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Produção Industrial cresce 2,8% em outubro

Em outubro de 2007, a produção industrial cresceu 2,8% frente a setembro, na série com ajuste sazonal

05/12/2007 07h01 | Atualizado em 05/12/2007 07h01

Em outubro de 2007, a produção industrial cresceu 2,8% frente a setembr o, na série com ajuste sazonal. O resultado de outubro compensou a queda de 0,6% observada no mês anterior e, sobretudo, levou a produção industrial ao maior acréscimo na comparação com o mês anterior desde setembro de 2003 (4,6%). Em relação a outubro de 2006, a Indústria cresceu 10,3%, registrando a taxa mais elevada desde agosto de 2004 ( 13,3% ). O indicador acumulado janeiro-outubro ficou em 5,9%, superior ao acumulado até setembro (5,4%). O acumulado nos últimos doze meses passou de 4,8% em setembro para 5,3% em outubro.

 

No comparativo outubro/setembro (2,8%), o aumento no nível de produção teve perfi l generalizado, alcançando 20 dos 27 ramos pesquisados e todas as categorias de uso. A expansão na produção foi mais intensa no setor de bens intermediários (2,7%), que registrou seu maior incremento desde setembro de 2003 (3,2%). Os resultados nas demais categorias foram: 1,8% em bens de ca pital, que acumula uma expansão de 6,5% nos últimos três meses ; 1,4% em bens de consumo duráveis, que ass inala taxa positiva após estabilidade em setembro (-0,2%); e 1,3% em bens de consumo semi e não duráveis que reverte queda de 0,5% registrada no mês anterior. No corte por ramos industria is, a maior contribuição na média global veio de veícu los automotores (7,0%), seguido pela celulose e papel (8,8%); outros produtos químicos (4,8%); máquinas para escritório e equipamentos de informática (16,4%); máquinas e equipamentos (3,3%); e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,9%).

A ampliação do consumo doméstico, beneficiada pelas boas condições de crédito, o crescimento no investimento, aumentando a capacidade produtiva, e o dinamismo das vendas externas, apoiado principalmente na maior exportação de commodities, vêm sustentando o desempenho industrial, levando a produção de outubro ao maior acréscimo na comparação com o mês anterior desde setembro de 2003 (4,6%). Em outubro, a série de índices ajustados sazonalmente alcançou nível recorde para o total da indústria, 2,3% acima do ponto máximo anterior registrado em agosto último. A produção em outubro também é a maior da série histórica nos segmentos de bens de capital, bens intermediários e bens de consumo duráveis.

Em relação a outubro de 2006 , o aumento na produção industrial (10,3%) também teve perfil generalizado, uma vez que alcançou 23 das 27 atividades investigadas e todas as categorias de uso. Ainda em outubro, vale mencionar a diferença de um dia útil a mais nesse ano frente a igual mês do ano passado. As maiores pressões no resultado global foram verificadas nas indústrias de veículos automotores (29,5%); máquinas e equipamentos (19,9%); alimentos (6,5%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (24,8%); refino de petróleo e produção de álcool (10,7%); outros produtos químicos (6,9%); borracha e plástico (12,6%); e máquinas para escritório e equipamentos de informática (22,7%). Nesses ramos, destacam-se, como os principais impactos, não só itens tipicamente associados ao segmento de bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos, mas também alguns relacionados ao segmento de bens de capital (centros de usinagem, caminhões, transformadores e computadores) e ao de bens intermediários (açúcar cristal, herbicidas e autopeças).

Ainda na comparação outubro 07/outubro 06, bens de capital (26,8%) e bens de consumo duráveis (18,2%) registraram ritmo bem acima da média global da indústria (10,3%). No primeiro segmento observa-se uma ampliação no ritmo de crescimento dos vários subsetores, sinalizando um aumento generalizado dos investimentos. Os índices dos subsetores de bens de capital mostraram avanço de dois dígitos, com destaque para equipamentos de transporte (30,1%), bens de capital de uso misto (20,2%), para energia elétrica (52,6%) e para fins industriais (13,2%). Já no setor de bens de consumo duráveis, além do avanço já citado da indústria automobilística (26,1%), a produção de eletrodomésticos cresceu 13,9%, refletindo a performance favorável dos eletrodomésticos da “linha marrom” (12,2%), da “linha branca” (15,6%) e outros eletrodomésticos (15,4%).

Nessa mesma comparação, a produção de bens intermediários avançou 8,8% e registrou o melhor resultado desde agosto de 2004 (11,4%) com aumento em todas as suas subcategorias, à exceção de combustíveis e lubrificantes básicos (-5,3%), cuja queda é justificada por paralisações técnicas em algumas plataformas de extração de petróleo. Entre os grupamentos com taxas positivas, destaca-se o de insumos industriais elaborados (6,3%), pressionado positivamente pelo crescimento na produção de herbicidas, celulose, cimento, peças para automóveis e tintas e vernizes para construção. O grupamento de embalagens mostrou acréscimo de 4,9% e a produção de insumos para construção avançou 10,2%. Já no segmento de bens de consumo semi e não duráveis, que cresceu 5,9%, predominam os avanços de dois dígitos em carburantes (16,2%) e em semiduráveis (11,4%). Este último segmento não registrava acréscimo de dois dígitos desde junho de 2004 (10,5%). Vale destacar ainda, o resultado de maior impacto para este segmento: alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (5,2%), influenciado pela maior produção de cervejas e chope, refrigerantes, suco de laranja e carnes de aves congeladas.

O indicador acumulado para o período janeiro-outubro atingiu 5,9%, apoiado no crescimento de 22 atividades, com veículos automotores (14,3%) liderando a expansão global, sustentado pela maior produção de automóveis, autopeças e caminhões, seguido de máquinas e equipamentos (17,6%). Por outro lado, material eletrônico e equipamentos de comunicações (-3,8%), ainda pressionado pela redução do item televisores, e fumo (-8,2%) registraram os maiores impactos negativos na formação da taxa global.

Os índices por categorias de uso confirmam o maior dinamismo dos setores produtores de bens de capital (18,8%) e de bens de consumo duráveis (8,7%), padrão que vem marcando a dinâmica industrial desde a segunda metade do ano passado. Abaixo do ritmo da indústria geral (5,9%) crescem as categorias de bens intermediários (4,7%) e bens de consumo semi e não duráveis (3,4%).

* as tabelas completas, com todas as informações, sobre a Produção Industrial, podem ser encontradas no portal do IBGE (www.ibge.gov.br)