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Emprego na indústria varia 0,3% em outubro

A taxa é a quarta positiva consecutiva no confronto mês/mês imediatamente anterior, já descontados os efeitos sazonais.

13/12/2007 07h01 | Atualizado em 13/12/2007 07h01

A taxa é a quarta positiva consecutiva no confronto mês/mês imediatamente anterior, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com outubro de 2006, a expansão foi de 3,4%, a maior desde dezembro de 2004 (4,1%). No acumulado no ano, o acréscimo foi de 2,0%, superior ao de 2004 (1,8%) e, nos últimos 12 meses, de 1,8%. A folha de pagamento real dos trabalhadores cresceu 2,0% na passagem de setembro para outubro (série ajustada), com alta nas demais comparações: 6,1% ante outubro/06; 5,2% no acumulado no ano; e 4,4% no acumulado nos últimos 12 meses.

 

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em outubro, o emprego industrial variou 0,3% em relação a setembro, descontadas as influências sazonais, quarto resultado positivo, acumulando ganho de 2,1%. Na comparação com igual mês do ano anterior, o avanço de 3,4% é a maior taxa desde dezembro de 2004 (4,1%). No indicador acumulado no ano, o pessoal ocupado apresentou acréscimo de 2,0%, acima do fechamento de 2004 (1,8%). O acumulado nos últimos doze meses também prossegue em trajetória positiva, passando de 1,5% em setembro para 1,8% em outubro.

Em relação a outubro de 2006, o aumento de 3,4% atinge onze das quatorze áreas pesquisadas, com destaque para São Paulo (5,4%), Paraná (4,6%) e região Norte e Centro-Oeste (3,8%). Em São Paulo, as maiores contribuições para o aumento global do emprego vieram de máquinas e equipamentos (11,9%) e meios de transporte (10,0%); no Paraná, os destaques foram meios de transporte (33,0%) e alimentos e bebidas (5,0%); e, na região Norte e Centro-Oeste, a liderança ficou com alimentos e bebidas (6,6%). Os demais resultados positivos para o emprego foram: Minas Gerais (3,0%), Santa Catarina (2,4%), Rio Grande do Sul (1,5%), Região Nordeste (0,8%), Rio de Janeiro (0,9%) e Bahia (1,5%). As únicas quedas ocorreram no Ceará (-1,9%), Espírito Santo (-2,9%) e Pernambuco (-0,4%).

No total do país, o número de pessoas ocupadas aumentou em doze dos dezoito segmentos pesquisados, com destaque para os impactos positivos vindos de alimentos e bebidas (4,1%), meios de transporte (11,2%), máquinas e equipamentos (10,9%) e produtos de metal (9,2%). O dinamismo observado nas vendas externas, principalmente de commodities alimentares (açúcar, grãos e carnes congeladas), na indústria automobilística e na produção de bens de capital, sustenta os resultados positivos. Por outro lado, a principal contribuição negativa permanece vindo de calçados e artigos de couro (-9,3%), setor que representa em torno de 6,0% dos trabalhadores na indústria.

O indicador acumulado no ano (2,0%) mostra um quadro predominantemente positivo entre os locais, com São Paulo (3,2%), Paraná (2,7%) e Região Nordeste (1,5%) exercendo os principais impactos. Rio Grande do Sul é o único local com variação negativa (-0,3%), ainda sob pressão do setor calçadista, que registra taxa a dois dígitos (-13,3%). Setorialmente, no total do país, alimentos e bebidas (4,3%), meios de transporte (6,8%), produtos de metal (6,8%) e máquinas e equipamentos (6,3%) foram os destaques positivos mais significativos. Em sentido contrário, as principais contribuições negativas vieram de calçados e artigos de couro (-7,0%) e vestuário (-3,9%).

Em síntese, os índices de outubro confirmam o momento positivo do emprego ao longo de 2007, refletindo o contexto econômico favorável que vem impulsionando a atividade industrial. Na série ajustada sazonalmente, acumula ganho de 2,1% nos quatro meses consecutivos de crescimento no confronto com o mês imediatamente anterior e, na média móvel trimestral, o índice registra expansão de 3,0% entre janeiro e outubro. Nos confrontos com iguais períodos de 2006, os indicadores de emprego registram os melhores resultados desde 2004.

  NÚMERO DE HORAS PAGAS

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em outubro, apresentou acréscimo de 0,5% em relação a setembro, na série livre dos efeitos sazonais, mantendo seqüência de três resultados positivos, período em que acumulou ganho de 1,8%. O indicador de média móvel trimestral cresceu 0,6% entre os trimestres encerrados em outubro e setembro, e acumula ganho de 1,0% desde agosto.

A comparação com outubro de 2006 assinalou crescimento de 3,2%. Também registraram elevações os indicadores para períodos mais abrangentes. O acumulado no ano avança 1,6% e, no acumulado nos últimos doze meses, o aumento de 1,5% mantém a trajetória ascendente iniciada em setembro de 2006.

No confronto outubro 07/ outubro 06, o acréscimo em 3,2% no número de horas pagas foi o maior desde janeiro de 2005 (3,1%), com contribuições positivas em dez dos quatorze locais e doze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, os maiores avanços no cômputo geral vieram de meios de transporte (11,7%), máquinas e equipamentos (11,1%) e produtos de metal (10,1%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-11,9%) e madeira (-4,6%) exerceram as maiores pressões negativas.

Ainda nessa comparação, os locais responsáveis pelos maiores impactos positivos no resultado nacional foram: São Paulo (5,5%), Paraná (5,0%) e região Norte e Centro-Oeste (4,1%). Na indústria paulista, doze atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para meios de transporte (12,3%), máquinas e equipamentos (11,6%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,9%). No Paraná, destacaram-se, entre as maiores pressões positivas, meios de transporte (37,3%) e máquinas e equipamentos (12,3%); e, na região Norte e Centro-Oeste, o aumento mais expressivo veio de alimentos e bebidas (8,5%). As principais influências negativas no resultado global vieram de Pernambuco (-1,4%) e Ceará (-1,3%), onde os ramos de minerais não-metálicos (-11,5%) e alimentos e bebidas (-8,1%) exerceram, respectivamente, os maiores impactos negativos nos dois locais.

O acumulado nos primeiros dez meses do ano ficou em 1,6%, com onze locais e doze setores contribuindo positivamente. Os principais destaques vieram de São Paulo (2,7%), Paraná (3,2%) e região Nordeste (1,5%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-0,8%) exerceu a pressão negativa mais relevante. No corte setorial, os principais acréscimos no total do país vieram de alimentos e bebidas (4,2%), meios de transporte (6,9%) e produtos de metal (6,4%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-9,2%) e vestuário e acessórios (-5,1%) foram as principais contribuições negativas.

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em outubro, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores na indústria ajustado sazonalmente avançou 2,0% em relação ao mês imediatamente anterior, registrando a quinta taxa positiva seguida, acumulando expansão de 4,3%. Com isso, o indicador de média móvel trimestral cresceu 1,1% entre os trimestres encerrados em setembro e outubro, acumulando 2,6% de expansão entre maio e outubro.

Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuam positivos: 6,1% em relação a outubro de 2006 e 5,2% no acumulado no ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, passou de 4,3%, em setembro, para 4,4%, em outubro, continuando em trajetória ascendente desde dezembro de 2006 (1,3%).

Na comparação com outubro do ano passado (6,1%), os quatorze locais pesquisados assinalaram aumento no valor da folha de pagamento real. A maior contribuição positiva veio de São Paulo (4,2%), por conta, principalmente, do aumento salarial em meios de transporte (18,0%), produtos químicos (23,5%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10,4%). Em seguida, vale citar Rio Grande do Sul (11,1%), Minas Gerais (10,1%), e Rio de Janeiro (12,1%).

Em termos setoriais, ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real cresceu em quatorze dos dezoito setores industriais. As influências positivas mais significativas vieram de meios de transporte (17,2%), produtos químicos (17,0%), alimentos e bebidas (5,5%) e produtos de metal (14,3%).

O indicador acumulado no ano mostrou incremento de 5,2%, com aumento no valor da folha de pagamento real em todos os locais pesquisados. O maior impacto foi observado em São Paulo (4,1%), por conta de produtos químicos (14,5%), meios de transporte (6,4%) e alimentos e bebidas (3,1%). Vale mencionar ainda Rio Grande do Sul (7,9%), Minas Gerais (6,0%) e Região Nordeste (6,3%). Setorialmente, quatorze atividades apresentaram crescimento no valor da folha de pagamento. Os maiores impactos positivos foram observados em produtos químicos (12,1%), meios de transporte (6,8%), alimentos e bebidas (6,3%) e indústria extrativa (16,9%). Do lado negativo, papel e gráfica (-4,0%), madeira (-8,7%) e calçados e artigos de couro (-2,8%) exibiram as maiores perdas salariais.