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Em julho, desocupação foi de 8,1%

A taxa de desocupação não teve variação estatisticamente significativa em relação ao mês passado (7,8%) e caiu 1,4 ponto percentual em relação a julho de 2007 (9,5%).

21/08/2008 06h01 | Atualizado em 21/08/2008 06h01

A taxa de desocupação não teve variação estatisticamente significativa em relação ao mês passado (7,8%) e caiu 1,4 ponto percentual em relação a julho de 2007 (9,5%). A população ocupada (21,7 milhões) ficou estável em relação junho, mas cresceu 4% em relação a julho de 2007.
O número de trabalhadores com carteira assinada (9,5 milhões) cresceu 7,8% na comparação anual, atingindo o seu maior percentual para um mês de julho (43,8%).
A população desocupada (1,9 milhão) ficou estável no mês e recuou 12,3% na comparação anual.
O rendimento médio real dos trabalhadores (R$ 1.224,40), ficou estável na comparação mensal e cresceu 3,0% frente a julho do ano passado. O rendimento médio real domiciliar per capita
(R$ 801,10) apresentou estabilidade no mês e cresceu 6,7% no ano. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados1 (R$ 26,5 bilhões) caiu 0,6% no mês e cresceu 8,2% no ano.

Em julho de 2008 a taxa de desocupação2 estimada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE foi de 8,1% para o agregado das seis regiões metropolitanas investigadas3, não tendo variação estatisticamente significativa em relação com junho (7,8%) e caindo 1,4 ponto percentual em relação a julho de 2007 (9,5%). Essa foi a menor taxa para um mês de julho, em toda a série da PME, iniciada em março de 2002.
Na comparação mensal, houve altas em Recife (de 8,5% para 10,1%) e Rio de Janeiro (de 6,6% para 7,3%). Em relação a julho de 2007, houve quedas em Recife (-2,5 pontos percentuais), Salvador (-2,4 pontos percentuais), São Paulo (-2,0 pontos percentuais) e Porto Alegre (-1,5 ponto percentual).

PESSOAS DESOCUPADAS (PD)4

Em relação ao mês anterior, no total das seis regiões metropolitanas pesquisadas, a população desocupada (1,9 milhão) ficou estável, mas caiu 12,3% em relação a julho de 2007. No mês, subiu o número de desocupados em Recife (23,3%) e no Rio de Janeiro (11,7%). Em relação a julho de 2007, houve quedas em Recife e Salvador (-19,8%), São Paulo (-16,8%) e Porto Alegre (-17,0%). Entre os desocupados, 58,5% eram mulheres. Em relação à faixa etária, 7,1% tinham até 17 anos, 36,1% tinham de 18 a 24 anos, 49,7% de 25 a 49 anos e 7,1%, 50 anos ou mais.

Dentre os desocupados, 18,8% estavam em busca do primeiro trabalho e 25,2% eram os principais responsáveis na família. Com relação ao tempo de procura: 24,4% estavam em busca de trabalho por um período não superior a 30 dias; 49,3%, por um período de 31 dias a 6 meses; 7,6%, por um período de 7 a 11 meses; e 18,6%, por um período de pelo menos 1 ano. Em julho de 2006, 47,7% dos desocupados tinham pelo menos o ensino médio concluído, em julho de 2007, 49,8% e, na última pesquisa, atingiu 54,3%.

PESSOAS OCUPADAS (PO)

Em julho de 2008, o contingente de pessoas ocupadas (21,7 milhões) no agregado das seis regiões metropolitanas, não apresentou movimentação estatisticamente significativa em relação ao mês anterior, mas cresceu 4,0% (ou mais cerca de 836 mil postos de trabalho) em relação a julho de 2007.

Em relação a junho, houve estabilidade em todas as áreas. Na comparação anual, ocorreram variações em Recife (2,9%), Belo Horizonte (3,8%), Rio de Janeiro (2,5%), São Paulo (5,7%) e Porto Alegre (5,4%).

O nível da ocupação5 (52,4%) no total das seis regiões ficou estatisticamente estável na comparação mensal e subiu 0,9 ponto percentual em relação a julho de 2007. Regionalmente, na comparação com o mês anterior, houve variação positiva neste indicador nas Regiões Metropolitanas de São Paulo (1,6 ponto percentual) e Porto Alegre (1,9 ponto percentual). Em Salvador houve recuo de 1,4 ponto percentual.

Os homens representavam 55,2% da população ocupada e as mulheres, 44,8%. A população de 25 a 49 anos representava 62,2% do total de ocupados. A pesquisa revelou também que o percentual de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de estudo era de 55,3%.

Em julho de 2008, 50,2% da população ocupada cumpriam uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais e cerca de 32,2% acima de 45 horas semanais. Em média, 67,0% dos trabalhadores nas seis regiões pesquisadas tinham aquele trabalho há pelo menos 2 anos; 11,0% há entre 1 ano a menos de 2 anos; 20,1% há entre um mês e um ano e apenas 1,8% estavam naquele trabalho há menos de 1 mês.

Resultados com relação aos principais grupamentos de atividade:

Em relação a julho de 2007, a ocupação teve crescimento mais intenso nos grupamentos de atividade: Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (5,8%); Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (4,9%); Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (4,4%) e Outros Serviços (7,4%). Na comparação mensal, não houve variação significativa nesse contingente.

Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho

Empregados COM carteira assinada no setor privado6 (43,8% da PO). Em relação a junho, estabilidade. Frente a julho de 2007, elevação (7,8%).

Na análise regional, na comparação mensal, houve alta em Porto Alegre (3,1%). Em relação a julho de 2007, elevação em Recife e Belo Horizonte (ambas, 6,0%), São Paulo (10,3%) e Porto Alegre (12,3%).

Empregados SEM carteira assinada no setor privado6 (13,8% da PO). Estabilidade, tanto na comparação mensal quanto na anual.

No contorno regional, alta em Recife (18,5%), em comparação com junho e estabilidade, na comparação anual, em todas as regiões pesquisadas.

Militares ou funcionários públicos estatutários (7,4% da PO). Estabilidade para o total das seis Regiões Metropolitanas, em ambos os períodos analisados.

No contorno regional, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões na comparação ao mês anterior, e em relação a julho do ano passado Belo Horizonte apresentou elevação nesse contingente (22,1%).

Trabalhadores por conta própria (18,5% da PO) Estabilidade em ambos os períodos de comparação, no total das seis áreas.

Na esfera regional, estabilidade em relação a junho. Na comparação com julho de 2007, alta de 10,3% em Recife e queda de 8,1% em Salvador.

RENDIMENTO MÉDIO REAL7

A pesquisa estimou no mês de julho de 2008, para o agregado das seis regiões, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores em R$ 1.224,40, apresentando estabilidade em relação a junho último. Na comparação com julho de 2007, o quadro foi de recuperação (3,0%).

No enfoque regional, em relação ao mês anterior, alta no rendimento em Recife (1,9%), Belo Horizonte (2,4%) e Rio de Janeiro (0,5%), recuos em São Paulo (0,4%) e Porto Alegre (1,2%), e estabilidade em Salvador. Na comparação anual, elevação em Salvador (6,7%), Belo Horizonte (3,7%), Rio de Janeiro (4,8%) e São Paulo (2,8%), e quedas em Recife (4,5%) e Porto Alegre (0,9%).

Análise do Rendimento real dos trabalhadores por grupamentos de atividade

Na comparação com junho de 2008:

alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (0,9%); construção (4,6%); serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (0,7%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social e serviços domésticos e outros serviços (1,1%) e serviços domésticos (1,0%).

queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (3,0%) e outros serviços (2,2%).

No confronto com julho de 2007:

alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água construção (3,6%); construção (4,3%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (2,5%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (4,5%); serviços domésticos (5,0%) e outros serviços (0,7%).

estabilidade no rendimento médio real habitual dos trabalhadores no seguinte grupamento de atividade: serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira.

RENDIMENTO MÉDIO REAL DOMICILIAR PER CAPITA8

A PME estimou, em julho de 2008, para o agregado das seis regiões, o rendimento médio real domiciliar per capita em R$ 801,10. Esse valor apresentou estabilidade na comparação com junho e alta de 6,7% em relação a julho do ano passado.

Em relação a junho, o rendimento cresceu em Recife (2,1%), Belo Horizonte (2,8%) e no Rio de Janeiro (1,2%). Houve queda em São Paulo (-1,4%) e estabilidade em Salvador e Porto Alegre. Na comparação com julho de 2007, houve recuperação em Salvador (3,8%), Belo Horizonte (6,2%), Rio de Janeiro (9,1%), São Paulo (8,2%) e Porto Alegre (1,1%). Apenas em Recife houve queda no rendimento (-7,0%).

MASSA DE RENDIMENTO REAL EFETIVO DA POPULAÇÃO OCUPADA9

A massa de rendimento real efetivo da população ocupada foi estimada em R$ 26,5 bilhões com base na Pesquisa Mensal de Emprego de julho de 2008 (mês de referência junho de 2008), para o total das seis Regiões Metropolitanas. Houve declínio em relação a maio de 2008 (-0,6%) e crescimento de 8,2% em relação a junho de 2007.

Na comparação com maio último, houve queda na massa de rendimento da Região Metropolitana de São Paulo (2,0%), aumentos em Recife e Belo Horizonte (1,8% e 2,8%, respectivamente) e estabilidade em Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Na comparação com junho de 2007, ocorreu elevação em Salvador (4,1%), Belo Horizonte (6,3%), Rio de Janeiro (9,3%), São Paulo (10,7%) e Porto Alegre (8,3%). A única Região Metropolitana a apresentar queda na comparação anual foi Recife (-4,1%).

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1 O rendimento efetivo é o rendimento do mês anterior ao que está sendo realizada a coleta.

2 Proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa.

3 São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.

4 Pessoas que não estavam trabalhando, estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência e tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.

5 Proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa.

6 Exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros.

7 Rendimento habitualmente recebido. Para o cálculo do rendimento real, o deflator utilizado para cada área é o Índice de Preços ao Consumidor - INPC da respectiva região metropolitana, produzido pelo IBGE. Para o rendimento do conjunto das seis regiões metropolitanas, o deflator é a média ponderada dos índices de preços dessas regiões. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.

8 Divisão do rendimento mensal domiciliar proveniente do trabalho, pelo número de componentes da unidade domiciliar, exclusive daqueles cuja condição na unidade domiciliar fosse pensionista, empregado doméstico ou parente do empregado doméstico.

9 Soma dos rendimentos efetivamente recebidos em todos os trabalhos no mês de referência da pesquisa (mês anterior ao que está sendo divulgado).