Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em novembro, o volume de vendas e a receita do comércio cresceram 1,6%

Na comparação com o mês anterior, em novembro ambos os indicadores tiveram o mesmo percentual (1,6%) e o volume de vendas atingiu sua segunda maior taxa do ano.

16/01/2008 07h01 | Atualizado em 16/01/2008 07h01

Na comparação com o mês anterior, em novembro ambos os indicadores tiveram o mesmo percentual (1,6%) e o volume de vendas atingiu sua segunda maior taxa do ano. Já em relação a novembro de 2006, o volume de vendas cresceu 9,9%, acumulando 9,7% no ano e 9,2% nos últimos 12 meses. Em receita nominal, as taxas foram de 13,3%, de 11,6% e 10,9%, respectivamente .

Recuperando-se dos resultados negativos de outubro (-0,1% tanto para volume de vendas quanto para a receita nominal ), o comércio varejista do País cresceu 1,6% em novembro, em relação ao mês anterior ( novamente , com a mesma taxa para volume de vendas e receita ). Em 2007, este foi o segundo maior crescimento do volume de vendas ( em relação ao mês anterior , na série com ajuste sazonal ), perdendo apenas para janeiro (1,9%). Nas demais comparações ( séries sem ajuste ), o volume de vendas cresceu 9,9% sobre novembro de 2006, acumulando 9,7% de janeiro a novembro de 2007 ante igual período de 2006, e 9,2% nos últimos 12 meses. Para a receita nominal, as taxas foram 13,3%, 11,6% e 10,9%, respectivamente ( Tabelas 1 e 2).

Em novembro, das cinco atividades com séries sazonalmente ajustadas, quatro assinalaram crescimento no volume de vendas, com relação ao mês anterior : Combustíveis e lubrificantes (1,5%); Móveis e eletrodomésticos (1,4%); Tecidos, vestuário e calçados (1,6%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%). Houve queda em Veículos e motos, partes e peças (-0,9%).

Já na relação novembro 07/ novembro 06, houve aumento no volume de vendas de todas as atividades do varejo ( por ordem de importância no resultado global ): Hipermercados, supermercados , produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,4%); Móveis e eletrodomésticos (15,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (18,1%); Tecidos , vestuário e calçados (12,4%); Combustíveis e lubrificantes (6,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,6%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (36,4%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (8,5 % ).

RESULTADOS SETORIAIS

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo mesmo com resultado abaixo da média (6,4% no volume de vendas em novembro sobre igual mês do ano anterior ), foi responsável pela principal contribuição (32%) da taxa global do varejo. Em termos acumulados, a atividade apresenta crescimento de 6,5%, tanto no acumulado de janeiro a novembro quanto no dos últimos 12 meses. Este desempenho foi motivado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do crescimento da massa de salários e do crédito, com ênfase especial no uso de cartões patrocinados pelas próprias redes do ramo. Quanto ao fato de crescer a um ritmo bem abaixo da média nacional, ao contrário de 2006, a justificativa mais provável está na aceleração dos preços dos alimentos em 2007, que acumulou 8,6% de janeiro a novembro , contra uma inflação de 3,7% no período , segundo o IPCA.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 15,5% no volume de vendas em relação a novembro do ano passado , foi o segundo maior impacto sobre a taxa do Comércio Varejista , sendo responsável por 25% da magnitude desta ( Tabela 3). O segmento acumulou crescimento de 16,0% no ano , sobre igual período de 2006, e de 14,7% nos últimos 12 meses. Este resultado, não só positivo como superior à média estabelecida no varejo, é atribuído basicamente à expansão do crédito; redução de preços dos eletroeletrônicos e a melhoria da massa de salários da população ocupada .

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, terceiro maior impacto na taxa do varejo, obteve variação de 18,1% no volume de vendas em relação a novembro de 2006, sendo responsável por 15% da taxa geral. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc., esta atividade vem tendo seu desempenho impulsionado também pela melhoria do quadro geral da economia . Acumulando no ano e nos últimos 12 meses taxas de 22,4% e 21,5%, respectivamente, responde pelo terceiro maior patamar de crescimento do volume de vendas do varejo, em 2007.

A quarta maior contribuição para o resultado positivo do varejo, em novembro, coube ao segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que expandiu o volume de vendas em 12,4% com relação a igual mês do ano anterior. Tratando-se de uma atividade de grande sensibilidade ao movimento do Natal, sua taxa de desempenho situada acima da média do setor pode significar certa antecipação de compras, prática que vem se acentuando a cada ano pelas vantagens proporcionadas em relação a preços, disponibilidade de produtos, e a comodidade . Em termos acumulados, a atividade registra patamares de variação de 10,8% para os primeiros onze meses de 2007, em relação ao mesmo período de 2006; e de 9,3% para os últimos 12 meses.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com 6,5% de variação do volume de vendas na relação novembro 07/ novembro 06, respondeu este mês pela quinta maior contribuição à taxa global do varejo. Em termos de desempenho acumulado, as taxas de variação chegam aos 5,2% no acumulado do ano e a 4,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Tudo indica que a atividade encerre 2007 com o primeiro resultado anual positivo , depois de dois anos consecutivos de redução de vendas. Atribui-se este comportamento à queda de preços dos combustíveis (acumulando nos últimos 12 meses variação de -2,8%, segundo o IPCA), conjugada à melhoria das condições econômicas do País.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a sexta maior participação na taxa global do varejo, apresentou crescimento de 9,6% na comparação com novembro de 2006, e taxas acumuladas de 8,6% no ano e de 8,0% nos últimos 12 meses. A expansão da massa de salários junto com a diversificação do mix de produtos comercializados e o menor ritmo de crescimento dos preços de medicamentos: 1,7% este ano (acumulado de janeiro a novembro ) contra 4,6% em 2006, taxas medidas pelo IPCA, são os principais fatores explicativos do desempenho positivo do segmento em 2007.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo sétimo maior impacto na formação da taxa global , obteve acréscimo no volume de vendas , em novembro , da ordem de 36,4% sobre igual mês do ano passado, e taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses de 27,9% e de 26,8%, respectivamente . Trata-se da atividade com o maior patamar de crescimento, este ano .

Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destacam-se a redução de preços dos produtos do gênero, conjugada com facilidades de financiamento, e a crescente importância que os produtos de informática e comunicação vem tendo nos hábitos de consumo das famílias .

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, em função do reduzido peso na estrutura do comércio varejista e do desempenho inferior à média, exerceu mais uma vez a menor influência no resultado do varejo. Em relação a novembro de 2006 apresentou aumento no volume de vendas de 8,5% e taxas acumuladas de variação de 7,1% para os onze primeiros meses do ano e de 6,2% para os últimos 12 meses. Estes são resultados decorrentes também da melhoria do quadro geral da economia.

O Comércio Varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior de 13,9% para o volume de vendas e de 17,0% na receita nominal de vendas. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 13,9% e 13,1% para o volume de vendas e de 15,2% e 14,2% para a receita nominal , respectivamente .

Em volume de vendas , a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou expansão de 21,6% em relação a novembro de 2006; acumulando nos onze primeiros meses do ano taxa de 23,6% ante o mesmo período do ano anterior, e nos últimos doze meses variação de 22,2%.

Com estes resultados, a atividade assume a segunda colocação em termos de magnitude de taxas de crescimento, em 2007. A redução das taxas de juros e a ampliação dos prazos de financiamento, bem como expectativas positivas quanto à manutenção do emprego, vêm se constituindo nos principais fatores para a expansão das vendas do ramo este ano .

Quanto a Material de construção, as variações foram de 14,6% na relação novembro 07/ novembro 06; 10,8% no acumulado de janeiro a novembro sobre igual período de 2006; e de 9,7% no acumulado dos últimos 12 meses. Tal desempenho resulta do quadro favorável da economia, especialmente no que se refere a crédito e massa de salários, combinado com medidas oficiais de incentivo à construção civil, concretizadas na diminuição da carga tributária (e consequentemente dos preços ) incidente sobre determinados produtos básicos utilizados no setor .

RESULTADOS REGIONAIS

Das vinte e sete Unidades da Federação, duas apresentaram quedas na comparação novembro 07/ novembro 06: Acre (-1,7%) e Roraima (-1,0%). Os destaques em termos de variações positivas do volume de vendas foram São Paulo, com taxa de 14,1%; Mato Grosso do Sul (12,5%); Rio Grande do Norte (11,9%); Mato Grosso (11,9%); e Maranhão (11,7%) ( Gráfico 3). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, sobressaíram, pela ordem, São Paulo (14,1%); Rio Grande do Sul (10,2%); Rio de Janeiro (5,4%); Minas Gerais (7,1%); e Paraná (8,5%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Santa Catarina (20,4%); Espírito Santo (19,3%); Mato Grosso do Sul (18,2%); Paraná (17,4%); e Goiás (16,9%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (15,1%); Rio Grande do Sul (16,8%); Minas Gerais (12,7%); Paraná (17,4%); e Rio de Janeiro (9,0%).

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação mês / mês anterior, 22 (vinte e dois ) estados com variações positivas e 5 ( cinco ) com queda. Os maiores acréscimos ocorreram no Acre (6,9%); Rondônia (4,9%); Amazonas (3,2%); Roraima (2,5%); e no Paraná (2,5%). Já as principais reduções se estabeleceram no Espírito Santo (-0,9%); Rio Grande do Sul (-0,6%) e no Piauí (-0,5%).