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Emprego industrial cresce 2,2% e folha de pagamento 5,4%em 2007

O contingente de trabalhadores na Indústria cresceu 2,2% em 2007 frente a 2006, taxa mais elevada da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, que teve início em 2001.

13/02/2008 07h01 | Atualizado em 13/02/2008 07h01

O contingente de trabalhadores na Indústria cresceu 2,2% em 2007 frente a 2006, taxa mais elevada da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, que teve início em 2001.A folha de pagamento real registrou aumento de 5,4%, enquanto o número de horas pagas teve expansão de 1,8% no acumulado de 2007.Na passagem de novembro para dezembro, o emprego industrial variou -0,5%, na série ajustada sazonalmente, após cinco resultados positivos. Na comparação dezembro 2007/dezembro 2006, foi registrado crescimento de 3,5%. Na análise trimestral, o quarto trimestre de 2007 ampliou o contingente de trabalhadores tanto frente a igual período de 2006 (3,6%) como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (1,1%).A evolução positiva dos índices do emprego industrial ao longo do ano passado reflete o maior dinamismo da atividade produtiva em 2007.

 

Pessoal Ocupado Assalariado

O emprego na Indústria em 2007 registrou expansão de 2,2% frente a 2006, com crescimento dos quatorze locais pesquisados e doze dos dezoito ramos industriais. Os destaques foramSão Paulo (3,5%), que assinalou a taxa mais elevada, Paraná (3,1%), região Nordeste (1,4%) e Minas Gerais (1,5%). Rio Grande do Sul, onde o indicador permaneceu negativo ao longo de 2007, fechou o ano com taxa próxima de zero mas positiva (0,1%). Em termos setoriais, a liderança ficou com alimentos e bebidas (4,0%), meios de transporte (7,7%), produtos de metal (7,3%) e máquinas e equipamentos (7,0%). Calçados e artigos de couro (-7,3%), vestuário (-3,7%) e madeira (-5,7%) apontaram os principais recuos de 2007.

 

Na comparação dezembro 2007/dezembro 2006, o emprego cresceu 3,5%, décima oitava taxa positiva consecutiva, com expansão em doze dos quatorze locais e em doze dos dezoito ramos pesquisados. São Paulo (5,6%), Paraná (5,5%), região Norte e Centro-Oeste (3,6%) e Minas Gerais (2,8%) figuram com as contribuições mais significativas para o total do país. Nesses estados, o contingente de trabalhadores aumentou principalmente nos segmentos produtores de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos), de bens de capital, além de setores tipicamente exportadores, particularmente de commodities alimentares.Em termos setoriais, no total do país, os impactos positivos mais significativos na média global foram meios de transporte (12,3%), máquinas e equipamentos (11,4%), produtos de metal (11,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,8%) e alimentos e bebidas (3,1%). Por outro lado, Espírito Santo (-4,4%) e Ceará (-0,3%) assinalaram as duas únicas quedas regionais, enquanto calçados e artigos de couro (-8,9%), vestuário (-3,0%) e madeira (-5,6%) exerceram as influências negativas mais relevantes entre os segmentos.

No último trimestre de 2007, o emprego na indústria cresceu 3,6%, resultado mais elevado desde os 4,1% observados no período outubro-dezembro de 2004, ambas as comparações contra igual trimestre do ano anterior. Este indicador mantém trajetória ascendente desde o primeiro trimestre de 2006 e seqüência de seis períodos com taxas positivas. A aceleração observada entre o terceiro (2,3%) e o quarto (3,6%) trimestres ocorreu na maior parte das atividades (15) e dos locais (11) pesquisados. Entre os setores, sobressaíram os avanços de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de 5,2% para 11,1%), produtos químicos (de 0,9% para 5,6%), máquinas e equipamentos (de 8,6% para 10,9%) e meios de transporte (de 9,5% para 11,8%). Entre os locais, os destaques entre os dois períodos foram: Pernambuco, que passou de -3,7% para 0,4%, Bahia (de -0,9% para 2,6%), região Norte e Centro-Oeste (de 1,1% para 4,1%) e São Paulo (de 3,7% para 5,7%).  

 

A aceleração no emprego industrial evidencia-se nas diversas comparações: o indicador mensal cresce desde julho de 2006 e o trimestral desde o terceiro de 2006; a comparação do quarto trimestre contra o trimestre imediatamente anterior, série com ajuste sazonal,mantém a seqüência de quatro períodos de resultados positivos e mostra a taxa mais elevada desde o terceiro trimestre de 2004 (1,6%). A variação negativa de 0,5%, observada na passagem de novembro para dezembro, sugere um movimento de acomodação, uma vez que o emprego crescia há cinco meses neste tipo de comparação. Setorialmente, o emprego respondeu mais rapidamente ao desempenho positivo da produção nas áreas produtoras de itens relacionados ao comportamento do mercado interno, como os bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos) e nos ramos ligados à produção de alimentos e bebidas e de máquinas e equipamentos.

Número de horas pagas

O indicador acumulado do número de horas pagas em 2007 apontou expansão de 1,8%, ritmo superior ao observado em 2006 (0,4%). Em 2007, o aumento teve perfil abrangente, atingindo treze dos quatorze locais pesquisados, com destaque para São Paulo (3,0%), Paraná (3,5%), região Nordeste (1,4%) e região Norte e Centro-Oeste (2,0%). Único local com taxa negativa, o Rio Grande do Sul (-0,5%) foi influenciado pelo desempenho negativo da indústria calçadista, onde a queda no número de horas pagas chegou aos - 17,1%. No corte setorial, doze segmentos apontaram expansão no número de horas pagas, com as seguintes contribuições mais relevantes: alimentos e bebidas (3,9%), meios de transporte (7,7%), produtos de metal (6,9%) e máquinas e equipamentos (6,6%). Por outro lado, calçados e artigos de couro (-9,6%) e vestuário (-5,0%) exerceram as pressões negativas mais significativas.

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria em dezembro de 2007 recuou 0,7%, em relação a novembro, na série com ajuste sazonal, após crescer por quatro meses consecutivos, período em que acumulou ganho de 2,8%.

Na comparação dezembro 2007/dezembro de 2006, o número de horas pagas aumentou 3,0%, décimo nono resultado positivo consecutivo, com crescimento em onze dos quatorze locais e doze dos dezoito ramos pesquisados. As maiores contribuições positivas vieram de meios de transporte (12,4%), máquinas e equipamentos (11,1%), produtos de metal (10,2%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,8%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-12,4%), vestuário (-4,9%) e madeira (-4,7%) exerceram as pressões negativas mais importantes. Os locais que assinalaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram: São Paulo (5,7%), região Norte e Centro-Oeste (4,2%) e Paraná (4,7%). No primeiro, treze segmentos aumentaram o número de horas pagas, com destaque para máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (21,6%), meios de transporte (11,6%) e máquinas e equipamentos (12,6%). Na região Norte e Centro-Oeste, alimentos e bebidas (13,3%) exerceu a maior influência positiva; e na indústria paranaense, as contribuições mais expressivas vieram de meios de transporte (37,0%) e máquinas e equipamentos (15,2%). Por outro lado, as influências negativas no total do país vieram do Espírito Santo (-5,4%), Rio de Janeiro (-0,9%) e Ceará (-0,6%).

Na análise trimestral, o número de horas pagas acelerou seu crescimento ao longo do ano, saindo de 0,8% no primeiro trimestre, para 1,4%, 2,0% e 2,9% nos períodos seguintes, todas as comparações contra igual período anterior. O resultado de 2,9% no quarto trimestre do ano representou a maior expansão desde os 4,0% assinalados no último período de 2004. A maior parte dos locais (10) e das atividades pesquisadas (12) apontaram ganhos entre os dois períodos. Entre os setores, os destaques ficaram com máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de 4,6% para 11,2%), produtos químicos (de 0,2% para 3,6%), máquinas e equipamentos (de 8,3% para 10,4%) e meios de transporte (de 10,0% para 12,0%), enquanto entre os locais sobressaem Bahia (de –1,8% para 1,9%), Pernambuco (de –2,7% para 0,2%), região Norte e Centro-Oeste (de 2,1% para 4,3%) e São Paulo (de 3,4% para 5,3%).

 

 

Folha de pagamento Real

O indicador da folha de pagamento real acumulado para 2007 (5,4%) registrou o maior avanço desde os 9,7% assinalados em 2004. Todos os quatorze locais apontaram incremento no valor da folha de pagamento real, cabendo o maior impacto a São Paulo (4,7%), por conta dos avanços observados em meios de transporte (8,1%), produtos químicos (14,2%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (4,8%). Outras contribuições positivas relevantes vieram do Rio Grande do Sul (8,4%), Minas Gerais (6,7%) e região Nordeste (6,3%). Em termos setoriais, em nível nacional, treze atividades registraram expansão na massa salarial, com destaque para meios de transporte (8,6%), produtos químicos (12,0%), alimentos e bebidas (5,4%) e indústria extrativa (16,6%) que exerceram as pressões positivas mais importantes. Por outro lado, papel e gráfica (-3,8%), madeira (-8,7%) e calçados e artigos de couro (-2,6%) figuram como as principais influências negativas sobre a média global.

Em dezembro de 2007, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 3,0% em relação ao mês imediatamente anterior, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando uma perda de 6,2% nesse período. Vale destacar que até outubro, neste tipo de comparação, observa-se crescimento por cinco meses consecutivos, acumulando nesse período um ganho de 4,2%. Ainda na série com ajuste sazonal, no confronto com o trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real no último trimestre do ano mostrou perda de 0,6%, após ter avançado 1,1% no período julho-setembro.

No comparativo dezembro 07 / dezembro 06, o valor da folha de pagamento real cresceu 6,8%, maior expansão desde os 10,7% de dezembro de 2004 e vigésima primeira taxa positiva consecutiva. Para este desempenho contribuíram treze dos quatorze locais pesquisados, com São Paulo (9,4%) exercendo a maior contribuição positiva, sustentado, principalmente, pelos ganhos observados em meios de transporte (16,7%), produtos químicos (15,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (20,7%). Em seguida, sobressaem os resultados positivos vindos de Rio Grande do Sul (9,3%), Minas Gerais (7,9%) e região Nordeste (4,5%). Nestes locais, destacam-se, respectivamente, os setores de produtos de metal (77,1%) e meios de transporte (23,2%); metalurgia básica (9,7%) e máquinas e equipamentos (26,8%); e vestuário (18,3%) e papel e gráfica (23,3%). Por outro lado, o único recuo foi assinalado pelo Espírito Santo (-6,5%). Ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real aumentou em quatorze dos dezoito ramos, com as maiores influências positivas vindo de meios de transporte (17,1%), produtos químicos (9,8%), produtos de metal (15,2%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,3%). Em sentido oposto, as principais quedas foram verificadas em madeira (-8,3%) e calçados e artigos de couro (-4,1%).

O quarto trimestre de 2007 cresceu 6,4% frente a igual período do ano anterior, ritmo acima do registrado no primeiro (4,6%) segundo (5,0%) e terceiro (5,5%) trimestres do ano. Nos índices trimestrais, o valor real da folha de pagamento industrial sustenta taxas positivas há dezesseis períodos consecutivos, na comparação com igual trimestre do ano anterior, e mantém trajetória ascendente desde o primeiro trimestre de 2006. Vale destacar que o avanço de 6,4% neste três últimos meses de 2007 é o maior desde os 9,7% do quarto trimestre de 2004.

Ainda neste tipo de comparação, cinco locais e dez setores registram aceleração entre o terceiro e quarto trimestres de 2007. Entre os locais, os destaques ficam com a Bahia, que passou de 5,2% para 9,1%, Minas Gerais (de 5,1% para 8,9%) e São Paulo (de 4,2% para 6,8%). No corte setorial, sobressaem os ganhos vindos dos ramos de meios de transporte (de 11,0% para 15,8%), produtos químicos (de 8,1% para 14,0%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de 4,2% para 10,6%).