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IPCA de dezembro fica em 0,74% e fecha 2007 em 4,46%

Puxado pelos alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de dezembro teve variação de 0,74 %, a mais alta de 2007 e quase o dobro da taxa de novembro (0,38%). Com isso, o IPCA do ano ...

11/01/2008 07h01 | Atualizado em 11/01/2008 07h01

Puxado pelos alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de dezembro teve variação de 0,74 %, a mais alta de 2007 e quase o dobro da taxa de novembro (0,38%). Com isso, o IPCA do ano ficou em 4,46%, 1,32 ponto percentual acima do índice de 2006 (3,14%). Inverteu, assim, a tendência de queda observada nos cinco anos anteriores (12,53% em 2002; 9,30% em 2003; 7,60% em 2004; 5,69% em 2005; e 3,14% em 2006).O ano de 2007 teve como característica o forte arrefecimento dos preços administrados e monitorados, o que o diferenciou dos seus antecessores.

Alimentos e bebidas são responsáveis por cerca de metade do IPCA de 2007

Dentre os grupos, em 2007, a maior alta foi em alimentação e bebidas (10,79%). Artigos de residência ficou com o menor resultado, -2,48%, como mostra a tabela abaixo .

Os alimentos, com peso de 21,44% na despesa das famílias, ficaram 10,79% mais caros em 2007, exercendo forte pressão sobre o IPCA do ano: 2,21 ponto percentual de contribuição. Ou seja, o grupo alimentação e bebidas foi responsável por cerca da metade do índice geral.

O item carnes (22,15%) deteve a maior contribuição no IPCA de 2007: 0,39 ponto percentual. Em seguida, veio o item leite e derivados , com alta de 19,79% e contribuição de 0,36 ponto percentual.

Os preços dos feijões chegaram a aumentar, em média, 109,20% e foram a terceira maior contribuição ao IPCA de 2007: 0,31 ponto percentual.

Da variação de 10,79% dos alimentos, 3,93% ficaram no primeiro semestre; e 6,60%, no segundo. A alta dos alimentos é atribuída, basicamente, aos seguintes fatores: condições climáticas desfavoráveis, com chuvas intensas no primeiro semestre e longa estiagem no segundo; preços elevados dos produtos cotados no mercado internacional; aumento das exportações, favorecido por problemas climáticos em países produtores; redução de safra por baixa remuneração em períodos anteriores; e aumento da demanda por alimentos, tanto interna quanto externa.

Energia elétrica é principal contribuição negativa

Os preços dos produtos não-alimentícios , que pesam 78,56% no IPCA, aumentaram 2,83% em 2007, o menor aumento desde 1998 (1,56%) e bem abaixo do de 2006 (4,23%). Isso porque itens importantes no consumo das famílias chegaram a apresentar significativa queda no ano, caso das contas de energia elétrica , que ficaram 6,16% mais baratas e, com isso, exerceram a mais baixa contribuição em 2007: -0,23 ponto percentual. Já o telefone fixo fechou o ano com variação de 0,34%, relativamente baixa e sem pressão significativa sobre o índice.

A seguir, os destaques que fecharam o ano em queda.

Em relação aos não-alimentícios, a variação de 2,83% se deveu, sobretudo, aos seguintes fatores: câmbio em queda, o que favoreceu o custo dos importados, estimulou a concorrência e levou à redução das tarifas de energia elétrica; aplicação de índices de correção específico em substituição aos gerais (ex.: telefonia); alteração de metodologia de cobrança das contas de telefone fixo de pulso para minutos, com redução em algumas regiões; inexistência de reajuste nos preços da gasolina - o último ocorreu em 2 de março de 2006; e inexistência de reajuste nas tarifas de ônibus urbanos e outros serviços públicos em algumas regiões pesquisadas.

Dentre os não-alimentícios que continuaram a pressionar o IPCA para cima em 2007, estão também os cigarros (9,65%), planos de saúde (8,11%), colégios (5,04%) e ônibus urbanos (4,68%), entre outros.

Região metropolitana de Belém tem maior inflação no ano

A região metropolitana de Belém ficou com o maior IPCA em 2007 (7,10%) por conta principalmente dos aumentos nos alimentos (16,45%), que contribuíram com mais da metade do resultado, 4,74 pontos percentuais. Os destaques ficaram com o feijão carioca (150,58%), carnes (32,01%), farinha de mandioca (25,99%) e pescados (11,76%). Entre os não-alimentícios , também apresentaram altas significativas condomínio (10,55%), ônibus urbano (11,11%) e gasolina (3,24%).

O índice mais baixo foi o de Curitiba (3,48%), onde os alimentos apresentaram a menor variação (7,15%). Como mostra a tabela abaixo, com exceção do Rio de Janeiro , as demais áreas apresentaram índices superiores aos de 2006.


Em dezembro, alimentos têm maior alta desde janeiro de 2003 e levam IPCA a 0,74%

Em dezembro de 2007, os preços dos alimentos atingiram 2,06%, o maior índice desde janeiro de 2003 (2,15%), e foram os principais responsáveis pelo resultado do IPCA do último mês do ano: 0,74%. Contribuindo com 0,44 ponto percentual, o grupo alimentação e bebidas representou cerca de 60% do IPCA do mês. Na região metropolitana de Belém , o resultado do grupo chegou a 3,79%. Belém , Salvador (3,27%) e Goiânia (3,24%) apresentaram as maiores taxas de crescimento nos alimentos em dezembro.

O item carnes (8,20%) deteve a maior contribuição individual no mês: 0,16 ponto percentual. A alta chegou a 15,12% em Salvador . A seguir vieram os feijões (32% em média), com contribuição de 0,13 ponto percentual. O feijão carioca , tipo mais consumido no país, ficou 38,61% mais caro no mês, sendo que na região metropolitana de Salvador os preços subiram 68,55%.

Para os produtos não alimentícios, o resultado do IPCA de dezembro foi de 0,38%, também acima do de novembro (0,28%).

Os combustíveis , em terceiro lugar na lista geral de contribuições, com 0,08 ponto percentual, apresentaram variação de 1,58%. A alta do álcool atingiu 9,35% e, com isso, os preços da gasolina , que tem 25% do produto em sua composição, subiram 1,03%.

Os cigarros também pressionaram o IPCA de dezembro, com 3,53% de variação e 0,03 ponto percentual de contribuição. A alta foi resultante do reajuste ocorrido em 26 de novembro de 2007. Outra pressão veio dos ônibus intermunicipais , que tiveram alta de 1,30%, decorrente do reajuste de 5,00% tanto nas tarifas do Rio de Janeiro (4,18%) quanto nas de Belo Horizonte (1,34%). A taxa de 0,35% dos ônibus urbanos , por sua vez, refletiu parte do reajuste de 5,00% no Rio de Janeiro.

Além dos artigos de vestuário (0,72%), com destaque para as roupas infantis (0,97%), outros itens influenciaram o IPCA de dezembro: empregado doméstico (0,92%), condomínio (1,12%), automóvel novo (0,78%) e plano de saúde (0,52%).

O maior índice regional foi registrado em Belém (1,40%), onde a alta dos alimentos chegou a 3,79%, e a contribuição atingiu 1,16 ponto percentual – ou seja, foi responsável por 83% do resultado total. Além dos alimentos , os combustíveis (4,33%) e os remédios (1,15%) também subiram bem mais em Belém do que nas outras regiões. O menor índice regional foi o de Curitiba (0,49%).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 27 de novembro a 27 de dezembro (referência) com os vigentes de 27 de outubro a 26 de novembro (base).

INPC de dezembro atinge 0,97% e acumula 5,16 em 2007

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,97% em dezembro, resultado superior ao de novembro (0,43%), fechando o ano de 2007 em 5,16%. Em 2007, os alimentos tiveram índice de 11,91%, enquanto os produtos não-alimentícios aumentaram 2,63%. Em 2006, o INPC havia sido de 2,81%, com alta de 0,94% nos alimentos e 3,59% nos não-alimentícios .

Dos índices regionais, o maior, em 2007, foi verificado em Belém (8,17%); e o menor, em Curitiba (3,75%).

Em dezembro do ano passado, a variação de 0,97% do INPC resultou dos índices de 2,61% dos alimentos e de 0,32% dos itens não alimentícios .

No mês, o maior índice regional foi registrado em Belém (1,54%); e o menor, em Porto Alegre (0,46%).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 6 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 27 de novembro a 27 de dezembro (referência) com os vigentes de 27 de outubro a 26 de novembro (base).