotores (19,1%), devido ao forte dinamismo na produção de automóveis. Também merecem destaque material eletrônico e aparelhos e equipamentos de comunicações (24,0%) e máquinas e equipamentos (11,5%). Por outro lado, as influências negativas vieram de perfumaria e produtos de limpeza (-3,3%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (-4,1%), decorrente, em grande parte, da queda em sabões e creme dental; e computadores de mesa, respectivamente.

No indicador acumulado nos sete primeiros meses do ano (10,0%), 18 ramos apresentaram taxas positivas, sendo as maiores contribuições favoráveis de veículos automotores (18,3%), material eletrônico e aparelhos e equipamentos de comunicações (24,9%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (24,6%), devido, em grande parte, ao avanço na produção dos itens: automóveis; aparelhos de comutação; e transformadores. A principal pressão negativa veio de perfumaria e produtos de limpeza (-4,7%), com destaque para a queda na fabricação de creme dental e sabões.

Paraná

Em julho, a produção industrial do Paraná aumentou 2,1%, em relação a junho, após ter recuado 1,1%. Na comparação com igual mês de 2007, a indústria paranaense seguiu apresentando crescimento a dois dígitos, registrando 15,1% de expansão em julho. O indicador acumulado em 2008 ficou em 11,8%, e o acumulado nos últimos 12 meses avançou, passando de 8,9% em junho para 9,3% em julho.

Frente a julho de 2007 (15,1%), 10 dos 14 segmentos pesquisados tiveram acréscimo de produção, sendo a principal contribuição positiva a de veículos automotores (38,5%), por conta, sobretudo, dos caminhões. Vale mencionar também as altas taxas de edição e impressão (41,1%), refino de petróleo e produção de álcool (22,6%), alimentos (8,3%) e minerais não-metálicos (56,3%), em grande parte devido à maior produção de livros e impressos didáticos; óleo diesel; carnes e miudezas de aves; e cimento, respectivamente. Por outro lado, máquinas e equipamentos (-12,4%) exerceu a principal pressão negativa, influenciado sobretudo pelo decréscimo na fabricação de refrigeradores ou congeladores, devido à concessão de férias coletivas em importante empresa do setor.

No acumulado nos sete primeiros meses do ano (11,8%), 10 dos 14 ramos tiveram desempenhos positivos. Veículos automotores (34,6%), edição e impressão (33,3%), máquinas e equipamentos (14,3%) e celulose e papel (15,3%) exerceram as principais contribuições, com destaque para os itens: caminhões; livros e impressos didáticos; máquinas para colheita e tratores agrícolas; cartolina. O impacto negativo mais significativo veio de outros produtos químicos (-10,3%).

Santa Catarina

Em julho, o índice da produção industrial de Santa Catarina avançou 2,1% frente a junho, segunda taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 2,4% nesse período. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria catarinense cresceu 3,6%, depois de dois meses de queda nessa comparação. O acumulado para os sete primeiros meses do ano também foi positivo (1,6%). Já a taxa anualizada manteve a trajetória de desaceleração, ao passar de 3,7% em junho para 3,5% em julho.

A expansão de 3,6% em relação a julho de 2007, resultou do crescimento que atingiu 8 das 11 atividades investigadas, com as principais contribuições vindo de borracha e plástico (21,8%) e veículos automotores (17,9%), onde sobressaíram, respectivamente, os itens peças e acessórios plásticos para a indústria automobilística e carrocerias para caminhões e ônibus. Também vale destacar o desempenho positivo de têxtil (8,9%), vestuário (7,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,9%). As contribuições negativas mais relevantes vieram de madeira (-25,1%) e máquinas e equipamentos (-7,6%), pressionadas pelo recuo na fabricação de madeira serrada, no primeiro ramo, e de compressores, por conta da paralisação para férias em importante empresa do setor, no segundo.

Na produção acumulada de janeiro a julho (1,6%, resultado bem abaixo da média nacional, de 6,6%), 8 das 11 atividades investigadas apontaram expansão na produção, com destaque novamente para veículos automotores (14,1%) e de borracha e plástico (11,9%). Entre os três setores que reduziram a produção, madeira (-23,8%) e máquinas e equipamentos (-4,8%) exerceram as principais pressões.

Rio Grande do Sul

A indústria do Rio Grande do Sul recuou 1,1% em julho em relação a junho, após ter crescido 6,9% no mês anterior. Na comparação com julho de 2007, houve avanço de 6,2%, e o acumulado no ano de 2008 ficou em 5,0%. A taxa anualizada recuou na passagem de junho (5,7%) para julho (5,4%).

Frente a julho de 2007 (6,2%), 10 dos 14 ramos pesquisados registrando acréscimos. Dentre esses, os mais relevantes, em termos de impacto na taxa global, foram máquinas e equipamentos (34,8%), veículos automotores (26,6%) e fumo (25,8%). Em sentido contrário, a maior influência negativa veio de refino de petróleo e produção de álcool (-25,1%), devido à menor produção, principalmente, de gasolina e naftas para petroquímica.

No acumulado janeiro-julho (5,0%), houve avanços em 8 das 14 atividades pesquisadas. Os maiores impactos positivos vieram das indústrias de máquinas e equipamentos (27,3%), de veículos automotores (19,7%) e alimentos (10,0%). Por outro lado, as indústrias de fumo (-10,0%) e outros produtos químicos (-4,9%) exerceram as maiores pressões negativas no cômputo geral.

Goiás

Em julho, a produção industrial de Goiás aumentou 3,1% frente a junho, segundo resultado positivo consecutivo, acumulando ganho de 6,5% nesses dois meses. Na comparação com julho de 2007, o crescimento foi de 17,6%, o mais elevado entre os locais pesquisados e 11ª taxa positiva consecutiva. Com isso, o acumulado nos sete primeiros meses do ano cresceu 12,8%, acima do observado no final do primeiro semestre de 2008 (11,9%). O índice acumulado nos últimos 12 meses prosseguiu em acelerada trajetória de crescimento, ao passar de 1,6% em junho para 8,8% em julho.

Em relação a julho de 2007 (17,6%), quatro dos cinco setores pesquisados apresentaram expansão. O desempenho de alimentos e bebidas (18,6%) foi determinante na formação da taxa geral, com destaque para os itens maionese e leite em pó. Vale destacar também outros produtos químicos (26,3%) e a indústria extrativa (22,4%), que, juntos, contribuíram com 4,7 pontos percentuais na formação da taxa geral. A única atividade que registrou taxa negativa foi a metalurgia básica (-3,1%), tendo seu fraco desempenho associado ao recuo da produção de ferroníquel.

No acumulado no ano, a taxa positiva (12,8%) apoiou-se sobretudo no desempenho favorável da indústria de transformação (12,6%), enquanto a indústria extrativa avançou 15,3%. Os ramos que contribuíram de forma positiva foram alimentos e bebidas (14,1%) e produtos químicos (20,4%). No primeiro, explica-se pela maior participação dos produtos maionese e leite em pó; e no segundo por conta do aumento da produção de adubos ou fertilizantes e medicamentos.

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1 Para todas as regiões pesquisadas, as comparações com junho de 2008 estão sempre livres de influências sazonais.