O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 ( IPCA-15 ) teve variação de 0,70 % , em dezembro, superior à taxa de 0,23 % de novembro. Com isso, o IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) fechou o ano em 4,36 % , acima dos 2,96 % de 2006.

O grupo Alimentação e Bebidas variou 1,73%; em novembro o índice foi 0,23%. Os alimentos foram os principais responsáveis pelo IPCA-15 do mês, com 0,37 ponto percentual de contribuição (mais da metade do índice). A maior contribuição individual ficou com o item carnes: 8,78 % e contribuição de 0,16 ponto percentual. No item, os destaques ficaram com Brasília (14,14%), São Paulo (11,74%) e Goiânia (10,34%). Os feijões continuaram em alta e o tipo carioca, o mais consumido no país, teve variação de 27,86%, sendo de 8,44% a alta do feijão preto. Batata inglesa (11,77%), hortaliças (8,00%) e do óleo de soja (4,51%) tiveram altas importantes. Em queda, nos alimentos, o principal destaque foi o tomate: 18,80 % mais barato no mês.

Os produtos não alimentícios apresentaram variação de 0,42%, em dezembro, contra 0,22% no mês anterior. O preço do álcool aumentou 11,45 %, depois da queda, em novembro, de 0,37 %. A gasolina registrou alta de 1,06 %. Juntamente com os combustíveis e outros itens, os cigarros ( 3,60 %) também pressionaram o resultado do mês.

No ano, considerando os nove grupos de produtos e serviços, o grupo Alimentação e Bebidas , com alta de 10,09 %, pressionou o índice com os preços do feijão carioca ( 103,96%), batata inglesa (70,43 %), leite e derivados (20,52 %), carnes (18,09 %) e frango ( 14,71%) se destacando. Em queda, a energia elétrica: 5,45% mais barata durante o ano.

Nos índices regionais, Goiânia registrou o maior (1,02%), onde os alimentos tiveram alta de 2,85%. O menor ficou com Fortaleza (0,22%).

Para o cálculo do IPCA-15 , os preços foram coletados no período de 13 de novembro a 10 de dezembro e comparados com aqueles vigentes de 12 de outubro a 12 de novembro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E, é o IPCA-15 acumulado em períodos.