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IBGE divulga as Contas Regionais 2002-2005

O Amazonas foi o estado de maior variação do volume do PIB de 2005 em relação a 2004(10,2%), enquanto Paraná (-0,1%) e RS (-2,8%) tiveram quedas.

26/11/2007 08h01 | Atualizado em 26/11/2007 08h01

O Amazonas foi o estado de maior variação do volume do PIB de 2005 em relação a 2004(10,2%), enquanto Paraná (-0,1%) e RS (-2,8%) tiveram quedas. As regiões Sudeste e o Centro-oeste elevaram sua participação na economia do País, que continua concentrada: sete estados (SP, RJ, MG, RS, PR BA e SC) representam mais de 75% do PIB do Brasil.
O Distrito Federal continua com o maior PIB
per capita mas, na nova série, São Paulo tomou do Rio de Janeiro a segunda posição neste ranking. Essas são algumas das informações das Contas Regionais 2002-2005, do IBGE.

As Contas Regionais de 2005, divulgadas pelo IBGE em parceria com os governos estaduais e a SUFRAMA, replicaram em nível regional as grandes mudanças nas Contas Nacionais divulgadas em março e novembro de 2007. A principal revisão de procedimentos foi à introdução dos dados provenientes das pesquisas estruturais anuais do IBGE ( PIA , PAC, PAS e PAIC) no cálculo do PIB dos estados.

Na nova série, o Centro Oeste e o Sudeste elevam suas participações no PIB do país

Os resultados da nova série mostram que, em 2002, em relação à série anterior (1985 como ano de referência ), o Centro-Oeste (de 7,4% para 8,8%) e o Sudeste (de 56,3% para 56,7%) elevaram sua participação no PIB brasileiro. Nas demais regiões, houve quedas, como mostra a tabela abaixo.

No caso da região Centro-oeste apenas a participação do Mato Grosso do Sul (-0,1%) caiu em 2002. Já os estados de Mato Grosso (0,1%), Goiás (0,2%) e Distrito Federal (1,1%) cresceram suas participações. A participação do DF foi a que mais avançou: de 2,7% para 3,8% do PIB.

Na região Norte, Pará, Rondônia e Amazonas tiveram queda nas participações (-0,2%, -0,01% e -0,4%, respectivamente), enquanto no Acre (0,03%), em Roraima (0,05%), no Amapá (0,01%) e no Tocantins (0,12%, o maior crescimento) houve ganhos .

No Nordeste, Maranhão (0,2%), Piauí (0,04%), Ceará (0,16%) e Alagoas (0,1%) melhoram suas participações em relação à série anterior. Já Rio Grande do Norte (-0,04%), Paraíba (-0,2%), Sergipe (-0,07%) Pernambuco (-0,3%) e Bahia (-0,5%) perderam participação.

No Sudeste, São Paulo mudou de patamar, ficando 2% acima dos resultados anteriores (de 32,6%, referência 1985, passa para 34,6%, referência 2002), mas mostra a mesma tendência de queda registrada na série anterior, refletindo a nova estrutura econômica brasileira, onde os setores produtores de bens têm queda de participação e o setor de serviços mostra uma maior predominância. A participação do Rio de Janeiro caiu 1%. Já o Espírito Santo ficou no mesmo patamar da série anterior, em torno de 1,8%. Minas Gerais teve uma queda de participação em torno de 0,6% ( em 2002 de 9,3% para 8,6% no mesmo ano , na série nova ).

Na região Sul , Santa Catarina e Paraná praticamente mantiveram as mesmas participações no PIB. Já o Rio Grande do Sul perdeu, na comparação, em torno de 1%.

Sete estados concentram mais de 75% da economia do País

A soma das participações dos sete maiores estados na economia brasileira atingiu 75,9%, em 2002 e reduziu-se para 75,2% em 2005 (tabela abaixo). Entre 2002 e 2005, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os que mais perdem participação, embora São Paulo tenha se recuperado ligeiramente em 2005, sem retornar ao patamar de 2002. Já o RS se ressente, em 2004 e, principalmente em 2005, de uma forte seca conjugada com a queda de preços dos grãos, que também atingiu o Paraná, em 2005.

Santa Catarina se aproximou da Bahia na nova série, principalmente pela perda de participação da Bahia no PIB brasileiro. O Distrito Federal passa a ser o 8º e se aproxima também de Santa Catarina, ambos têm uma estrutura econômica totalmente distinta: Santa Catarina tem quase 43% de sua economia gerando bens, 8% na agropecuária e 34% no setor industrial, mas o Distrito Federal é 94% voltado aos serviços.

Goiás (9º), Pernambuco (10º) e Espírito Santo (11º) vêm a seguir, sendo que os dois primeiros quase com o mesmo valor nominal. Em Goiás é grande o peso da agropecuária (13,4%) mas o da indústria (26%) é maior. PE tem o setor de serviços pesando em torno de 70% e, como todos os estados do Norte e Nordeste, depende muito da administração pública (em torno de 23% em 2005).

Ceará (12º), Pará (13º) e Mato Grosso (14º), também estão muito próximos. No Ceará os serviços têm peso em torno de 71%, mas a industria tem sua importância (cerca de 22%), e 66% dela estão ligados aos setores de couro, têxteis e alimentos . No Pará, a indústria alavanca a economia, principalmente a extração de minério (8%) e indústria de transformação (13%), mas a metalurgia, alimentos e bebidas, juntamente com madeira representam 65% da indústria paraense.

Mato Grosso continua tendo o maior crescimento, em volume, e a nova série captou os efeitos econômicos do avanço da fronteira agrícola, em conjunto com a indústria de transformação. A agropecuária representa cerca de 32% da economia mato-grossense, e a indústria de transformação, 11%, naturalmente voltada para a produção de alimentos e bebidas (62,4%), seguido da madeira (10,4%).

O Amazonas (15º) foi um dos mais afetados pela introdução de novos procedimentos das contas regionais. Com a Pesquisa Anual da Indústria (PIA), o setor industrial passou a ser medido da mesma forma que os demais estados . Isso não ocorria na série anterior, que utilizava indicadores indiretos, impróprios para captar a evolução dos custos e despesas (consumo intermediário). Na série anterior a indústria de transformação pesava cerca 50% da economia do estado, e caiu para 37% na nova série, fazendo com que setores de serviços ganhem espaço, principalmente comércio (de 5% para 10%); aluguel e serviços prestados às empresas (de 3,2% para 9,7%); e Administração Pública (de 10% para 15%). A indústria amazonense está estruturada com alimentos e bebidas 16,4%, material eletrônico 26,3%, duas rodas 15,6%, maquinas e equipamentos 6,6% e artefatos de borracha e plásticos (garrafas peth) 5,9%, em 2005.

 

O Maranhão (16º) manteve-se distante tanto do Amazonas quanto para do MS, e melhorou sua posição na nova série do PIB, com destaque para o comércio (de 7% e passa para 14%) e os transportes (de 5% para 8%). O setor agrícola maranhense representa 4% da agricultura do País, e só perde, em importância no na região nordeste para a Bahia (7%). Como todo estado nordestino, o setor público ainda tem um peso muito forte ( em torno de 20%) na economia do estado.

No próximo grupo, muito próximos, estão Mato Grosso do Sul (17º), Rio G. do Norte (18º) e Paraíba (19º). A estrutura econômica do MS tem em torno de 20% ligados à agropecuária, além da indústria de transformação (10%), e 54% do setor industrial estão ligados a alimentos e bebidas. Já RN e PB são muito parecidos, exceto pela produção de petróleo, que faz do RN o segundo maior produtor do Brasil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro . Na indústria do RN, o peso dos setores alimentos, bebidas, têxtil e vestuário é de 63%. O setor têxtil e vestuário, como em outros estados do Nordeste, se ressentiu da concorrência dos produtos chineses. Na Paraíba, a indústria de transformação está ligada aos setores têxteis, vestuário e couro (45%) e alimentos e bebidas 15,8%.

Alagoas (20º), Sergipe (21º), Rondônia (22º) e Piauí (23º) também estão muito próximos. Alagoas tem uma estrutura agrícola semelhante às do RN e PB, e 50% de sua indústria são voltados ao setor de alimentos e bebidas, sendo outro setor importante para o estado a produção química (30%). Logo atrás vem Sergipe, onde a atividade industrial representa 34% da economia: 4% na extração de petróleo, 11% na indústria de transformação, 12% na geração e distribuição de energia elétrica e 7% construção, lembrando que hidrelétrica de Xingó pertence ao estado.

Rondônia, que nos últimos anos vem se destacando na pecuária e também na produção de grãos, teve nesta nova leitura, uma atualização importante no seu perfil econômico. Na série anterior, a atividade industrial tinha peso maior que a agropecuária (30,6% contra 12,6% em 2004). Nesta nova série, a agropecuária (20%) tem peso maior que a industrial (14%), mostrando um importante no avanço da fronteira agrícola e no rebanho nacional.

Tocantins (24º), pela primeira vez teve o PIB obtido diretamente através de uma pesquisa, já que foi criado em 1989, após o último censo econômico realizado pelo IBGE. No Tocantins, ainda em expansão, o peso do setor da construção é maior dentre todos os estados (16%).

Acre (25º) e Amapá (26º) estão muito próximos. São antigos territórios, com muita dependência do setor público, assim como Roraima (27%), o menor PIB. Em Roraima e no Amapá, quase 50% da economia estão ligados ao setor público mas, em ambos esse setor perdeu peso, na nova série.

Distrito Federal continua com o maior PIB per capita do País

O maior PIB per capita continua sendo o do Distrito Federal (R$ 34.510) que, em 2005, na série anterior, representava duas vezes a média brasileira e passou para 2,9 vezes na nova série. O segundo maior passa a ser São Paulo (R$ 17.977), ultrapassando o Rio de Janeiro, agora em 3º (R$ 16.052).

Os demais estados com PIB per capita acima da média do Brasil são: Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso, RS e Paraná. O PIB per capita do Amazonas, na nova série, ficou abaixo da média.

Também na nova série, Maranhão (R$ 4.150) agora é o 26º, e o Piauí (R$ 3.700) o 27º, trocando as suas posição na série anterior. Esses dois estados, no entanto, se aproximaram mais da média brasileira. Os maiores avanços em relação ao PIB per capita do País foram no Distrito Federal, Tocantins, Roraima e Maranhão.

Amazonas lidera em volume (10,2%), mas Paraná (-0,1%) e RS (-2,8%) tiveram quedas

O Amazonas teve o melhor desempenho, em 2005, com 10,2% de crescimento em volume do PIB em relação ao ano anterior, impulsionado pela indústria de transformação (11%), comércio e serviços de manutenção e reparação (15,7%), indústria da construção (5,7%), transporte, armazenagem e correio (13,6%) e atividade imobiliária e de aluguel (12,2%). Na indústria de transformação, destaca-se o segmento de material eletrônico e equipamentos de comunicação que participa com 27% do volume e cresceu 23,1%, devido, sobretudo, à boa performance de telefones celulares e televisores.

Maranhão, Tocantins e Acre cresceram 7,3%. No Maranhão, o comércio e serviços de manutenção e reparação cresceu 15,1% em volume, impulsionado pelo aumento nas vendas no comércio varejista de 23%. Tocantins e Acre foram influenciados pela agricultura, silvicultura e exploração florestal com 19,4% e 7,7%, respectivamente, entre 2004 e 2005. No Acre, os serviços de informação também apresentam bons resultados, crescendo 26,1%.

 

Sergipe está em sexto lugar no ranking de crescimento do PIB (5,5%). Os destaques foram a Pecuária e Pesca (15,7%), devido ao aumento no efetivo de bovinos e na produção de leite (22%). A Produção e distribuição de eletricidade e gás, água e limpeza urbana cresceu 11,3%, com o aumento da geração de energia da Hidrelétrica de Xingó (12%). Já o segmento Comércio e serviços de manutenção e reparação cresceu 10,9%, principalmente devido a Hipermercados e Combustíveis (28%). Os decréscimos foram em Serviços de Informação (-8,5%) com queda de 21% na Telefonia Fixa devido a maior procura por outros meios de comunicação e Transporte Rodoviário (-11%) que por ser a modalidade mais significativa do estado influenciou no resultado final dos Transportes (-4,3%).

O Distrito Federal cresceu 5,1%. O setor de Comércio e serviços de manutenção e reparação cresceu 8,5% como os desempenhos de móveis e eletroeletrônicos (24%) e Hipermercados , supermercados, produtos alimentícios e fumo (18%). Em 2005 todos os segmentos do comércio cresceram, destacando-se Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (40%) e Móveis e eletroeletrônicos (24%). A Indústria de transformação cresceu 7,8%, e os segmentos com melhores resultados foram alimentos e bebidas (11%) e Edição e impressão (20%). Destacam-se, ainda, as atividades de Construção, Produção e distribuição de eletricidade e gás, esgoto e limpeza urbana, os Serviços de alojamento e alimentação e os Serviços de informação ( altas de 6,6, 4,6, 5,8 e 19,5%, respectivamente). Na contramão vem Transporte, armazenagem e correio (-1%), devido à redução do número de passageiros embarcados no Distrito Federal, que em 2004 crescera 42,6% e, em 2005, caiu 12,8%.

Mato Grosso teve o oitavo maior crescimento em 2005 (5,0%), mas foi o único com queda na posição relativa: da 12º para a 14º. Preços baixos das commodities e a valorização do câmbio afetaram, em especial, as culturas de exportação. Mesmo com resultados positivos na agropecuária (10,9%), o preço interferiu negativamente, o valor adicionado (R$ 10,74 bilhões ) caiu em torno de 8% (R$ 11,66 bilhões ), e o valor adicionado da agropecuária caiu de 35,3%, em 2004, para 32,2%, em 2005.

Alagoas, com crescimento de 4,3% em volume do PIB, sofreu queda no setor de Agricultura, silvicultura e exploração florestal (-5,8%). Condições climáticas adversas reduziram a produção de cana em 9,7%. O setor de serviços (64,3% de todo o valor adicionado de Alagoas) cresceu 5,7%, com destaque para as atividades de Comércio e serviços de manutenção e reparação (9,5%).

O crescimento da economia da Bahia, em 2005, esteve diretamente relacionado ao bom desempenho das atividades de Agricultura, silvicultura e exploração vegetal (15,9%) e da Indústria de transformação (4,8%). O desempenho da Agricultura está atrelado à expansão da fronteira agrícola. Destacaram-se na comparação 2005/2004 as produções de algodão herbáceo (16,8%) resultado que a torna a segunda lavoura mais importante do estado em valor bruto de produção. Os segmentos de celulose e produtos de papel e veículos automotores influenciaram positivamente a indústria de transformação em 2005, alcançando 21% e 31%, respectivamente. No caso da indústria automotiva, a alta deveu-se à adoção do terceiro turno, ainda em fins de 2004, na montadora do estado e na atração de cinco sistemistas ao parque automotivo .

Com o 11º melhor desempenho em 2005, Rondônia cresceu 4,5%. Isso foi um reflexo da alta na agropecuária (7,7%), com os avanços no processamento de carne, leite, grãos e atividades madeireiras no estado. Os Serviços de Informação e os Serviços prestados às empresas cresceram 13,4 e 6,7%, respectivamente, pela expansão do setor de telefonia e dos serviços terceirizados. As atividades de Transporte, armazenamento e correio (7,1) e de Comércio e serviços de manutenção e reparação (7,6%) também se destacaram, tendo o transporte aéreo (12,7%) influenciando positivamente na taxa.

A economia do Piauí, que cresceu 4,5% em 2005, foi impulsionada positivamente pela Administração, saúde e educação públicas (2,1%), pelo Comércio e serviços de manutenção e reparação (4%), devido ao aumento do volume de vendas do comércio varejista (22,5%) entre 2004 e 2005. As atividades que mais contribuíram para a taxa global da economia foram: Atividade imobiliária e de aluguel também (5,8%); a Indústria de transformação (5,4%); e Agricultura, silvicultura e exploração vegetal (24,2%), tendo o cultivo de cereais contribuindo com crescimento de 50% do valor adicionado, destacando-se o aumento na produção do milho (43%) e arroz (34%) e o cultivo da soja com volume de 62% do valor adicionado.

Roraima em 2005 obteve 4,5% de crescimento em volume do PIB, as atividades que mais contribuíram foram a Administração, saúde e educação públicas com crescimento de 4,5% e participa com 48,4% de sua economia, seguida pela atividade de Comércio e serviços de manutenção e reparação com 5,4% e contribuição de 10,9% do total do valor adicionado do estado. O segmento de comércio de veículos e motocicletas (22%) foi o responsável pela expansão da atividade de comércio. Podemos citar, ainda, os serviços de informação (21,4%), cujo crescimento está relacionado à expansão da rede de telefonia móvel no estado; os serviços de alimentação e alojamento (21,8%) em virtude do aumento de 16% do número de estabelecimentos ligados à produção de alimentos e pela expansão, em 20%, do pessoal ocupado por conta própria na atividade.

O Rio Grande do Norte cresceu 4,3%. O Comércio e os Serviços de manutenção e reparação destacaram-se das demais, com uma variação de 14,1% no volume do valor adicionado. Indústria de transformação obteve crescimento de 2,4%, a Construção de 6,7% e Atividade imobiliária e de aluguel, Serviços de informação e Serviços prestados às empresas apresentaram crescimento de 6,4, 6 e 7,2%, respectivamente. Em direção contrária, a Agricultura, silvicultura e exploração florestal com -5,5% de crescimento em função da redução da produção do melão (-4%), principal produto agrícola do Estado e a Indústria extrativa mineral com queda de 5,5% em volume em razão da queda na produção de petróleo.

Espírito Santo apresentou taxa de crescimento do PIB de 4,3%, a agropecuária obteve crescimento de 0,8%, a indústria 2,1% e os serviços 5,6% e somam 8,8, 33,8 e 57,5% do total do valor adicionado do estado, respectivamente. A atividade de Comércio e serviços de manutenção e reparação, que colabora com 13,2% do valor adicionado do Espírito Santo, obteve taxa de volume de 8,2% em 2005.

Goiás, na décima sexta posição, cresceu 4,2%, o mesmo que Pernambuco e Pará. Em Goiás, a Agricultura, silvicultura e exploração florestal contribuiu com 11,4%, mas o valor adicionado da agropecuária caiu 18%, em virtude da queda dos preços das commodities no mercado internacional e valorização cambial. O setor de Comércio e serviços de manutenção e reparação contribuiu com 6,2% de crescimento, a Indústria de transformação contribuiu com 2,7% e o destaque é o segmento de alimentos e bebidas em virtude da maior produção de cervejas e chope pela ampliação nas instalações de grandes plantas industriais do ramo de bebidas. Construção, Serviços de informação e Serviços prestados às empresas também apresentaram crescimento positivo de 5,1, 7,7 e 12,9%, respectivamente.

Pernambuco teve crescimento de 10% na atividade da agropecuária, 0,5% na indústria e 4,4%. no setor de serviços. A agropecuária foi destaque o excelente desempenho da Pecuária e pesca (27,6%) com destaque para a produção de bovinos. Na atividade agrícola, destacam-se os incrementos na produção de cereais (87%). A Indústria de transformação cresceu de 2,6% e as principais influências positivas vieram dos setores de alimentos e bebidas (4,5%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (20,0%). Os serviços foram influenciadas, principalmente, pela performance do Comércio e serviços de manutenção e reparação (7,2%), dos serviços de Transporte, armazenagem e correio (4,4%) e dos Serviços prestados às empresas (8,1%), além dos Serviços de informação (10,1%).

No Pará o crescimento deveu-se às atividade de Comércio e serviços de manutenção e reparação (4,4%), em virtude da alta no volume de vendas do comércio varejista (12%), à Indústria extrativa mineral (8,3%), com especial destaque à produção de minério de ferro (10%), ao Transporte, armazenagem e correio pelo aumento nos modais aéreo (10,4%) e rodoviário (6,5%).

Paraíba e Minas Gerais cresceram a taxa de 4% em 2005 quando comparado a 2004. Com relação à economia paraibana, podemos destacar a indústria de transformação com crescimento de 5,1% em decorrência do crescimento dos segmentos de alimentos e bebidas (9%) e de couro e calçados (15%), o Comércio e serviços de manutenção e reparação com 16,5% em virtude do aumento do volume de vendas do comércio varejista de 28,5% entre 2004 e 2005. A atividade de Agricultura, silvicultura e exploração florestal em função de irregularidades climáticas, registrou queda de volume de 8,5%.

Minas Gerais cresceu 4% em 2005 em virtude do bom desempenho das atividades da Indústria extrativa mineral (11,9%), da Indústria de transformação (3,5%), do Comércio e serviços de manutenção e reparação (4,3%), da Intermediação financeira, seguro e previdência complementar (6,6%) e de Atividades imobiliária e de aluguel (4,8%). Na Indústria de transformação, destaca-se o setor de Alimentos e bebidas (5,6% entre 2004 e 2005). No Comércio, os destaques foram o Comércio varejista de veículos, motocicletas, partes e peças (18%) e o Comércio atacadista, exceto atacadista de combustível (4%).

São Paulo cresceu, em volume do PIB, 3,6%. O setor agropecuário (-3,6%) teve queda, principalmente, pelo aumento do preço de insumos cotados em dólar, afetando principalmente a cultura da soja. A cana-de-açúcar ajudou a amenizar este quadro, com aumento da produção e da área plantada, incorporando novos pontos que eram destinados ao cultivo da laranja e à pecuária de corte. Mesmo com queda na produtividade em relação a 2004, a cana-de-açúcar continua como destaque na agropecuária paulista.

A indústria de São Paulo que, em 2005, cresceu 2% em relação a 2004, respondeu por cerca de 44% do VA de toda indústria brasileira. O volume do setor de serviços também cresceu, com destaque para os prestados às famílias (9,4%), às empresas (6,6%), os de alojamento e alimentação (8,5%) e de intermediação financeira (5,1%). O comércio (2,6%) foi beneficiado pelo aumento do crédito consignado, que propiciou maior acesso de populações de baixa renda a bens de consumo .

Mato Grosso do Sul com o 22ª maior crescimento (3,4%), houve queda na agropecuária (-1,9%) fazendo com que a participação desta atividade no total do valor adicionado do estado caísse de 20,9% em 2004 para 15,3%, em 2005. Principais causas: 700 mil toneladas a menos na produção de grãos, ocasionada pela seca na região sul do estado, a queda do preço internacional da soja e o surgimento de febre aftosa no sul do estado. A Indústria de transformação cresceu 6,7%, destacando-se o segmento de alimentação e bebidas (8,3%), que representa 53,5% deste setor.

No Ceará, o crescimento de 3% em volume do PIB em 2005 sustentou-se no crescimento dos serviços (4,4%), a expansão da atividade fundamentou-se na evolução do Comércio e serviços de manutenção e reparação (8,3%), nos Transportes, armazenagem e correio (3,5%), nos Serviços de alojamento e alimentação (8,4%) e nos Serviços prestados às famílias (7,5%) e às empresas (5,8%).

A Agropecuária cearense cresceu apenas 0,5% devido às chuvas irregulares, os chamados veranicos, o que prejudicaram a produção de grãos nas regiões produtoras. A maior perda de grãos em 2005 foi verificada no milho. A Indústria de transformação caiu 3,1%, mas vale lembrar que a base de comparação, o ano de 2004, era elevada, e os principais segmentos industriais enfrentaram competitividade externa de preços, como no caso de: calçados e artigos de couro (-8%), têxtil (-5%) por conta da menor fabricação de tecidas de algodão e de malha de fibras artificiais e alimentos e bebidas (-2%) explicado pelo recuo em castanha de caju beneficiada, biscoitos e bolachas.

O Rio de Janeiro teve crescimento do PIB de 2,9%, com destaque para indústria extrativa mineral (14,2%), serviços prestados às empresas (8,3%), intermediação financeira, seguros e previdência complementar (5,8%), comércio e serviços de manutenção e reparação (2,7%) e comércio em hipermercados e supermercados (3,6%). Estes últimos representam 21% da atividade de comércio. A indústria de transformação fluminense teve queda de 2,1%, graças ao fraco desempenho dos seguintes gêneros industriais: borracha e plástico (-25,8%), perfumaria e produtos de limpeza (-13,9%) e metalurgia básica (-7,2%). Entre os gêneros com crescimentos positivos estão: têxteis (15,9%), veículos automotores (14,9%), minerais não-metálicos (14,9%) e alimentos e bebidas (10,4%).

Santa Catarina, em 2005, cresceu 1,6%, em decorrência de grande estiagem prejudicando a agropecuária (-3,3%), predominantemente na Agricultura (-8,8%), bem como o embargo à carne suína. A Indústria de transformação obteve crescimento em volume próximo à zero (0,2%), influenciado por crise na indústria de artigos do vestuário e acessórios (-12%). Os serviços apresentaram crescimento de 2,8% e representam 57,7% da economia, destacam-se as atividades de Comércio e serviços de manutenção e reparação com 14,8% do valor adicionado do estado e crescimento de 2,5% entre 2004 e 2005.

Paraná (-0,1%) e Rio Grande do Sul (-2,8%) apresentaram, em 2005, queda em volume do PIB. O Paraná teve como principal responsável de queda a agricultura , silvicultura e exploração vegetal (-9,2%), que sofreu com a estiagem. As culturas de soja e milho caíram (-7% e -23%, respectivamente), e como representam 44% da atividade, respondem por parte do resultado final verificado. A redução da renda agrícola influenciou o restante da economia, com variações de -0,1%, na industria, e 1,5%, para serviços.

No Rio Grande do Sul, destacam-se a queda da Agropecuária (-17,3%), da Indústria de transformação
(-4,2%) e a estagnação do setor de Serviços em geral (0,2%). A análise do comportamento setorial da economia gaúcha, mostra que as lavouras registraram uma redução na produção de aproximadamente 25,3%, com decréscimos para soja (-55,9%), milho (-56,0%) e cana-de-açúcar (-11,4%), entre outros. A indústria de transformação do estado (-4,2%) encontra-se vinculada ao setor agrícola, com os segmentos de máquinas e equipamentos (-19,1%); peças e acessórios (-2,4%); produtos de metal (-0,5%) e ainda a indústria química (-5,8%). Quando somados, representam 39,4% da indústria de transformação.