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Em abril, produção industrial cresce em 6 dos 14 locais investigados

Na passagem de março para abril, entre as áreas com taxas positivas, todas avançaram com resultados acima da média nacional (0,2%), ...

05/06/2008 06h01 | Atualizado em 05/06/2008 06h01

Na passagem de março para abril, entre as áreas com taxas positivas, todas avançaram com resultados acima da média nacional (0,2%), exceto o Amazonas (0,1%), na série livre de influências sazonais. No confronto abril 08 / abril 07, 13 dos 14 locais pesquisados assinalaram expansão. Já na análise do indicador acumulado no primeiro quadrimestre do ano, o crescimento da indústria regional foi generalizado.

Entre abril e março os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostraram taxas positivas em seis dos quatorze locais pesquisados. À exceção do Amazonas, que praticamente repetiu o patamar de produção do mês anterior (0,1%), todas as áreas com expansão na produção registraram taxas acima da média nacional (0,2%), com destaque para Goiás (3,6%) e Bahia (1,6%) que assinalaram os avanços mais acentuados. Vale destacar também o segundo resultado positivo consecutivo em São Paulo (0,6%) neste tipo de comparação. Entre as áreas que reduziram a produção, Ceará (-7,7%) e Pernambuco (-8,4%) apontaram as quedas mais intensas, após acumularem, respectivamente, ganhos de 12,9% em dois meses e 10,6% em cinco meses.

Na comparação abril 08/abril 07 que, para o total do país, ficou em 10,1%, os índices regionais mostraram um predomínio de resultados positivos, que alcançaram treze dos quatorze locais pesquisados. Vale ressaltar o fato de que há um dia útil a mais em abril de 2008 em relação ao mesmo mês do ano passado. Entre as áreas com taxas positivas, destacaram-se o Espírito Santo (22,0%), Goiás (15,8%), São Paulo (14,9%) e Bahia (12,3%) com avanços a dois dígitos e acima da média nacional. Santa Catarina (9,9%), Paraná (9,7%) e Nordeste (9,6%) assinalaram taxas bem próximas à média nacional. Também com resultados positivos, porém, abaixo do crescimento do país, figuraram: Rio Grande do Sul (7,5%), Minas Gerais (6,9%), Ceará (6,6%), Pernambuco (3,0%), Amazonas (2,6%) e Pará (2,6%). O único local que apresentou queda nesse tipo de comparação foi o Rio de Janeiro (-2,8%), influenciado pelos setores farmacêutico e de refino de petróleo e produção de álcool.

A expansão registrada no índice mensal de abril (10,1%) superou o ritmo de crescimento observado no primeiro trimestre do ano (6,4%). A aceleração observada em nível nacional atingiu oito dos quatorze locais pesquisados, sendo mais intensa na Bahia, que após acréscimo de 3,8% no primeiro trimestre, registrou taxa de 12,3% em abril, Santa Catarina (de 2,2% para 9,9%) e Espírito Santo (de 14,4% para 22,0%). Entre os locais que assinalaram as perdas mais expressivas entre os dois períodos destacaram-se os estados de Pernambuco (de 13,7% para 3,0%) e Amazonas (de 11,7% para 2,6%), influenciados, respectivamente, pelos recuos nos setores de produtos químicos e alimentos.

O indicador acumulado no primeiro quadrimestre do ano, frente a igual período de 2007, mostrou expansão em todos os locais pesquisados. Neste índice, a liderança do desempenho regional, em termos da magnitude do crescimento, ficou com o Espírito Santo (16,3%), seguido por Goiás (11,3%), Pernambuco (11,2%), São Paulo (10,6%), Paraná (10,1%) e Amazonas (9,3%) todos com taxas acima da média nacional (7,3%), sustentados, sobretudo, pelo maior dinamismo vindo dos setores produtores de bens de capital, bens de consumo duráveis e de itens tipicamente de exportação. Os demais resultados positivos foram: Minas Gerais (7,2%), Nordeste (6,8%), Pará (6,7%), Rio Grande do Sul (6,5%), Bahia (5,8%), Ceará (4,9%), Santa Catarina (4,1%) e Rio de Janeiro (2,4%).

AMAZONAS

A produção industrial do Amazonas, em abril, ficou estável na comparação com o mês imediatamente anterior (0,1%), na série livre de influências sazonais, após recuar por dois meses seguidos, período em que registrou perda de 11,8%. O índice de média móvel trimestral apresentou o segundo decréscimo consecutivo (-4,1%), acumulando recuo de 5,8% entre fevereiro e abril.

Em relação a abril de 2007, a produção aumentou 2,6%. Com isso, o indicador acumulado no ano passou de 11,7% em março para 9,3% abril e o acumulado nos últimos doze meses ficou praticamente estável entre março (7,9%) e abril (7,8%).

O incremento de 2,6% no índice mensal foi apoiado, sobretudo, nas expansões de seis das onze atividades pesquisadas. As principais contribuições positivas para a formação da taxa global vieram de outros equipamentos de transporte (29,0%), edição e impressão (53,6%), equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (32,2%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (2,6%). Nestes segmentos sobressaíram os acréscimos na fabricação de motocicletas; DVD; relógios; e telefones celulares. Em contrapartida, alimentos e bebidas (-22,6%) e máquinas e equipamentos (-27,8%) foram os destaques negativos, com os recuos mais significativos vindos da produção de preparações em xarope para elaboração de bebidas; e fornos de microondas, respectivamente.

A produção do primeiro quadrimestre do ano foi 9,3% superior à de igual período do ano passado, com quatro ramos mostrando resultados positivos. Neste confronto, as principais influências vieram de outros equipamentos de transporte (23,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (13,0%) e edição e impressão (63,8%), em função, principalmente, dos acréscimos nos itens motocicletas; telefones celulares; e DVD. Por outro lado, a contribuição negativa mais importante veio de produtos de metal (-15,9%), seguido por máquinas e equipamentos (-14,2%), pressionados, respectivamente, pelos decréscimos nos itens aparelhos de barbear e fornos de microondas.

PARÁ

Em abril, a indústria do Pará recuou 2,5% frente a maio, na série sem os efeitos sazonais, após também assinalar taxa negativa no mês anterior (-5,0%). Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral também mostrou queda (1,6%) na passagem dos trimestres encerrados em abril e maio, segundo resultado negativo neste tipo de comparação.

Nos demais confrontos, os resultados foram positivos: expansão de 2,6% frente a igual mês do ano anterior; 6,7% no acumulado nos primeiros quatros meses de 2008 e 3,1% no indicador acumulado nos últimos doze meses, com ligeiro ganho frente à taxa observada no mês anterior (3,0%).

No comparativo abril 08/abril 07, o acréscimo na produção da indústria paraense foi de 2,6%, apoiado nos avanços de quatro dos seis segmentos pesquisados. As principais pressões positivas sobre a média global vieram, sobretudo, de celulose e papel (67,2%), metalurgia básica (8,6%) e alimentos e bebidas (8,3%). Nestas indústrias, sobressaíram os aumentos na produção dos itens celulose, papel higiênico; ôxido de alumínio; e crustáceos congelados, respectivamente. Em sentido contrário, o impacto negativo de maior relevância veio de madeira (-20,2%), em decorrência da diminuição na produção, principalmente, de madeira serrada.

O crescimento de 6,7% no indicador acumulado dos quatro primeiros meses de 2008, ritmo superior ao observado no último quadrimestre do ano passado (2,1%), foi sustentado pelos resultados positivos na maior parte (cinco) dos seis ramos pesquisados. Dentre esses, as contribuições mais significativas vieram das indústrias extrativas (6,9%), metalurgia básica (7,2%) e celulose e papel (36,0%), impulsionadas, sobretudo, pelo avanço na produção dos itens: minérios de ferro; óxido de alumínio; celulose, e papel higiênico, respectivamente. Por outro lado, a única pressão negativa foi assinalada pela atividade de madeira (-10,9%).

NORDESTE

Em abril, a indústria do Nordeste registrou queda de 0,9% em relação a março, na série livre dos efeitos sazonais, segunda taxa negativa, recuando 2,2% entre fevereiro e abril. O índice de média móvel trimestral ficou praticamente estável (-0,1%) pelo segundo mês consecutivo.

O confronto com igual mês do ano anterior registrou expansão de 9,6%. Com isso, tanto o indicador acumulado no ano, que passa de 5,9% para 6,8%, como o acumulado nos últimos doze meses (de 3,9% para 4,8%) mostraram ganhos frente ao mês de março.

No indicador mensal, a indústria nordestina cresceu 9,6%, apoiada, sobretudo, no desempenho positivo de nove dos onze segmentos pesquisados, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (29,0%), alimentos e bebidas (13,6%) e celulose e papel (26,8%). Nestes ramos, sobressaíram os avanços nos itens óleo diesel, álcool etílico; amendoim e castanha de caju torrados; e celulose, respectivamente. Por outro lado, metalurgia básica (-2,9%) e calçados e artigos de couro (-4,9%) foram os dois únicos resultados negativos na média global, pressionados, sobretudo, pelas quedas na fabricação de ferro-gusa, barras de aços ao carbono, no primeiro setor, e calçados de borracha e de couro, no segundo.

No indicador acumulado no período janeiro-abril de 2008, o acréscimo foi de 6,8%, ritmo acima do observado no último quadrimestre de 2007 (4,3%). Para o resultado dos quatro primeiros meses de 2008, nove atividades mostraram desempenho positivo, com destaque para alimentos e bebidas (10,4%), refino de petróleo e produção de álcool (11,8%) e celulose e papel (20,7%), que apresentaram avanços na produção de amendoim e castanha de caju torrados, açúcar demerara; álcool etílico, óleo diesel; e celulose, respectivamente. Em sentido contrário, a maior pressão negativa veio de têxtil (-2,1%), devido, principalmente, à diminuição na fabricação de toalhas de banho e tecidos de malha de fibras artificiais.

CEARÁ

Em abril, a produção industrial do Ceará ajustada sazonalmente recuou 7,7% em relação ao mês imediatamente anterior, após registrar forte crescimento por dois meses consecutivos, acumulando acréscimo de 12,9%. Mesmo com o resultado negativo de abril, o índice de média móvel trimestral apontou crescimento entre os trimestres encerrados em março e abril (1,3%), após ter avançado 2,8% em março.

No confronto com abril de 2007, o setor industrial cresceu 6,6%. O indicador acumulado no ano aponta expansão de 4,9%. O índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 2,5% em março para 2,9% em abril, continua em trajetória ascendente desde janeiro de 2008.

No indicador mensal, a indústria cearense cresceu 6,6%, com taxas positivas em sete das dez atividades pesquisadas, com destaque para alimentos e bebidas (25,8%), em função da maior produção de castanha de caju torrada. Em seguida, vale mencionar os incrementos em calçados e artigos de couro (6,4%), por conta do aumento na fabricação de calçados de couro de uso feminino e calçados de plásticos; e em vestuário (16,4%), por conta do avanço na produção de bermudas e shorts, e camisas de malha, ambos de uso masculino. Em sentido oposto, as principais pressões negativas foram verificadas em refino de petróleo e produção de álcool (-46,5%) e metalurgia básica (-51,1%), em função, respectivamente, dos decréscimos nos itens óleo diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP); vergalhões e barras de aço ao carbono.

O indicador acumulado no ano avançou 4,9%, com resultados positivos em seis atividades, cabendo o maior impacto ao setor de alimentos e bebidas (14,6%), por conta do aumento na fabricação de castanha de caju torrada. Vale citar ainda, calçados e artigos de couro (9,8%) e produtos químicos (11,8%), em razão, respectivamente, de calçados de plástico, e tintas e vernizes para construção. Em sentido contrário, as maiores influências negativas foram assinaladas em têxtil (-6,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (-25,8%), devido, respectivamente, à queda na produção de tecidos de malha de fibras artificiais e fios de algodão, e óleo diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP).

Na análise quadrimestral, a produção industrial do Ceará passou de 2,7% no último quadrimestre de 2007 para 4,9% no primeiro deste ano, mantendo a trajetória ascendente iniciada no segundo quadrimestre de 2007.

PERNAMBUCO

Em abril, a produção industrial de Pernambuco ajustada sazonalmente recuou 8,4%, após ter registrado cinco resultados positivos consecutivos, acumulando expansão de 10,6%. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral recuou 2,0% entre os trimestres encerrados em março e abril, interrompendo uma seqüência de seis taxas positivas, período em que acumulou ganho de 8,9%.

Nas comparações com iguais períodos de 2007, os índices mensal e acumulado no ano foram positivos: 3,0% e 11,2%, respectivamente. O indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou ligeiro recuo ao passar de 6,8% em março para 6,5% em abril.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o avanço foi de 3,0%, sétima taxa positiva consecutiva, com crescimento em seis dos onze setores pesquisados. A principal influência positiva veio de alimentos e bebidas (9,6%), por conta do aumento na fabricação de cachaça e refrigerantes. Em seguida, vale citar máquinas, aparelhos e materiais elétricos (45,6%) e, em menor medida, refino de petróleo e produção de álcool (133,6%), devido, respectivamente, à maior produção de pilhas e baterias elétricas, e lâmpadas e tubos incandescentes; e álcool. Por outro lado, as maiores pressões negativas foram verificadas em produtos químicos (-13,4%), em função da redução na produção de borracha de estireno-butadieno e hipoclorito de cálcio; e metalurgia básica (-2,5%), por conta da menor fabricação de fio-máquina de aços ao carbono e chapas e tiras de alumínio.

Na análise quadrimestral, a produção industrial de Pernambuco mostrou maior dinamismo ao passar de 3,1% no último quadrimestre de 2007 para 11,2% no primeiro quadrimestre de 2008. Para essa última comparação, oito ramos registraram taxas positívas, cabendo os maiores impactos positivos sobre a média da indústria aos setores de alimentos e bebidas (14,2%), refino de petróleo e produção de álcool (121,0%) e produtos químicos (14,0%). Nestas atividades, os itens de maior destaque foram, respectivamente, açúcar cristal e refinado; álcool; e tintas e vernizes para construção. Em sentido contrário, vale mencionar os recuos em celulose e papel (-14,3%) e têxtil (-13,5%), por conta, respectivamente, da queda na produção de sacos, sacolas e bolsas de papel; tecidos e fios de algodão.

BAHIA

Em abril, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente avançou 1,6% em relação ao mês imediatamente anterior, revertendo parte do resultado negativo de março (-4,3%). Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral ficou praticamente estável (0,1%) entre os trimestres encerrados em março e abril, após ter recuado 0,3% em março.

Em relação a igual mês do ano anterior o setor industrial da Bahia cresceu 12,3%, maior resultado desde novembro de 2004 (30,4%). Com isso, o indicador acumulado no ano, que passou de 3,8% em março para 5,8% em abril, e o acumulado nos últimos doze meses (de 2,4% para 4,0%) mostraram ganhos frente ao mês anterior.

O índice mensal registrou crescimento de 12,3%, sétima taxa positiva consecutiva, com acréscimo em oito dos noves setores pesquisados. A principal contribuição positiva sobre a média global da indústria ficou com o setor de refino de petróleo e produção de álcool (23,1%), influenciado, sobretudo, pela maior fabricação dos itens óleo diesel e nafta. Em seguida, vale citar os desempenhos de celulose e papel (31,3%), por conta da maior fabricação de celulose; e produtos químicos (6,4%), em razão do crescimento na produção de polietileno linear e sulfato de amônio. Por outro lado, a única taxa negativa foi assinalada pela indústria extrativa (-3,4%), pressionada, em grande parte, pela menor extração de minério de cobre e magnésia.

No indicador acumulado no ano, a indústria baiana apresentou expansão de 5,8%, com taxas positivas em todas as atividades. A maior contribuição positiva veio de celulose e papel (24,2%), devido ao incremento na fabricação de celulose, seguido por refino de petróleo e produção de álcool (5,1%) e produtos químicos (2,7%), em função, respectivamente, do aumento da produção de óleo diesel; e polietileno linear e sulfato de amônio.

Na análise quadrimestral, a indústria baiana assinalou crescimento de 5,8% no primeiro quadrimestre de 2008, prosseguindo em trajetória ascendente desde o segundo quadrimestre de 2007 (3,0%).

MINAS GERAIS

A produção industrial de Minas Gerais, descontadas as influências sazonais, variou 0,4% entre março e abril, após ter avançado 0,9% no mês anterior. O indicador de média móvel trimestral permaneceu praticamente estável (-0,1%) pelo segundo mês consecutivo.

Na comparação com abril de 2007, a indústria mineira cresceu 6,9%, resultado abaixo da média nacional (10,1%). O indicador acumulado nos quatro primeiros meses do ano ficou em 7,2% e o acumulado nos últimos doze meses (8,7%) registrou menor ritmo de crescimento em relação ao observado em março (9,0%) e em fevereiro (9,5%).

No indicador mensal, com avanço de 6,9%, observa-se desempenho positivo tanto na indústria extrativa (2,6%) como na indústria de transformação (7,7%). Nesta última, seis dos doze segmentos pesquisados assinalaram expansão, onde o destaque prosseguiu vindo de veículos automotores (29,7%). Vale citar também os impactos positivos sobre a média global vindos de: minerais não-metálicos (15,8%), alimentos (6,3%) e metalurgia básica (3,9%). Nestes ramos, sobressaem principalmente os itens: cimentos e tijolos, placas e ladrilhos; biscoitos e bolachas; e lingotes, blocos e tarugos ou placas de aço. Por outro lado, o resultado atípico vindo da indústria de celulose e papel (-24,3%), influenciado por uma paralisação técnica em grande empresa do setor, somado à redução de 7,4% em outros produtos químicos, impediram um índice global mais elevado.

Na análise dos índices por quadrimestre, que mostrava trajetória ascendente do segundo quadrimestre de 2006 (3,4%) até o segundo de 2007 (10,5%), o setor industrial mineiro perdeu fôlego, assinalando 8,5% no último quadrimestre de 2007 até chegar a 7,2% no primeiro quadrimestre de 2008. Nos quatro primeiros meses do ano, frente a igual período de 2007, a indústria mineira assinalou expansão em nove dos treze ramos pesquisados. A performance de veículos automotores (23,9%) e do setor extrativo (9,3%) foram determinantes para o índice global. Também cabe mencionar o comportamento positivo em refino de petróleo e produção de álcool (12,2%) e em minerais não-metálicos (9,5%). Nestes setores, sobressaem, principalmente, a maior produção de óleo diesel e gasolina; e cimento e tijolos. Por outro lado, as maiores contribuições negativas vieram dos setores têxtil (-5,3%) e fumo (-7,0%) influenciados, em grande parte, pela redução na produção de tecidos de algodão e cigarros.

ESPÍRITO SANTO

Em abril, a produção industrial do Espírito Santo recuou 0,3% em relação ao mês imediatamente anterior, na série com ajustamento sazonal, após mostrar crescimento nos dois meses anteriores, período em que acumulou ganho de 4,5%. O índice de média móvel trimestral apontou acréscimo de 1,4% entre os trimestres encerrados em março e abril, mantendo seqüência de cinco resultados positivos, com aumento de 8,5% entre novembro e abril.

Na comparação com iguais períodos do ano passado, os índices foram positivos: 22,0% frente a abril de 2007 e 16,3% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória crescente desde outubro de 2007, passou de 9,5% em março para 11,0% em abril.

O indicador mensal mostrou expansão de 22,0%, apoiado no avanço das cinco atividades pesquisadas. O desempenho da indústria extrativa (29,6%), que apresentou a maior taxa desde março de 2007 (32,8%), foi a principal contribuição positiva, sobretudo, devido à produção de minérios de ferro e gás natural. Em seguida, destacaram-se metalurgia básica (29,0%), alimentos e bebidas (30,4%) e celulose e papel (5,5%), influenciados, em grande parte, pelos aumentos de lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços; bombons; e celulose.

O indicador acumulado no primeiro quadrimestre do ano cresceu 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado, ritmo mais intenso do que no terceiro quadrimestre de 2007 (8,6%). Também nesta comparação, os cinco segmentos contribuíram positivamente, com os principais impactos na média global vindo de metalurgia básica (33,0%) e indústria extrativa (20,8%), onde se destacaram a fabricação de lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço; e petróleo e gás natural, respectivamente.

RIO DE JANEIRO

A produção industrial do Rio de Janeiro mostrou, em abril, recuo de 3,5% frente a março, na série livre de influências sazonais, após crescer 0,9% no mês anterior. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral também apontou resultado negativo (-1,8%), após ficar praticamente estável em março (0,1%).

Na comparação com abril de 2007, o setor também registrou queda (-2,8%). Com isso, o indicador acumulado no ano ficou em 2,4%, ritmo abaixo do verificado no primeiro trimestre do ano (4,2%). O indicador acumulado nos últimos doze meses manteve trajetória descendente, passando de 2,8% em março para 2,2% em abril.

No confronto com igual mês do ano anterior, o recuo de 2,8% no índice global foi influenciado pelo desempenho adverso da indústria de transformação (-4,1%), uma vez que o setor extrativo assinalou resultado positivo (2,7%), apoiado, sobretudo, na maior extração de petróleo. Entre as seis atividades da indústria de transformação que apontaram taxas negativas, sobressaíram as quedas vindas de farmacêutica (-32,3%), influenciada em grande parte pela queda em 50% dos produtos pesquisados, e refino de petróleo e produção de álcool (-15,9%), pressionado pelos itens gasolina e gás GLP, por conta de uma paralisação técnica parcial em uma unidade do setor. Vale destacar também as contribuições negativas vindas de outros produtos químicos (-13,4%) e de bebidas (-11,8%), pressionados, sobretudo, pelo decréscimo na produção de polipropileno; e refrigerantes e cervejas. Por outro lado, o maior impacto positivo veio de veículos automotores (25,1%), vindo a seguir minerais não-metálicos (14,4%) e metalurgia básica (4,8%). Nestes ramos, sobressaíram os avanços nos itens automóveis e caminhões; cimento; e bobinas ou chapas de aço ao carbono.

No indicador acumulado no primeiro quadrimestre do ano, a indústria fluminense assinalou acréscimo de 2,4%, ritmo igual ao observado no último quadrimestre do ano passado (2,5%), com expansão em oito dos treze ramos pesquisados. O setor de veículos automotores (32,1%), impulsionado pela maior fabricação de caminhões e automóveis, manteve a liderança em termos de impacto sobre o índice geral. Outras contribuições positivas relevantes vieram de outros produtos químicos (10,0%), com destaque para o item herbicidas; alimentos (5,8%), em função da expansão na produção de preparações e conservas de peixes; e minerais não-metálicos (7,6%), por conta da maior fabricação de cimento. Em sentido oposto, entre os cinco setores que apontaram queda, o que mais pressionou a média da indústria continuou sendo a indústria farmacêutica (-18,8%).

SÃO PAULO

Em abril, a produção industrial de São Paulo aumentou 0,6% frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, com ganho de 2,7% entre fevereiro e abril. O índice de média móvel trimestral, com a terceira taxa positiva consecutiva (0,5%), acumulou incremento de 2,4% desde fevereiro último.

Em relação a abril de 2007, o setor registrou crescimento de 14,9%, décima sexta taxa positiva consecutiva e o maior resultado desde setembro de 2004 (15,2%). Com isso, o indicador acumulado nos quatro primeiros meses do ano mostrou expansão (10,6%), em ritmo superior ao do primeiro trimestre do ano (9,1%). Na análise dos índices por quadrimestre, nota-se seqüência de quatorze taxas positivas, com trajetória ascendente desde o início de 2007, tal como foi observado no total do país. Na taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, o resultado foi de 8,4%, com aceleração em relação a março (7,6%).

No índice mensal, observou-se o predomínio de resultados positivos, que alcançaram dezesseis das vinte atividades pesquisadas, com destaque para veículos automotores (27,7%), farmacêutica (36,8%), máquinas e equipamentos (15,2%), outros equipamentos de transporte (72,2%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (29,8%). Nestes segmentos, os produtos de maior destaque foram: automóveis; medicamentos; aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias; aviões; e equipamentos de telefonia celular. Em contraposição, os impactos negativos mais significativos vieram de edição e impressão (-4,4%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-4,7%), em grande parte, devido aos recuos assinalados na fabricação de revistas e creme dental, respectivamente.

A expansão de 10,6% no indicador acumulado nos quatro primeiros meses do ano foi explicada, sobretudo, pelo desempenho positivo de dezesseis ramos, com destaque para veículos automotores (21,1%), máquinas e equipamentos (14,1%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (24,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (27,6%) e outros produtos químicos (14,6%). Nestes setores, destacaram-se os avanços dos itens: automóveis; aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias; equipamentos para telefonia celular; transformadores; e inseticidas. Em sentido oposto, refino de petróleo e produção de álcool (-4,4%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-3,0%) sobressaíram com os impactos negativos mais importantes, em grande parte devido à redução observada na fabricação de óleo diesel e creme dental, respectivamente.

PARANÁ

A produção industrial do Paraná apresentou queda de 1,0% frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, neutralizando o avanço na mesma magnitude observado em março. A média móvel trimestral, após avançar por dois meses consecutivos, período em que acumulou ganho de 4,0%, recuou 0,5% entre os trimestres encerrados em abril e março.

Na comparação com iguais períodos do ano passado, os índices foram positivos: 9,7% frente a abril de 2007 e 10,1% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses (7,0%) cresceu em menor ritmo do que em fevereiro (8,1%) e março (7,3%).

O índice mensal, que em março havia crescido somente 1,9%, em abril registrou o décimo nono resultado positivo consecutivo (9,7%), com expansão em sete dos quatorze setores pesquisados. Os principais destaques foram veículos automotores (53,8%), máquinas e equipamentos (26,3%) e celulose e papel (13,7%), principalmente devido à maior produção de caminhões; máquinas para colheita; e cartolina. Por outro lado, os impactos negativos mais significativos vieram de alimentos (-8,2%) e, em menor medida, de mobiliário (-12,5%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,5%), pressionados, sobretudo, pelos recuos na fabricação de carnes e miudezas de aves; guarda-roupas; e partes e peças de aparelhos para interrupção, proteção, ligação e semelhantes, respectivamente.

O indicador acumulado no ano mostrou expansão de 10,1%, com nove ramos apresentando crescimento. As maiores contribuições na formação da taxa geral vieram de veículos automotores (41,8%), máquinas e equipamentos (24,3%) e celulose e papel (13,4%), com destaque para os acréscimos em caminhões; máquinas para colheita; e cartolina. Por outro lado, as principais pressões negativas vieram de alimentos (-6,3%) e outros produtos químicos (-9,7%), sobretudo, em função dos recuos na fabricação dos itens carnes e miudezas de aves e uréia.

Na análise por quadrimestres, o primeiro quadrimestre do ano, ao assinalar 10,1%, mostrou ritmo superior ao dos últimos quatro meses de 2007 e foi o mais elevado desde o período setembro-dezembro de 2004 (14,2%).

SANTA CATARINA

O índice da produção industrial de Santa Catarina ajustado sazonalmente mostrou, pelo segundo mês seguido, taxa positiva frente ao mês imediatamente anterior: 0,6% em março e 0,9% em abril, acumulando, nestes dois meses, ganho de 1,5%. Em relação a abril de 2007, o setor registrou expansão de 9,9%, maior resultado desde outubro de 2007 (10,6%). Com isso, tanto o indicador acumulado no ano, que passou de 2,2% em março para 4,1% em abril, como o acumulado nos últimos doze meses (de 5,3% para 5,5%) apontaram aceleração.

A expansão de 9,9% na taxa global, em relação a abril de 2007, resultou, sobretudo, do acréscimo observado em dez das onze atividades industriais investigadas, com os setores de veículos automotores (29,2%) e de alimentos (8,9%) respondendo pelos maiores impactos positivos na média geral da indústria. Nestes segmentos, sobressaíram os itens carrocerias para caminhões e ônibus, na primeira atividade; e carnes e miudezas de aves e produtos salamaria, na segunda. Vale citar também as influências positivas, embora em menor escala, de máquinas e equipamentos (11,4%), por conta da maior fabricação de refrigeradores e congeladores, e de borracha e plástico (16,4%), em razão, sobretudo, do avanço na produção de peças e acessórios de plástico para indústria automobilística. Por outro lado, a única contribuição negativa veio de madeira (-18,3%), que tem a maior parte dos seus produtos assinalando queda na produção, com destaque para o item madeira serrada.

Na produção acumulada no primeiro quadrimestre do ano, frente a igual período de 2007, a expansão da indústria catarinense foi de 4,1%, com perfil generalizado de crescimento que atinge dez das onze atividades pesquisadas. A liderança, em termos de impacto, permanece com veículos automotores (19,3%), seguido por borracha e plástico (9,9%), alimentos (2,4%) e vestuário (9,0%). Nestes ramos destacaram-se, respectivamente, os itens: Carrocerias para ônibus e caminhões; tubos, canos e mangueiras de plástico, e peças e acessórios para indústria automobilística; carnes e miudezas de aves; e camisetas de algodão. Por outro lado, madeira, com queda de 22,3%, prosseguiu como o único setor com taxa negativa.

O índice de média móvel trimestral, que apontou acréscimo de 0,5% na passagem dos trimestres encerrados em março e abril, assinalou o segundo resultado positivo neste tipo de comparação, acumulando ganho de 1,8% nestes dois meses.

RIO GRANDE DO SUL

Em abril, a indústria do Rio Grande do Sul, na série livre dos efeitos sazonais, recuou 1,1% frente a março, após três resultados positivos consecutivos, período em que acumulou acréscimo de 2,4%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apresentou variação negativa de 0,2% entre os trimestres encerrados em abril e março, interrompendo a seqüência de sete trimestres positivos, quando acumulou ganho de 4,1%.

No confronto com igual mês do ano anterior, o setor industrial apontou expansão de 7,5%. Nas demais comparações, os resultados também foram positivos: acumulados no ano (6,5%) e nos últimos doze meses (6,8%).

No indicador mensal, a indústria gaúcha cresceu 7,5%, sustentada, sobretudo, pelos impactos positivos em onze dos quatorze ramos pesquisados. Dentre esses, os mais expressivos vieram de máquinas e equipamentos (41,7%), alimentos (22,6%), veículos automotores (25,1%) e bebidas (24,6%). Nestes setores sobressaíram, respectivamente, os itens: aparelhos de ar condicionado; arroz semibranqueado, carne bovina; automóveis e carrocerias para ônibus; e vinhos de uva. Em sentido contrário, as maiores influências negativas na média global vieram de outros produtos químicos (-34,6%), que apresentou diminuição na produção, principalmente, de etileno não-saturado e polietileno de alta densidade; e refino de petróleo e produção de álcool (-11,4%), devido, sobretudo, à menor produção de naftas para petroquímica.

O resultado do primeiro quadrimestre de 2008 (6,5%) interrompeu a trajetória descendente observada ao longo do ano de 2007, com avanços em dez das quatorze atividades pesquisadas. Máquinas e equipamentos (29,0%), alimentos (11,6%) e veículos automotores (18,2%) foram os principais impactos positivos, em função, sobretudo, dos acréscimos registrados nos produtos: máquinas para colheita; aparelhos de ar condicionado; carnes bovinas, carnes e miudezas de aves; Carrocerias para ônibus e automóveis, respectivamente. Por outro lado, outros produtos químicos (-8,4%) e fumo (-11,5%) exerceram as maiores contribuições negativas, pressionados em grande parte pelas reduções na fabricação dos itens etileno não-saturado, borracha de estireno-butadieno; e fumo processado, respectivamente.

GOIÁS

Em abril, a atividade industrial de Goiás cresceu 3,6% na comparação com março, na série livre de influências sazonais, após recuar 6,0% no mês anterior. O índice de média móvel trimestral ficou estável (0,1%) entre os trimestres encerrados em abril e março, após seqüência de sete resultados positivos, período em que acumulou ganho de 9,5%.

Na comparação com abril de 2007, a indústria goiana teve expansão de 15,8%. Com isso, o indicador acumulado no primeiro quadrimestre do ano (11,3%) mostrou aceleração no ritmo de crescimento frente ao resultado do primeiro trimestre (9,9%). O indicador acumulado nos últimos doze meses prossegue em trajetória ascendente desde o início do ano e passa de 3,2% em março para 4,6% em abril.

No confronto abril 08/ abril 07, a indústria de Goiás assinalou aumento de 15,8%, com quatro das cinco atividades com desempenhos positivos. A maior contribuição positiva na formação da taxa global veio de alimentos e bebidas (17,0%), impulsionado, sobretudo, pela fabricação de maionese e leite em pó. Em menor medida, sobressaíram os impactos de produtos químicos (42,5%) e da indústria extrativa (18,0%), com destaque para a fabricação de medicamentos, sabões; e amianto. Por outro lado, a única pressão negativa veio da metalurgia básica (-9,9%), com os decréscimos de ferronióbio e ferroníquel.

O índice acumulado no primeiro quadrimestre do ano mostrou expansão de 11,3%, com quatro setores apontando taxas positivas. O principal impacto sobre a média global veio de alimentos e bebidas (11,8%), seguido por produtos químicos (22,0%) e indústria extrativa (19,4%), onde foram determinantes os avanços na produção de maionese; medicamentos, e adubos ou fertilizantes; e amianto. Em sentido contrário, metalurgia básica (-7,0%) foi o único segmento com queda na produção.

Ainda nessa comparação, na análise por quadrimestres, a produção prossegue em trajetória ascendente desde o terceiro quadrimestre de 2007 e a expansão de 11,3% no primeiro quadrimestre de 2008, representa quase três vezes a taxa de expansão do mesmo período do ano passado (4,1%).