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IPCA-15 de agosto fica em 0,35%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,35% em agosto e ficou praticamente reduzido à metade da variação de 0,63% registrada em julho. ...

22/08/2008 06h01 | Atualizado em 22/08/2008 06h01

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,35% em agosto e ficou praticamente reduzido à metade da variação de 0,63% registrada em julho. Com esse resultado, o índice acumula 4,69% em 2008, acima de igual período do ano anterior (2,85%). Com 6,23% no acumulado dos últimos 12 meses, ficou pouco abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (6,30%).

Os alimentos foram os responsáveis pela redução do IPCA-15 em agosto, uma vez que mostraram abrupta desaceleração, chegando a uma variação de 0,25%, frente a uma alta de 1,75% em julho. Dentre os produtos que apresentaram queda de preços de um mês para o outro, os destaques foram a batata-inglesa (-7,55%), o tomate (-6,52%), as hortaliças (-4,92%), o feijão carioca (-2,91%), o óleo de soja (-1,84%) e o arroz (-1,34%). Com o resultado de agosto, o grupo alimentação e bebidas acumula alta de 10,80% neste ano.

A seguir, os resultados do IPCA-15 por grupo de produtos.

Os produtos não-alimentícios, por outro lado, apresentaram crescimento na taxa de julho para agosto: de 0,28% para 0,38%. Isso porque, apesar da queda nos preços dos artigos de vestuário (-0,48%), gasolina (-0,15%) e outros, itens também importantes no orçamento das famílias tiveram aumentos.

Foi o caso, por exemplo, das contas de telefone fixo, que tiveram alta de 2,07% no mês, em razão de reajuste ocorrido em julho, e lideraram as contribuições individuais, com 0,07 ponto percentual. Nas contas de energia elétrica, a alta foi de 1,15%, com aumentos localizados na região metropolitana de São Paulo (3,53%), onde, ao reajuste de 8,63%, ocorrido em 4 de julho, se juntou um aumento na contribuição do Pis/Pasep/Cofins, e em Belém (9,05%), onde as tarifas ficaram 19% mais caras a partir de 7 de agosto, também sendo acrescido aumento na contribuição.

As contas de água e esgoto, por sua vez, tiveram variação de 1,09%, refletindo aumentos ocorridos nas regiões metropolitanas de Belém (6,10%), Rio de Janeiro (5,55%) e Porto Alegre (2,19%).

Quanto à educação, a variação de 0,38% refletiu os resultados apurados na coleta realizada no mês de agosto, a fim de obter a realidade do segundo semestre do ano letivo. Os cursos (ensino formal) variaram 0,22%, e os cursos diversos (informática, idioma etc.) variaram 1,65 %. Nova coleta para confirmação das mensalidades cobradas será realizada em setembro e, depois, no início do próximo ano.

Dentre as regiões pesquisadas, a maior variação do IPCA-15 ficou com Belém (0,93%) devido aos resultados de energia elétrica (9,05%), taxa de água e esgoto (6,10%) e alimentação (0,88%). A menor ficou com a região de Recife (-0,10%).
Abaixo, os resultados por região.

Para cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 15 de julho a 13 de agosto e comparados com aqueles vigentes de 14 de junho a 14 de julho. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está apenas no período de coleta dos preços.