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Em agosto, indústria cresceu em 10 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE

De julho para agosto de 2007, a produção industrial cresceu em dez dos quatorze locais pesquisados, na série ajustada sazonalmente. Os estados do Amazonas (7,5%) e Espírito Santo (6,4%) assinalaram as variações mais acentuadas.

09/10/2007 06h31 | Atualizado em 09/10/2007 06h31

De julho para agosto de 2007, a produção industrial cresceu em dez dos quatorze locais pesquisados, na série ajustada sazonalmente. Os estados do Amazonas (7,5%) e Espírito Santo (6,4%) assinala ra m as variações mais acentuadas. São Paulo (0,4%), parque fabril de maior peso no país, registrou taxa positiva mas abaixo da média nacional (1,3%). Os demais locais com aumento na produção são: Pernambuco (1,5%), Goiás (1,3%), Santa Catarina (1,1%), Minas Gerais (1,1%), Ceará (0,7%), Pará (0,4%) e Paraná (0,2%). Ainda na passagem de julho para agosto, a atividade industrial no Rio de Janeiro ficou estável (0,0%) e o Rio Grande do Sul (-0,2%), região Nordeste (-0,2) e Bahia (-2,6%) apontaram queda.

No confronto agosto 07/ agosto 06 , que para o total do país ficou em 6,6%%, os índices regionais foram predominantemente positivos, atingindo doze dos quatorze locais pesquisados. Espírito Santo (22,1%), Amazonas (12,2%), Minas Gerais (10,3%), Santa Catarina (7,4%) e Paraná (6,7%) registraram aumento acima da média nacional. Com crescimento abaixo da média, figuram: São Paulo e Rio Grande do Sul (ambos com 6,0%), Pernambuco (5,2%), região Nordeste (2,2%) Pará (1,4%) Bahia (0,8%) e Rio de Janeiro (0,2%). Em queda, encontram-se as indústrias de Goiás (-0,2%) e Ceará (-0,8%).

No indicador acumulado no período janeiro-agosto , à exceção do Ceará (-0,4%) que registrou o único resultado negativo, todos os locais apresentaram acréscimo na produção. Minas Gerais (8,7%), Rio Grande do Sul (8,1%), Paraná (7,3%), Espírito Santo (6,8%) e Pernambuco (5,9%) cresceram em ritmo acima da média nacional (5,3%), respondendo não só a uma demanda interna significativa (indústrias automobilística e de alimentos), mas também à manutenção do dinamismo de produtos tipicamente de exportação e à recuperação do setor agrícola. Com avanço na produção, encontram-se ainda: Santa Catarina (5,2%), São Paulo (4,7%), Pará (3,0%), região Nordeste (2,5%), Amazonas e Rio de Janeiro (ambos com 1,8%), Bahia (1,3%) e Goiás (1,1%).

Segundo o índice de média móvel trimestral , a indústria nacional cresce desde agosto de 2006, acumulando expansão de 6,9% nesse período. Acompanhando esse movimento, doze dos quatorze locais também mostram saldo positivo nessa comparação, com Minas Gerais (11,6%), Espírito Santo (10,3%), Paraná (7,5%) e Rio Grande do Sul (7,3%) apontando trajetória de expansão mais vigorosa, enquanto Goiás (-1,9%) e Ceará (-1,0%) são os dois únicos locais com perdas.

Para o total do país observou -se aumento no ritmo de crescimento na passagem do primeiro semestre de 2007 (4,8%) para o bimestre julho-agosto (6,7%), ambas as comparações contra iguais períodos de 2006. Essa aceleração atingiu oito das quatorze regiões investigadas, sendo mais acentuada no Espírito Santo, cujo índice passa de 4,3% para 14,2%, e no Amazonas (de 0,1% para 6,7%). Por outro lado, a maior perda entre os dois períodos ocorreu no Ceará (de 0,5% para –2,7%), pressionado, principalmente, pelos setores têxtil e de alimentos e bebidas, que têm maior participação na estrutura fabril cearense.

AMAZONAS

A produção industrial do Amazonas , em agosto, assinalou crescimento na com paração com o mês anterior (7,5%), na série livre de influências sazonais, após queda de 1,4% em julho. Em relação a igual mês do ano passado, a expansão foi de 12,2%, maior resultado desde fevereiro de 2006 (16,6%). Com isso, o indicador acumulado no ano passou de uma variação praticamente nula em julho (0,2%) para um acréscimo de 1,8 % em agosto. O acumulado nos últimos doze meses, que já mostrava redução no ritmo de queda des de abril, voltou a apresentar resultado positivo (0,5%), o que não ocorria desde junho do ano passado (0,9%).

Na comparação com agosto de 2006, seis dos onze segmentos registraram taxas positivas, mas a expansão de 12,2% foi determinada, sobretudo, pelo crescimento de dois dígitos de outros equipamentos de transporte (21,7%), alimentos e bebidas (19,6%), edição e impressão (86,3%) e máquinas e equipamentos (68,4%). Nestes setores destacam-se o avanço na fabricação de motocicletas, impulsionado em grande parte pelo mercado interno; preparações em xarope para elaboração de bebidas; DVDs; e fornos de microondas, respectivamente. Por outro lado, a pressão negativa mais relevante foi exercida por material eletrônico e equipamentos de comunicações (-2,7%) que, ainda assim, assinala seu melhor resultado desde março de 2006 (13,7%).

No indicador acumulado no ano (1,8%), frente a igual período de 2006, seis dos onze ramos apresentaram avanço na produção, com as contribuições mais significativas vindo de alimentos e bebidas (20,1%), edição e impressão (74,3%), outros equipamentos de transporte (17,2%) e máquinas e equipamentos (64,6%), sobretudo, em função dos itens: preparações em xarope para elaboração de bebidas; DVDs; motocicletas; e fornos de microondas. Em sentido contrário, material eletrônico e equipamentos de comunicações (-24,7%) permanece como a principal influência negativa, pressionado, em grande medida, pelo decréscimo na fabricação de telefones celulares.

PARÁ

Em agosto, a indústria do Pará apresentou variação positiva de 0,4% frente ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após crescer 2,3% em julho. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor avançou 1,4%. Os indicadores acumulados, tanto no ano (3,0%) como nos últimos doze meses (6,0%) mostraram crescimento, porém abaixo do observado em julho (3,3% e 7,4%, respectivamente).

O acréscimo de 1,4%, frente a igual mês do ano anterior, na indústria paraense foi influenciado, sobretudo, pelo desempenho da extrativa (10,1%), uma vez que a indústria de transformação prossegue assinalando perda (-5,7%). No primeiro segmento, sobressai o aumento na extração de minérios de ferro. Na indústria de transformação, três atividades também apontaram avanço, com destaque para o crescimento observado em celulose e papel (30,0%). Entre os dois ramos que registraram taxas negativas, o maior impacto sobre a média global ficou com o setor de alimentos e bebidas (-32,5%), que assinalou recuo, sobretudo, na produção de crustáceos congelados.

No crescimento de 3,0%, no acumulado janeiro-agosto, duas das seis atividades pesquisadas mostraram taxas positivas, com destaque para a performance favorável da indústria extrativa (9,6%), impulsionada sobretudo pela extração de minérios de ferro. Na metalurgia básica (4,5%) sobressai a maior fabricação de óxido de alumínio. Por outro lado, entre as quatro atividades que apontaram recuo na produção, alimentos e bebidas (-16,0%) exerceu a maior contribuição negativa sobre a média global.

NORDESTE

A indústria do Nordeste, em agosto, apresentou variação negativa de 0,2% frente a julho, na série livre dos efeitos sazonais, após três resultados positivos consecutivos, período em que acumulou ganho de 4,0%. Na comparação com igual mês do ano anterior, há um avanço de 2,2%. No indicador acumulado no ano, o setor apontou expansão de 2,5%. O indicador acumulado nos últimos doze meses cresceu 2,7%, ligeiramente abaixo dos 2,9% de julho.

No confronto agosto 07/ agosto 06, a indústria nordestina cresceu 2,2% com taxas positivas em sete dos onze segmentos pesquisados, cabendo ao setor de alimentos e bebidas (6,4%) o principal impacto positivo, seguido por minerais não-metálicos (10,2%) e produtos químicos (2,0%). Nestas atividades, os destaques foram os itens cervejas e chope, café torrado e moído; cimento, garrafas, garrafões e frascos de vidro; polietileno de alta densidade e borracha de estireno-butadieno, respectivamente. Em sentido contrário, as maiores pressões negativas foram observadas em celulose e papel, e em máquinas, aparelhos e materiais elétricos, ambos com uma queda 14,6%.

No indicador acumulado janeiro-agosto (2,5%), seis dos onze segmentos pesquisados apontaram avanço na produção, com destaque para a contribuição positiva vinda de alimentos e bebidas (8,6%), influenciado principalmente pelo acréscimo na fabricação de refrigerantes e açúcar cristal. Também vale citar os resultados positivos de minerais não-metálicos (9,4%) e de produtos químicos (2,4%), nos quais sobressaem os itens cimento e tintas e vernizes para construção, respectivamente. Por outro lado, as maiores pressões negativas vieram de celulose e papel (-6,1%), devido à diminuição na produção, principalmente, de celulose; e da indústria extrativa (-2,9%), por conta do recuo na extração de petróleo.

CEARÁ

Em agosto, a produção industrial do Ceará ajustada sazonalmente avançou 0,7% em relação ao mês imediatamente anterior, revertendo parcialmente o forte recuo observado no mês anterior (-5,0%). Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, o indicador mensal (-0,8%) e acumulado no ano (-0,4%) apontaram queda. O indicador acumulado nos últimos doze meses registrou expansão de 2,7%, mantendo a trajetória descendente desde janeiro (7,0%).

No indicador mensal, a indústria cearense apresentou decréscimo de 0,8%, com resultados negativos em seis dos dez ramos pesquisados, cabendo ao setor têxtil (-9,9%), por conta da menor fabricação de fios e tecidos de algodão, a principal influência negativa. Vale citar ainda, máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-50,2%), em função da queda na produção de transformadores; e vestuário (-17,5%), em razão da redução da fabricação de calças compridas e vestuário para uso profissional. Por outro lado, o maior impacto positivo foi assinalado por calçados e artigos de couro (17,8%), em função da maior produção de calçados de plástico e de couro. Também exerceram contribuições positivas relevantes sobre o índice global a metalurgia básica, com crescimento atípico de 229,8%, explicado por uma base de comparação baixa, devido a paralisação para reforma em importante empresa do setor em agosto de 2006; e produtos químicos (14,6%), impulsionado pelos itens vacinas e tintas e vernizes.

O indicador acumulado no ano mostrou variação negativa de 0,4%, com quedas em cinco das dez atividades pesquisadas. A principal contribuição negativa veio de refino de petróleo e produção de álcool (-35,4%), por conta da menor produção de gasolina e gás liqüefeito de petróleo (GLP); seguido por têxtil (-6,9%), em função da queda da produção de fios e tecidos de algodão; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-27,8%), influenciado pela redução da fabricação de transformadores. Em sentido oposto, os impactos positivos mais significativos foram observados em alimentos e bebidas (7,8%), em razão da maior produção de amendoim e castanha de caju torrados, e refrigerantes; e em produtos químicos (21,0%), em virtude do aumento da fabricação de tintas e vernizes para construção e vacinas veterinárias.

PERNAMBUCO

A produção industrial de Pernambuco, em agosto, ajustada sazonalmente, avançou 1,5% em relação ao mês imediatamente anterior, após recuar 4,4% em julho. Nos confrontos contra iguais períodos de 2006, o indicador mensal (5,2%) e acumulado no ano (5,9%) apresentaram resultados positivos. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses mostrou ligeiro ganho entre julho (5,5%) e agosto (5,8%).

O indicador mensal cresceu 5,2% com quatro das onze atividades pesquisadas assinalando expansão. A maior contribuição positiva veio de produtos químicos (34,0%), influenciado, principalmente, pelo aumento na fabricação de borracha de estireno-butadieno e, em menor medida, pelos avanços nos itens tintas e vernizes para construção e hipocloritos de cálcio. Vale citar também os resultados positivos vindos de minerais não-metálicos (15,4%), em função do incremento na produção de garrafas, garrafões e frascos de vidro para embalagem; e pias, banheiras e bidês de cerâmica; e de borracha e plástico (10,5%), em razão da maior fabricação de filmes de plásticos. Por outro lado, as influências negativas mais relevantes vieram de metalurgia básica (-3,8%) e produtos de metal (-4,0%), pressionados, sobretudo, pela queda na produção de vergalhões de aço ao carbono, e palha (lã) de aço, respectivamente.

O indicador acumulado no ano apresentou expansão de 5,9%, com crescimento em oito setores industriais. As principais influências positivas vieram de produtos químicos (21,9%), alimentos e bebidas (3,6%) e produtos de metal (11,7%). Estes setores apresentaram, respectivamente, aumentos na produção de tintas e vernizes para construção, e borracha de estireno-butadieno; sorvetes e açúcar cristal; e latas de alumínio para embalagem. Entre os que assinalaram queda, os maiores impactos foram verificados em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,6%) e calçados e artigos de couro (-10,4%), por conta da menor fabricação de pilhas ou baterias elétricas; e couros e peles de bovinos.

BAHIA

Em agosto, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente recuou 2,6% em relação a julho, após crescimento de 4,9% no mês anterior. Nos confrontos contra iguais períodos do ano anterior, os resultados foram positivos: 0,8% em relação a agosto de 2006 e 1,3% no acumulado no ano. O índice acumulado nos últimos doze meses registrou 1,2%, repetindo o resultado de julho.

O indicador mensal (0,8%) mostrou taxas positivas em quatro dos nove setores pesquisados. A principal contribuição positiva veio de alimentos e bebidas (14,8%), por conta, sobretudo da maior produção de cerveja e chope, óleo de soja refinado e leite em pó. Vale mencionar também, metalurgia básica (5,6%), em virtude do aumento na fabricação de ouro em barras, e alumínio não-ligado em formas brutas; e borracha e plástico (14,5%), em função do incremento na produção de garrafões, garrafas, frascos e semelhantes de plástico, inclusive embalagens PET; e embalagens de plástico para produtos alimentícios. Por outro lado, a maior influência negativa foi assinalada por celulose e papel (-17,3%), pressionada, principalmente, pelo recuo na produção de papel não revestido e celulose.

O indicador acumulado no ano avançou 1,3%, com resultado positivo em cinco das nove atividades fabris, cabendo a alimentos e bebidas (13,0%) a maior contribuição positiva. Neste segmento, o principal destaque ficou com os itens farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja, e óleo de soja em bruto. Outros impactos positivos relevantes vieram de produtos químicos (1,3%) e borracha e plástico (13,5%), devido, respectivamente, a maior fabricação de policloreto de vinila (PVC) e embalagens de plástico para produtos alimentícios. Em sentido contrário, os principais recuos foram observados em celulose e papel (-6,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,6%), decorrentes, respectivamente, da redução na produção de celulose, e naftas.

MINAS GERAIS

A produção industrial de Minas Gerais avançou 1,1%, na passagem de julho para agosto de 2007, já descontadas as influências sazonais. Foi o quarto resultado positivo consecutivo e nesse período o crescimento acumulado foi de 4,4%. Na comparação com agosto de 2006, a taxa foi positiva (10,3%) e no acumulado no período janeiro-agosto houve expansão de 8,7%. O indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou aceleração do ritmo de crescimento na passagem de julho (7,0%) para agosto (7,5%).

A expansão de 10,3% no indicador mensal refletiu os avanços das indústrias extrativas (12,4%) e de transformação (9,9%). Nesta última, dez das doze atividades pesquisadas mostraram crescimento, com os principais destaques sendo observados em veículos automotores (23,9%), máquinas e equipamentos (43,1%) e produtos de metal (23,1%). Nestes segmentos, sobressaem os itens: automóveis; escavadeiras e motoniveladores; e estruturas de ferro e aço. Por outro lado, metalurgia básica, com retração de 0,5%, assinalou a principal influência negativa.

O indicador acumulado nos oito primeiros meses do ano mostrou crescimento de 8,7%, com resultados positivos tanto na indústria de transformação (8,5%) como na extrativa (10,1%). Nessa última, que se destaca como a segunda maior contribuição positiva para a média global, sobressai o desempenho de minérios de ferro. Na indústria de transformação, dez das doze atividades pesquisadas apresentaram crescimento, destacando-se: veículos automotores (19,1%), máquinas e equipamentos (23,0%) e produtos de metal (20,0%). Nestes segmentos, as maiores influências vieram dos itens: automóveis; eletro-portátil doméstico e motoniveladores; e estruturas de ferro e aço. Entre os ramos em queda, destacaram-se minerais não-metálicos (-1,4%) e fumo (-3,0%), devido à diminuição na fabricação de cimento e cigarros.

ESPÍRITO SANTO

Em agosto, a produção industrial do Espírito Santo avançou 6,4% frente a julho, na série livre de influências sazonais, quarta taxa positiva consecutiva, acumulando 15,0% nesse período. No confronto agosto 07/agosto 06, a indústria capixaba avançou 22,1%, vigésimo resultado positivo consecutivo. Com isso, o indicador acumulado passa de 4,6% em julho para 6,8% em agosto. O indicador acumulado nos últimos doze meses, também mostrou maior ritmo em agosto (8,1%) frente a julho (6,4%).

Na comparação com agosto de 2006, a produção industrial cresceu 22,1%, ficando ligeiramente abaixo da indústria de transformação (25,2%). A indústria extrativa assinalou 15,7% de expansão, impulsionada pela maior produção de óleos brutos de petróleo e minérios de ferro, reflexo do dinamismo nas exportações de bens básicos. Na indústria de transformação, o maior impacto sobre o índice global veio de celulose e papel (52,2%), influenciado pela produção de pastas de celulose, onde a elevada taxa se justifica pela comparação com uma base baixa, decorrente da parada para manutenção em agosto do ano passado em grande empresa no setor. Também merece destaque o desempenho da metalurgia básica (23,2%), por conta da maior produção de lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço. O único ramo que apontou redução na produção foi minerais não-metálicos (-1,6%), refletindo a queda da produção de ladrilho e placa cerâmica e mármore.

O indicador acumulado nos oito primeiros meses do ano cresceu 6,8%, frente ao mesmo período do ano passado, com destaque para o impacto positivo da indústria extrativa (15,7%) na composição da taxa global. Vale citar também os setores de alimentos e bebidas (13,1%) e de celulose e papel (2,8%), influenciados pelos itens bombons de cacau e celulose, respectivamente.

RIO DE JANEIRO

O desempenho industrial do Rio de Janeiro ficou estável na passagem de julho para agosto, na série com ajustamento sazonal, após assinalar três taxas negativas consecutivas, acumulando nesse período perda de 2,3%. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor registrou taxa próxima à estabilidade (0,2%). Com isso, o indicador acumulado nos oito primeiros meses do ano ficou em 1,8%, ligeiramente abaixo dos índices de junho (2,3%) e de julho (2,0%). O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 1,0%, repetiu o resultado de julho.

No indicador mensal (0,2%), apenas cinco das treze atividades pesquisadas mostraram expansão. O principal destaque vem de veículos automotores (28,9%), que pelo quinto mês consecutivo aponta taxas de dois dígitos. Neste segmento sobressai a maior fabricação de caminhões, favorecida não só pela recuperação do setor agrícola, mas também pela maior demanda do mercado externo. Os ramos de minerais não-metálicos (15,3%) e de borracha e plástico (21,6%) também exerceram contribuições positivas relevantes, impulsionados sobretudo pelos itens massa de concreto e cimento, no primeiro, e pneus, no segundo. Das oito atividades que reduzem a produção, o maior impacto sobre a média global ficou com outros produtos químicos (-15,9%), seguido por alimentos (-7,7%), edição e impressão (-5,2%) e têxtil (-18,4%).

No indicador acumulado janeiro-agosto, frente igual período de 2006, a indústria fluminense cresceu 1,8%, influenciada pelo desempenho favorável da indústria de transformação (2,3%), uma vez que a extrativa (-0,4%) prossegue mostrando queda em 2007. No primeiro segmento, oito dos treze ramos pesquisados apontaram taxas positivas, com a metalurgia básica (14,8%), ainda favorecida pela baixa base de comparação observada nos primeiros meses de 2006, exercendo o principal impacto sobre o índice global. Vale ainda citar as influências positivas de edição e impressão (10,9%) e veículos automotores (12,9%), impulsionados, em grande parte, pela maior fabricação de jornais e caminhões. Entre os cinco ramos com taxas negativas, as principais contribuições vieram de farmacêutica (-14,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (-6,6%), reflexo da maior parte dos produtos em queda no primeiro segmento, e dos recuos na fabricação dos itens gasolina, óleo diesel e óleos lubrificantes básicos, no segundo.

SÃO PAULO

A produção industrial de São Paulo mostrou, em agosto, variação positiva de 0,4% frente ao mês anterior, na série ajustada sazonalmente, após apresentar variação negativa de 0,2% em julho. Na comparação com igual mês do ano passado o crescimento foi de 6,0% e no indicador acumulado no ano o avanço foi de 4,7%. O índice acumulado nos últimos doze meses mostrou ganho de ritmo na passagem de julho (3,6%) para agosto (3,9%).

Em relação a agosto de 2006 (6,0%), a maior parte (17) das vinte atividades pesquisadas contribuiu positivamente para a formação da taxa geral, com os principais destaques, em termos de participação, vindo de máquinas e equipamentos (16,4%), farmacêutica (18,4%) e veículos automotores (6,5%). O avanço observado no primeiro segmento é explicado, principalmente, pela fabricação de máquinas para colheita e carregadoras-transportadoras; no segundo, os destaques foram os medicamentos; e no terceiro, automóveis. Por outro lado, edição e impressão (-7,2%), celulose e papel (-8,9%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,7%) foram responsáveis pelos impactos negativos, influenciados sobretudo pelos recuos assinalados em impressos; celulose; e transformadores.

O indicador acumulado no ano avançou 4,7%, com dezesseis ramos influenciando positivamente este resultado. As principais contribuições positivas vieram de máquinas e equipamentos (15,5%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (13,8%) e farmacêutica (9,9%), pressionados, sobretudo, pelos acréscimos observados em centros de usinagem e máquinas para colheita; telefones celulares e aparelhos de comutação; e medicamentos, respectivamente. Em contraposição, as maiores influências negativas foram exercidas por máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,9%), edição e impressão (-2,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,3%), especialmente devido à redução na fabricação de transformadores; revistas; e gás liqüefeito de petróleo.

PARANÁ

A produção industrial do Paraná avançou 0,2% em agosto frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. Foi o terceiro resultado positivo consecutivo, acumulando no período crescimento de 1,5%. Em relação a agosto de 2006, o índice mensal foi positivo (6,7%). O acumulado nos primeiros oito meses do ano mostrou crescimento de 7,3% e nos últimos doze meses registrou aceleração na passagem de julho (4,5%) para agosto (5,1%).

No índice mensal, a produção paranaense aumentou 6,7%, com nove das quatorze atividades pesquisadas assinalando taxas positivas. A maior contribuição favorável na formação da média global veio de veículos automotores (33,2%), devido o crescimento na produção de caminhões. Também merecem destaque: máquinas e equipamentos (12,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (48,8%). Nestes setores, sobressai o aumento na fabricação dos seguintes itens: máquinas para colheita e tratores agrícolas; e partes e peças de aparelhos para interrupção e cabos de fibras ópticas, respectivamente. Por outro lado, as maiores influências negativas vieram de outros produtos químicos (-10,3%) e minerais não-metálicos (-13,0%), decorrentes, em grande parte, da queda em adubos ou fertilizantes e cimento, respectivamente.

O indicador acumulado nos oito primeiros meses do ano mostrou crescimento de 7,3%, com onze ramos apresentando taxas positivas. As maiores contribuições favoráveis vieram de veículos automotores (20,1%), máquinas e equipamentos (19,1%) e outros produtos químicos (28,8%), devido, em grande parte, a o avanço na produção dos itens: automóveis e caminhões; máquinas para colheita e tratores agrícolas; e adubos ou fertilizantes. Por outro lado, as principais pressões negativas vieram de refino de petróleo (-4,7%)e madeira (-9,1%), com destaque para a queda na fabricação de óleo diesel e gasolina; e madeira compensada e folhas para folheados, respectivamente.

SANTA CATARINA

Em agosto, a produção industrial de Santa Catarina avançou 1,1% frente a julho, na série com ajuste sazonal, após assinalar duas taxas negativas consecutivas, acumulando perda de 2,4% no período. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor cresceu 7,4% e prosseguiu apontando índices positivos desde janeiro deste ano. Com isso, os indicadores acumulados, tanto para os oito primeiros meses do ano (5,2%) como para os últimos doze meses (3,8%), mostraram resultados mais elevados do que no mês anterior (4,9% e 3,3%, respectivamente).

No índice mensal, o acréscimo de 7,4% na média global da indústria catarinense refletiu o comportamento positivo de nove dos onze ramos investigados. A principal influência na formação deste resultado veio de alimentos, expansão de 11,5%, influenciado pela expansão em 75% dos produtos pesquisados, com destaque para os itens carnes e miudezas de aves e produtos de salamaria. Vale citar também as contribuições positivas, embora em menor escala, vindas de veículos automotores (21,4%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (22,3%); borracha e plástico (13,9%) e máquinas e equipamentos (5,2%). Nestes ramos, sobressaem os itens: carrocerias para caminhões e ônibus; motores elétricos; peças e acessórios de plástico para a indústria automobilística; e refrigeradores e congeladores. Por outro lado, os dois únicos desempenhos adversos foram assinalados pelas indústrias têxtil (-1,3%) e de madeira (-3,9%).

A produção acumulada de janeiro-agosto, frente a igual período de 2006, mostrou expansão de 5,2%, com sete dos onze segmentos pesquisados assinalando acréscimo. A liderança, em termos de impacto, permanece com o setor de alimentos (10,1%), influenciado pela maior produção de carnes e miudezas de aves, ainda bastante beneficiado pelo mercado externo. Também vale destacar os avanços observados em máquinas e equipamentos (8,6%); veículos automotores (7,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,7%), apoiados, em grande parte, na maior fabricação de refrigeradores e congeladores; carrocerias para caminhões e ônibus; e motores elétricos. Entre os quatro setores que reduziram a produção, metalurgia básica, com recuo de 1,5%, exerceu o principal impacto na formação do índice geral.

RIO GRANDE DO SUL

Em agosto, a indústria do Rio Grande do Sul registrou variação negativa de 0,2% em relação ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após crescimento de 0,5% em julho. Na comparação com igual mês do ano anterior o crescimento foi de 6,0%. O acumulado nos primeiros oito meses do ano avançou 8,1%, em relação a igual período do ano passado. O indicador acumulado nos últimos doze meses (5,8%) mostrou maior ritmo em relação a julho (5,0%).

No indicador mensal, a indústria gaúcha cresceu 6,0%, influenciada pelos avanços em sete dos quatorze ramos pesquisados. Dentre esses, os maiores impactos positivos vieram de refino de petróleo e produção de álcool (44,6%), máquinas e equipamentos (35,0%) e veículos automotores (30,8%). Nestes segmentos sobressaíram os itens naftas para petroquímica, gasolina; máquina para colheita, ferramentas hidráulicas de motor não elétrico; e eixo, semi-eixo e outras peças para transmissão, respectivamente. Por outro lado, as maiores pressões negativas foram observadas no setor de fumo (-27,7%), devido à menor produção de fumo processado; e edição e impressão (-19,4%), que apresentou redução, sobretudo, na produção de jornais e impressos padronizados.

Na expansão de 8,1% observada no índice acumulado janeiro-agosto, foram preponderantes os desempenhos positivos de nove das quatorze atividades pesquisadas. Os maiores acréscimos no cômputo geral vieram das indústrias de refino de petróleo e produção de álcool (41,4%), máquinas e equipamentos (31,8%) e veículos automotores (29,7%), nas quais sobressaíram os aumentos na produção de gasolina, naftas para petroquímica; ferramentas hidráulicas de motor não elétrico, semeadores; eixo, semi-eixo e outras peças para transmissão e automóveis, respectivamente. Em sentido contrário, as indústrias de calçados e artigos de couro (-10,0%) e fumo (-5,9%) exerceram as maiores pressões negativas, nas quais foram preponderantes as diminuições de calçados de couro; e fumo processado, respectivamente.

GOIÁS

No mês de agosto, a atividade industrial de Goiás cresceu 1,3% frente a julho, na série com ajuste sazonal, após crescimento de 4,2% em julho. No confronto agosto 07/agosto 06, a indústria goiana recuou 0,2%, mostrando o seu quinto resultado negativo consecutivo nessa comparação. Os indicadores acumulados prosseguiram positivos. No acumulado no ano a taxa foi de 1,1% e nos últimos doze meses, de 1,7%.

Na comparação com agosto de 2006, a produção recuou 0,2%, pressionada pela queda em produtos químicos (-23,6%), por conta do recuo na produção de medicamentos e sabões para uso doméstico. Os demais ramos apontaram taxas positivas, com destaque para alimentos e bebidas (2,9%), setor de maior peso na estrutura fabril de Goiás, influenciado sobretudo pelo aumento da produção de maionese.

O indicador acumulado, nestes oito meses do ano, cresceu 1,1% frente ao mesmo período do ano passado, mostrando pouca diferença em relação aos resultados anteriores: junho (1,5%) e julho (1,3%). A expansão de 12,9% na indústria extrativa, impulsionada pelo aumento da produção de amianto, contribuiu com o maior impacto na formação da taxa. Na indústria de transformação (0,1%), o destaque positivo coube a minerais não-metálicos (11,4%), justificado pelo aumento da produção de cimento e painel, ladrilho e telhas de fibrocimento. Por outro lado, os ramos de produtos químicos (-3,7%) e de alimentos e bebidas (-0,6%) pressionaram negativamente.