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IPCA de junho fica em 0,74%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho apresentou variação de 0,74%, pouco abaixo da de maio (0,79%). ...

10/07/2008 06h01 | Atualizado em 10/07/2008 06h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho apresentou variação de 0,74%, pouco abaixo da de maio (0,79%). Com esse resultado, o IPCA situou-se em 3,64% no primeiro semestre do ano, enquanto no mesmo período de 2007 havia ficado em 2,08%. Nos últimos 12 meses, o resultado está em 6,06%, também acima da taxa dos 12 meses imediatamente anteriores (5,58%). Em junho de 2007, o IPCA havia ficado em 0,28%.
No mês passado, mais uma vez os alimentos puxaram o índice, liderando as contribuições, com 0,47 ponto percentual, e explicando 63% do resultado do IPCA de junho. A alta de 2,11% no grupo alimentação e bebidas foi ainda maior do que a registrada em maio (1,95%). O aumento nos preços continuou generalizado, e apenas o óleo de soja (-2,76%) e as frutas (-1,96%) merecem destaque pelas quedas.
O arroz com feijão ficou bem mais caro de maio para junho. Pagando 9,90% a mais pelo quilo do arroz, que já subiu 38,21% no ano de 2008, o consumidor teve que deixar mais 7,54% no quilo do feijão preto, enquanto o tipo carioca teve seu preço acrescido de 15,55%. Individualmente, porém, o item carnes ficou com a maior contribuição: 0,14 ponto percentual (variação de 6,91%).
O aumento nos preços dos alimentos atingiu todas as regiões pesquisadas no IPCA. Com a alta de junho, esse grupo já acumula 8,64% em 2008, bem acima de igual período do ano passado (3,93%).
Já os produtos não-alimentícios tiveram aumento de 0,34% em junho, menor que o de maio (0,46%). O acumulado no ano, para esse grupo, está em 2,26%, contra 1,60% no primeiro semestre de 2007.
Entre as maiores variações dos não-alimentícios no mês de junho, os destaques foram gás encanado (8,76%), gás veicular (8,31%), passagens aéreas (3,70%), artigos de higiene pessoal (1,29%), artigos de limpeza (1,33%) e salário de empregado doméstico (1,04%).
Quanto aos combustíveis, não houve variação de maio para junho, já que as altas do gás veicular (8,31%) e óleo diesel (1,53%) compensaram as quedas nos preços do álcool (-1,94%) e gasolina (-0,08%).
Em relação às regiões pesquisadas, Porto Alegre (0,90%) apresentou a maior alta no IPCA de junho. A seguir vieram Salvador (0,86%), São Paulo (0,82%) e Recife (0,81%). O menor resultado ficou com a região metropolitana de Belém (0,41%), onde os alimentos (0,86%) apresentaram altas menos significativas.



Alimentos têm maior impacto no IPCA do 1º semestre e no acumulado em 12 meses
Com uma variação acumulada de 8,64%, os alimentos tiveram o maior impacto no IPCA do primeiro semestre de 2008: representaram 1,88 ponto percentual do índice de 3,64%. O segundo maior impacto no acumulado no ano ficou com o grupo saúde e cuidados pessoais, que, com um aumento de 3,47%, respondeu por 0,37 ponto percentual.
Já a maior contribuição individual para o IPCA do primeiro semestre veio das refeições fora do domicílio: 0,30 ponto percentual (variação acumulada de 7,94%).
Por outro lado, TV, som e informática (-5,83%); álcool (-3,21%); e gasolina (-1,21%) foram os principais índices negativos no primeiro semestre.
O grupo alimentação e bebidas também exerceu o maior impacto no IPCA acumulado nos 12 meses terminados em junho de 2008: com um variação de 15,79%, respondeu por 3,43 pontos percentuais, mais da metade do índice geral (6,06%).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 31 de maio a 30 de junho (referência) com os vigentes de 30 de abril a 30 de maio (base).
INPC varia 0,91% em junho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,91% em junho, também abaixo do resultado de maio (0,96%). No acumulado no ano de 2008, o índice situou-se em 4,26%, significativamente acima dos 2,20% referentes ao primeiro semestre do ano passado. Nos últimos 12 meses, o resultado está em 7,28%, também acima da taxa de 6,64% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2007, o INPC havia ficado em 0,31%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 2,38% em junho, enquanto os não-alimentícios aumentaram 0,28%. Em maio os resultados haviam sido 2,19% e 0,44%, respectivamente.
Salvador (1,10%) apresentou a maior alta, em virtude de reajuste na taxa água e esgoto (1,63%). As regiões de São Paulo (1,09%) e Porto Alegre (1,06%) apresentaram resultados semelhantes. O menor índice ficou com Belém (0,39%), também por causa do menor aumento dos alimentos (0,66%).



O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a seis salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 31 de maio a 30 de junho (referência) com os vigentes de 30 de abril a 30 de maio (base).