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PIB varia 1,7% do 2º para o 3º trimestre, chegando a R$ 645,2 bilhões

O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1,7% na comparação do terceiro trimestre contra o segundo trimestre de 2007, na série com ajuste sazonal. O maior destaque foi a agropecuária (7,2%), seguida pela indústria (1,8%) e pelos serviços (1,2%).

12/12/2007 07h01 | Atualizado em 12/12/2007 07h01

O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1,7% na comparação do terceiro trimestre contra o segundo trimestre de 2007, na série com ajuste sazonal. O maior destaque foi a agropecuária (7,2%), seguida pela indústria (1,8%) e pelos serviços (1,2%). Na comparação com o terceiro trimestre de 2006 , o PIB apresentou elevação de 5,7%, sendo 5,2% o crescimento do valor adicionado a preços básicos e 8,7% o dos impostos sobre produtos . Nesse tipo de confronto, a agropecuária cresceu 9,2%, seguida pela indústria (5,0%) e pelos serviços (4,8%). No acumulado de janeiro a setembro de 2007 , o PIB cresceu 5,3%, em relação a igual período de 2006, sendo que as taxas da indústria, serviços e agropecuária foram de 5,1%, 4,7% e 4,3%, respectivamente. O crescimento do PIB acumulado nos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2007 foi de 5,2%, em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Em valores , o PIB do terceiro trimestre de 2007 alcançou R$ 645,2 bilhões, sendo R$ 551,6 bilhões referentes ao valor adicionado; e R$ 93,5 bilhões, aos impostos.

Principais resultados do PIB a preços de mercado do 3 o trimestre de 2006 ao 3 o trimestre de 2007

 

 

Na comparação com o segundo trimestre de 2007, a análise do PIB pela ótica da demanda interna dá destaque ao crescimento da formação bruta de capital fixo (ou investimento), de 4,5% no terceiro trimestre deste ano. O consumo das famílias cresceu 1,5%, seguido pelo consumo da administração pública (0,3%).

Pelo lado do setor externo, as exportações apresentaram crescimento de 1,4%, enquanto as importações tiveram elevação de 9,1%.

Indústria de transformação mantém-se como destaque na comparação com o 3º tri de 2006 e no acumulado no ano de 2007

Na comparação do terceiro trimestre de 2007 com o terceiro trimestre de 2006, a taxa da agropecuária (9,2%) pode ser em grande parte explicada pelo desempenho de alguns produtos como o trigo e a cana-de-açúcar, com estimativas de crescimento de produção neste ano de 59,3% e 13,1%, respectivamente.

Na atividade industrial (5,0%), o destaque foi a indústria de transformação (5,7%), beneficiada pelo desempenho da fabricação de produtos químicos, máquinas e equipamentos, material elétrico e do setor automotivo. A construção civil cresceu 5,0%, seguida pela eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,8%). Por fim, a indústria extrativa mineral atingiu 2,0% de crescimento, em grande parte decorrência do aumento de 1,3% na produção de petróleo e gás e de 11,8% na produção de minério de ferro.

No setor de serviços (4,8%), os maiores destaques foram para intermediação financeira e seguros (13,3%); serviços de informação (8,6%); comércio atacadista e varejista (7,4%); transporte, armazenagem e correio (4,6%); e serviços imobiliários e aluguel (3,2%). Os demais subsetores tiveram os seguintes desempenhos: outros serviços (2,0%); e administração, saúde e educação pública (1,5%).

O melhor desempenho do subsetor intermediação financeira e seguros refletiu o aumento nominal de 27,8% das operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres e direcionados.

Dentre os componentes da demanda interna, na comparação com o terceiro trimestre de 2006, o maior destaque foi o crescimento de 14,4% da formação bruta de capital fixo, explicado principalmente pelo aumento da produção e da importação de máquinas e equipamentos. A média da taxa de juros efetiva Selic para o terceiro trimestre de 2007 (11,5% ao ano) foi a menor dentre todos os trimestres do ano de 2006, o primeiro e o segundo de 2007.

O consumo das famílias teve taxa positiva de 6,0%, o 16º crescimento consecutivo nessa comparação, resultado, em parte, da elevação de 4,3% da massa salarial real 1. Além disso, houve um crescimento nominal de 30,4% do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas 2. Já a despesa de consumo da administração pública aumentou 3,5% no terceiro trimestre de 2007, em comparação com o mesmo período de 2006.

Pelo lado da demanda externa, as exportações mantiveram-se em crescimento (1,8%), apesar da desaceleração. As importações também apresentaram mais uma vez elevação nessa comparação (20,4%), o 16º crescimento seguido. Desde o primeiro trimestre de 2006, as importações crescem mais que as exportações na mesma base de comparação.

No acumulado de janeiro a setembro deste ano , todos os quatro subsetores da indústria (5,1%) registraram taxas positivas, em relação ao mesmo período de 2006, sendo que o destaque ficou com a indústria de transformação (5,5%). Construção civil; e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana tiveram crescimentos de 4,6% e 4,5%, respectivamente. A indústria extrativa mineral cresceu 4,0%.

No setor de serviços (4,7%), as maiores elevações acumuladas neste ano foram as de intermediação financeira e seguros (10,7%), serviços de informação (7,7%) e comércio (7,3%). Os demais subsetores também apresentaram crescimento: transporte, armazenagem e correio (4,8%); atividades imobiliárias e aluguel (3,9%); outros serviços (2,8%) e administração, saúde e educação pública (1,7%).

Na análise da demanda interna, nessa mesma comparação, destaca-se o crescimento de 12,4% da formação bruta de capital fixo, seguido pelo consumo das famílias (5,9%) e o consumo do governo (3,9%). Já analisando o setor externo, as importações continuam crescendo (19,6%) a uma taxa superior à das exportações (6,7%).

PIB acumulado dos últimos quatro trimestres tem maior crescimento desde 2004

O gráfico abaixo apresenta as taxas de crescimento acumuladas nos últimos quatro trimestres para o PIB a preços de mercado, a partir do primeiro trimestre de 1996. Nota-se que, após o crescimento de 2004, quando a taxa atingiu 5,7%, houve um recuo, chegando a 3,0% no segundo trimestre de 2006, e agora uma aceleração, para 5,2%, no terceiro trimestre de 2007.

 

 

Necessidade de financiamento chega a R$ 255 milhões no 3º trimestre de 2007

O PIB alcançou R$ 645,2 bilhões no terceiro trimestre de 2007, sendo R$ 551,6 bilhões do valor adicionado a preços básicos e R$ 93,5 bilhões dos impostos sobre produtos.

A necessidade de financiamento alcançou R$ 255 milhões, contra uma capacidade de financiamento de R$ 14,1 bilhões no terceiro trimestre de 2006. O resultado é explicado principalmente pela redução no saldo externo de bens e serviços, no montante de R$ 12,8 bilhões, e pelo aumento de R$ 1,1 bilhão em renda líquida de propriedade enviada ao resto do mundo. Já no resultado do acumulado do ano, a capacidade de financiamento chega a R$ 1,9 bilhão, contra R$ 15,8 bilhões no mesmo período de 2006.

A renda nacional bruta, por sua vez, atingiu R$ 633,1 bilhões no terceiro trimestre de 2007 contra R$ 581,4 bilhões no mesmo período de 2006. Nessa mesma base de comparação, a poupança bruta atingiu R$ 125,4 bilhões, contra R$ 119,4 bilhões no ano passado. No acumulado de 2007, a renda nacional bruta alcançou R$ 1.839,6 bilhões; e a poupança bruta, R$ 350,6 bilhões.

 

 

 

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1Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME/IBGE).

2 Segundo a nota para imprensa “Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro”.