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Em 2007, vendas do varejo cresceram 9,9% e a receita nominal, 14,1%

Ambas as taxas são as acumuladas no ano, na série com ajuste sazonal. Já na comparação entre dezembro e novembro de 2007(também na série ajustada) as vendas do varejo permaneceram estáveis e a receita nominal teve variação de 0,4%.

18/02/2008 06h01 | Atualizado em 18/02/2008 06h01

Ambas as taxas são as acumuladas no ano, na série com ajuste sazonal. Já na comparação entre dezembro e novembro de 2007(também na série ajustada) as vendas do varejo permaneceram estáveis e a receita nominal teve variação de 0,4%. Em relação a dezembro de 2006, o volume de vendas do varejo cresceu 9,0%, e a receita nominal, 13,1%.Em 2007, as atividades de Tecidos, vestuário e calçados e de Livros, jornais, revistas e papelaria , (respectivamente com crescimentos de 10,7% e de 7,1%em relação a 2006), obtiveram seus melhores resultados em toda a série da Pesquisa Mensal do Comércio.

Em 2007, na série ajustada sazonalmente, o volume de vendas e a receita nominal do Comércio varejista do País acumularam crescimento de 9,9% e 14,1%, respectivamente. Na série sem ajustamento, o volume de vendas cresceu 9,0% sobre dezembro de 2006 e acumulou 9,6% no ano. Já a receita nominal cresceu 13,1% em relação a igual mês de 2006 e acumulou 11,8% no ano (Tabelas 1 e 2).

Na comparação mensal (dezembro contra novembro de 2007), o varejo apresentou taxas de variação de 0,0% para o volume de vendas e de 0,4% para a receita nominal. Essa desaceleração, entretanto, não foi suficiente para mudar a tendência de crescimento mostrada pela média móvel trimestral dos índices de base fixa (gráficos 1 e 2).

Na série ajustada sazonalmente, calculada para quatro das oito atividades que compõem o varejo, somente uma obteve resultado positivo: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%) . Os demais resultados foram: Móveis e eletrodomésticos (-6,2%) ; Tecidos vestuário e calçados
(-2,2%); e Combustíveis e lubrificantes (-2,3%).Na mesma comparação, o segmento de Veículos, motos, partes e peças, parte do Comércio varejista ampliado, também teve queda (-2,1%) (Tabela 1).

Em relação a dezembro de 2006, cresceu o volume de vendas das oito atividades do varejo, cujas taxas, em ordem de importância no resultado global, foram: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%) ; Móveis e eletrodomésticos (11,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (17,4%) ;Tecidos, vestuário e calçados (10,1%) ;Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (38,4%) ;Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,2%); Combustíveis e lubrificantes (3,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (6,1 % )(Tabela 1).

RESULTADOS ANUAIS

Em 2007, o volume de vendas do segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 6,4% em relação a 2006 e respondeu por um terço da taxa global do varejo no ano (Tabela 3). Este desempenho refletiu as melhoras da renda e do emprego e a expansão do crédito.

Em 2007, o segmento de Móveis e eletrodomésticos exerceu o segundo maior impacto no resultado do Comércio varejista ( 24% da taxa global), ao crescer 15,4% no volume de vendas em relação ao ano anterior. Condições favoráveis de crédito ao consumo, melhoria do rendimento real e do emprego e da queda nos preços, proporcionada pela concorrência dos importados, foram os principais fatores de sustentação do resultado positivo da atividade pelo quarto ano consecutivo.

Em 2007, a atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, terceiro maior impacto na taxa do varejo (18% da sua magnitude), cresceu 22,2% no volume de vendas em relação ao ano de 2006. Englobando segmentos como lojas de departamento, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc., esta atividade também foi influenciada pela conjuntura macroeconômica favorável do País.

Em 2007, a atividade de Tecidos, vestuário e calçados, quarta maior participação na taxa global do varejo, cresceu 10,7% em relação a 2006, melhor resultado do segmento em todo o período coberto pela pesquisa.

A quinta maior contribuição positiva para o resultado global no ano de 2007 coube ao segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que cresceu 8,9%, em relação ao ano anterior. A expansão da massa de salários, a popularização dos “genéricos” e diversificação na linha de produtos em gôndolas sustentaram o desempenho positivo do segmento pelo quarto ano consecutivo.

Sexta maior contribuição à taxa global, a atividade de Combustíveis e lubrificantes , após dois anos, teve crescimento de 5,1%em seu volume de vendas, em relação ao ano anterior. Este desempenho deve-se basicamente à queda dos preços, aliado ao crescimento da economia que refletiu no aumento de vendas de veículos novos e, conseqüentemente, no aumento da frota.

Sétimo maior impacto positivo no resultado do varejo no ano, a atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação obteve acréscimo no volume de vendas de 29,4% sobre o ano de 2006. Dentre os fatores que determinaram este desempenho, vale destacar a expressiva queda de preços dos produtos de informática, proporcionada não só pelas medidas fiscais do Governo para reduzir a exclusão digital, bem como pela valorização da taxa de câmbio, que vem contribuindo para a redução do preço de matérias-primas e produtos importados do ramo.

Refletindo o crescimento da economia em 2007, o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria obteve o melhor resultado de sua série histórica: 7,1% em relação a 2006. Mesmo assim, a atividade exerceu o menor impacto sobre a taxa global do varejo.

O Comércio varejista ampliado ( varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção ) , as variações observadas em relação ao ano anterior foram de 13,5% para o volume de vendas e de 15,1% na receita nominal de vendas.

O volume de vendas de Veículos, motos, partes e peças cresceu 13,5% em relação a dezembro de 2006, acumulando alta de 22,6% no ano. O segmento de Material de construção cresceu 10,4% sobre dezembro de 2006, acumulando 10,8% para em 2007, sobre o mesmo período do ano anterior, devido às medidas oficiais de incentivo à construção civil, além da conjuntura econômica favorável.

RESULTADOS REGIONAIS

Por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação mês/mês anterior, 10 (dez) estados com variações positivas e 17 (dezessete) com queda. Os principais acréscimos ocorreram no Maranhão (3,1%); Espírito Santo (2,6%); e Mato Grosso (2,2%). Já as principais quedas foram no Amazonas (-9,8%); Roraima (-4,7%); Amapá (-4,1%); Pernambuco (-3,6%) e Goiás (-2,0%).

Vinte e quatro das 27 Unidades da Federação obtiveram resultados positivos no volume de vendas na comparação dezembro07/dezembro06, com as variações de maior magnitude se estabelecendo no Rio Grande do Norte (15,5%); Maranhão (14,9%); Mato Grosso (13,8%); São Paulo (13,7%); e Rio Grande do Sul (10,9%). Os resultados negativos ocorreram em Roraima (-7,1%); Amazonas (-3,9%) e Acre com –0,2%. Quanto à participação na taxa do Comércio varejista , os destaques, pela ordem, foram São Paulo (13,7%); Rio de Janeiro (6,5%); Minas Gerais (5,7%); Bahia (8,8%); e Rio Grande do Sul (4,4%).

Para o varejo ampliado , as maiores taxas mensais no volume de vendas ocorreram no Espírito Santo (17,9%); Tocantins (14,3%); Rio Grande do Norte (13,8%); Rondônia (13,0%); e Mato Grosso (13,0%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (12,3%); Rio de Janeiro (7,4%); Minas Gerais (10,1%); Paraná (9,4%); e Rio Grande do Sul (7,7%).

RESULTADOS REGIONAIS ACUMULADOS

Em termos de resultados acumulados no ano de 2007, os maiores acréscimos no volume de venda do Varejo ocorreram em Alagoas (19,2%); Maranhão (14,3%); Mato Grosso do Sul (13,3%); São Paulo (12,5%); e Mato Grosso (12,3%). Somente o estado de Roraima registrou variação negativa de -0,1%. (Gráfico 3).

Para o Comércio varejista ampliado todas as Unidades da Federação tiveram resultados positivos. As maiores taxas assinaladas foram de 28,7% para Rondônia; 23,0% para o Acre; 20,5% em Alagoas; 19,8% no Amapá; 19,5% no Tocantins; e 19,4% para o Maranhão.

RESULTADOS TRIMESTRAIS

Houve leve aceleração no ritmo de crescimento do volume de vendas, na passagem do terceiro para o quarto trimestre do ano, no que diz respeito ao Varejo , com alta de 9,3% para 9,6%. Quanto ao Comércio varejista ampliado, a taxa se manteve estatisticamente estável, passando de 13,5% para 13,4% (Tabela 4).

Das dez atividades pesquisadas, quatro reduziram seu ritmo de crescimento no quarto trimestre do ano: Móveis e eletrodomésticos , com 16,0% de variação no terceiro trimestre e 13,5% no quarto; Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 21,6% para 20,7%); Veículos e motos, partes e peças (de 23,0% para 21,7%), e L ivros, jornais, revistas e papelaria (de 8,8% para 7,1%).

Com movimento oposto, isto é, aumentando o ritmo de crescimento do volume de vendas, figuram as atividades de: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (de 10,2% para 11,3%); Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (de 33,2% para 38,2%); Material de construção (de 9,3% para 14,0%); Combustíveis e lubrificantes (de 4,2% para 5,2%); Tecidos, vestuário e calçados (de 10,2% para 11,9%).

Somente a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios bebidas e fumo apresentou estabilidade entre os dois últimos trimestres, sendo de 5,8% a taxa de variação alcançada.

RESULTADOS SEMESTRAIS

O segundo semestre de 2007 apresentou um crescimento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado inferior ao do primeiro semestre, que atingiu 9,8%, e foi o melhor de toda a série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (Gráfico 4).