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Indústria fecha 2007 com expansão nos 14 locais pesquisados

De um modo geral, os índices regionais confirmam o padrão de crescimento observado para a indústria nacional em 2007, ...

11/02/2008 07h01 | Atualizado em 11/02/2008 07h01

De um modo geral, os índices regionais confirmam o padrão de crescimento observado para a indústria nacional em 2007, com claro destaque para os locais com forte presença de setores produtores de bens de capital, bens de consumo duráveis e daqueles tipicamente exportadores (commodities). Na passagem de novembro para dezembro, série com ajuste sazonal, houve recuo em sete locais investigados.

 

Os resultados de dezembro confirmam o quadro positivo da produção industrial em nível regional ao longo de 2007. No fechamento do ano, acompanhando a expansão verificada na indústria nacional (6,0%), os quatorze locais pesquisados apontam acréscimo na produção, com cinco assinalando marcas acima da média nacional. Entre esses, o destaque, em termos de magnitude de crescimento, é Minas Gerais (8,6%), cuja expansão é sustentada, sobretudo, pelo dinamismo vindo da indústria automobilística e da boa performance do setor extrativo, apoiado nas vendas externas de minérios de ferro, seguido por Espírito Santo e Rio Grande do Sul (ambos com 7,5%), Paraná (6,7%) e São Paulo (6,2%). Nestes locais, confirma-se o padrão de crescimento observado para o total da indústria brasileira ao longo de 2007, uma vez que na estrutura industrial desses estados há forte presença de segmentos produtores de bens de consumo duráveis, principalmente automóveis e eletrodomésticos, e de bens de capital, além de setores tipicamente exportadores, particularmente de commodities (minérios de ferro, petróleo, carnes de aves e açúcar). Na base dessa expansão se encontram os seguintes fatores: a demanda interna em crescimento (tanto pela manutenção das condições do crédito quanto pelo aumento da ocupação e da renda), a sustentação do quadro positivo para os investimentos, a manutenção de resultados positivos em setores tipicamente exportadores e a recuperação do setor agrícola.

Na análise trimestral, todos os locais assinalaram resultados positivos no confronto do último trimestre de 2007 frente a igual período de 2006, com destaque para Amazonas (12,4%) e Espírito Santo (12,2%), que sustentam taxas de dois dígitos, apoiados, sobretudo, na elevada produção de motocicletas, no primeiro local, e produtos siderúrgicos e petróleo no segundo.

No confronto dezembro 07/ dezembro 06, os índices regionais também foram positivos nos quatorze locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (15,7%) e Amazonas (15,2%). Região Nordeste (9,6%), São Paulo (8,2%), Bahia (8,1%) e Minas Gerais (7,2%) completam o conjunto de locais que crescem acima da média nacional (6,4%). Os demais resultados foram: Pará (6,0%), Pernambuco (5,7%), Rio Grande do Sul (5,6%), Rio de Janeiro (3,8%), Goiás (2,7%), Paraná (2,3%), Santa Catarina (1,3%) e Ceará (1,1%).

Na passagem de novembro para dezembro, os índices ajustados sazonalmente mostram que sete locais registram taxas negativas, com Santa Catarina (-3,9%), Goiás (-2,7%) e Minas Gerais (-1,1%) apontando os recuos mais acentuados. São Paulo (-0,5%) fica próximo à média nacional (-0,6%). Entre as sete áreas que ampliaram a produção, os maiores ganhos ficam com Espírito Santo (2,7%), Pará (2,6%), Pernambuco (2,5%) e Amazonas (2,4%).

Ainda na série com ajuste sazonal, no confronto com o trimestre imediatamente anterior, a metade (7) dos locais pesquisados assinala ganho de ritmo entre o terceiro e quarto trimestres. Essa aceleração é particularmente acentuada no Rio de Janeiro, que passa de –2,6% no terceiro trimestre para 4,5% no quarto, seguido por Paraná (de –0,7% para 4,2%) e Ceará (de –2,0% para 2,4%).

AMAZONAS

Em dezembro, a indústria do Amazonas cresce 2,4% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após recuo de 2,7% em novembro. No confronto com dezembro de 2006, o crescimento de 15,2% mantém a seqüência de sete taxas positivas consecutivas neste tipo de indicador. No acumulado no ano, o setor fecha 2007 em 4,5%, revertendo a queda observada em 2006 (-2,2%). No último trimestre de 2007, a produção cresce tanto no confronto com igual período de 2006 (12,4%) como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (2,1%) - série ajustada sazonalmente.

No indicador mensal, em que oito dos onze segmentos apresentaram taxas positivas, a expansão de 15,2% foi determinada, sobretudo, pelo crescimento de dois dígitos dos setores de edição e impressão (94,3%), alimentos e bebidas (14,3%), refino de petróleo e produção de álcool (162,1%), influenciado pela paralisação em importante empresa do setor em dezembro de 2006, e outros equipamentos de transporte (23,0%). Nestes ramos destacam-se os avanços na fabricação dos itens: DVDs; preparações em xarope para elaboração de bebidas; óleo diesel e gasolina; e motocicletas. Por outro lado, o impacto negativo mais expressivo veio de produtos químicos (-63,3%) e, em menor medida, de produtos de metal (-5,1%) e de indústrias extrativas (-1,9%), pressionados, em grande parte, pelos recuos na produção de papéis e filmes fotográficos; aparelhos de barbear; e petróleo, respectivamente.

Na análise trimestral, nota-se que, com exceção do primeiro trimestre (-2,5%), os resultados da indústria amazonense foram positivos e crescentes ao longo de 2007: 2,8% no segundo, 5,1% no terceiro e 12,4% no quarto trimestre, todas as comparações contra igual período do ano anterior. Vale destacar que o avanço observado no período outubro-dezembro é o mais elevado desde os 25,6% assinalados no segundo trimestre de 2005. O ganho de ritmo entre os dois últimos trimestres de 2007 deve-se, principalmente, ao maior dinamismo de oito atividades, com destaque para material eletrônico e equipamentos de comunicações (de –6,4% para 2,1%).

A produção acumulada da indústria amazonense encerra 2007 com crescimento de 4,5%. Sete ramos contribuíram positivamente para a formação do índice geral, sendo os mais importantes: edição e impressão (78,9%), outros equipamentos de transporte (18,4%), alimentos e bebidas (12,3%) e máquinas e equipamentos (40,2%). Nestes setores, sobressaem a maior fabricação dos itens: DVDs; motocicletas; preparações em xarope para elaboração de bebidas; e fornos de microondas. Entre os quatro ramos que reduziram a produção, material eletrônico e equipamentos de comunicações (-17,5%) exerceu a maior influência sobre a média da indústria, pressionado pelos recuos na produção de telefones celulares e televisores.

O índice de média móvel trimestral avança 1,6% entre os trimestres encerrados em novembro e dezembro, neutralizando a queda de 1,7% assinalada no mês anterior. No índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, série com ajuste sazonal, também se observa ampliação no ritmo da atividade industrial no quarto trimestre (2,1%), segunda taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período um ganho de 5,7%.

PARÁ

Em dezembro, a indústria do Pará , na série com ajuste sazonal, registrou acréscimo de 2,6% em relação a novembro, após recuo de 0,8% no mês anterior. Na comparação com dezembro de 2006, o aumento foi de 6,0%. O indicador acumulado no ano de 2007 também assinala acréscimo (2,7%), porém, bem abaixo do observado em 2006 (14,2%). No quarto trimestre de 2007, a produção foi maior tanto frente a igual período de 2006 (2,8%), quanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (1,6%) – série com ajuste sazonal.

No confronto dezembro 07/ dezembro 06, a expansão de 6,0% da indústria paraense está apoiada, sobretudo, no desempenho da indústria extrativa (14,1%), uma vez que a de transformação aponta recuo (-1,0%). Na primeira, sobressai o avanço na extração de minérios de ferro. Na indústria de transformação, madeira (-20,1%) exerce o principal impacto negativo, enquanto metalurgia básica (3,4%) a contribuição positiva mais relevante. Nestes setores, destacam-se os itens: madeira serrada e compensada; e óxido de alumínio, respectivamente.

Em bases trimestrais, a indústria paraense cresce 2,8% no quarto trimestre de 2007 e mostra maior dinamismo frente ao segundo (0,7%) e terceiro trimestres (0,9%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Contudo, vale destacar que estes resultados estão bem abaixo dos observados no primeiro trimestre de 2007 (6,7%) e em todos os trimestres de 2006. Para o ganho de ritmo na passagem do terceiro para o quarto trimestres de 2007 contribuíram três das seis atividades pesquisadas, com destaque para alimentos e bebidas, que passou de -23,2% para -4,1%; e minerais não-metálicos (de -10,6% para 1,7%).

O resultado acumulado no ano de 2007, acréscimo de 2,7%, também foi determinado em grande parte pelo crescimento do setor extrativo (8,1%), uma vez que a indústria de transformação fecha o ano com recuo de 1,9%. Nesta última, onde três das cinco atividades mostram taxas negativas, alimentos e bebidas (-13,4%) exerce o principal impacto negativo, enquanto metalurgia básica (3,6%) aponta a contribuição positiva mais significativa. Nestes ramos, sobressaem os itens crustáceos congelados, no primeiro, e óxido de alumínio no segundo.

O índice de móvel trimestral aumenta 1,3% entre os trimestres encerrados em dezembro e novembro. Ainda na série com ajuste sazonal, o comparativo trimestre contra trimestre imediatamente anterior, também cresce no quarto trimestre de 2007 (1,6%), segunda taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período um ganho de 4,0%.

NORDESTE

Em dezembro, a indústria do Nordeste avançou 1,5% frente ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais, quarta taxa positiva consecutiva, período em que acumulou ganho de 3,6%. No confronto com dezembro de 2006, o crescimento foi de 9,6%, resultado mais elevado desde os 12,3% de janeiro de 2005. O indicador acumulado no ano fecha 2007 com expansão de 3,2%. Na análise trimestral, o quarto trimestre de 2007 aumenta 5,5% frente a igual período de 2006 e 2,4% ante o trimestre imediatamente anterior – série com ajuste sazonal.

Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria nordestina assinalou, em dezembro de 2007, expansão de 9,6%, com avanços em nove dos onze segmentos pesquisados. Os setores de maior influência sobre a média global foram: refino de petróleo e produção de álcool (17,0%), produtos químicos (8,9%), têxtil (28,5%) e alimentos e bebidas (4,7%). Nestes ramos, os itens de maior destaque foram: óleo diesel; polietileno linear e borracha de estireno-butadieno; tecidos de algodão; e açúcar cristal. Por outro lado, metalurgia básica (-2,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,4%) foram as duas únicas pressões negativas.

Em base trimestrais, a indústria nordestina avança 5,5% no quarto trimestre do ano, resultado mais elevado desde os 7,2% do período janeiro-março de 2005, e acelera frente aos índices do segundo (1,7%) e terceiro trimestres de 2007 (2,4%), todas as comparações com igual período do ano anterior. Na passagem do terceiro para o quarto trimestre, oito dos onze ramos pesquisados mostram ganho de ritmo, com destaque para celulose e papel, que passou de –11,2% para 19,2%; e têxtil (de 2,9% para 15,2%).

O resultado acumulado no ano de 2007, acréscimo de 3,2%, reverte a queda de 3,4% observada em 2006, mas fica abaixo da expansão em nível nacional (6,0%). A maior parte (oito) das onze atividades pesquisadas mostra taxas positivas, com destaque para alimentos e bebidas (6,1%), produtos químicos (2,8%) e minerais não-metálicos (9,8%). Nestes ramos, sobressaem os avanços na produção, sobretudo, de refrigerantes, castanha de caju e semelhantes torrados; tintas e vernizes para construção, borracha de estireno-butadieno; e cimento, respectivamente. Em sentido contrário, a principal pressão negativa veio de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,2%).

A média móvel trimestral cresceu 1,1% entre os trimestres encerrados em dezembro e novembro e prossegue em trajetória ascendente desde maio. Ainda na série com ajuste sazonal, o quarto trimestre de 2007 também aponta expansão (2,4%) na comparação com o terceiro, quarto resultado positivo neste tipo de confronto, acumulando um ganho de 5,4% nesse período.

CEARÁ

Em dezembro de 2007 a produção industrial do Ceará , ajustada sazonalmente, recuou 0,5% em relação a novembro, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando uma perda de 1,2% nesse período. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral mostrou variação negativa de 0,2%, revertendo dois meses de expansão neste confronto. Ainda na série com ajuste sazonal, índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, observa-se ampliação no ritmo da atividade industrial, que avança 2,4% no quarto trimestre após queda de 2,0% no terceiro. Em relação ao mesmo período de 2006, os principais indicadores foram positivos: 1,1% no indicador mensal, 2,3% no quarto trimestre e 0,3% no acumulado do ano, resultado bem abaixo do observado em 2006 (5,6%).

Em dezembro de 2007, o indicador mensal da indústria cearense assinalou a terceira taxa positiva consecutiva. Para o resultado de 1,1% contribuíram positivamente cinco dos dez setores industriais pesquisados, com destaque para têxtil (14,9%), por conta do aumento na fabricação de tecidos de algodão. Vale citar ainda os avanços vindos de calçados e artigos de couro (7,2%) e de vestuário (15,3%), em virtude, respectivamente, da maior fabricação de calçados de plástico, e calças e bermudas masculinas de uso profissional, e camisas de malha masculinas. Em sentido oposto, as maiores influências negativas vieram de alimentos e bebidas (-4,2%), com destaque para os itens cachaça e castanha de caju beneficiada; e de refino de petróleo e produção de álcool (-14,1%), em razão da redução na fabricação de gasolina.

Na evolução por trimestres, observa-se avanço de 2,3% no período outubro-dezembro, revertendo a queda de 2,1% no terceiro trimestre, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Para este movimento contribuíram seis atividades, com destaque para têxtil, que passou de uma queda de 5,8% para um crescimento de 5,5%; máquinas, aparelhos e materiais elétricos (de –43,5% para 12,8%) e vestuário (de –18,9% para -2,5%).

No indicador acumulado no ano, a indústria cearense mostrou variação próxima de zero (0,3%), com taxas positivas em cinco das dez atividades. O maior impacto positivo veio de alimentos e bebidas (5,3%), seguido por calçados e artigos de couro (7,9%) e produtos químicos (15,3%). Nestes ramos, sobressaem os itens castanha de caju torrados e beneficiados; calçados de plástico e de couro; tintas e vernizes para construção e vacinas veterinárias. Por outro lado, a maior influência negativa foi assinalada por refino de petróleo e produção de álcool (-32,0%), pressionada, em grande parte, pela menor fabricação de gasolina.

PERNAMBUCO

Em dezembro a produção industrial de Pernambuco, ajustada sazonalmente, avançou 2,5% em relação ao mês imediatamente anterior, segunda taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 3,7% nesses dois meses. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral, que cresceu 0,8% entre novembro e dezembro, mantém trajetória ascendente desde outubro. No quarto trimestre de 2007, ainda na série livre de influências sazonais, a indústria pernambucana cresceu 1,3%, em relação ao trimestre imediatamente anterior, após recuar 2,7% no período julho-setembro. No confronto com iguais períodos de 2006, os indicadores continuam positivos: 5,7% no indicador mensal, 3,5% no quarto trimestre e 4,6% no acumulado no ano.

Ante igual mês do ano anterior, a indústria pernambucana aponta em dezembro último taxa positiva pelo terceiro mês consecutivo, com avanço na produção em sete dos onze setores pesquisados. O principal impacto positivo para a formação da taxa de 5,7% veio de produtos químicos (41,6%), por conta do aumento na fabricação de borracha de estireno-butadieno e de tintas e vernizes para construção. Vale citar ainda as contribuições positivas vindas de refino de petróleo e produção de álcool (35,4%) e alimentos e bebidas (2,1%), devido, respectivamente, à maior produção de álcool; e de sorvetes e açúcar cristal. Por outro lado, as influências negativas mais relevantes foram assinaladas por metalurgia básica (-9,1%) e celulose e papel (-26,3%), pressionadas, respectivamente, pelos itens vergalhões e fio-máquina de aço ao carbono; e sacos, sacolas de papel, e caixas de papelão corrugado.

Na análise trimestral, a indústria pernambucana cresce (3,5%) no quarto trimestre de 2007, com taxa ligeiramente superior à do terceiro (2,4%), porém, abaixo dos índices do primeiro (5,6%) e do segundo (7,5%) trimestres, todas as comparações contra igual período do ano anterior. No ganho de ritmo na passagem do terceiro para o quarto trimestre, destacam-se, sobretudo, os setores de alimentos e bebidas, que passa de -3,7% para –0,5%, refino de petróleo e produção de álcool (de 8,3% para 28,3%) e produtos químicos (de 21,5% para 27,9%).

No indicador acumulado no ano, a indústria de Pernambuco cresceu 4,6%, ritmo superior ao observado em 2006 (2,8%). Sete das onze atividades apontaram taxas positivas, tendo como influência mais significativa sobre a média global o desempenho de produtos químicos (23,2%), impulsionado, sobretudo, pelo avanço na produção borracha de estireno-butadieno, e tintas e vernizes para construção. Vale citar também os resultados positivos de alimentos e bebidas (1,3%) e de borracha e plástico (10,3%). Em sentido contrário, a principal contribuição negativa veio de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,3%).

BAHIA

Em dezembro, a produção industrial da Bahia, ajustada sazonalmente, recuou 0,5% em relação ao mês imediatamente anterior, após crescer por dois meses seguidos e acumular ganho de 4,0%. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral avança 1,1% entre novembro e dezembro. Ainda na série com ajuste sazonal, no quarto trimestre de 2007, a indústria baiana avançou 1,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior, após também crescer no período julho-setembro (2,9%). Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os principais indicadores ficaram positivos: 8,1% na comparação com dezembro de 2006, 5,0% no último trimestre e 2,0% no fechamento do ano de 2007.

O indicador mensal da indústria baiana avançou 8,1% em dezembro de 2007, com taxas positivas em seis dos nove setores pesquisados. A maior influência positiva foi registrada por refino de petróleo e produção de álcool (19,2%), por conta do crescimento na produção de óleo diesel e gasolina. Em seguida, vale mencionar os resultados de celulose e papel (38,2%), em função do aumento na fabricação de celulose e papel não-revestido; e de produtos químicos (6,6%), impulsionado pelos itens polietileno linear e etileno não-saturado. Por outro lado, alimentos e bebidas (-13,8%) respondeu pela principal contribuição negativa, sob o impacto da queda na fabricação de óleo de soja refinado e farinhas e “ pellets ” da extração do óleo de soja.

Na análise trimestral, comparação com iguais trimestres de 2006, a produção industrial baiana mostra trajetória ascendente, passando de uma queda de 1,4% no segundo trimestre para acréscimos de 2,4% no terceiro e de 5,0% no último. O ganho de ritmo entre o terceiro e quatro trimestres está presente em sete das nove atividades pesquisadas, com destaque para celulose e papel, que passou de uma queda de 12,3% para um crescimento de 23,4%; e refino de petróleo e produção de álcool (de 0,3% para 4,6%).

No indicador acumulado no ano, o crescimento de 2,0% reverte a queda de 7,6% observada em 2006, mas fica aquém dos 6,0% assinalados pela média nacional. Os resultados foram positivos em sete dos nove ramos investigados, com destaque para alimentos e bebidas (7,9%), produtos químicos (2,2%) e borracha e plástico (14,8%). Nestes setores, sobressaem as contribuições positivas vindas dos itens cerveja e chope; etileno não-saturado; e embalagens de plástico para produtos alimentícios. Em sentido contrário, a maior pressão negativa foi registrada em refino de petróleo e produção de álcool (-0,6%), devido à queda na produção de nafta e asfalto.

MINAS GERAIS

A produção industrial de Minas Gerais recuou 1,1% na passagem de novembro para dezembro de 2007, interrompendo dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou expansão de 3,2%, já descontadas as influências sazonais. Assim, o índice de média móvel trimestral mostra acréscimo de 0,7% entre os trimestres encerrados em novembro e dezembro, terceiro resultado positivo. Ainda na série ajustada, no confronto com o trimestre imediatamente anterior, observa-se que o setor completa o décimo quinto trimestre consecutivo com crescimento, mas desacelera o ritmo de crescimento ao longo de 2007: 3,9% no segundo trimestre, 1,6% no terceiro e 1,3% no quarto.

Frente a dezembro de 2006, a expansão foi de 7,2%. Com isso, o indicador acumulado fecha o ano de 2007 com crescimento de 8,6%, maior taxa entre os locais pesquisados e bem acima do assinalado em 2006 (4,5%). Na análise trimestral, no período outubro-dezembro de 2007, observa-se avanço de 9,0% na comparação com igual trimestre do ano passado.

O indicador mensal avançou 7,2%, frente a dezembro do ano passado, sustentado pelas expansões da indústria de transformação (4,4%) e da indústria extrativa (23,8%). Nesta última, que exerce a principal contribuição positiva no índice global, sobressai o aumento na extração de minérios de ferro. Na indústria de transformação, nove das doze atividades apresentaram acréscimo, com destaque para veículos automotores (14,1%), produtos de metal (27,0%) e celulose e papel (17,4%). Nestes ramos, as maiores contribuições positivas vieram dos seguintes itens: automóveis; estruturas de ferro e aço; e celulose. Por outro lado, a pressão negativa mais relevante fica com alimentos (-4,4%), por conta, sobretudo, dos itens maionese e leite esterilizado.

Na evolução trimestral, o avanço de 9,0% assinalado no último trimestre de 2007, mostra a manutenção de elevado ritmo de atividade da indústria mineira ao longo do ano, uma vez que houve acréscimo de 9,9% no segundo e de 9,6% no terceiro trimestres, todas as comparações contra igual período do ano anterior.

O indicador acumulado para o fechamento do ano mostra avanço de 8,6%, o mais elevado entre os quatorze locais pesquisados, apoiado no crescimento da maioria (11) das treze atividades investigadas. Veículos automotores (21,7%) lidera a expansão local, seguido pela indústria extrativa (12,1%), máquinas e equipamentos (22,8%), produtos de metal (20,5%), celulose e papel (22,1%) e outros produtos químicos (9,0%). Esse grupo de indústrias tem uma dinâmica associada ao bom desempenho das áreas de bens de consumo duráveis (automóveis, eletro-portáteis) e bens de capital (motoniveladores, escavadeiras) líderes da expansão recente, além de se beneficiar do dinamismo das exportações de commodities (minérios de ferro, celulose). Por outro lado, os únicos ramos que fecham o ano de 2007 em ligeira queda são: alimentos (-0,5%) e fumo (-0,6%).

ESPÍRITO SANTO

Em dezembro a produção industrial do Espírito Santo , ajustada sazonalmente, cresceu 2,7%, completando assim o terceiro mês consecutivo de expansão, período em que acumulou ganho de 13,3%. Com isso, o índice de média móvel trimestral aumenta 4,2% entre os trimestres encerrados em novembro e dezembro. Ainda na série ajustada, no confronto com o trimestre imediatamente anterior, o setor assinala o terceiro trimestre consecutivo de crescimento, com desaceleração no ritmo entre o terceiro (6,3%) e quarto trimestres (4,8%). Na comparação com dezembro de 2006, o crescimento de 15,7% é o segundo maior resultado do ano, abaixo apenas do verificado em agosto (22,3%). No indicador acumulado no ano, a expansão foi de 7,5%. Na análise trimestral, o quarto trimestre de 2007 cresceu 12,2% frente a igual período do ano passado, ritmo acima do observado no terceiro (8,7%) e segundo trimestres de 2007 (2,4%).

No indicador mensal, a expansão de 15,7% é reflexo do desempenho positivo da indústrias extrativas (19,6%) e de transformação (13,9%). Na primeira, sobressai a maior extração de petróleo. Na segunda, a liderança é da metalurgia básica (38,9%), cuja performance está apoiada na maior produção de lingotes, blocos e tarugos de aço.

Em bases trimestrais, observa-se maior dinamismo da produção nos últimos três trimestres de 2007: 2,4% no período abril-junho, 8,7% em julho-setembro e 12,2% em outubro-dezembro, todas as comparações em relação a igual período do ano passado. No ganho de ritmo entre o terceiro e o quarto trimestres do ano contribuíram em grande parte os avanços de metalurgia básica (de 11,0% para 36,9%) e do setor extrativo (de 12,7% para 14,7%).

No indicador acumulado no ano, a indústria capixaba atinge crescimento de 7,5%, com taxas positivas em quatro das cinco atividades. As maiores influências positivas vieram da indústria extrativa (15,2%), em função do aumento na extração de petróleo; e da metalurgia básica (9,4%), com a maior fabricação de lingotes e perfis de aço. O único resultado negativo foi assinalado por celulose e papel (-2,2%), influenciado por paralisações técnicas ao longo do ano.

RIO DE JANEIRO

Em dezembro de 2007, a produção industrial do Rio de Janeiro mostra variação positiva de 0,2% frente ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais, após crescer 8,9% em outubro e recuar 2,4% em novembro. Em relação a igual mês de 2006, houve expansão de 3,8%, marca acima do crescimento médio dos onze meses anteriores. Com isso, o indicador acumulado de 2007 fica em 2,1%. Nos índices trimestrais, a produção fluminense no período outubro-dezembro de 2007 superou em 4,5% à do trimestre imediatamente anterior e em 4,1% o nível observado no quarto trimestre de 2006.

Na comparação dezembro 07/dezembro 06, o setor industrial fluminense cresce 3,8%, apoiado, sobretudo, no desempenho favorável da indústria de transformação (5,9%), uma vez que a extrativa permanece em queda (-3,7%). Nesta última, que revela o quinto resultado negativo consecutivo, a principal pressão vem do recuo na extração de petróleo. Na indústria de transformação, onde seis das doze atividades apontaram taxas positivas, os maiores impactos vieram da metalurgia básica (29,7%), em função dos itens barras e bobinas de aço ao carbono, e de veículos automotores (84,0%), influenciado não só pela baixa base de comparação, por conta de férias coletivas em grande empresa do setor em dezembro de 2006, mas também pelo avanço em todos os produtos pesquisados, com destaque para automóveis e caminhões. Vale mencionar, ainda, a contribuição positiva vinda de outros produtos químicos (26,3%) impactado, em grande parte, pelo acréscimo no item herbicidas. Entre os ramos que reduzem a produção, a indústria farmacêutica (-21,6%) exerce a maior influência, seguida por refino de petróleo e produção de álcool (-6,8%), edição e impressão (-10,0%) e minerais não-metálicos (-15,4%), este influenciado pelas férias coletivas em importante empresa do setor. Nestes ramos, sobressaem os recuos nos itens medicamentos; óleo diesel e óleos lubrificantes; jornais e impressos comerciais; e granito talhado.

Na análise trimestral, a indústria fluminense avança 4,1% no quarto trimestre de 2007, após interromper, no terceiro trimestre de 2007 (-0,3%), uma seqüência de quatorze resultados positivos, todas as comparações contra igual período do ano anterior. A aceleração na passagem do terceiro (-0,3%) para o quarto trimestre (4,1%) reflete, sobretudo, o maior dinamismo da indústria de transformação, que passa de 0,0% para 6,8%, uma vez que o setor extrativo acentua as perdas entre os dois períodos (de –1,6% para –6,8%). Na indústria de transformação, as atividades que mais ganham ritmo na passagem do terceiro para o quarto trimestre são: veículos automotores (de 31,7% para 53,5%), metalurgia básica (de –4,8% para 15,7%), outros produtos químicos (de –5,5% para 19,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (de –5,2% para 3,6%).

No indicador para o fechamento do ano, a produção industrial do Rio de Janeiro encerra 2007 com expansão de 2,1%, resultado muito próximo dos alcançados em 2006 (1,9%) e em 2005 (2,0%), e bem abaixo do desempenho médio nacional em 2007 (6,0%). A indústria de transformação (3,2%), apoiada em grande parte nos avanços de oito dos doze setores pesquisados, figura como a principal influência positiva, uma vez que a indústria extrativa fecha o ano de 2007 em queda (-2,4%), com performance bem distinta da observada em 2005 (15,0%) e 2006 (5,0%). Vale destacar que a queda do setor extrativo em 2007 reflete, sobretudo, as paralisações técnicas em plataformas ocorridas ao longo do ano. Na indústria de transformação, as contribuições positivas mais relevantes vieram da metalurgia básica (12,7%) e de veículos automotores (23,8%), seguidos por outros produtos químicos (8,8%) e edição e impressão (5,1%). Nestes ramos, sobressaem os avanços nos itens bobinas de aço ao carbono, e folhas-de-flandres; caminhões e automóveis; herbicidas; e jornais, respectivamente. Entre as atividades que reduzem a produção, destacam-se, neste confronto, farmacêutica, com decréscimo de 15,2%, alimentos (-6,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (-3,2%), influenciados, sobretudo, pelos recuos observados em medicamentos; preparações e conservas de peixe e leite; e óleo diesel e óleos lubrificantes, respectivamente.

O índice de média móvel trimestral, que avança 2,1% entre os trimestres encerrados em novembro e dezembro, permanece apontando trajetória ascendente desde outubro último. No índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior ajustado sazonalmente também observa-se ampliação no ritmo da atividade industrial fluminense, que avança 4,5% na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2007, após recuo de 2,6% no período julho-setembro.

SÃO PAULO

Em dezembro a produção industrial de São Paulo , ajustada sazonalmente, recuou 0,5%, segunda taxa negativa consecutiva na comparação com o mês anterior, acumulando perda de 2,8% no período. Em relação a dezembro de 2006 (8,2%), apresentou o décimo segundo resultado positivo e, no indicador acumulado no ano, registrou crescimento de 6,2%, revertendo a queda de 1,7% em 2006. Nos indicadores trimestrais, o aumento foi de 1,6% na comparação com o trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente) e de 9,4% em relação ao quarto trimestre de 2006.

A expansão de 8,2% no indicador mensal reflete, sobretudo, o desempenho positivo de quatorze das vinte atividades pesquisadas. As principais contribuições na formação da taxa global vieram de máquinas e equipamentos (24,0%), veículos automotores (15,3%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (28,8%) e farmacêutica (19,3%). Por outro lado, as pressões negativas mais relevantes foram exercidas por edição e impressão (-5,4%) e outros equipamentos de transporte (-7,5%).

No corte trimestral, observa-se que a indústria paulista vem sustentando resultados positivos há dezessete trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior. No quarto trimestre de 2007, o avanço de 9,4% é o maior resultado desde o do terceiro trimestre de 2004 (16,5%) e acelera frente o índice do período julho-setembro de 2007 (7,1%). Doze ramos contribuíram para este movimento, principalmente veículos automotores, que passa de 9,2% no terceiro trimestre para 20,8% no período outubro-dezembro, máquinas, aparelhos e materiais elétricos (de -2,2% para 13,0%) e alimentos (de 0,1% para 5,4%).

No indicador acumulado no ano, a produção cresce 6,2%, com dezessete dos vinte ramos contribuindo positivamente para a média global. Novamente, os principais impactos positivos vieram de máquinas e equipamentos (16,2%), veículos automotores (6,7%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (13,7%) e farmacêutica (9,6%). Nesses setores, destacaram-se os itens: centros de usinagem e máquinas para colheita; automóveis; aparelhos de comutação e telefones celulares; medicamentos. Em sentido contrário, os segmentos que apresentaram resultados negativos foram edição e impressão (-1,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,0%) e celulose e papel (-1,4%), sobretudo, devido aos recuos assinalados em revistas; transformadores; absorventes higiênicos.

Após dez resultados positivos consecutivos, o índice de média móvel trimestral apresentou variação negativa (-0,2%) entre novembro e dezembro. Ainda na série com ajuste sazonal o índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, que cresce há nove períodos consecutivos, mostra ligeira desaceleração na passagem do terceiro (2,6%) para o quarto trimestre de 2007 (1,6%).

PARANÁ

A produção industrial do Paraná , ajustada sazonalmente, volta a crescer (1,7%) em relação ao mês imediatamente anterior, após queda de 9,2% em novembro e expansão de 14,1% em outubro. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral também avança 1,7% na passagem dos trimestres encerrados em novembro e dezembro. O índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, ajustado sazonalmente, mostra ampliação no ritmo da atividade industrial, uma vez que avança 4,2% na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2007, após recuo de 0,7% no período julho-setembro. Na comparação com dezembro de 2006 observa-se aumento de 2,3%, enquanto o indicador acumulado fecha 2007 com expansão de 6,7%, resultado bem acima dos 2,7% registrados em 2006. Nos índices trimestrais, o último trimestre de 2007 aponta crescimento de 6,4% frente ao mesmo período do ano passado.

No confronto com igual mês do ano anterior (2,3%), a produção paranaense mantém seqüência de quinze taxas positivas. Em dezembro último, nove das quatorze atividades pesquisadas assinalaram acréscimo, cabendo os principais impactos aos setores: veículos automotores (34,3%), máquinas e equipamentos (29,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (10,4%). Nestes ramos sobressaem, em grande parte, os avanços nos itens caminhões; máquinas para colheita e tratores agrícolas; álcool e óleo diesel. Por outro lado, os impactos negativos mais expressivos vieram de edição e impressão (-50,6%) e, em menor medida, de alimentos (-4,3%) e minerais não-metálicos (-10,0%), pressionados, principalmente, pelos decréscimos nos itens: livros e impressos didáticos; carnes e miudezas de aves; cimento.

No corte por trimestres, os resultados foram: 8,0% no primeiro, 5,8% no segundo, 6,6% no terceiro e 6,4% no quarto, todas as comparações contra igual período do ano anterior.

O indicador acumulado no ano avança 6,7%, com nove ramos assinalando desempenho positivo. As maiores contribuições vieram de veículos automotores (30,5%), máquinas e equipamentos (21,4%) e alimentos (3,5%), devido, em grande parte, à ampliação na fabricação dos itens: caminhões e automóveis; máquinas para colheita e tratores agrícolas; carnes e miudezas de aves e açúcar cristal. Por outro lado, os principais destaques negativos vieram de edição e impressão (-14,2%), refino de petróleo e produção de álcool (-3,7%) e madeira (-6,2%), devido, sobretudo, aos decréscimos observados em livros e impressos didáticos; óleo diesel e madeira serrada.

SANTA CATARINA

Em dezembro de 2007, o índice da produção industrial de Santa Catarina ajustado sazonalmente recua 3,9% frente a novembro, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando nesses dois meses uma perda de 4,5%. No confronto com igual mês do ano anterior houve acréscimo de 1,3%, resultado mais moderado desde dezembro de 2006 (-1,6%). Com isso, o indicador acumulado fecha o ano com crescimento de 5,4%, abaixo dos acumulados até novembro e outubro (ambos com 5,7%). Nos indicadores trimestrais, a produção no período outubro-dezembro de 2006 cresce 6,3% frente a igual período do ano anterior, mas fica 0,6% abaixo do trimestre imediatamente anterior (série com ajuste sazonal).

Em relação a dezembro de 2006, o setor industrial catarinense avança 1,3%, com resultados positivos em seis dos onze ramos industriais pesquisados. Nesta comparação, o impacto mais significativo sobre a média global foi observado em veículos automotores (26,9%), impulsionado sobretudo pelo item carrocerias para caminhões e ônibus. Em seguida, vale citar as contribuições vindas de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (16,9%) e borracha e plástico (9,6%), influenciados pela maior produção de motores elétricos, no primeiro ramo, e de peças e acessórios plásticos para indústria automobilística no segundo. Entre as cinco atividades que assinalaram recuo, as que mais pressionaram o índice geral foram máquinas e equipamentos (-8,7%), influenciada pelas férias coletivas em grande empresa do setor, e madeira (-27,6%). Nestes ramos, os itens que exerceram as principais pressões negativas foram, respectivamente, refrigeradores ou congeladores; e madeira serrada e portas e janelas de madeira.

Na evolução por trimestres, a atividade fabril catarinense avança 6,3% no quarto trimestre de 2007, sexta taxa positiva consecutiva, com ligeiro ganho de ritmo frente à de julho-setembro (5,7%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Para esse movimento contribuíram seis ramos industriais, sendo particularmente importante o de veículos automotores, que acelera seu ritmo de crescimento, de 10,3% no terceiro trimestre para 22,4% no período outubro-dezembro, e o de borracha e plástico (de 7,1% para 16,0%).

O resultado acumulado no ano de 2007, expansão de 5,4%, mostra ritmo bem superior ao observado em 2006 (0,2%) e 2005 (0,0%). Em 2007 o aumento foi abrangente, atingindo nove das onze atividades pesquisadas, com os principais impactos sobre a média global vindos de alimentos (7,7%) e de máquinas e equipamentos (7,2%). No primeiro ramo, sobressai a maior produção de carnes e miudezas de aves, impulsionada, em grande parte, pelo avanço das exportações; no segundo, o destaque fica com o item refrigeradores e congeladores. Também vale citar o desempenho positivo de veículos automotores (11,1%), por conta do item carrocerias para caminhões e ônibus, e o de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,4%), impulsionado pela maior fabricação de motores elétricos. Por outro lado, os setores de madeira (-2,6%) e de metalurgia básica (-0,6%) foram os únicos com taxas negativas no acumulado de 2007.

O índice de média móvel trimestral, após ficar estável no mês anterior, mostra queda de 1,1% entre novembro e dezembro. Ainda na série com ajuste sazonal, o quarto trimestre de 2007 aponta decréscimo (-0,6%) na comparação com o trimestre imediatamente anterior, segunda taxa negativa neste tipo de confronto (-0,2%), após crescer por dois períodos consecutivos, período em que acumulou um ganho de 6,5%.

RIO GRANDE DO SUL

Em dezembro, a indústria do Rio Grande do Sul apresentou variação negativa (-0,2%) em relação a novembro, na série livre dos efeitos sazonais, após dois meses com taxas positivas, quando acumulou 2,4% de crescimento. Na comparação com dezembro de 2006, o aumento foi de 5,6% e no indicador acumulado no ano de 7,5%. No corte trimestral, o quarto trimestre de 2007 superou em 7,4% o período outubro-dezembro de 2006 e foi 1,8% maior que o terceiro trimestre de 2007 – série com ajuste sazonal.

No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria gaúcha cresceu 5,6%, com oito dos quatorze ramos pesquisados apontando crescimento na produção. As principais pressões foram exercidas por máquinas e equipamentos (32,1%), refino de petróleo e produção de álcool (23,1%) e veículos automotores (14,2%). Nestes setores sobressaíram a fabricação de aparelhos de ar condicionado, máquinas para colheita; óleo diesel; automóveis e carrocerias para ônibus. Em sentido contrário, as maiores influências negativas no cômputo geral vieram de calçados e artigos de couro (-12,1%), em decorrência, sobretudo, da menor produção de calçados de couro; e mobiliário (-17,9%), principalmente devido aos decréscimos nos itens assentos e cadeira de metal e armários de madeira.

Em bases trimestrais, ao crescer 7,4% no último trimestre de 2007, o setor industrial gaúcho completa o quarto trimestre de resultados positivos e acelera seu ritmo frente à taxa do terceiro (5,8%), todas as comparações contra iguais períodos de 2006. Este ganho de ritmo é observado em nove ramos, com destaque para fumo, que passou de uma queda de 25,0% para um aumento de 2,7%; celulose e papel (de -11,0% para 15,9%); e máquinas e equipamentos (de 35,1% para 38,0%).

No acréscimo de 7,5% no fechamento do ano, dez segmentos mostram ampliação na produção, com os principais impactos vindos de refino de petróleo e produção de álcool (30,8%), máquinas e equipamentos (33,3%) e veículos automotores (26,6%). Nestes ramos, os itens de maior destaque foram naftas e óleo diesel; ferramentas hidráulicas e máquinas para colheita; eixo e semi-eixo e automóveis, respectivamente. Por outro lado, calçados e artigos de couro (-7,6%) e fumo (-5,7%) exerceram as maiores pressões negativas. Nestes segmentos foram preponderantes as reduções na fabricação dos itens calçados de couro; e fumo processado, respectivamente.

O índice de média móvel trimestral avançou 0,7% entre os trimestres encerrados em novembro e dezembro, e prossegue em trajetória ascendente desde setembro. Ainda na série com ajuste sazonal, o confronto trimestre contra trimestre imediatamente anterior também aponta expansão no quarto trimestre (1,8%), após recuar 0,6% no período julho-setembro, quando interrompeu quatro trimestres de taxas positivas consecutivas, período em que acumulou um ganho de 10,9%.

GOIÁS

A produção industrial de Goiás recuou 2,7% em relação a novembro, já descontados os efeitos sazonais, após ter acumulado 4,8% de expansão entre novembro e setembro. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral avança 0,6% entre os trimestres encerrados em novembro e dezembro, e mantém a trajetória ascendente desde setembro último. Ainda na série com ajuste sazonal, observa-se crescimento de 3,2% no quarto trimestre de 2007 frente ao trimestre imediatamente anterior, ritmo ligeiramente acima do registrado no período julho-setembro (2,9%). Em relação a dezembro de 2006, a indústria goiana cresce 2,7% e no indicador acumulado no ano o acréscimo de 2,3% praticamente repete o resultado de 2006 (2,4%). Na análise por trimestres, verifica-se que no período outubro-dezembro de 2007 houve avanço de 4,4% na comparação com igual trimestre de 2006.

No confronto dezembro 06/ dezembro 07, a taxa de 2,7% reflete a contribuição positiva de três das cinco atividades pesquisadas. Os principais impactos vieram do setor extrativo (38,4%), em que sobressaiu o item amianto, e de alimentos e bebidas (2,4%), impulsionado pela maior produção de maionese. Por outro lado, a pressão negativa mais relevante foi exercida pela metalurgia básica (-9,6%), explicada principalmente pela queda na fabricação de ouro em barras.

Na análise por trimestres, observa-se que o desempenho da indústria goiana no quarto trimestre de 2007 (4,4%) foi superior ao observado no terceiro (1,6%) e no segundo (-2,8%). O ganho de dinamismo entre os dois últimos períodos foi observado em dois dos cinco ramos pesquisados: produtos químicos (de –10,5% para 11,7%) e extrativa (de 1,0% para 11,0%).

O indicador acumulado encerra 2007 apontando crescimento de 2,3%, refletindo as expansões ocorridas na indústria extrativa (11,5%) e na indústria de transformação (1,5%). Nesta última, em que todos os segmentos aumentaram a produção, os principais destaques positivos foram alimentos e bebidas (1,1%) e minerais não-metálicos (7,7%), sobretudo, em função da ampliação na fabricação dos itens maionese e cimento, respectivamente.