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Em fevereiro, produção industrial recua em 5 das 14 regiões pesquisadas

Na passagem de janeiro para fevereiro, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostraram recuo em 5 dos 14 locais pesquisados.

04/04/2008 06h01 | Atualizado em 04/04/2008 06h01

Na passagem de janeiro para fevereiro, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostraram recuo em 5 dos 14 locais pesquisados. São Paulo (-1,5%), Minas Gerais (-1,6%) e Rio de Janeiro
(-0,9%), que respondem por cerca de 60% do total da indústria nacional, exerceram as pressões negativas mais relevantes. Ceará (3,4%), Bahia (2,8%) e região Nordeste (2,7%) destacaram-se entre as áreas com crescimento industrial acima do índice nacional (-0,5%). Na comparação fevereiro 2008/ fevereiro 2007, que para o total do país ficou em 9,7%, os índices apresentaram expansão em todos os locais pesquisados, especialmente em Pernambuco (18,8%) e Goiás (18,1%), beneficiados pelo desempenho positivo do setor de alimentos.

A comparação com fevereiro de 2007 assinala crescimento nos quatorze locais pesquisados. Vale mencionar que em fevereiro de 2008 houve um dia útil a mais que em igual mês do ano anterior. Onze áreas avançam acima da média nacional (9,7%) com expansão a dois dígitos, com destaque para Pernambuco (18,8%) e Goiás (18,1%), impulsionados pelo desempenho do setor de alimentos.

No indicador acumulado para o primeiro bimestre, observa-se expansão também em todas as regiões, com nove delas crescendo acima da média nacional (9,2%), sendo oito com taxas de dois dígitos: Amazonas (17,7%), Pernambuco (15,6%), Paraná (15,3%), Espírito Santo (14,1%), Goiás (11,8%), São Paulo (11,5%), Minas Gerais (10,5%) e Rio Grande do Sul (10,5%). Nesses locais, o dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à ampliação na fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis e telefones celulares) e de setores produtores de bens de capital (para transporte, para fins industriais e para telefonia celular), à recuperação do setor agrícola (máquinas para colheita, tratores e adubos ou fertilizantes), e ao desempenho positivo das commodities exportadas (açúcar cristal, produtos siderúrgicos, petróleo e minérios de ferro).

Na comparação com o índice do último trimestre de 2007, o acumulado para o primeiro bimestre de 2008 aponta aceleração de ritmo em nível nacional, ao passar de 7,9% para 9,2%, movimento acompanhado por doze dos quatorze locais pesquisados, com destaque para Pernambuco (de 4,1% para 15,6%), Paraná (de 6,6% para 15,3%) e Goiás (de 4,4% para 11,8%).

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, avança 6,9% no total nacional e acelera frente o resultado de janeiro (6,4%). Esse movimento está presente em todos os locais pesquisados, com destaque para Amazonas (de 5,2% para 7,5%) e Goiás (de 1,5% para 2,8%) que apontaram os ganhos mais acentuados entre os dois períodos.

Amazonas

Em fevereiro, a produção industrial do Amazonas registra recuo na comparação com o mês imediatamente anterior (-2,4%), na série livre de influências sazonais, após avançar por dois meses consecutivos, período em que acumulou 10,5% de aumento.

Em relação a fevereiro de 2007, a expansão de 17,4% foi a nona taxa positiva consecutiva. No primeiro bimestre do ano, o crescimento foi de 17,7%, resultado superior aos 12,4% observados no último trimestre de 2007. O indicador acumulado nos últimos doze meses também cresce em fevereiro (7,5%) e acelera frente ao índice de janeiro (5,2%).

No confronto fevereiro 08/ fevereiro 07, seis dos onze segmentos contribuíram positivamente para o aumento de 17,4% na média global, com destaque, sobretudo, para o desempenho de material eletrônico e equipamentos de comunicações (31,1%), outros equipamentos de transporte (23,5%), alimentos e bebidas (19,4%) e edição e impressão (50,5%). Os avanços na fabricação de telefones celulares e televisores; motocicletas e suas peças e acessórios; preparações em xarope para elaboração de bebidas; e DVD´s foram determinantes para os resultados destes ramos. Em sentido contrário, o principal impacto negativo veio de produtos de metal (-25,2%), pressionado pelo recuo na fabricação dos itens aparelhos e lâminas de barbear.

O indicador acumulado no primeiro bimestre deste ano cresce 17,7%, com seis dos onze setores pesquisados apontando taxas positivas. As influências positivas mais relevantes no cômputo geral novamente vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (24,4%), outros equipamentos de transporte (26,5%), edição e impressão (70,4%) e alimentos e bebidas (17,1%). O principal impacto negativo permanece com o segmento de produtos de metal (-14,4%), devido aos recuos nos itens aparelhos e lâminas de barbear.

Pará

Em fevereiro, a indústria do Pará cresceu 1,9% frente a janeiro, na série livre dos efeitos sazonais, terceira taxa positiva consecutiva, acumulando neste período um ganho de 6,8%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, observa-se expansão de 13,0%, a maior desde os 17,3% de novembro de 2006. O indicador acumulado no ano cresceu 9,6%, ritmo bastante superior ao assinalado no último trimestre de 2007 (2,9%). O acumulado nos últimos doze meses mostra crescimento de 2,8%, interrompendo a trajetória descendente observada desde janeiro de 2007.

Na comparação com fevereiro de 2007 (13,0%), quatro dos seis segmentos apontaram taxas positivas, com destaque para a indústria extrativa (16,5%) e metalurgia básica (17,5%), onde sobressaem os itens minérios de ferro e óxido de alumínio, respectivamente. Em sentido contrário, o maior impacto negativo veio de madeira
(-16,8%) pressionada pela menor produção de madeira serrada.

O crescimento de 9,6% no acumulado do primeiro bimestre do ano foi sustentado pela expansão observada em cinco dos seis ramos pesquisados. Os principais impactos positivos vieram das indústrias extrativas (12,4%) e de metalurgia básica (8,3%). Por outro lado, o setor de alimentos e bebidas (-2,2%) exerceu a única pressão negativa, influenciado sobretudo pelo recuo na produção de refrigerantes.

Nordeste

Em fevereiro, a indústria do Nordeste registrou acréscimo de 2,7% em relação a janeiro, na série ajustada sazonalmente, após apresentar variação de - 0,5% em janeiro.

No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria nordestina mostra expansão de 12,2%, resultado mais elevado desde janeiro de 2005 (12,3%). O acumulado no primeiro bimestre do ano assinalou aumento de 7,7% e acelera frente ao resultado do último trimestre de 2007 (5,4%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, mostra ganho de ritmo na passagem de janeiro (3,1%) para fevereiro (3,8%).

Ainda no índice mensal, o crescimento de 12,2% em fevereiro é a décima taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação. Em fevereiro, nove dos onze segmentos pesquisados mostram avanço na produção, com destaque para alimentos e bebidas (16,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (18,1%), impulsionados pelos itens açúcar cristal e demerara, no primeiro ramo, e álcool e óleo diesel, no segundo. Também vale destacar os resultados positivos de produtos químicos (9,3%) e celulose e papel (28,8%), que apresentaram acréscimo na produção dos produtos , policloreto de vinila e polietileno linear, e celulose. Por outro lado, máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,5%) e vestuário (-5,3%) foram as duas únicas pressões negativas na média global da indústria.

No aumento de 7,7% no acumulado do primeiro bimestre de 2008, também nove das onze atividades pesquisadas assinalaram taxas positivas. A pressão positiva mais importante veio de alimentos e bebidas (12,1%), vindo a seguir os setores de refino de petróleo e produção de álcool (11,0%) e de celulose e papel (25,7%). Nestes segmentos, sobressaem os avanços na produção dos itens amendoim e castanha de caju torrados, açúcar demerara; álcool etílico, óleo diesel; e celulose, respectivamente. Em sentido contrário, a maior pressão negativa sobre a média global fica com a indústria têxtil (-8,1%), devido, principalmente, ao recuo na fabricação de tecidos de algodão e tecidos de malha.

Ceará

Em fevereiro, a produção industrial do Ceará ajustada sazonalmente avançou 3,4% em relação ao mês imediatamente anterior, após assinalar queda por três meses consecutivos, período em que acumulou uma perda de 5,1%.

No confronto com igual mês do ano passado, a produção cresceu 6,6%, maior avanço desde os 12,4% de outubro de 2006. O indicador acumulado no ano, com taxa de 2,1%, reduz o ritmo em relação ao quarto trimestre de 2007 (3,6%). O índice acumulado nos últimos doze meses mostra taxa positiva de 0,9%, resultado ligeiramente acima dos 0,5% de janeiro.

Ainda no indicador mensal (6,6%), sete das dez atividades pesquisadas assinalam taxas positivas, com o setor de alimentos e bebidas (19,9%) exercendo o principal impacto positivo. Neste segmento, destaca-se o item castanha de caju torradas. Vale citar, ainda, as contribuições positivas vindas de calçados e artigos de couro (14,8%) e de produtos químicos (19,0%), em função, respectivamente, da fabricação de calçados de plástico e de couro; vacinas veterinárias e tintas e vernizes para construção. Por outro lado, as pressões negativas mais relevantes vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-52,8%) e têxtil (-7,3%), influenciados principalmente pelos recuos de óleo diesel e asfalto; e fios de algodão e tecidos de malha de fibras artificiais.

O indicador acumulado no primeiro bimestre do ano registra expansão de 2,1%, com taxas positivas em seis dos dez setores. A maior influência positiva sobre a média global da indústria fica novamente com o setor de alimentos e bebidas (15,0%), devido principalmente ao aumento na fabricação do item castanha de caju torrados. Em seguida, destacaram-se também os ramos de calçados e artigos de couro (14,8%) e produtos químicos (13,5%), por conta, respectivamente, de calçados de plástico; e tintas e vernizes para construção. Em sentido contrário, as maiores pressões negativas foram assinaladas pelos setores têxtil (-21,5%) e de refino de petróleo e produção de álcool (-34,7%), devido, respectivamente, à queda da produção de tecidos e fios de algodão, e óleo diesel e gás liqüefeito de petróleo (GLP).

Pernambuco

Em fevereiro, a produção industrial de Pernambuco ajustada sazonalmente apresentou variação de 0,1%, quarto resultado positivo consecutivo, período em que acumulou expansão de 8,1%.

Nos confrontos com iguais períodos de 2007, os indicadores mensal e acumulado no ano foram positivos: 18,8% e 15,6%, respectivamente. O acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,6% em janeiro para 6,5% em fevereiro, prossegue em trajetória ascendente desde dezembro de 2007.

No confronto com fevereiro de 2007, a indústria pernambucana cresce 18,8%, quinta taxa positiva consecutiva, e registra o maior avanço desde os 23,6% de março de 1995. Setorialmente, cinco dos seis ramos pesquisados mostram expansão, sendo que a principal veio do setor de alimentos e bebidas (31,1%), por conta do aumento da fabricação de açúcar cristal e demerara, impulsionado pelas melhores condições climáticas na safra 2007/2008. Vale citar também os impactos positivos de refino de petróleo e produção de álcool (161,7%) e de metalurgia básica (13,5%), em virtude, respectivamente, da maior produção de álcool; chapas e tiras de alumínio e vergalhões de aços ao carbono. As principais influências negativas vieram de celulose e papel (-16,1%), em função da queda na produção de sacos, sacolas e bolsas de papel, e papel kraft para embalagem, e de têxtil (-7,0%), por conta da menor fabricação de tecidos de algodão.

No primeiro bimestre de 2008 a expansão foi de 15,6%, ritmo bem acima do observado no último trimestre de 2007 (4,1%). Para a formação deste resultado contribuíram positivamente oito dos onze segmentos, com destaque para o setor de alimentos e bebidas (18,4%), em virtude do incremento na produção de açúcar cristal e refinado. Também destacam-se os avanços vindos de produtos químicos (25,9%) e de refino de petróleo e produção de álcool (103,9%), devido ao aumento, respectivamente, de borracha de estireno-butadieno, tintas e vernizes para construção; e álcool. As principais contribuições negativas vieram de celulose e papel(-16,1%) e têxtil (-15,6%), por conta, respectivamente, da menor produção de sacos, sacolas e bolsas de papel, e tecidos de algodão.

Bahia

Em fevereiro, a produção industrial da Bahia avançou 2,8% em relação a janeiro, já descontados os efeitos sazonais, segunda taxa positiva consecutiva, acumulando aumento de 3,2%.

Em relação a fevereiro de 2007, a indústria baiana cresceu 11,7%, maior taxa desde novembro de 2004 (30,0%). No acumulado no primeiro bimestre o crescimento foi de 5,7%, ritmo um pouco acima dos 5,0% do último trimestre de 2007. O indicador acumulado nos últimos doze meses cresceu 2,4% em fevereiro, acelerando frente ao resultado de janeiro (1,5%).

Ainda no indicador mensal (11,7%), que aponta a quinta taxa positiva consecutiva, todos os nove setores pesquisados mostram avanço na produção. A liderança é de produtos químicos (12,1%), por conta do aumento na produção de sulfato de amônio e policloreto de vinila (PVC). Em seguida, vêm celulose e papel (34,1%), em função da maior fabricação de celulose e papel não revestido; e refino de petróleo e produção de álcool (9,0%), devido, sobretudo, aos itens óleo diesel e óleos lubrificantes.

No indicador acumulado no ano, a indústria baiana avançou 5,7%, com taxas positivas em oito das nove atividades. A maior influência veio de celulose e papel (30,4%), seguida por refino de petróleo e produção de álcool (3,4%) e produtos químicos (2,0%). Nestes segmentos, sobressaem os avanços nos itens celulose; óleo diesel e asfalto; e policloreto de vinila, e polietileno linear. Por outro lado, a única taxa negativa foi assinalada por alimentos e bebidas (-0,4%), pressionada, sobretudo, pelo itens farinhas e “ pellets ” da extração do óleo de soja, e óleo de soja em bruto.

Minas Gerais

Em fevereiro, a produção industrial de Minas Gerais , ajustada sazonalmente, recuou 1,6% após crescer 1,4% em janeiro.

Na comparação com fevereiro de 2007, a indústria mineira avançou 10,7%, vigésima taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação. No acumulado do primeiro bimestre do ano, o setor amplia em 10,5% sua produção, ritmo superior aos 9,1% do último trimestre de 2007. O indicador acumulado nos últimos doze meses também mostra expansão (9,5%) e mantém trajetória ascendente desde março de 2007 (4,5%).

Ainda no indicador mensal (10,7%), a indústria mineira assinalou acréscimo tanto na indústria extrativa (13,2%), em virtude do aumento na extração de minério de ferro, como na de transformação (10,3%). Para o resultado desta indústria, contribuíram positivamente nove dos doze setores pesquisados, com destaque para veículos automotores (29,8%), por conta do avanço na fabricação de automóveis e camionetas. Em seguida, vale citar as contribuições positivas vindas de metalurgia básica (5,8%) e de máquinas e equipamentos (23,7%), influenciados pelos itens bobinas de aço ao carbono e ferronióbio; e escavadeiras e tratores de esteiras. Em sentido oposto, os maiores impactos negativos foram observados em fumo (-7,8%) e têxtil (-1,5%), em função, respectivamente, da menor fabricação de cigarros, e tecidos de algodão.

No indicador acumulado do primeiro bimestre do ano houve crescimento de 10,5%, sustentado pelos resultados positivos na indústria de transformação (9,8%) e na extrativa (14,4%). Na primeira, onde dez dos doze ramos contribuíram positivamente, veículos automotores (28,1%), por conta de automóveis e camionetas, exerce o maior impacto positivo sobre a média global. Vale mencionar também os avanços de refino de petróleo e produção de álcool (20,3%) e produtos químicos (12,0%), em razão, do aumento da produção de óleo diesel e gasolina; adubos e fertilizantes, e superfosfatos. As duas únicas taxas negativas foram assinaladas pelos setores têxtil (-3,7%) e fumo (-3,5%).

Espírito Santo

A produção industrial do Espírito Santo, em fevereiro, avançou 1,0% frente à de janeiro, na série livre de influências sazonais, após recuar 2,8% no mês anterior. O índice de média móvel trimestral assinalou variação positiva de 0,4% entre os trimestres encerrados em janeiro e fevereiro, terceira taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 5,8% entre novembro e fevereiro.

Na comparação com igual mês do ano anterior a expansão foi de 16,3%, quinta taxa positiva consecutiva. O indicador acumulado no primeiro bimestre avança 14,1%, ritmo acima do observado no quarto trimestre de 2007 (12,2%). O acumulado nos últimos doze meses, em trajetória ascendente desde outubro do ano passado, registra 8,7% em fevereiro.

No confronto com fevereiro de 2007 (16,3%), três dos cinco ramos assinalam crescimento, com destaque para metalurgia básica (36,8%), indústrias extrativas (22,4%) e alimentos e bebidas (6,7%), impulsionados respectivamente pela produção de lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço ao carbono; petróleo e gás natural; e bombons contendo cacau. Por outro lado, o principal impacto negativo veio de celulose e papel (-1,5%), principalmente devido ao recuo na fabricação de celulose.

O indicador acumulado no ano cresceu 14,1% com quatro setores registrando aumento de produção, com destaque para metalúrgica básica (33,1%) e indústrias extrativas (21,8%), devido aos incrementos nos itens: lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço; petróleo e minérios de ferro. Em sentido contrário, celulose e papel (-7,2%) foi a única pressão negativa.

Rio de Janeiro

A produção industrial do Rio de Janeiro mostra, em fevereiro, queda de 0,9% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal, após acumular expansão de 2,6% nos dois últimos meses.

Na comparação com fevereiro de 2007, o índice global assinala crescimento de 8,1%, maior resultado desde os 8,7% observados em fevereiro de 2006. Com isso, o indicador acumulado no primeiro bimestre do ano fica em 6,5%, ritmo superior aos 4,1% do último trimestre do ano passado. A taxa anualizada, medida pelo indicador acumulado nos últimos doze meses, mantém a trajetória de aceleração no ritmo de expansão iniciada em outubro de 2007, passando de 2,4% em janeiro para 3,1% em fevereiro.

A expansão de 8,1%, observada no confronto fevereiro 08/fevereiro 07 está apoiada nos índices positivos tanto da indústria de transformação (9,7%) como da extrativa (2,0%). Esta última, após ficar praticamente estável no mês anterior (0,1%), mostra a primeira taxa positiva desde julho de 2007, impulsionada pela maior extração de petróleo. Na indústria de transformação, que assinala o quinto resultado positivo consecutivo, oito das doze atividades ampliam a produção. A liderança fica com o segmento de outros produtos químicos (29,0%), vindo a seguir veículos automotores (30,8%), refino de petróleo e produção de álcool (12,5%) e metalurgia básica (11,6%). Nestes ramos, sobressaem os avanços nos itens herbicidas; caminhões e automóveis; óleo diesel e naftas; e barras e bobinas de aço ao carbono. Entre as quatro atividades da indústria de transformação com recuo na produção, bebidas (-5,5%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-12,3%) exercem os principais impactos negativos sobre a média da indústria.

A produção acumulada no primeiro bimestre do ano avança 6,5% frente a igual período do ano anterior, com taxas positivas na maior parte (dez) das atividades pesquisadas. Entre os ramos que ampliaram a produção, outros produtos químicos, com expansão de 25,3%, e veículos automotores (32,1%) exerceram as principais influências na formação do índice geral, impulsionados respectivamente pelos itens herbicidas; e caminhões e automóveis. Também merecem destaque as contribuições positivas vindas de refino de petróleo e produção de álcool (10,1%), alimentos (14,3%) e metalurgia básica (7,8%). Nestes setores sobressaem a maior fabricação dos itens óleo diesel; preparações e conservas de peixes; e bobinas e barras de aço ao carbono. Por outro lado, o recuo mais importante permanece com a indústria farmacêutica (-28,6%), que assinala redução em 70% dos produtos pesquisados.

São Paulo

A indústria de São Paulo mostrou queda de 1,5% em fevereiro, após avançar 2,8% em janeiro, na série ajustada sazonalmente.

No confronto com fevereiro de 2007, a produção avançou 10,1%, décima quarta taxa positiva consecutiva e o índice acumulado no primeiro bimestre do ano apresentou expansão de 11,5%. O indicador acumulado nos últimos doze meses (7,4%) segue em trajetória ascendente desde junho do ano passado e mostra aceleração de ritmo em relação a janeiro (6,9%).

Ainda no índice mensal, o aumento de 10,1% está apoiado no desempenho positivo de dezesseis dos vinte ramos investigados. Veículos automotores (18,5%), máquinas e equipamentos (21,1%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (37,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (37,1%) e outros produtos químicos (16,7%) exerceram as contribuições mais significativas na expansão da indústria geral. Nestes setores, os principais itens responsáveis por seus acréscimos foram automóveis; elevadores/transportadores de mercadorias; produtos associados à telefonia celular; transformadores; e inseticidas, respectivamente. Por outro lado, não fosse a forte redução da indústria farmacêutica (-32,0%), com resultado atípico fortemente influenciado por uma paralisação técnica em grande empresa do setor, o índice global teria sido ainda mais elevado.

A produção acumulada no primeiro bimestre do ano cresceu 11,5%, ritmo superior ao do último trimestre de 2007 (9,2%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. O resultado do índice acumulado em janeiro-fevereiro foi apoiado nos acréscimos observados na maioria (18) dos vinte segmentos, cabendo a veículos automotores (24,0%), máquinas e equipamentos (16,4%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (31,6%) e outros produtos químicos (17,1%) as maiores contribuições na média geral da indústria. Nestes ramos sobressaíram, respectivamente, a fabricação de automóveis; elevadores/transportadores de mercadorias; produtos associados à telefonia celular; e inseticidas. Do lado contrário, edição e impressão (-1,7%) e farmacêutica (-1,7%) foram os ramos que impactaram negativamente a taxa global, em grande parte devido aos recuos assinalados nos produtos: revistas e medicamentos.

Paraná

A produção industrial do Paraná recuou 1,5% em fevereiro frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, após avançar por dois meses, período em que acumulou ganho de 9,1%.

Em relação a fevereiro de 2007, o avanço foi de 12,0%, décimo sétimo resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. O indicador acumulado nos dois primeiros meses do ano também mostra expansão (15,3%), marca bem superior à registrada no último trimestre do ano passado (6,6%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, continua em trajetória ascendente desde dezembro último, registrando 8,1% em fevereiro.

Ainda no índice mensal, a produção paranaense avançou 12,0%, com nove das quatorze atividades pesquisadas assinalando taxas positivas, cabendo a veículos automotores (47,7%), máquinas e equipamentos (25,7%), refino de petróleo e produção de álcool (28,2%) e celulose e papel (14,2%) os principais impactos. Nestes ramos, sobressaíram, em grande parte, os acréscimos na produção dos itens: caminhões e automóveis; máquinas para colheita e refrigeradores ou congeladores; óleo diesel; cartolina, respectivamente. Por outro lado, o principal destaque negativo foi o setor de alimentos (-13,2%), o de maior peso na estrutura industrial do estado, influenciado em grande medida pelos decréscimos de carnes e miudezas de aves e óleo de soja refinado, influenciados por uma base de comparação elevada e pela parada para manutenção em importante empresa do setor.

O indicador acumulado no ano mostra expansão de 15,3%, com doze dos quatorze ramos aumentando a produção. As maiores contribuições positivas na formação da taxa geral vieram de veículos automotores (47,1%), máquinas e equipamentos (28,1%), refino de petróleo e produção de álcool (15,3%) e celulose e papel (14,4%), devido, sobretudo, ao crescimento dos itens: caminhões e automóveis; máquinas para colheita e tratores; óleo diesel; e cartolina. Por outro lado, as pressões negativas vieram de alimentos (-2,9%) e bebidas (-3,8%), com destaque para os decréscimos de carnes e miudezas de aves e cervejas e chope, respectivamente.

Santa Catarina

O índice da produção industrial de Santa Catarina ajustado sazonalmente fica estável (0,0%) frente ao patamar de janeiro, após crescer 3,4% no mês anterior.

No confronto com fevereiro de 2007, o setor industrial catarinense cresce 6,7% e registra expansão pelo décimo quarto mês consecutivo nesse tipo de comparação. O indicador acumulado no primeiro bimestre do ano também mostra crescimento (4,9%), mas desacelera frente ao resultado do último trimestre do ano passado (6,5%). O índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,5% em janeiro para 5,7% em fevereiro, mantém a trajetória ascendente iniciada em julho de 2006 (-2,5%).

No índice mensal, o acréscimo de 6,7% na média global da indústria catarinense reflete o comportamento positivo de nove dos onze ramos investigados. As principais contribuições positivas na formação deste resultado vieram de veículos automotores (20,5%), celulose e papel (20,9%), influenciado por uma baixa base de comparação por conta de paralisação técnica em importante empresa do setor em fevereiro de 2007, e de alimentos (6,3%). Nestes segmentos sobressaem a maior fabricação de carrocerias para caminhões e ônibus; papel-cartão para embalagem; e carnes e miudezas de aves. Vale citar, também, os avanços assinalados pelos ramos de borracha e plástico (10,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,3%) e de têxtil (5,0%). Por outro lado, os dois únicos desempenhos adversos foram observados em madeira (-18,1%), pressionado pela queda observada no item madeira serrada, e em máquinas e equipamentos (-1,9%), por conta do recuo na fabricação de refrigeradores e congeladores.

A produção acumulada no primeiro bimestre do ano do setor fabril catarinense expande-se 4,9% com predomínio de resultados positivos que alcançam oito das onze atividades investigadas. As contribuições positivas mais relevantes vieram de alimentos (5,2%) e de veículos automotores (13,8%), cujos acréscimos foram explicados pelo crescimento nos itens: carnes e miudezas de aves; e carrocerias para caminhões e ônibus, respectivamente. Também vale destacar as contribuições positivas observadas em celulose e papel (10,6%), vestuário (16,3%) e borracha e plástico (9,6%). Nestes segmentos, sobressaem os avanços na fabricação dos itens papel-cartão para embalagem, no primeiro ramo, camisetas de malha no segundo, e tubos e canos de plástico, no último. Entre as atividades que mostraram queda, madeira (-19,9%) figura como a de maior impacto negativo, em função, principalmente, do decréscimo assinalado pelo item madeira serrada.

Rio Grande do Sul

Em fevereiro, a indústria do Rio Grande do Sul apresentou variação positiva de 0,4% frente a janeiro, na série livre dos efeitos sazonais, segundo resultado positivo consecutivo, acumulando 2,3% aumento nesse período.

O confronto com igual mês do ano anterior assinalou expansão de 12,0%. Com isso, o indicador acumulando no primeiro bimestre do ano ficou em 10,5%, mostrando maior ritmo em relação aos 7,3% registrados no último trimestre de 2007. A taxa anualizada, acumulado nos últimos doze meses, em trajetória ascendente desde setembro de 2006, acelera entre janeiro (7,7%) e fevereiro (8,2%).

No indicador mensal o crescimento de 12,0% é o mais elevado desde abril de 2007 (15,2%). Onze dos quatorze ramos pesquisados contribuíram positivamente para a formação da taxa geral, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (31,8%), máquinas e equipamentos (25,5%), veículos automotores (24,9%) e alimentos (11,4%). Nestes ramos sobressaíram, respectivamente, os aumentos dos itens óleo diesel, naftas para petroquímica; máquinas para colheita, ferramentas hidráulicas de motor não elétrico; automóveis e carrocerias para ônibus; carnes de bovinos e de aves. Em sentido contrário, as maiores influências negativas vieram de fumo (-10,3%), que apresentou recuo da fabricação, principalmente, de fumo processado; e bebidas (-11,5%), devido, sobretudo, à menor produção de cervejas e chope.

O crescimento de 10,5% no acumulado do período janeiro-fevereiro reflete os avanços de nove atividades. Entre essas, destacam-se máquinas e equipamentos (27,8%), refino de petróleo e produção de álcool (23,9%), veículos automotores (22,3%) e alimentos (10,9%). Estes segmentos registraram aumentos na produção, principalmente, de máquinas para colheita, ferramentas hidráulicas de motor não-elétrico; óleo diesel; carrocerias para ônibus e automóveis; carnes de bovinos e de aves. Por outro lado, fumo (-8,1%) e bebidas (-4,6%) exerceram as maiores pressões negativas, nas quais foram preponderantes a redução na produção de fumo processado e de cervejas e chope, respectivamente.

Goiás

Em fevereiro, a produção industrial de Goiás avançou 2,1% frente à de janeiro, já descontados os efeitos sazonais, após avanço de 5,5% em janeiro, acumulando 7,8% de expansão nesses dois meses.

Na comparação com igual mês do ano anterior a expansão de 18,1% é a mais elevada desde janeiro de 2007 (18,3%). Com isso, o indicador acumulado no ano também apresentou crescimento a dois dígitos (11,8%) e mostrou forte aceleração frente ao resultado do último trimestre de 2007 (4,4%). O índice acumulado nos últimos doze meses também ganha ritmo ao passar de 1,5% em janeiro para 2,8% em fevereiro.

Ainda no confronto com fevereiro de 2007, o crescimento de 18,1% foi sustentado pelo desempenho positivo de quatro dos cinco ramos pesquisados, particularmente, pela influência do setor de alimentos e bebidas (18,1%) no cômputo geral, principalmente pelo aumento nos itens maionese e leite em pó. Vale destacar também as contribuições vindas de produtos químicos (41,0%) e da indústria extrativa (14,2%), sobressaindo nestes segmentos; adubos ou fertilizantes; amianto e pedras britadas, respectivamente. Em sentido contrário, metalurgia básica (-0,9%) foi o único impacto negativo, sobretudo devido à queda na fabricação de ouro em barras.

No indicador acumulado no ano, o aumento de 11,8% foi apoiado nos avanços de três atividades, com destaque para alimentos e bebidas (11,9%), produtos químicos (20,7%) e extrativa (23,8%), sobretudo devido aos acréscimos dos produtos: maionese, leite em pó; adubos ou fertilizantes, medicamentos; amianto, pedras britadas. Por outro lado, sobressaiu a pressão negativa de metalurgia básica (-4,5%) com a menor produção de ouro em barras.