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Em agosto, produção industrial cresce 1,3%

A produção industrial em agosto apresentou crescimento de 1,3% frente a julho, descontadas as influências sazonais. O resultado foi influenciado pelo crescimento na produção em 17 dos 27 ramos industriais pesquisados pelo IBGE, com destaque ...

04/10/2007 06h31 | Atualizado em 04/10/2007 06h31

A produção industrial em agosto apresentou crescimento de 1,3% frente a julho, descontadas as influências sazonais. O resultado foi influenciado pelo crescimento na produção em 17 dos 27 ramos industriais pesquisados pelo IBGE, com destaque para o setor de alimentos (3,7%), veículos automotores (3,3%), máquinas e equipamentos (3,7%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (6,7%). Em relação ao mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 6,6%, registrando o décimo quarto resultado positivo consecutivo. O acumulado janeiro-agosto apresentou acréscimo de 5,3%, em relação a igual período do ano anterior, e o indicador acumulado nos últimos doze meses manteve trajetória ascendente na passagem de julho (4,2%) para agosto (4,5%).

Após variação negativa de 0,4% no mês anterior, o avanço de 1,3% observado no total da indústria, na passagem de julho para agosto, leva o patamar de produção do setor a atingir nível recorde. Dos vinte e sete ramos, dezessete apresentam crescimento entre julho e agosto, com destaque para o setor de alimentos (3,7%), que compensa a perda acumulada nos dois meses anteriores (- 3,7%). Também se destacam os avanços de veículos automotores (3,3%), máquinas e equipamentos (3,7%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (6,7%). Por outro lado, a principal pressão negativa veio do setor de edição e impressão, com recuo de 4,1% após dois meses de crescimento, período em que acumulou ganho de 6,9%. A indústria farmacêutica também registrou queda de 1,9%.

Ainda na comparação com o mês anterior, bens de capital (4,0%) e de bens de consumo duráveis (2,7%) alcançaram as taxas mais elevadas entre as categorias de uso. Com esse resultado, o setor de bens de capital reverteu a queda de 1,1% registrada no mês passado e bens de consumo duráveis manteve crescimento pelo quarto mês consecutivo, acumulando nesse período ganho de 8,3% . Com avanços abaixo da média nacional (1,3%), bens intermediários (0,9%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,7%) voltaram a mostrar acréscimo.

Setor de bens de capital cresce acima da média industrial

Na comparação agosto2007/agosto 2006, a Indústria cresceu 6,6%, com a maioria (22) dos vinte e sete ramos pesquisados assinalando aumento na produção. O índice resultou, sobretudo, das contribuições de veículos automotores (17,5%); máquinas e equipamentos (18,2%); outros equipamentos de transportes (24,5%) e outros produtos químicos (5,8%). Os itens que se destacaram no desempenho dessas atividades foram, respectivamente: automóveis e autopeças; fornos de microondas e máquinas para colheitas; aviões e motocicletas; e herbicidas e inseticidas. Já a principal pressão negativa veio de fumo (-28,6%), influenciada pelo recuo na fabricação de fumo processado.

Ainda na comparação com agosto de 2006, os índices por categorias de uso confirmaram a liderança de bens de capital (21,0%), com ritmo bem acima da média industrial (6,6%). Este desempenho foi sustentado por bens de capital de transporte (26,2%), para uso misto (8,3%) e para fins industriais (6,5%). Na produção de bens de capital agrícolas (100,8%), a taxa atípica está associada à recuperação do setor agrícola em 2007 e à reduzida base de comparação. A categoria de bens de consumo duráveis (13,0%) foi influenciada basicamente pelo avanço na produção de automóveis (11,0%), celulares (20,6%), eletrodomésticos (12,7%) e motocicletas (22,6%), que respondem a uma demanda interna significativa que, por sua vez, reflete a manutenção das condições favoráveis de crédito e o aumento da massa salarial.

A produção de bens intermediários (4,2%) cresce em ritmo inferior à média da indústria. O principal destaque foi para insumos industriais elaborados (3,3%), influenciado pelos itens herbicidas para uso na agricultura e lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço. O grupo insumos da construção civil (4,4%) registrou o seu oitavo resultado positivo consecutivo. Por outro lado, a única pressão negativa foi verificada no subsetor de alimentos e bebidas elaborados (-1,1%), principalmente, por conta do recuo na fabricação de açúcar cristal. Na categoria de bens de consumo semi e não duráveis (4,2%), com taxas positivas desde início do ano, o destaque foi o subsetor de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (4,7%), principalmente por conta da maior produção de refrigerantes e cervejas e chope.

Fabricação de máquinas e equipamentos mantém a liderança no acumulado

No indicador acumulado janeiro-agosto frente a igual período de 2006, o crescimento de 5,3% reflete o aumento de produção em vinte atividades. A fabricação de máquinas e equipamentos (17,5%) mantém a liderança em termos de impacto sobre o índice geral. Outras contribuições positivas relevantes vieram de veículos automotores (11,3%), outros produtos químicos (6,3%), metalurgia básica (7,1%) e indústria extrativa (6,0%). Em sentido oposto, entre as sete atividades em queda, destaca-se o ramo de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-5,4%). Por categorias de uso, o perfil de crescimento ao longo de 2007 confirma o maior dinamismo de bens de capital (17,6%), vindo a seguir bens de consumo duráveis (6,9%), ambas com ritmo acima da média global (5,3%). A produção de bens intermediários (4,2%) e a de bens de consumo semi e não duráveis (3,2%) mostram desempenhos mais moderados.

Em síntese, o avanço de 1,3% da produção industrial em agosto último sobre o mês anterior, leva o índice de média móvel trimestral a manter trajetória de crescimento, assinalando 0,7% de incremento em agosto frente a julho, mesmo ritmo do mês anterior. Segundo essa mesma comparação, todas as categorias de uso permanecem em trajetórias de crescimento, com o setor de bens de consumo duráveis (2,1%) registrando o maior avanço entre as categorias de uso e acelerando frente ao incremento assinalado no mês anterior (1,8%). A categoria Bens de capital também aponta acréscimo acima da média nacional (1,3%), enquanto bens intermediários (0,5%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) avançam abaixo da média.