Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Produção industrial cresce 1,8% em janeiro

Em janeiro de 2008, a produção industrial avançou 1,8% frente a dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal, após dois resultados negativos, período em que acumulou perda de 2,8%. Na comparação com janeiro de 2007, houve expansão de 8,5%.

05/03/2008 06h01 | Atualizado em 05/03/2008 06h01

Em janeiro de 2008, a produção industrial avançou 1,8% frente a dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal , após dois resultados negativos, período em que acumulou perda de 2,8 %. Na comparação com janeiro de 2007, houve expansão de 8,5%. O indicador acumulado nos últimos doze meses cresceu 6,3%, mostrando aceleração frente ao fechamento de 2007 (6,0%). No começo de 2008, a pesquisa do IBGE mostra um quadro de continuidade do crescimento industrial com resultado expressivo em relação ao início do ano anterior e frente ao mês de dezembro, sendo que a taxa de 1,8%, registrada em janeiro, levou o patamar de produção para o segundo maior nível da série histórica , superado somente pelo mês de outubro de 2007.

O acréscimo observado na produção (1,8%), entre dezembro de 2007 e janeiro de 2008, atingiu 19 dos 27 ramos pesquisados e três das quatro categorias de uso. Entre as indústrias que aumentaram a produção, o movimento de maior importância para o resultado global veio de veículos automotores (9,0%), refletindo a forte recuperação observada na fabricação de automóveis em janeiro. Vale citar também as contribuições positivas de alimentos (3,9%) e de outros produtos químicos (5,7%). Os principais impactos negativos vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-11,3%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-8,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,9%).

Ainda na comparação com o mês anterior, no corte por categorias de uso, os índices foram positivos em bens de consumo duráveis (5,4%), bens intermediários (1,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (1,2%), enquanto a produção de bens capital (0,0%) permaneceu estável pelo segundo mês consecutivo, após quatro meses anteriores de taxas positivas, quando acumulou ganho de 8,3%. Após dois meses consecutivos de queda, quando houve uma perda de 3,2%, a categoria de bens de consumo duráveis registrou, em janeiro, o seu maior patamar na série histórica ajustada sazonalmente. O mesmo ocorreu com bens intermediários que, ao crescer 1,3% por dois meses seguidos, também alcançou patamar recorde. O acréscimo observado em bens de consumo semi e não duráveis interrompeu dois meses de resultados negativos, que representaram uma perda de 1,7%.

Na comparação janeiro 2008/ janeiro 2007, a atividade fabril avançou 8,5%, registrando o décimo nono resultado positivo consecutivo, com expansão em 21 das 27 atividades pesquisadas. Veículos automotores, que cresceu 23,8%, exerceu o maior impacto na formação da taxa global, influenciado positivamente pelo aumento na fabricação da maior parte (88%) dos produtos pesquisados, com destaque para os itens: automóveis, caminhões, chassis com motor para caminhões e ônibus, e autopeças. Vale destacar também os avanços registrados por outros produtos químicos (14,6%), máquinas e equipamentos (9,3%), refino de petróleo e produção de álcool (8,0%) e alimentos (4,3%). Entre os seis ramos que apontaram queda, a principal pressão sobre a média da indústria foi verificada em máquinas para escritório e equipamentos de informática (-10,9%), com 80% dos produtos pesquisados mostrando recuo neste tipo de comparação.


O aumento de 8,5% na atividade fabril observado em janeiro mostra, sobretudo, ganho de ritmo frente aos 7,9% do quarto trimestre do ano passado. Esse movimento foi verificado em 18 dos 27 ramos pesquisados e em três das quatro categorias de uso. Entre estas, vale destacar bens de consumo duráveis, que após acréscimo de 13,4% no último trimestre de 2007, registrou taxa de 15,7% em janeiro, com avanço nos itens automóveis, que passou de 21,6% no quarto trimestre de 2007 para 22,0% em janeiro, e celulares (de 6,4% para 25,2%). Em bens de consumo semi e não duráveis, o acréscimo passou de 4,1% para 5,5%, e em bens intermediários, de 6,8% para 8,0%. A produção de bens de capital foi a única que desacelerou o ritmo na comparação entre os dois períodos, mas manteve taxas bem superiores à média industrial: passando de 24,0% no quarto trimestre de 2007 para 14,7% em janeiro deste ano.

Ainda no confronto com janeiro de 2007, os índices por categorias de uso evidenciaram a liderança de bens de consumo duráveis (15,7%), que juntamente com bens de capital (14,7%), prossegue em ritmo bem superior ao da indústria geral (8,5%). A produção de bens intermediários avançou 8,0% por conta, principalmente, dos grupamentos insumos industriais elaborados (6,4%) e peças e acessórios para transporte industrial (18,1%). O segmento de bens de consumo semi e não duráveis superou em 5,5% o patamar de produção de janeiro de 2007, sustentado pelo crescimento em todos os subsetores, com destaque para os 5,6% em alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico, principalmente pelos itens: cervejas, chopes e refrigerantes.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, prossegue acelerando: após assinalar expansão de 5,5% em novembro e de 6,0% em dezembro, chega aos 6,3% em janeiro último. O setor de bens de consumo duráveis (9,9%) foi o único com claro ganho de ritmo em relação a dezembro (9,1%). As demais categorias têm os seguintes resultados: bens de capital (de 19,5% para 19,2%), bens intermediários (de 4,9% para 5,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (de 3,4% para 3,6%).

Informações adicionais sobre a Pesquisa Industrial Mensal podem ser encontradas em www.ibge.gov.br