Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em maio, produção industrial cai em 8 dos 14 locais investigados

Na passagem de abril para maio, os índices regionais da produção industrial, ajustados sazonalmente, mostraram queda em oito dos quatorze locais pesquisados, com recuos mais acentuados no Rio Grande do Sul (-4,2%) e Santa Catarina (-3,1%). ...

04/07/2008 06h01 | Atualizado em 04/07/2008 06h01

Na passagem de abril para maio, os índices regionais da produção industrial, ajustados sazonalmente, mostraram queda em oito dos quatorze locais pesquisados, com recuos mais acentuados no Rio Grande do Sul (-4,2%) e Santa Catarina (-3,1%). As demais taxas negativas foram observadas nos seguintes locais: Ceará (-2,2%), Goiás (-2,1%), Pernambuco (-1,5%) e Nordeste (-0,8%), que apontaram reduções acima da média nacional (-0,5%), enquanto São Paulo (-0,3%) e Amazonas (-0,2%) praticamente repetiram o patamar do mês anterior. As regiões com expansão na produção foram: Paraná (4,3%), Rio de Janeiro (2,4%), Espírito Santo (2,2%), Pará (2,1%), Bahia (1,0%) e Minas Gerais (0,8%). No confronto maio 08/ maio 07, 9 dos 14 locais pesquisados mostraram crescimento. O indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano foi marcado por um perfil generalizado de expansão em todos os locais pesquisados



Em relação a maio de 2007, a atividade industrial cresceu em 9 dos 14 locais pesquisados. Embora com predominância de taxas positivas, o indicador mensal desacelerou em 10 regiões entre abril e maio. Essa perda de ritmo também foi apontada pelo índice nacional que registrou crescimento de 10,0% em abril e 2,4% em maio. Esse movimento foi influenciado pelo calendário, uma vez que maio de 2008 teve menos 2 dias trabalhados do que maio de 2007. A desaceleração na atividade produtiva foi mais intensa em Santa Catarina (de 9,9% para -5,7%), Ceará (de 6,6% para -7,5%), Rio Grande do Sul (de 7,5% para -4,7%), Goiás (de 15,8% para 5,3%), Nordeste (de 9,6% para 1,0%) e São Paulo (14,9% para 6,6%). O Paraná, que saiu de 10,0% em abril para 14,0% em maio, foi o destaque entre os quatros locais que ganharam ritmo.
O indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano foi marcado por um perfil generalizado de expansão em todos os locais pesquisados. Com aumentos superiores aos 6,2% registrados no total do país, situaram-se Espírito Santo (17,1%), Paraná (11,0%), Goiás (10,0%), São Paulo (9,7%), Pernambuco (8,4%), Amazonas (8,3%) e Minas Gerais (6,7%). Observou-se, nesses destaques, uma forte presença da indústria automobilística (automóveis, caminhões e autopeças), de setores produtores de máquinas e equipamentos, e de setores associados às commodities exportadas (petróleo, minérios de ferro, produtos siderúrgicos, celulose e açúcar). Nos demais locais os resultados foram: Pará (5,9%), Bahia (5,7%), Nordeste (5,6%), Rio Grande do Sul (4,0%), Ceará (2,3%), Santa Catarina (2,0%) e Rio de Janeiro (1,9%).


Amazonas
Em maio a produção industrial do Amazonas assinalou variação negativa de 0,2% na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após também ficar praticamente estável em abril (0,1%). Em relação a maio de 2007, o setor apontou avanço de 4,6%, 12ª taxa positiva consecutiva neste confronto. No indicador acumulado no ano o crescimento foi de 8,3%. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, cresceu 8,4% e acelerou frente ao resultado de abril (7,8%).
No confronto maio 08/ maio 07, 4 dos 11 segmentos contribuíram positivamente para o aumento de 4,6% no índice global, com destaque, sobretudo, para o desempenho de outros equipamentos de transporte (18,7%), edição e impressão (56,1%) e equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (22,6%). Nesses ramos, sobressaem os avanços na fabricação de motocicletas e suas peças e acessórios; DVD´s; e relógios. Em sentido contrário, o principal impacto negativo veio de máquinas e equipamentos (-20,2%), pressionado em grande parte pelos decréscimos nos itens fornos de microondas e aparelhos de ar condicionado, e alimentos e bebidas (-5,5%), influenciado principalmente pelo recuo no produto preparações em pó para elaboração de bebidas.
O indicador acumulado no período janeiro-maio registrou 8,3% de crescimento, com expansão em 4 dos 11 setores pesquisados. As influências positivas mais relevantes no cômputo geral vieram de outros equipamentos de transporte (22,8%), edição e impressão (62,0%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (10,0%), onde destacaram-se os acréscimos nos itens motocicletas e suas peças e acessórios; DVD´s; e telefones celulares. Por outro lado, os principais impactos negativos vieram de produtos de metal (-14,0%) e máquinas e equipamentos (-15,2%), sobretudo, devido aos recuos na fabricação de aparelhos de barbear e fornos de microondas.


Pará
Em maio, a indústria do Pará cresceu 2,1% em relação abril, na série livre dos efeitos sazonais, após recuar por dois meses consecutivos, período em que acumulou perda de 7,3%. Na comparação com igual mês do ano anterior, o aumento foi de 3,1% e no indicador acumulado no ano, de 5,9%. A taxa anualizada, acumulado nos últimos doze meses, prossegue em trajetória ascendente desde fevereiro, passando de 3,1% em abril para 3,3% em maio.
No indicador mensal, o crescimento de 3,1% foi apoiado nos avanços de cinco dos seis ramos pesquisados, com as principais pressões positivas vindo dos setores extrativo (4,2%), alimentos e bebidas (10,4%) e metalurgia básica (3,5%). Nestes segmentos, sobressaem os avanços na produção, sobretudo, de minérios de ferro; crustáceos congelados; e óxido de alumínio, respectivamente. Por outro lado, a única pressão negativa veio de madeira (-27,0%), que assinalou recuo, principalmente, na fabricação de madeira serrada.
O indicador acumulado janeiro-maio apresentou acréscimo de 5,9%, com cinco das seis atividades assinalando expansão. As maiores contribuições positivas no cômputo geral vieram do setor extrativo (6,4%), metalurgia básica (6,4%) e celulose e papel (30,3%), impulsionados em grande parte pelos itens: minérios de ferro; óxido de alumínio; e celulose, respectivamente. Em sentido contrário, madeira (-14,0%) prossegue como o único impacto negativo sobre a média global.


Nordeste
Em maio, a indústria do Nordeste, com o recuo de 0,8% frente a abril, apresentou o terceiro decréscimo consecutivo no confronto com o mês imediatamente anterior, na série livre dos efeitos sazonais, acumulando neste período uma perda de 3,1%. Nas demais comparações, os resultados foram positivos: em relação a igual mês do ano anterior, acréscimo de 1,0%, e de 5,6% no acumulado nos cinco primeiros meses do ano. A taxa anualizada, acumulado nos últimos doze meses, ficou praticamente estável entre abril (4,8%) e maio (4,7%).
No indicador mensal, o setor avançou 1,0% com taxas positivas em 6 dos 11 segmentos pesquisados. O principal impacto positivo na média global veio de celulose e papel (35,0%), devido principalmente à maior fabricação de celulose. Vale destacar, também, os desempenhos positivos vindos de alimentos e bebidas (3,3%) e, em menor medida, do setor extrativo (2,9%), onde sobressaíram, respectivamente, os avanços nos itens: castanha de caju, e cervejas e chope; e petróleo e gás natural. Por outro lado, têxtil (-7,6%) e produtos químicos (-1,8%) foram as principais pressões negativas, destacando-se, nestes ramos, os recuos na produção de tecidos de algodão e de malha; polietileno de alta densidade e etileno não-saturado.
O indicador acumulado no período janeiro-maio avançou 5,6%, com resultados positivos em nove setores, cabendo os principais impactos a alimentos e bebidas (9,1%), refino de petróleo e produção de álcool (9,5%) e celulose e papel (23,6%). Estas indústrias apresentaram acréscimos na produção de castanha de caju, açúcar demerara; álcool, óleo diesel; e celulose, respectivamente. Em sentido contrário, a pressão negativa mais relevante veio de têxtil (-3,3%), sobretudo, face à queda na produção de tecidos de malha e roupas de banho.


Ceará
Em maio, a produção industrial do Ceará ajustada sazonalmente recuou 2,2% em relação ao mês imediatamente anterior, após assinalar queda de 8,1% em abril, acumulando perda de 10,1% nestes dois meses. No confronto com maio de 2007, o setor mostrou recuo de 7,5%. No indicador acumulado dos cinco primeiros meses do ano, houve incremento de 2,3%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, que apresentava trajetória ascendente desde janeiro de 2008, reduziu o ritmo de crescimento entre abril (2,9%) e maio (1,7%).
Em relação a maio de 2007, a queda de 7,5% decorre, sobretudo, de taxas negativas em sete dos dez setores pesquisados. As principais pressões negativas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-39,1%), têxtil (-8,7%), vestuário (-20,0%) e alimentos e bebidas (-3,6%). Nestas atividades, sobressaíram as quedas na fabricação de óleo diesel, no primeiro ramo; tecidos de algodão e de malha de fibras sintéticas, no segundo; calças compridas de uso feminino e macacões, jalecos, fardas e semelhantes para uso profissional, no terceiro; e biscoitos, refrigerantes e castanhas de caju, no último. Por outro lado, entre os setores que mostraram avanço na produção, os impactos positivos mais relevantes foram assinalados por produtos químicos (5,3%) e produtos de metal (23,2%), em que sobressaíram, respectivamente, os aumentos de vacinas veterinárias; e rolhas, tampas ou cápsulas metálicas.
O indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, avançou 2,3%, com taxas positivas em 6 dos 10 ramos pesquisados. O setor de alimentos e bebidas (10,6%) assinalou a principal contribuição positiva, influenciado, sobretudo, pelo aumento na fabricação de castanha de caju e massas alimentícias. Vale citar também os resultados positivos vindos de calçados e artigos de couro (6,5%) e produtos químicos (10,4%), em que os desempenhos positivos foram explicados, respectivamente, pelo crescimento na produção de calçados de plástico; e tintas e vernizes para construção. Em sentido oposto, a maior influência negativa foi do setor têxtil (-7,3%), por conta, principalmente, da queda no item tecidos de malha de fibras artificiais e de algodão.


Pernambuco
Em maio, a produção industrial de Pernambuco ajustada sazonalmente recuou 1,5%, após também ter assinalado taxa negativa (-8,4%) no mês anterior. No confronto com igual mês do ano anterior a redução foi de 3,6%. Nos indicadores mais abrangentes, os resultados prosseguem positivos: expansão de 8,4% no acumulado no ano e de 5,5% no acumulado nos últimos doze meses, que mostrou desaceleração frente ao mês de abril 6,5%.
No indicador mensal, a queda de 3,6% interrompe uma seqüência de sete resultados positivos. Para a formação da taxa global contribuíram negativamente 7 das 11 atividades pesquisadas, com destaque para alimentos e bebidas (-6,0%), principalmente em função da queda na produção de sorvetes, e cervejas e chope. Vale citar também os recuos de produtos de metal (-21,8%) e de produtos químicos (-10,9%), por conta da menor fabricação de latas de alumínio para embalagem, no primeiro ramo, e dos decréscimos nos itens hipoclorito de cálcio, borracha de estireno-butadieno e oxigênio, no segundo. Por outro lado, as maiores influências positivas vieram da metalurgia básica (10,8%), em razão do aumento na produção de vergalhões de aço ao carbono e chapas e tiras de alumínio; e minerais não-metálicos (4,0%), devido à maior fabricação de clínquer para cimento e massa de concreto.
No indicador acumulado do ano a produção cresceu 8,4%, com taxas positivas em sete atividades, cabendo os impactos mais importantes aos setores de alimentos e bebidas (10,8%), refino de petróleo e produção de álcool (118,2%), metalurgia básica (8,3%) e produtos químicos (9,0%). Nestes ramos, sobressaíram os avanços nos itens açúcar cristal e refinado; álcool; chapas e tiras de alumínio; e tintas e vernizes para construção. Em sentido oposto, celulose e papel (-12,0%) e têxtil (-11,4%) exerceram as principais pressões negativas, por conta, respectivamente, dos decréscimos na fabricação de sacos, sacolas e bolsas de papel; e tecidos e fios de algodão.


Bahia
Em maio, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente cresceu 1,0% em relação ao mês imediatamente anterior, após acréscimo de 1,7% em abril, acumulando nestes dois meses um ganho de 2,7%. O setor industrial baiano avançou 5,5% frente a igual mês do ano anterior e 5,7% em relação aos cinco primeiros meses de 2007. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, acelera o ritmo entre abril (4,0%) e maio (4,5%), confirmando a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2008.
O indicador mensal (5,5%) assinalou taxas positivas em seis dos nove ramos pesquisados. A principal contribuição veio de celulose e papel (39,1%), impulsionada pelo aumento na produção de celulose. Em seguida, vale mencionar os resultados de alimentos e bebidas (7,5%), sobretudo, por conta da maior fabricação de cervejas e chope, e refrigerantes; e borracha e plástico (34,8%), em função dos acréscimos nos itens tubos, canos e mangueiras de plástico; e garrafões, garrafas e frascos de plástico. Por outro lado, os principais destaques negativos foram observados em veículos automotores (-9,9%) e metalurgia básica (-1,6%), devido, respectivamente, à menor fabricação de automóveis; barras, perfis e vergalhões de cobre.
No indicador acumulado dos cinco primeiro meses do ano, a indústria baiana avançou 5,7%, com crescimento nas nove atividades pesquisadas. A liderança ficou com o setor de celulose e papel (27,2%), vindo a seguir refino de petróleo e produção de álcool (4,3%) e produtos químicos (2,4%), em função, respectivamente, da maior fabricação de óleo diesel e asfalto; e de polietileno linear e uréia.


Minas Gerais
Em maio, o índice da produção industrial de Minas Gerais ajustado sazonalmente apresentou expansão de 0,8 frente a abril, terceiro resultado positivo nesse tipo de comparação, período que acumulou ganho de 2,3%. No confronto com igual mês do ano de 2007, a produção avançou 4,7%, ritmo bem abaixo dos 7,1% registrados em abril. Com isso, o índice acumulado no ano ficou em 6,7%. O indicador acumulado nos últimos doze meses (8,4%) mostra perda de ritmo em relação ao mês anterior (8,9%).
Em relação a maio de 2007, a atividade industrial mineira ampliou-se em 4,7%, com base no crescimento registrado tanto na indústria extrativa (5,3%) como na indústria de transformação (4,6%). A expansão desta última foi apoiada em 8 das 12 atividades, com destaque para veículos automotores (13,2%), que sobressai como o maior impacto positivo na formação do índice geral, devido, sobretudo, ao aumento na fabricação de automóveis. Também vale mencionar as contribuições positivas vindas da indústria extrativa (5,3%), minerais não-metálicos (11,5%), metalurgia básica (2,9%) e celulose e papel (16,4%), que tiveram como destaques, respectivamente, os itens: minérios de ferro, cimento, ferronióbio e celulose. Entre os quatro ramos que exerceram influências negativas no cômputo geral, veio do setor têxtil o principal impacto (-12,5%), com recuo no item tecidos de algodão.
Em relação ao indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano, o crescimento foi de 6,7%, devido, sobretudo, à expansão na indústria extrativa (8,4%), em função do aumento na extração de minério de ferro, segundo maior impacto na formação da taxa global. A indústria de transformação (6,4%) também apresentou incremento na produção, com resultados positivos em 9 dos 12 setores pesquisados, com destaque para veículos automotores (21,4%), minerais não-metálicos (10,0%), metalurgia básica (2,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (9,5%), devido, em grande parte, à maior produção de automóveis e camioneta; cimento e tijolo; ferronióbio e bobinas de aço; e óleo diesel e querosene.


Espírito Santo
A produção industrial do Espírito Santo ajustada sazonalmente avançou 2,2% na passagem de abril para maio, o quarto aumento consecutivo nesta série, acumulando expansão de 7,2% neste período. Na comparação com maio de 2007, o setor cresce a expressivos 20,3% e mantém a seqüência de oito taxas positivas. Com isso, o indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano permanece positivo (17,1%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar 12,5% em maio, mantém sua trajetória de expansão ascendente desde setembro do ano passado.
O crescimento de 20,3% frente ao mesmo mês do ano passado está apoiado tanto na expansão da indústria extrativa (29,6%) como na indústria de transformação (16,0%). No primeiro segmento, sobressaem os itens minérios de ferro e gás natural. Na indústria de transformação, onde os quatro ramos mostraram taxas positivas, o principal impacto veio de metalurgia básica (27,5%), por conta da boa performance na fabricação de lingotes, blocos e tarugos de aço, vindo a seguir o setor de celulose e papel (20,7%), influenciado pela maior produção de pastas de celulose.
O indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, aponta expansão de 17,1%, com todas as atividades pesquisadas assinalando desempenho positivo. As principais contribuições sobre a média global vieram das indústrias extrativas (22,7%) e da metalurgia básica (31,8%), impulsionados pelos itens minérios de ferro, gás natural e petróleo, no primeiro ramo, e de lingotes , blocos e tarugos de aço no segundo. Vale destacar o desempenho exportador da indústria capixaba nesses cinco primeiros meses de 2008, com acréscimo de 22,9%, acima dos 19,9% da média nacional.


Rio de Janeiro
Em maio, o índice da produção industrial do Rio de Janeiro, ajustado sazonalmente, apresentou expansão de 2,4 frente a abril, recuperando parte dos 3,7% de queda assinalados no mês anterior.,No confronto com igual mês do ano anterior, a produção mostrou crescimento nulo (0,0%), após dois meses de taxas negativas neste tipo de comparação. Assim, o setor acumulou no período janeiro-maio de 2008 acréscimo de 1,9%, ritmo abaixo do assinalado no primeiro quadrimestre do ano (2,4%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, apontou ligeira desaceleração no ritmo de crescimento, passando de 2,2% em abril para 2,0% em maio.
Em relação a maio de 2007, o setor industrial fluminense apontou crescimento nulo (0,0%), com apenas 4 dos 13 ramos registrando expansão na produção. A principal contribuição positiva sobre a média global ficou com a indústria farmacêutica (23,7%), seguida por veículos automotores (15,3%) e pelo setor extrativo (5,3%). Estas atividades foram impulsionadas em grande parte pelos avanços nos itens: medicamentos; caminhões e automóveis; e petróleo. Por outro lado, entre os nove setores que reduziram a produção, as maiores pressões vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-13,7%), metalurgia básica (-6,6%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-27,1%), influenciados em grande parte pela queda na fabricação dos itens gasolina e óleo diesel; folhas-de-flandres e barras de aço ao carbono; e creme dental e ceras para limpeza.
A indústria fluminense cresceu 1,9% no indicador acumulado para os cinco primeiros meses do ano apoiada, sobretudo, na expansão da maior parte (oito) dos setores pesquisados. A liderança, em termos de impacto sobre o índice geral, permaneceu com veículos automotores (28,0%), sustentado pela maior fabricação de caminhões e automóveis. Outras contribuições positivas relevantes sobre o resultado global vieram de outros produtos químicos (7,4%), minerais não-metálicos (7,7%) e indústrias extrativas (1,6%), por conta, em grande parte, da boa performance, respectivamente, dos itens: herbicidas; cimento; e petróleo. Em sentido oposto, entre os que assinalaram taxas negativas, a indústria farmacêutica (-9,8%) exerceu a principal influência, seguida por refino de petróleo e produção de álcool (-3,3%) e bebidas (-4,5%), pressionados sobretudo pelos itens medicamentos; gasolina; e refrigerantes.


São Paulo
Em maio, a indústria de São Paulo recuou 0,3% frente a abril, na série ajustada sazonalmente, após avançar por dois meses consecutivos, período em que acumulou aumento de 2,7%. No confronto com maio de 2007, a produção avançou 6,6%, 17ª taxa positiva consecutiva. O índice acumulado no ano apresentou expansão de 9,7%. O indicador acumulado nos últimos doze meses (8,7%) segue em trajetória ascendente desde junho do ano passado (3,5%).
No índice mensal, o aumento de 6,6% esteve apoiado no desempenho positivo de 17 dos 20 ramos investigados. Material eletrônico e equipamentos de comunicações (27,5%), refino de petróleo e produção de álcool (12,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (21,5%), veículos automotores (5,9%) e outros equipamentos de transporte (28,8%) exerceram as contribuições mais significativas na expansão da indústria geral. Nestes setores, os itens de maior destaque foram equipamentos de telefonia celular; óleo diesel; transformadores; automóveis; e aviões, respectivamente. Por outro lado, perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-14,2%) foi o principal impacto negativo, em que pesaram sobretudo os decréscimos nos itens pasta de dente e xampu.
A produção acumulada no período janeiro-maio cresceu 9,7% influenciada pelos avanços assinalados em 17 segmentos, com veículos automotores (17,6%); material eletrônico e equipamentos de comunicações (24,6%); máquinas e equipamentos (11,3%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (26,4%) e outros produtos químicos (13,5%), exercendo as maiores contribuições sobre a média geral da indústria. Nestes ramos, sobressaíram, respectivamente, os itens: automóveis; equipamentos de telefonia celular; aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias; transformadores; e inseticidas. Do lado contrário, perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-4,8%) foi o ramo com o principal impacto negativo sobre a taxa global, em grande parte devido ao recuo assinalado na fabricação de pasta de dente.


Paraná
A produção industrial do Paraná avançou 4,3% em maio frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, após recuar 0,6% em abril. Em relação a maio de 2007, o setor cresceu 14,0%, vigésimo resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. O indicador acumulado no ano apresentou expansão de 11,0% e a taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, avançou entre abril e maio, de 7,1% para 8,1%.
No índice mensal, a produção paranaense mostrou expansão de 14,0% com 8 das 14 atividades pesquisadas assinalando taxas positivas, cabendo à edição e impressão (207,6%) a liderança no índice global. Este crescimento atípico pode ser explicado pelo aumento de encomendas especiais de livros e impressos didáticos, conjugado com uma baixa base de comparação em maio de 2007. Vale destacar também, as contribuições positivas vindas de veículos automotores (14,1%) e de alimentos (8,4%), em grande parte, impulsionados pelos acréscimos na fabricação de caminhões, no primeiro ramo, e de carnes e miudezas de aves e rações no segundo. Por outro lado, os principais destaques negativos vieram de outros produtos químicos (-22,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,1%) e madeira (-9,0%), influenciados em grande medida pelos decréscimos nos itens amônia; partes e peças para aparelhos de interrupção; e painéis de madeira.
O indicador acumulado no ano mostrou expansão de 11,0%, com oito ramos aumentando a produção em relação ao mesmo período do ano passado. As maiores contribuições positivas na formação da taxa geral vieram de veículos automotores (35,5%), máquinas e equipamentos (20,6%), edição e impressão (25,2%) e celulose e papel (14,9%), devido, sobretudo, ao crescimento nos itens: caminhões e automóveis; máquinas para colheita e tratores agrícolas; livros e impressos didáticos; e cartolina. Por outro lado, os impactos negativos mais relevantes vieram de alimentos (-3,0%) e outros produtos químicos (-12,2%), pressionados principalmente pelos decréscimos em carnes e miudezas de aves; e amônia, respectivamente.


Santa Catarina
Em maio, a produção industrial de Santa Catarina recuou 3,1% frente ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais, após acumular um ganho de 4,9% desde janeiro último. No confronto com igual mês do ano anterior o setor industrial catarinense recuou 5,7%, resultado mais baixo desde os -10,1% de abril de 2006. Assim, tanto o indicador acumulado no ano, que passou de 4,1% em abril para 2,0% em maio, como o acumulado nos últimos doze meses (de 5,5% para 4,3%) apontaram redução no ritmo de crescimento.
Na comparação maio 08/maio 07, a produção industrial catarinense mostrou queda de 5,7%, com 7 dos 11 ramos pesquisados assinalando taxas negativas. As principais influências negativas sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (-15,5%), pressionado pela concessão de férias em grande empresa do setor e, em menor de escala, de madeira (-27,2%). Nestes ramos sobressaíram as quedas principalmente de refrigeradores e congeladores, no primeiro setor, e de madeira serrada, no segundo. Vale citar também as contribuições negativas vindas de vestuário (-14,2%), alimentos (-3,7%) e têxtil (-6,5%), influenciados em grande parte pelos itens conjuntos de malha de uso masculino e feminino; leites, preparações de carnes e suínos, e carnes e miudezas de aves; e roupas de copa/cozinha e de banho. Por outro lado, entre os quatro segmentos que apontaram taxas positivas, destacaram-se sobretudo minerais não-metálicos (5,8%) e borracha e plástico (3,8%), impulsionados pelos itens ladrilhos e placas de cerâmica e peças e acessórios plásticos para veículos automotores.
O acréscimo de 2,0% no indicador acumulado de janeiro-maio, frente igual período de 2007, refletiu a expansão de nove setores. A liderança, em termos de impacto sobre o índice global, permaneceu com veículos automotores (14,6%), impulsionado sobretudo pela maior fabricação de carrocerias para caminhões e ônibus. Também vale destacar o desempenho positivo de borracha e plástico (8,5%) e de celulose e papel (4,7%). Por outro lado, as duas únicas taxas negativas vieram de madeira (-23,3%) e de máquinas e equipamentos (-2,7%), setores pressionados sobretudo pelos itens madeira serrada e refrigeradores e congeladores, respectivamente.


Rio Grande do Sul
A indústria do Rio Grande do Sul, em maio, recuou 4,2% em relação a abril, na série livre dos efeitos sazonais, segundo resultado negativo consecutivo, período em que acumulou perda de 6,1%. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial apontou redução de 4,7%. Nos demais confrontos, os resultados foram positivos: o indicador acumulado no ano cresceu 4,0% e o acumulado nos últimos doze meses, com acréscimo de 5,5%, permanece em trajetória descendente desde março deste ano (8,2%).
No indicador mensal, o decréscimo de 4,7% pode ser explicado pelo desempenho negativo de 7 dos 14 ramos pesquisados. Os impactos negativos mais importantes no cômputo geral vieram de fumo (-28,3%), bebidas (-53,6%), outros produtos químicos (-16,9%) e calçados e artigos de couro (-11,7%), em que sobressaíram, respectivamente, a menor fabricação de fumo processado; vinhos de uva; etileno não-saturado e borracha de estireno-butadieno; e calçados de couro. Em sentido contrário, as maiores influências positivas vieram de alimentos (11,4%), por conta da maior produção de arroz semibranqueado e carnes bovinas; e máquinas e equipamentos (12,7%), em que destacaram-se os acréscimos nos itens aparelhos de ar condicionado e silos metálicos.
O índice acumulado no ano apresentou crescimento de 4,0%, com taxas positivas em nove atividades. As principais contribuições positivas vieram de máquinas e equipamentos (25,5%), alimentos (11,5%) e veículos automotores (14,1%). Nestes, segmentos sobressaíram os aumentos na produção de aparelhos de ar condicionado, máquinas para colheita; carnes bovinas, arroz semibranqueado; carrocerias para ônibus e automóveis, respectivamente. Por outro lado, fumo (-16,8%) e outros produtos químicos (-10,2%) exerceram as pressões negativas mais significativas, em função, sobretudo, dos decréscimos assinalados na fabricação de fumo processado; etileno não-saturado e borracha de estireno-butadieno, respectivamente.


Goiás
Em maio, a produção industrial de Goiás ajustada sazonalmente recuou 2,1% em relação ao mês imediatamente anterior, após aumentar 3,6% em abril. Nas comparações com iguais períodos do ano anterior, a produção cresceu 5,3% frente a maio de 2007, 10,0% no indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano e 5,1% no acumulado nos últimos doze meses, que prossegue em trajetória ascendente desde o início do ano.
No confronto com maio de 2007 (5,3%) houve expansão em quatro dos cinco ramos industriais. O setor de alimentos e bebidas (10,0%) exerceu o impacto mais importante na formação da taxa geral, sustentado em grande parte pela fabricação de maionese e leite em pó. Em menor medida, destacaram-se também as indústrias extrativas (5,7%) e de minerais não-metálicos (2,7%), principalmente em função dos acréscimos dos produtos: amianto; painéis, ladrilhos e telhas. Por outro lado, somente produtos químicos (-24,5%) apresentou resultado negativo nesta comparação, sobretudo devido à menor produção de medicamentos.
O indicador acumulado no ano mostrou expansão de 10,0%, com quatro segmentos apontando taxas positivas. Novamente, alimentos e bebidas (11,4%) exerceu a principal pressão sobre a média global, seguido por produtos químicos (13,5%) e indústria extrativa (16,2%), onde foram determinantes os avanços na fabricação de maionese; adubos ou fertilizantes, e sabões; e amianto. Por outro lado, metalurgia básica (-5,5%) foi o único impacto negativo, em grande parte, devido ao recuo na fabricação de ouro em barra.