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Em julho, varejo cresce pelo sétimo mês consecutivo

Segundo a Pesquisa Mensal de Comercio (PMC) do IBGE, em julho o comércio varejista apresentou variação de 0,5% no volume de vendas e de 1,0% para a receita nominal, com ajuste sazonal frente ao mês anterior, acumulando no ano altas de 5,6% e 8,1%,...

18/09/2007 06h31 | Atualizado em 18/09/2007 06h31

Segundo a Pesquisa Mensal de Comercio (PMC) do IBGE, em julho o comércio varejista apresentou variação de 0,5% no volume de vendas e de 1,0% para a receita nominal , com ajuste sazonal frente ao mês anterior , acumulando no ano altas de 5,6% e 8,1%, respectivamente . Comparando com o mesmo período do ano anterior , nas séries sem ajustamento, os percentuais de volume de vendas ficaram em 9,2% em julho ; 9,7% no acumulado do ano ; e de 8,2% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos períodos , a receita nominal cresceu 11,9%; 10,7%; e 9,4%, respectivamente . Móveis e eletrodomésticos tiveram o maior peso no comércio varejista este mês , com variação de 18,2% no volume de vendas frente a julho de 2006, respondendo por 30% da taxa global do varejo .

A variação positiva do volume de vendas (0,5%) e da receita nominal (1,0%), pelo sétimo mês consecutivo , demonstrou uma tendência de crescimento do comércio varejista , observada pela evolução da média móvel trimestral do indicador de base fixa . Ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor , os resultados para o volume de vendas foram os seguintes : 0,5% para Hipermercados , supermercados , produtos alimentícios , bebidas e fumo ; -0,5% para Combustíveis e lubrificantes ; -3,4% para Tecidos , vestuário e calçad os ; e -1,4% para Móveis e eletrodomésticos .

Vendas aumentaram em todo o comércio varejista

Em julho , o volume de vendas de todas as atividades do varejo houve cresceu em relação a julho de 2006. Por ordem de importância no resultado global , elas foram de: 18,2% para Móveis e eletrodomésticos ; 4,6% para Hipermercados , supermercados , produtos alimentícios , bebidas e fumo ; 24,2% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico ; 10,4% para Tecidos , vestuário e calçados ; 9,9% para Artigos farmacêuticos , médicos , ortopédicos , de perfumaria e cosméticos ; 5,0% para Combustíveis e lubrificantes ; 34,0% para Equipamentos e material para escritório , informática e comunicação ; e 9,7 % para Livros, jornais , revistas e papelaria .

Móveis e eletrodomésticos causaram maior impacto em julho

O segmento que teve maior impacto no comércio varejista em julho foi o de Móveis e eletrodomésticos , que registrou variação de 18,2% no volume de vendas frente a igual mês do ano anterior . Tal desempenho levou a atividade a responder por 30% da taxa global do varejo este mês . Em termos acumulados, os resultados situaram-se em 16,7% para os primeiros sete meses e em 15,1% para os últimos 12 meses. O resultado positivo deste segmento se deveu à manutenção das condições favoráveis de crédito , rendimento real , emprego e preços . A segunda maior influência no resultado global coube a Hipermercados , supermercados , produtos alimentícios , bebidas e fumo que , em julho , registrou expansão de 4,6% no volume de vendas frente a igual mês do ano anterior . Deste modo , o segmento respondeu por 25% da taxa obtida no varejo . Nos sete primeiros meses do ano e nos últimos doze meses, a atividade registrou taxas de, respectivamente , 6,6% e 7,2%. Este desempenho refletiu o aumento do poder de compra da população , decorrente basicamente do aumento da massa real de salário da economia . Entretanto , a redução da taxa de crescimento das atividades pode ter sido influenciada pelo aumento dos preços dos produtos alimentícios ocorrido no bimestre junho / julho que , segundo o IPCA, atingiu variação de 3,2% para o grupo Alimentação no Domicílio , comparado com 0,5% do Índice Geral .

Outros artigos de uso pessoal e doméstico variaram 24,2%

O terceiro impacto no comércio varejista foi exercido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que obteve variação de 24,2% no volume de vendas frente a julho de 2006, com participação de 18% na taxa geral. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos e brinquedos, entre outros, esta atividade teve desempenho influenciado também pela melhoria do quadro geral da economia. Em decorrência disso, registrou taxas acumuladas de 23,9%, para o período janeiro-julho, e de 22,2% para os últimos 12 meses.

Combustíveis e lubrificantes subiram pelo sétimo mês consecutivo

Já Combustíveis e lubrificantes exerceram o sexto maior impacto positivo no varejo , com variação de 5,0% em julho , frente a igual mês do ano anterior . Esta é a sétima taxa positiva do segmento após dois anos consecutivos de queda . Este comportamento pode ser atribuído à estabilização dos preços dos combustíveis dos últimos meses e à melhoria das condições econômicas do País . Em relação aos resultados acumulados, as variações foram de 5,4% para o período de janeiro a julho e de 0,6% para os últimos 12 meses. Equipamentos e materiais para escritório , informática e comunicação ficaram com a sétima colocação no ranking das atividades com maior impacto positivo em julho , com um acréscimo no volume de vendas de 34,0% sobre igual mês de 2006. No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, as taxas foram de, respectivamente , 23,7% e de 23,0% Entre os fatores que determinaram este desempenho estão a redução de preços dos produtos do gênero e a crescente importância dos bens de informática e comunicação na cesta de consumo das famílias .

Comércio varejista ampliado registra alta de 13,3% no volume de vendas

No comércio varejista ampliado 1, as variações em relação julho de 2006 foram de 13,3% para o volume de vendas e de 14,8% na receita nominal . Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, as taxas foram de 13,6% e 11,5% para o volume de vendas e de 13,8% e 11,6% para a receita nominal , respectivamente . O grupo Veículos, motos , partes e peças cresceu 22,8% no volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior . No acumulado do ano a taxa atingiu 22,9%, e, nos últimos doze meses, 18,0%. A redução mais acentuada das taxas de juros e a ampliação dos prazos de financiamento vêm sendo as principais causas da expansão das vendas . Já em Material de construção , as variações foram de 8,7% na relação julho 07/ julho 06; 9,5% no acumulado dos sete primeiros meses do ano ; e 9,6% no acumulado dos últimos 12 meses. Os resultados refletiram as condições favoráveis da economia , e os incentivos oficiais à construção civil .

ANÁLISE REGIONAL

Em julho , frente a igual mês do ano anterior , houve quedas no Piauí (-4,2%) e em Rondônia (-3,0%). As maiores altas foram em Alagoas (21,9%); Mato Grosso (18,1%); Amapá (16,8%); Maranhão (13,9%); Mato Grosso do Sul (13,4%) e São Paulo (12,4%). As maiores participações na taxa do comércio varejista foram: São Paulo (12,4%); Rio de Janeiro (6,9%); Minas Gerais (5,3%); Rio Grande do Sul (6,4%); e Santa Catarina (10,4%). Em relação ao varejo ampliado, os maiores percentuais no volume de vendas ocorreram em Rondônia (34,2%); Amapá (25,5%); Alagoas (23,8%); Acre (23,8%); e Tocantins (22,2%). Em termos de impacto no resultado global do setor , os destaques foram São Paulo (15,4%); Minas Gerais (10,9%); Rio de Janeiro (8,5%); Paraná (13,3%); e Rio Grande do Sul (9,6%). De junho para julho , nove estados apresentaram alts no volume de vendas , enquanto 18 registraram queda . Os principais acréscimos ocorreram no Amapá (2,7%); Mato Grosso (2,6%); Acre (2,3%); Paraná (1,0%); e Roraima (0,9%). Já as maiores quedas se estabeleceram no Distrito Federal (-4,0%); Tocantins (-2,4%); Rio de Janeiro (-2,0%); e Goiás (-1,8).

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1Composto do varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção .