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Setor de serviços faz Barueri (SP) ter maior aumento de participação no PIB brasileiro de 2002 para 2005

O ganho de peso do setor de serviços na economia nacional, conseqüência das mudanças na base das Contas Nacionais – divulgadas em março deste ano pelo IBGE - fez com que municípios onde essa atividade é forte, inclusive as capitais,...

19/12/2007 08h01 | Atualizado em 19/12/2007 08h01

O ganho de peso do setor de serviços na economia nacional, conseqüência das mudanças na base das Contas Nacionais – divulgadas em março deste ano pelo IBGE - fez com que municípios onde essa atividade é forte, inclusive as capitais, tivessem os maiores ganhos de participação no PIB brasileiro em 2005. Foi o caso, por exemplo, de Barueri (Grande SP), que teve o maior crescimento percentual da sua fatia do PIB nacional no período de 2002 a 2005, 0,24%, passando da 15ª para 8ª posição. Por outro lado, a cidade do Rio de Janeiro teve as maiores perdas de participação no PIB brasileiro, tanto no biênio 2004-2005 (-0,3%), quanto na série de 2002 a 2005 (-0,6%), apesar de ainda se manter na 2ª colocação no ranking geral. No estado do Rio de Janeiro, Campos dos Goytacazes foi o destaque, tendo aumentado sua participação no PIB nacional em 0,22% de 2002 para 2005, passando da 21ª para a 18ª posição no ranking geral, graças ao bom desempenho da extração de petróleo.

De uma forma geral, os dados do PIB dos Municípios 1, fruto de uma parceria entre o IBGE e os órgãos estaduais de estatística, mostram que a renda gerada no país ainda continua muito concentrada - apenas cinco municípios respondiam, em 2005, por 25% do PIB nacional - e desigual – nenhuma capital do Norte/Nordeste tinha PIB per capita superior ao brasileiro em 2005 e, naquele ano, o PIB per capita mínimo na região Sul era superior ao de 75% dos municípios nordestinos.

A seguir, as principais informações do PIB dos Municípios 2005.

As capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte representavam, juntas, 25% do PIB brasileiro em 2005. O ranking dos cinco maiores PIB dos municípios manteve-se inalterado desde 2003 , conforme a tabela abaixo.

Em 2005, com apenas 51 municípios alcançava-se a metade do PIB e 30,5% da população nacional. No extremo oposto, 1.371 municípios respondiam por 1% do PIB e concentravam 3,5% dos brasileiros. Essa distribuição pouco mudou em relação a 2002, quando 48 municípios eram responsáveis por metade da renda produzida no país, e 1.338 somavam 1% desse total.

Os cinco municípios de menor PIB em 2005 eram Olho D`Água do Piauí (PI), São Luis do Piauí (PI), Quixabá (PB), São Miguel da Baixa Grande (PI) e Santo Antônio dos Milagres (PI), em ordem decrescente. Juntos, eles representavam aproximadamente 0,001% de toda a renda gerada no país.

Os 10% de municípios com maior PIB, em 2005, geravam 24,6 vezes mais riqueza que os 50% dos municípios com menor PIB. Desde 2002, a região Sudeste vem apresentando os maiores indicadores de desigualdade nessa comparação, sendo que, em 2005, ele foi de 38,1, evidenciando concentração. No outro extremo, as regiões Norte (12,7), Nordeste (12,8) e Sul (13,6) apresentaram os menores coeficientes de dispersão. Na região Centro-Oeste, a concentração (20,6) deveu-se a Brasília.

Outro indicador de concentração é quanto os cinco municípios de maior PIB representam em relação ao total do PIB de suas respectivas unidades da federação. Nessa relação, o Amapá tinha a maior concentração espacial de renda do país: os cinco maiores municípios representavam 88,5% do PIB do estado em 2005. Em seguida, vinha o Amazonas (87,7%). No outro extremo, estavam Minas Gerais e Santa Catarina, com as menores concentrações espaciais de renda: 34,7% e 34,8%, respectivamente.

Entre 2002 e 2005, Barueri (SP) tem maior ganho e Rio de Janeiro (RJ) maior perda de participação no PIB nacional

Considerando os municípios que, individualmente, respondiam por pelo menos 0,5% do PIB nacional em 2005 ( 23 municípios que, juntos, somavam 39,8% da riqueza do país), em relação a 2002, os maiores ganhos percentuais de participação no PIB nacional foram os de Barueri (SP), Campos dos Goytacazes (RJ), Vitória (ES), Duque de Caxias (RJ), Osasco (SP), Betim (MG) e Manaus (AM).

Barueri, na região metropolitana de São Paulo, além de intensa atividade industrial, destacou-se principalmente pelos serviços, nos segmentos de serviços de informação, comércio e serviços de intermediação financeira. Campos dos Goytacazes, onde se concentram atividades de exploração de petróleo e gás natural, foi beneficiado pela produção de petróleo e gás natural, que cresceu aproximadamente 15% no período. Vitória vem se destacando nos segmentos de tecnologia da informação e comunicação, desenvolvimento de softwares e prestação de serviços na área de informática e também pelas atividades portuárias.

Por outro lado, os municípios que apresentaram as maiores perdas de participação percentual nesse tipo de análise foram Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE). Na maioria dos casos, o movimento seguiu a tendência de perda de participação no PIB nacional por parte das capitais. Em São José dos Campos, a queda foi fortemente influenciada pela performance da indústria aeroespacial.


De 2004 para 2005, SP tem maior aumento de participação no PIB brasileiro

Mantendo o corte pela participação mínima de 0,5% no PIB e se analisando o biênio 2004-2005, 13 municípios tiveram ganhos na participação relativa, sendo os maiores em São Paulo (0,6%), Campos dos Goytacazes (0,2%), Barueri (0,2%), Vitória (0,1%), Brasília (0,1%), Campinas (SP, com 0,1%) e Guarulhos (SP, também com 0,1%).

O ganho de participação relativa de São Paulo ocorreu por causa da concentração dos serviços. Como o estado teve aumento da sua participação no setor de serviços em relação a 2004, de 64% para 66,5%, isso se refletiu diretamente na capital.

Já a maior perda de participação entre 2004 e 2005 ocorreu no Rio de Janeiro (-0,3%). O estado do Rio de Janeiro, ao contrário de São Paulo, perdeu participação no setor de serviços nesse biênio, de 70,5% para 69,3%, o que também se refletiu na capital fluminense, que absorvia a maior parte do valor adicionado dessa atividade.

Redução de operações no aeroporto da Pampulha (BH/MG) leva Confins (MG) a ter o maior aumento de participação no PIB nacional entre 2004 e 2005

Analisando-se agora todos os 5.564 municípios brasileiros, no período entre 2004 e 2005, os maiores aumentos de participação no PIB brasileiro ocorreram em Confins (MG), Centro Novo do Maranhão (MA), Catas Altas (MG), Campo do Tenente (PR) e Sátiro Dias (BA).

Confins passou da posição 2 . 450 para a 888, devido ao impacto no transporte aéreo, com a transferência da maior parte dos vôos do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para o Aeroporto Internacional de Confins. O ganho de posição de Centro Novo do Maranhão (da 3.014ª para a 1.809ª) foi decorrência do crescimento da produção de carvão vegetal e do efetivo de bovinos . Catas Altas intensificou a extração de minério de ferro, saindo da 4.732ª para a 3.625ª posição.

Os municípios de Boa Vista do Incra (da 3.190ª para a 4.403ª posição), Coxilha (de 2.693ª para 4.061ª), Quatro Irmãos (de 3.676ª para 5.060ª), Boa Vista do Cadeado (de 2.536ª para 4.241ª), todos gaúchos, tiveram as maiores perdas de posição em 2005, na comparação com 2004, principalmente pela quebra da safra da soja e de cereais, em decorrência da seca.

Repetindo-se a mesma análise para o período de 2002 a 2005, os maiores ganhos de posição em relação ao PIB do país foram os de Bom Jesus do Araguaia (MT), Canaã dos Carajás (PA), Baixa Grande do Ribeiro (PI), Centro Novo do Maranhão e Ijaci (MG).

Bom Jesus do Araguaia passou da 4.681ª para 2.618ª posição devido ao aumento da produção de soja e ao crescimento da pecuária. O ganho de Canaã dos Carajás, da 2.457ª para a 424ª colocação, deveu-se a empreendimentos de mineração de cobre. Em Baixa Grande do Ribeiro, que passou da 4.190ª para 2.173ª posição, ocorreu aumento da produção de soja e arroz.

Na outra ponta, os municípios de Santana do Mundaú (AL), Coxilha (RS), Boa Vista do Incra (RS), Machadinho (RS) e Quatro Irmãos (RS) apresentaram as maiores perdas de posição entre 2002 e 2005, em todos os casos por conta de problemas agrícolas. Em Santana do Mundaú, ocorreu queda no valor de produção da laranja em 2003. Nos municípios gaúchos, as quedas deveram-se principalmente à quebra da safra de soja e de cereais em 2005.

Capitais do Sudeste representam quase 1/5 do PIB brasileiro

Com relação à participação das capitais na economia brasileira, em 2005 São Paulo mantinha-se na primeira posição, enquanto Palmas ocupava o último lugar. O conjunto das capitais brasileiras representava 34,8% da renda nacional naquele ano, sendo que as da região Norte eram responsáveis por 2,4% desse montante; as do Nordeste, por 4,5%; as da região Sudeste, por 19,8%; as do Sul, por 3,0%; e as capitais do Centro-Oeste, por 5,0%.

Santa Catarina era o estado mais autônomo em relação ao PIB da capital, enquanto o Amazonas era o mais dependente. A economia do estado do Rio de Janeiro, apesar do desenvolvimento econômico do Norte Fluminense, também ainda era bastante dependente da capital.

Cascalho Rico e Araporã, no Triângulo Mineiro, têm maiores PIB per capita 2 do país

Os municípios com os dez maiores PIB per capita do país em 2005 foram Cascalho Rico (MG), Araporã (MG), São Francisco do Conde (BA), Triunfo (RS), Porto Real (RJ), Fronteira (MG), Paulínia (SP), Ouroeste (SP), Alto Taquari (MT) e Santo Antônio do Leste (MT).

Em Cascalho Rico (PIB per capita de R$ 289.838), no Triângulo Mineiro, está a terceira maior hidrelétrica mineira. O município possui também uma unidade industrial do setor de derivados do leite e, além disso, tem baixa concentração populacional. Araporã (R$ 223.027), também na região do Triângulo Mineiro e com baixa densidade demográfica, abriga a maior hidrelétrica de Minas. Em São Francisco do Conde (R$ 211.601), está a segunda maior refinaria de petróleo em capacidade instalada do país.

Em 2005, Mirante (BA) tinha o menor PIB per capita do país, R$ 1.204,07, e aproximadamente 62% da sua economia dependia da administração pública. Os 56 municípios com PIB per capita inferior a R$ 1.609,52, isto é, o 1% dos menores municípios em relação ao PIB per capita , estavam localizados no Maranhão (16), Piauí (14), na Bahia (12), no Pará (9), Ceará (4) e em Alagoas (1).

PIB per capita de Porto Alegre supera o do Rio de Janeiro em 2005

Dentre as capitais, o maior PIB per capita , em 2005, continuava com Vitória (R$ 47.855), seguida de Brasília (R$ 34.510), São Paulo (R$ 24.083), Porto Alegre (R$ 19.582) e Rio de Janeiro (R$ 19.524). Esse ranking mudou em 2005, com Porto Alegre superando o Rio e ocupando a quarta posição.

Todas as capitais das regiões Sudeste e Sul apresentavam PIB per capita superior ao brasileiro em 2005, enquanto no Nordeste nenhuma capital tinha PIB per capita maior que o nacional. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, as únicas capitais com PIB per capita superior ao brasileiro foram Manaus, Brasília e Cuiabá.

O PIB per capita médio dos 10% dos municípios com os maiores PIB per capita era 6,7 vezes maior do que o dos 50% dos municípios com os menores PIB per capita . A região Sul apresentava os menores indicadores nessa comparação em toda a série (desde 2002). No Centro-Oeste, o indicador em 2005 era 6,5, o mais alto ao longo da série.

Além de apresentar menor concentração do PIB per capita entre os seus municípios, o Sul possuía a maior mediana da renda per capita dentre todas as regiões (R$ 8.484), valor que representava aproximadamente uma vez e meia a mediana da renda per capita nacional (R$ 5.664). O PIB per capita municipal mínimo da região Sul (R$ 3.467) era superior ao PIB per capita de 75% dos municípios nordestinos (R$ 3.256).

Crise na soja faz Sorriso (MT) cair do 1º para o 10º lugar no ranking da agropecuária

A atividade agropecuária é tradicionalmente a menos concentrada no país, com índice de Gini 3 de 0,57 em 2005. Dentre as unidades da federação, a agropecuária era mais concentrada na Bahia (0,60) e mais dispersa em Rondônia (0,28).

Os municípios de Mato Grosso e do Oeste baiano concentravam os maiores valores adicionados da agropecuária. Por outro lado, as áreas com os menores valores adicionados para a atividade estavam no Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em 2004, 165 municípios agregavam 25% do valor adicionado da agropecuária do Brasil, e, em 2005, o número aumentou para 183 municípios. Por outro lado, naquele ano, 652 municípios brasileiros agregavam apenas 1% do valor gerado pela atividade.

Como o ano de 2005 não foi muito favorável para a cultura de soja, devido principalmente à estiagem, mas também à queda acentuada no preço do grão, os municípios de Mato Grosso que possuíam uma agricultura mais diversificada alcançaram ganhos expressivos na agropecuária. Assim, Campo Verde (MT), grande produtor de algodão herbáceo no país, passou a ocupar o primeiro lugar no ranking nacional, substituindo Sorriso (MT), cuja produção se concentra sobretudo na soja e que caiu para o 10º lugar.

São Desidério, no Oeste baiano, segundo do ranking, tem na agricultura irrigada a principal base da sua economia. Seus principais produtos em 2005 eram algodão herbáceo (maior produtor do país), soja, milho e café. Sapezal (MT), com a terceira maior participação no valor da agropecuária, era o segundo maior produtor de soja, terceiro maior produtor de algodão herbáceo e quinto maior produtor de milho do país.

Os 12 municípios com os maiores valores adicionados da agropecuária, que, juntos, representavam aproximadamente 5% do total em 2005, estão na tabela abaixo.

De 2002 a 2005, Campos (RJ) tem maior aumento de participação no valor da indústria

A atividade industrial é a mais concentrada no país, com índice de Gini de 0,91. Dentre as unidades da federação, a maior concentração ocorria no Amazonas (0,97); e a menor, em Rondônia (0,74).

Os municípios dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo tinham alto valor adicionado industrial. Já as áreas com menor valor adicionado da indústria estavam no Piauí e Paraíba. Em 2004 e em 2005, apenas dez municípios concentravam ¼ de todo o valor adicionado da indústria. Em 2005, com 59 municípios chegava-se à metade desse total, enquanto 2.585 municípios respondiam por apenas 1%.

Em 2005, São Paulo mantinha-se como o principal pólo industrial do Brasil, com participação relativa de 9,8%, apesar de ter perdido participação em relação a 2002 (10,7%). O Rio de Janeiro também permanecia como segundo colocado no ranking industrial (2,5%), apesar de vir perdendo participação relativa desde o início da série: em 2002, a participação do Rio era de 3,4%.

Nesse intervalo de tempo (2002-2005) Campos dos Goytacazes teve o maior aumento percentual de participação no valor adicionado industrial (0,8%), superando Manaus pela primeira vez na série. Por outro lado, os municípios que apresentaram as maiores perdas de participação no valor da indústria foram São Paulo (-0,9%) e Rio de Janeiro (-0,8%). Os dados estão resumidos na tabela a seguir.

Intermediação financeira faz Barueri e Osasco subirem no ranking dos serviços

A concentração do valor adicionado dos serviços ficou bem próxima à do PIB nacional 4, com índice de Gini, em 2005, de 0,87. A maior (0,89) e a menor (0,69) concentração foram verificadas nos estados de São Paulo e Rondônia, respectivamente. Os municípios do estado do Rio de Janeiro tinham valor adicionado dos serviços elevados. No Piauí, 56% dos municípios encontravam-se na faixa inferior da distribuição.

De 2002 a 2005, não houve modificação na composição dos municípios que agregavam até 25% do valor adicionado dos serviços, sendo que São Paulo e Rio de Janeiro, juntos, somavam 21,4% do total em 2002; 20,8% em 2003; 19,7% em 2004; e 20,3% em 2005.

Em 2005, com 36 municípios, chegava-se à metade do valor adicionado dos serviços. No mesmo ano, 1.370 municípios respondiam por 1% desse total. A concentração dos serviços nas capitais era bastante alta, chegando a totalizar 40,8% em 2005. Dos 36 municípios que agregavam 50% do valor adicionado dos serviços, 17 eram capitais. Ao longo da série, entretanto, elas perderam participação, passando de 42,1% em 2002 para 40,8% em 2005.

Realizando um corte nos 22 municípios que representavam, individualmente, pelo menos 0,5% do valor adicionado dos serviços em 2005, os que mais ganharam participação relativa entre 2002 e 2005 foram Barueri (0,3%), Vitória (0,2%) e Osasco (0,2%). As maiores perdas foram observadas no Rio de Janeiro (-0,9%) e São Paulo (-0,3%).

Os serviços de intermediação financeira foram os principais responsáveis pelos ganhos de participação de Barueri e Osasco. Vitória vem se destacando nos segmentos de serviços avançados como tecnologia da informação e comunicação, desenvolvimento softwares e prestação de serviços na área de informática e também pelas atividades portuárias.

31,3% dos municípios têm mais de 1/3 da economia dependente da administração pública

O valor adicionado da atividade administração pública (um subsetor dos serviços) era mais concentrado do que o da agropecuária, mas mais disperso que os da indústria e do total dos serviços, com índice de Gini de 0,78. O subsetor apresentava maior concentração em São Paulo (0,80) e menor no Maranhão (0,54).

Dos 5.564 municípios brasileiros, 1.740 (31,3%) tinham mais do que 1/3 da sua economia dependente da administração pública, sendo que o peso do valor adicionado da administração pública no total do Brasil, em 2005, foi de 13%. O subsetor é muito importante na economia das regiões Norte e Nordeste, bem como no Norte de Minas Gerais.

A tabela a seguir destaca os seis municípios com participação da administração pública em relação ao PIB superior a 70% em 2005. Eles tinham grande dependência da máquina administrativa na sua economia.

A administração pública teve peso superior a 37% em todos os municípios de Roraima. Sendo que em Uiramutã esse peso foi de 81,0%. Fica evidente também o peso da administração pública no Amapá, superior a 35% em quase todos os municípios do estado, exceto em Serra do Navio, onde foi de apenas 5%.

O peso da administração pública foi inferior à média nacional em 14 das 27 capitais e, em aproximadamente 55% dos municípios dos estados de São Paulo e Santa Catarina, era inferior a 15%. Esses eram os estados em que os municípios tinham menor dependência do governo.

 

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1 A malha municipal utilizada foi a do ano de 2005, ou seja, 5.564 municípios (sendo quatro deles instalados em 2005).

2O PIB per capita é o quociente entre o valor do PIB do município e sua população, segundo a estimativa do IBGE relativa a 1º de julho de 2005. Nem toda a renda gerada dentro da área do município é apropriada pela população residente. O PIB per capita brasileiro em 2005 foi de R$ 11.658.

3 Medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero (perfeita igualdade) a um (desigualdade máxima).

4 O índice de Gini para o PIB nacional foi de 0,86.