Em comemoração aos 72 anos de fundação, o IBGE lança, hoje, o volume nº 67 do Anuário Estatístico Brasileiro 2007 e a edição comemorativa dos 70 anos da revista Brasileira de Geografia. O lançamento do Anuário 2008 marca o centenário da entrada no quadro da então Diretoria Geral de Estatística de Mário Augusto Teixeira de Freitas, responsável pela estruturação e sistematização das informações estatísticas e geográficas do País. Em sua homenagem, o IBGE declarou 2008 como o ano Teixeira de Freitas da Estatística Brasileira.

Com 540 páginas, o Anuário Estatístico configura-se como obra de referência sobre a realidade brasileira, com informações resultantes de levantamentos, estudos e pesquisas realizados pelo IBGE e outras instituições. As informações - de natureza estatística (demográfica, social e econômica), geográfica, cartográfica, geodésica e ambiental - possibilitam o conhecimento da realidade física, humana, social, econômica e territorial do país. A publicação tem sete seções temáticas e contém, ainda, fotografias, gráficos, tabelas e glossários.

A seção 1 Caracterização do território traz informações sobre os pontos mais altos do Brasil e dos estados, fronteiras, zona costeiras, produção de madeira, reciclagem, entre outras. A seção 2 Características demográficas e socieconômicas da população contém projeções da população brasileira até 2020, estatísticas do registro civil, taxa de crescimento anual, dados sobre trabalho e rendimento, acidentes de trânsito e o sexo e grupos de idade dos eleitores brasileiros. As seções 3, 4 e 5 dedicam-se, respectivamente, aos aspectos das atividades agropecuária e extração vegetal, Indústria e Serviços. Índices, preços, custos e salários integram a seção 6 e Agregados macroeconômicos a seção 7, com informações sobre finanças públicas, administração federal e Contas Nacionais.

O volume 60 da Revista Brasileira de Geografia reúne artigos de expoentes da área de geografia e ciências afins, publicados pela revista ao longo de sete décadas. Os dois primeiros artigos Determinação da altitude do Pico da Bandeira na serra do Caparaó e Princípios gerais de Cartografia, de Alírio de Matos, tratam da importância do trabalho de campo na elaboração de mapas. No comentário Geografia e cartografia, Christovam Leite de Castro ressalta os modos diferentes dessas duas ciências tratarem o território. Circulação Atmosférica do Brasil, de Edmon Nimer, traz contribuições para as discussões atuais sobre aquecimento global. O avanço na ocupação do território brasileiro é o tema tratado nos artigos de Lysia Maria Cavalcanti Bernardes (Os problemas das frentes pioneiras no Estado do Paraná) e Leo Waibel (As zonas pioneiras do Brasil) - referências para diversas pesquisas - e mais recentemente, nas abordagens de Bertha Koiffman Becker ( Fronteira e urbanização repensadas) e Orlando Valverde (devastação da floresta amazônica). Já as principais questões da geografia agrária são tratadas no clássico estudo de Nilo Bernardes Características gerais da agricultura brasileira em meados do século XX. Esboço preliminar da divisão do Brasil nas chamadas regiões homogêneas é o título do artigo de Pedro Geiger. As pesquisas urbanas estão representadas em cinco artigos de autoria de Milton Santos, Roberto Lobato Corrêa, Grupo de áreas metropolitans, Speridião Faisol, e Fany Davidovich e Olga Maria Buarque de Lima.