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Emprego industrial varia - 0,1% em maio

08/07/2008 06h01 | Atualizado em 08/07/2008 06h01

Frente ao mês imediatamente anterior, a taxa ficou praticamente inalterada (- 0,1%), acompanhando o quadro de estabilidade verificado para a atividade industrial neste ano. Na comparação com igual mês do ano anterior, o aumento foi de 2,1%, ritmo menos intenso que o observado nos últimos meses. O indicador acumulado entre janeiro e maio ficou em 2,8% e o acumulado nos últimos doze meses (2,7%) repetiu a taxa de abril. Já a folha de pagamento real cresceu 0,8% no confronto mês/mês imediatamente anterior (livre de influências sazonais). Nas comparações com iguais períodos de 2007, os indicadores salariais foram positivos: 7,0% no índice mensal e 6,4% no acumulado do ano. O acumulado nos últimos doze meses mostrou ligeira aceleração no ritmo de crescimento (6,1%), após ter ficado estável em março e abril (5,9%) e segue apresentando taxas superiores a 5,0% desde dezembro de 2007.

 

     PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em maio, o emprego industrial ficou praticamente estável frente ao mês imediatamente anterior (-0,1%), na série livre de influências sazonais, após recuo de 0,3% em abril. O índice de média móvel trimestral mantém a estabilidade observada desde dezembro de 2007, com - 0,1% entre os trimestres encerrados entre abril e maio.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego completa seqüência de vinte e três taxas positivas, com aumento de 2,1%. O indicador acumulado no período janeiro-maio ficou em 2,8%, abaixo do resultado do primeiro quadrimestre do ano (3,0%) e o acumulado nos últimos doze meses (2,7%) repetiu a taxa de abril.

No índice mensal, o crescimento de 2,1% no contingente de trabalhadores foi explicado, sobretudo, pelos resultados positivos em nove dos quatorze locais e em doze dos dezoito segmentos pesquisados. São Paulo (3,9%), Minas Gerais (3,5%) e Região Norte e Centro-Oeste (2,3%) exerceram os principais impactos positivos, com destaque, respectivamente, para os setores: máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (17,2%) e meios de transporte (9,2%), no primeiro local; alimentos e bebidas (9,0%) e meios de transporte (15,9%), em Minas Gerais ; e alimentos e bebidas (12,9%) na Região Norte e Centro-Oeste. Em sentido contrário, as principais pressões negativas vieram de Pernambuco (-4,9%) e Santa Catarina (-0,9%), influenciados, respectivamente, por alimentos e bebidas (-10,0%) e madeira (-16,3%).

Setorialmente, no total do país, os destaques positivos no indicador mensal foram: máquinas e equipamentos (10,7%), meios de transporte (9,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,3%), produtos de metal (8,6%) e alimentos e bebidas (2,9%). Por outro lado, com os principais impactos negativos figuraram calçados e artigos de couro (-11,9%), vestuário (-5,9%) e têxtil (-7,2%).

No indicador acumulado em janeiro-maio, o pessoal ocupado ampliou-se 2,8% em relação a igual período do ano passado, com onze locais e onze ramos contribuindo positivamente. Entre os locais, os destaques foram São Paulo (4,3%), Minas Gerais (3,1%) e Região Norte e Centro-Oeste (3,4%), enquanto, em sentido contrário, as principais pressões negativas vieram de Santa Catarina (-0,5%) e Espírito Santo (-2,2%). Em termos setoriais, máquinas e equipamentos (13,1%), meios de transporte (10,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (13,0%) e alimentos e bebidas (3,1%) exerceram as pressões positivas de maior relevância, enquanto calçados e artigos de couro (-11,5%), vestuário (-4,8%) e madeira (-8,2%) deram as contribuições negativas mais significativas.

     NÚMERO DE HORAS PAGAS

Em maio, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 0,7% frente ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após variação positiva de 0,3% em abril. O indicador de média móvel trimestral recuou 0,5% entre os trimestres encerrados em abril e maio, após seqüência de três resultados positivos, período em que acumulou acréscimo de 1,0%.

Em relação a maio de 2007, houve crescimento de 1,6%, vigésima quarta taxa positiva consecutiva. O indicador acumulado no ano, com aumento de 2,6%, ficou abaixo do resultado do primeiro quadrimestre (2,9%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. O índice acumulado nos últimos doze meses, em trajetória ascendente desde setembro de 2006, ficou estável na passagem de abril para maio (2,4%).

No indicador mensal (1,6%), houve avanços em oito dos quatorze locais e onze dos dezoito ramos pesquisados. No corte setorial, as pressões positivas mais expressivas vieram de máquinas e equipamentos (10,0%), meios de transporte (10,3%) e produtos de metal (9,4%). Por outro lado, os principais impactos negativos no cômputo geral vieram de calçados e artigos de couro (-14,1%), vestuário (-6,5%) e madeira (-9,0%).

Ainda no confronto com maio de 2007, os índices regionais para o número de horas pagas mostraram que os locais com os desempenhos mais importantes para o resultado nacional foram São Paulo (3,6%), Minas Gerais (4,2%) e Região Norte e Centro-Oeste (1,9%). Na indústria paulista, quatorze atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para meios de transporte (9,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,5%) e máquinas e equipamentos (6,7%). Em Minas Gerais , meios de transporte (19,3%) e alimentos e bebidas (6,9%) exerceram as maiores influências positivas; e na Região Norte e Centro-Oeste, o aumento mais expressivo veio de alimentos e bebidas (12,3%). Em sentido contrário, a principal influência negativa veio de Pernambuco (-7,2%), onde alimentos e bebidas (-12,7%) e vestuário (-19,1%) foram os impactos negativos mais importantes.

O aumento de 2,6% no período acumulado janeiro-maio foi decorrente, sobretudo, das contribuições positivas de doze locais e doze setores. Os principais responsáveis pelos maiores avanços no total do país foram São Paulo (4,2%), Minas Gerais (3,4%) e Região Norte e Centro-Oeste (3,3%). Por outro lado, a principal pressão negativa veio do Espírito Santo (-2,6%). Setorialmente, os impactos positivos mais significativos no cômputo geral vieram de máquinas e equipamentos (13,8%), meios de transporte (12,0%) e produtos de metal (10,3%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-12,9%) e vestuário (-4,7%) exerceram as principais pressões negativas.

     FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em maio, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente cresceu 0,8% em comparação ao mês imediatamente anterior, após queda de 1,4% em abril. O indicador de média móvel trimestral avançou 0,7% entre os trimestres encerrados em abril e maio, registrando a quarta taxa positiva consecutiva, acumulando no período aumento de 2,9%. Ao contrário da estabilidade verificada na evolução recente do índice de média móvel trimestral para a produção, pessoal ocupado e o número de horas pagas, a tendência no indicador da folha de pagamento real mostra-se ligeiramente positiva.

Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram claramente positivos: 7,0% no indicador mensal e 6,4% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou ligeira aceleração no ritmo de crescimento em maio (6,1%), após ter ficado estável em março e abril (5,9%) e segue apresentando taxas superiores a 5,0% desde dezembro de 2007.

O valor da folha de pagamento real aumentou 7,0% em relação a igual mês do ano anterior, com taxas positivas nos quatorze locais pesquisados. A principal influência positiva veio de São Paulo (8,3%), sustentada, sobretudo, pelos avanços em meios de transporte (14,1%), produtos químicos (24,1%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (13,2%). Em seguida, vale mencionar Minas Gerais (9,8%), em que sobressaíram metalurgia básica (12,3%) e meios de transporte (13,9%); Rio Grande do Sul (6,1%), com destaque para produtos de metal (46,4%) e máquinas e equipamentos (23,1%); e Paraná (7,6%), em grande parte, devido à expansão da folha de pagamento em máquinas e equipamentos (33,1%) e alimentos e bebidas (9,8%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, a folha de pagamento real cresceu em doze dos dezoito segmentos investigados, com os maiores impactos positivos vindos de meios de transporte (13,2%), produtos químicos (14,4%) e produtos de metal (18,5%). Por outro lado, as maiores pressões negativas vieram de papel e gráfica (-8,4%), calçados e artigos de couro (-9,9%) e madeira (-5,5%).

O indicador acumulado no ano avançou 6,4%, com incremento em todos os locais. As contribuições positivas mais relevantes no total do país vieram de São Paulo (7,7%), Minas Gerais (7,3%) e Rio Grande do Sul (6,3%). Nestes locais destacaram-se, respectivamente, os ramos meios de transporte (14,6%) e produtos químicos (15,1%); meios de transporte (15,6%) e metalurgia básica (8,3%); e produtos de metal (41,9%) e máquinas e equipamentos (21,7%). Em termos setoriais, treze atividades ampliaram o valor da massa salarial, com meios de transporte (13,6%), máquinas e equipamentos (8,9%) e produtos de metal (13,3%) exercendo as principais influências positivas. Em sentido oposto, as maiores reduções salariais foram observadas em calçados e artigos de couro (-7,8%) e papel e gráfica (-3,5%).