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IBGE instala equipamento para medir nível do mar em Fortaleza

O IBGE concluirá, no dia 19 de abril, a instalação da quinta estação da Rede Maregráfica Permanente para a Geodésia (RMPG), no Porto de Mucuripe, em Fortaleza (CE), ...

Editoria: Geociências

16/04/2008 09h01 | Atualizado em 19/03/2018 14h02

O IBGE concluirá, no dia 19 de abril, a instalação da quinta estação da Rede Maregráfica Permanente para a Geodésia (RMPG), no Porto de Mucuripe, em Fortaleza (CE), que registrará o nível das marés naquele ponto da costa. Por meio da medição do nível do mar é possível determinar as alturas máxima, mínima e média das marés, que viabilizam construções de portos ou emissários submarinos. Estas estações são importantes, também, para a área de altimetria (o nível médio do mar é a origem das altitudes). Os equipamentos digitais da estação foram doados pelo Programa Global de Monitoramento do Nível do Mar, da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (GLOSS/IOC), por meio de uma parceria com a Marinha Brasileira, que convidou o IBGE para integrar a rede GLOSS-Brasil.

A instalação dos equipamentos de Fortaleza começou em setembro do ano passado, quando o IBGE montou a estrutura de apoio à instalação dos marégrafos digitais e implantou um marégrafo convencional (mecânico com registro em papel) para subsidiar, a partir desses primeiros registros, a referência digital. Entre os dias 10 e 19 de abril serão instalados dois marégrafos em Fortaleza - um sensor radar, que é digital e funciona a partir de energia obtida de painéis solares ou também elétrica, e um do tipo encoder, que é um aparelho mecânico com registro digital. Os aparelhos fazem a leitura das marés a cada cinco minutos e transmitem as informações a cada hora para o satélite GOES (satélite geoestacionário internacional) e, diariamente, para a Rede Maregráfica, através de conexão telefônica.

A implantação da estação de Fortaleza segue um cronograma iniciado em 2000 e que prevê a instalação de seis estações maregráficas ao longo da costa brasileira. Já foram implantadas as estações de Imbituba, em Santa Catarina (2001), Macaé, no Rio de Janeiro (2001; destacando-se que em 1994 o IBGE havia assumido a operação de um marégrafo convencional pertencente a Petrobras), Salvador, na Bahia (2004) e Santana, no Amapá (2005). Ainda está prevista a implantação de uma estação da Rede Maregráfica em Belém, no Pará. As estações que compõem a rede estão distribuídas em pontos estratégicos da costa do país, uma vez que o nível do mar pode variar muito dependendo da região.

O estudo das marés é uma atividade permanente, uma vez que o mar está em constantes mudanças. Algumas causas das suas variações são o movimento de rotação da Terra (duração aproximada de 14 meses); o ciclo nodal da lua (duração de aproximadamente 19 anos); o ciclo das manchas solares (duração aproximada de 13 anos); os fenômenos meteorológicos (principalmente ventos e pressão atmosférica); dinâmica das correntes marinhas, entre outros fenômenos oceanográ.