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IBGE divulga as estimativas populacionais dos municípios em 2008

O IBGE divulga hoje, 29 de agosto de 2008, as estimativas das populações residentes nos 5.565 municípios brasileiros em 1º de julho de 2008. ...

29/08/2008 07h01 | Atualizado em 29/08/2008 07h01

O IBGE divulga hoje, 29 de agosto de 2008, as estimativas das populações residentes nos 5.565 municípios brasileiros em 1º de julho de 2008. Esta divulgação é feita anualmente e obedece à Lei complementar nº 59, de 22 de dezembro de 1988, bem como ao artigo 102 da Lei nº 8443, de 16 de julho de 1992. As estimativas populacionais, que são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos nos períodos intercensitários, servem também como parâmetro para a distribuição, destinada pelo Tribunal de Contas da União, das quotas partes relativas ao Fundo de Participação de Estados e Municípios, de acordo com o dispositivo constitucional.
Segundo as estimativas de 2008, o Brasil tem atualmente 189,6 milhões de habitantes em 5.565 municípios, que inclui o novo município de Nazária (PI). São Paulo é município mais populoso com 10,9 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 6,1 milhões, e Salvador com 2,9 milhões. Belo Horizonte, que estava em quarto lugar em 2000 e caiu para sexto em 2008, foi ultrapassado pelo Distrito Federal, que chegou em 2008 com uma população de 2,5 milhões de habitantes. Já Fortaleza manteve sua posição no quinto lugar.

Borá (SP) continua sendo o município com a menor população do País, estimada em 834 habitantes, 39 a mais que em 2000. Do seleto grupo dos cinco (5) municípios brasileiros com menos de mil habitantes em 2000, somente Borá e Serra da Saudade (com 889 habitantes) continuam nessa posição em 2008.


Vale ressaltar que o IBGE aprimorou as estimativas de população para o ano de 2008. As presentes estimativas são divulgadas em uma tabela com a população estimada para cada um dos 5.565 municípios brasileiros em 1º de julho de 2008, que também é publicada no Diário Oficial da União, até 31 de agosto de cada ano. Está previsto, ainda, que até vinte dias após a publicação das estimativas, os interessados poderão apresentar reclamações fundamentadas ao IBGE, que decidirá conclusivamente. Em seguida, até 31 de outubro de cada ano, o IBGE encaminha as estimativas ao Tribunal de Contas da União.

Medotologia utilizada pelo IBGE

Para chegar aos novos resultados populacionais, o IBGE realizou um estudo empregando uma metodologia de conciliação censitária combinada com o Método das Componentes Demográficas, que constitui uma ferramenta demográfica que visa obter as estruturas esperadas por sexo e idade das populações nos censos, à luz do conhecimento da dinâmica demográfica do país, procurando obter coerência entre os censos e contagens dos anos 1980, 1991, 1996, 2000 e 2007.

Com base numa avaliação histórica dos censos demográficos e contagens da população do Brasil desde 1980 até 2007, o IBGE identificou, para cada ano, as estimativas dos níveis relativos e absolutos da subenumeração de pessoas nestas cinco operações censitárias. A existência de subenumeração de pessoas não constitui uma característica exclusiva dos levantamentos censitários brasileiros. Do início da segunda metade do Século XX até os dias de hoje, as Nações Unidas, através de sua representação para a América Latina e Caribe (CEPAL) têm efetuado avaliações1 da cobertura dos censos de população da região latino-americana e caribenha.

Os resultados apontaram para uma coerência bastante significativa entre os Censos Demográficos 1970, 1980, 1991 e 2000, tomando-se como referencial o Censo 1980, cuja cobertura populacional foi avaliada a fim de extrair a estimativa final do grau de subenumeração de pessoas e as possíveis implicações associadas à correção ou não da população de partida da projeção.

Em síntese, esses procedimentos demográficos são utilizados para avaliar e, se for o caso, corrigir, para efeito de projeções e estimativas, informações censitárias, tanto no que diz respeito ao volume como à composição da população por sexo e idade. O método consiste em obter uma coerência entre a informação dos censos e os eventos demográficos – nascimentos, mortes e migração – de tal maneira que se cumpra ou que se aproxime ao máximo do esperado pelas tendências da dinâmica demográfica.

Com vistas, especificamente, às estimativas municipais de 2008, procedeu-se a um ajuste das populações das Unidades da Federação observadas nos anos 2000 e 2007 aos valores projetados para a população do Brasil – definida após a conciliação censitária. Os fatores de ajustes utilizados nos totais populacionais das Unidades da Federação, em 2000 e em 2007, foram aplicados também aos seus Municípios a fim de que fossem mantidos os totais ajustados para as respectivas Unidades.

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1 Ainda que utilizando metodologia análoga, ou seja, de conciliação censitária e projeção por componentes demográficas, o caminho seguido pela CEPAL inicia-se em 1950, o que, em grande parte, explica as diferenças encontradas nos níveis estimados das respectivas omissões censitárias