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IPCA de julho fica em 0,53%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho apresentou variação de 0,53%, 0,21 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,74%). ...

08/08/2008 06h01 | Atualizado em 08/08/2008 06h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho apresentou variação de 0,53%, 0,21 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,74%). Com esse resultado, o acumulado no ano está em 4,19%, enquanto no mesmo período do ano passado havia sido de 2,32%. Nos últimos 12 meses, a variação passou para 6,37%, também acima dos 6,06% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2007, a taxa havia ficado em 0,24%.

O grupo alimentação e bebidas, que vinha apresentando resultados crescentes nos últimos meses, teve um aumento bem menor. Passando de uma taxa de 2,11% em junho para 1,05% em julho, os alimentos tiveram contribuição de 0,24 ponto percentual, representando, ainda assim, quase a metade do IPCA do mês.

A maioria dos produtos alimentícios mostrou menor crescimento nos preços de um mês para o outro. Mesmo com redução na taxa, as carnes (de 6,91% em junho para 4,35% em julho) mais uma vez ficaram com a maior contribuição individual do mês: 0,09 ponto percentual. A seguir vieram as refeições consumidas fora do domicílio (de 1,42% para 1,77%), com 0,07 ponto percentual.

Em julho, alguns alimentos registraram inclusive variações negativas nos preços. O consumidor passou a pagar menos, por exemplo, pelo arroz, que, de uma alta de 9,90% em junho, passou para uma queda de 0,51%. Além dele, outros produtos importantes na alimentação das famílias apresentaram taxas negativas, como a farinha de trigo (de 2,37% em junho para -1,75% em julho) e o pão francês (de 1,32% para -0,11%).

A redução na taxa de crescimento de preços dos alimentos ocorrida de junho para julho só não atingiu a região metropolitana de Belém, onde houve uma alta de 1,31% em julho, frente a 0,86% no mês anterior.

Mesmo com a desaceleração de julho, o grupo dos alimentícios acumula alta de 9,78% no ano, bem acima de igual período de 2007 (5,26%).

Já os produtos não-alimentícios subiram um pouco mais, de 0,34% em junho para 0,38% em julho, tendo em vista reajustes ocorridos em itens importantes com preços administrados ou controlados.

Dos nove grupos que compõem o IPCA, incluindo o do alimentos, apenas três mostraram aumento na variação de preços de junho para julho: habitação (de 0,26% para 0,60%), transportes (de 0,26% para 0,46%) e comunicação (de 0,29% para 0,36%).

As tarifas dos ônibus interestaduais, com reajuste médio de 6% a partir de 1º de julho, tiveram variação de 8,38% e ficaram com a terceira maior contribuição no IPCA do mês: 0,03 ponto percentual. No município de Goiânia, as tarifas chegaram a subir 21,57%. Ainda no grupo transportes (0,46%), destacaram-se os aumentos no pedágio (8,19%), álcool (1,89%), em conserto de automóvel (1,22%) e na gasolina (0,59%).

Nos gastos com habitação (0,60%), as principais pressões foram exercidas pelas contas de energia elétrica, com alta de 0,93%. Ressalta-se que, embora as tarifas de São Paulo tenham sido reajustadas em 8,63% a partir de 4 de julho, uma redução na contribuição para o Pis/Pasep/Cofins levou as contas de energia a um aumento médio de 2,50% naquela região metropolitana. Foram destaques também no grupo a variação de 0,79% na taxa de água e de esgoto e os aluguéis residenciais, com aumento de 0,58%.

Quanto aos gastos com comunicação (0,36%), a alta foi causada por reajustes autorizados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) nos serviços de telefonia fixa, na última semana de julho, o que levou a uma variação de 0,62% no item.

Dentre as regiões pesquisadas, Belém (1,01%) apresentou a maior alta devido, principalmente, aos seguintes resultados: taxa de água e esgoto (11,71%), em virtude do reajuste autorizado pela Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará) a partir de 1º de julho; energia elétrica (5,42%), decorrente do aumento na contribuição para o Pis/Pasep/Cofins; e ônibus intermunicipais (7,73%), refletindo o reajuste autorizado a partir de 14 de julho.

O menor resultado ficou com a região metropolitana de Recife (0,13%), única a apresentar queda nos preços dos alimentos (-0,10%).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados do dia 1º a 29 de julho (referência) com os preços vigentes de 31 de maio a 30 de junho (base).

Em julho, INPC fica em 0,58%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,58% em julho, abaixo do resultado de junho (0,91%) em 0,33 ponto percentual. No acumulado no ano, o índice está em 4,87%, superior à taxa de 2,53% referente ao mesmo período de 2007. Nos últimos 12 meses o resultado ficou em 7,56%, pouco acima dos 7,28% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2007, o INPC havia sido de 0,32%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 1,09% em julho, enquanto os não-alimentícios aumentaram 0,36%. Em junho, os resultados para esses grupos haviam sido de 2,38% e 0,28%, respectivamente.

Assim como ocorreu em relação ao IPCA, a região metropolitana de Belém (1,00%) apresentou a maior alta no INPC, devido principalmente aos aumentos em taxa de água e esgoto (11,71%); energia elétrica (5,51%); e ônibus intermunicipais (7,73%). O menor resultado ficou com Recife (0,06%), única região a registrar queda nos preços dos alimentos (-0,09%).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a seis salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 1º a 29 de julho (referência) com os vigentes de 31 de maio a 30 de junho (base).