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Em julho, emprego industrial cresce 0,6%

Crescimento foi em relação a junho deste ano, após variação negativa de 0,1% no mês anterior na série com ajuste sazonal. No mesmo tipo de comparação, número de horas pagas mostra decréscimo de 0,3% e avanço de 0,9% na folha de pagamento real.

13/09/2007 06h31 | Atualizado em 13/09/2007 06h31

Crescimento foi em relação a junho deste ano, após variação negativa de 0,1% no mês anterior na série com ajuste sazonal. No mesmo tipo de comparação, número de horas pagas mostra decréscimo de 0,3% e avanço de 0,9% na folha de pagamento real.

Em julho, o emprego industrial voltou a crescer (0,6%) em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após variação de -0,1% em junho, quando interrompeu cinco meses de taxas positivas. Na comparação com julho de 2006, o aumento foi de 2,0%, mantendo seqüência de treze taxas positivas. No índice acumulado nos sete primeiros meses do ano, o ganho foi de 1,5%. O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória crescente desde outubro do ano passado, mostrou aceleração, passando de 0,9% em junho para 1,1% em julho.

Com o resultado positivo na passagem de junho para julho, a trajetória do indicador de média móvel trimestral mantém-se ascendente desde fevereiro, acumulando ganho de 1,7%.

Em relação a julho de 2006, o contingente de trabalhadores aumentou em onze das quatorze áreas investigadas, com destaque para São Paulo (2,9%), Rio Grande do Sul (2,4%) e Minas Gerais (1,9%). No primeiro local, as principais contribuições positivas vieram de máquinas e equipamentos (8,1%) e meios de transporte (6,3%); no segundo, os impactos de produtos de metal (41,4%) e de alimentos e bebidas (4,6%) foram os mais relevantes; e, no terceiro, destaque para produtos de metal (15,7%) e meios de transporte (13,3%). Por outro lado, foi observada redução do emprego em Pernambuco (-1,8%), Bahia (-1,1%) e Ceará (-0,8%).

Em nível nacional, o pessoal ocupado aumentou em onze dos dezoito setores, frente a julho de 2006, com alimentos e bebidas (4,1%), meios de transporte (8,2%) e produtos de metal (8,4%) respondendo pelos impactos positivos mais importantes. Em contrapartida, as contribuições negativas mais significativas vieram de vestuário (-4,7%), madeira (-9,4%) e papel e gráfica (-4,0%).

No indicador acumulado no ano, o nível de emprego na indústria foi 1,5% maior do que no período janeiro-julho de 2006, resultado apoiado no crescimento de treze dos quatorze locais e em doze dos dezoito ramos. No total do país, as pressões positivas mais relevantes, em termos de participação, vieram de alimentos e bebidas (4,4%), produtos de metal (6,1%) e meios de transporte (5,2%). Entre os locais, São Paulo (2,4%), Região Nordeste (2,0%) e Paraná (2,0%) representaram as principais contribuições positivas, e o Rio Grande do Sul (-1,1%) foi a única pressão negativa. Entre os segmentos, os principais decréscimos no total do país foram observados em vestuário (-5,0%), calçados e artigos de couro (-6,0%) e madeira (-5,7%).

Ao longo de 2007, o índice de média móvel trimestral apresenta variação positiva frente ao mês anterior, tendo acumulado, entre janeiro e julho, aumento de 1,7%. Esse movimento acompanha a trajetória de crescimento da produção que, segundo este indicador, mostra acréscimo de 4,0% no mesmo período.

Número de Horas Pagas

Em julho, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria manteve sinal negativo (-0,3%) pelo segundo mês consecutivo frente ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais, acumulando queda de 0,7%. Com isso, o indicador de média móvel trimestral interrompe a trajetória ascendente observada desde janeiro, ao assinalar variação negativa (-0,2%) entre os trimestres encerrados em julho e junho.

A comparação com igual mês do ano anterior registrou crescimento de 1,9%. Também apresentaram acréscimos os indicadores para períodos mais abrangentes, isto é, acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses, com taxas de 1,2% e 1,0%, respectivamente.

No índice mensal, o número de horas pagas cresceu 1,9%, sobretudo em decorrência das contribuições positivas de dez dos quatorze locais e onze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, os maiores avanços no cômputo geral vieram de produtos de metal (10,1%), alimentos e bebidas (3,2%) e meios de transporte (8,5%). No sentido contrário, vestuário (-5,5%) e madeira (-8,5%) exerceram as maiores pressões negativas.

Ainda nessa comparação, os locais que assinalaram os impactos positivos mais relevantes no resultado nacional foram: São Paulo (2,9%), Rio Grande do Sul e Paraná, ambos com taxa de 2,2%. Em São Paulo, onze das dezoito atividades elevaram o número de horas pagas, com destaque para máquinas e equipamentos (8,9%), meios de transporte (6,9%) e outros produtos da indústria de transformação (13,9%). Na indústria gaúcha sobressaíram, entre as pressões positivas, produtos de metal (57,2%) e alimentos e bebidas (6,0%); e no Paraná, o aumento mais expressivo veio de meios de transporte (31,4%).

O indicador acumulado janeiro-julho registrou acréscimo de 1,2%, com taxas positivas em onze locais e doze setores. Os principais impactos positivos, por local, vieram de São Paulo (1,8%), Região Nordeste (2,0%) e Paraná (2,6%). Na direção contrária, Rio Grande do Sul (-1,2%) exerceu a pressão negativa mais importante. No corte setorial, os maiores avanços foram observados em alimentos e bebidas (4,7%), meios de transporte (5,0%) e produtos de metal (5,2%). Inversamente, calçados e artigos de couro (-7,7%) e vestuário (-6,4%) exerceram, respectivamente, as contribuições negativas mais relevantes.

Folha de Pagamento Real

Em julho, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente avançou 0,9% em relação ao mês imediatamente anterior, após assinalar variação positiva de 0,2% em junho. Ainda na série ajustada, o indicador de média móvel trimestral fica praticamente estável (0,1%) entre os trimestres encerrados em junho e julho.

No confronto com igual período do ano anterior, os resultados continuaram positivos: 5,5% no indicador mensal e 4,6% no acumulado no ano. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, mostrou ganho entre os meses de junho (3,2%) e julho (3,5%), seguindo em trajetória ascendente desde dezembro de 2006.

O valor da folha de pagamento real cresceu 5,5% em comparação a julho do ano anterior, com taxas positivas em treze dos quatorze locais pesquisados. A maior contribuição positiva veio de São Paulo (4,7%), por conta, principalmente, do aumento salarial em meios de transporte (7,4%), produtos químicos (10,7%) e produtos de metal (5,8%). Em seguida, vale mencionar Rio Grande do Sul (9,9%), em virtude de produtos de metal (60,6%), meios de transporte (17,5%) e alimentos e bebidas (10,6%); Rio de Janeiro (10,3%), em função da indústria extrativa (45,7%), meios de transporte (18,9%) e máquinas e equipamentos (18,2%); e Minas Gerais (5,9%), por conta de produtos de metal (24,3%), alimentos e bebidas (9,3%) e máquinas e equipamentos (16,2%). Por outro lado, a única queda foi verificada na Bahia (-0,4%), em razão da redução salarial em alimentos e bebidas (-11,6%) e calçados e artigos de couro (-13,5%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real aumentou em quatorze das dezoito atividades. Os maiores impactos positivos vieram de meios de transporte (8,4%), alimentos e bebidas (6,0%), produtos de metal (14,3%) e indústria extrativa (19,2%). Em sentido contrário, as principais pressões negativas foram observadas em papel e gráfica (-4,1%), madeira (-11,6%) e fumo (-15,2%).

O indicador acumulado no ano avançou 4,6%, com expansão da folha de pagamento real em todos os locais pesquisados. A principal contribuição positiva foi assinalada por São Paulo (3,4%), devido a produtos químicos (10,0%), meios de transporte (3,0%) e alimentos e bebidas (3,6%). Outras influências positivas vieram de Minas Gerais (5,9%), Região Nordeste (6,6%) e Rio Grande do Sul (6,0%), por conta, respectivamente, da indústria extrativa (14,8%) e de alimentos e bebidas (10,3%); alimentos e bebidas (7,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (27,6%); produtos de metal (38,2%) e alimentos e bebidas (12,2%).

Em termos setoriais, ainda no acumulado no ano, treze segmentos elevaram o valor da folha de pagamento, destacando-se alimentos e bebidas (6,7%), produtos químicos (9,5%), indústria extrativa (16,5%) e meios de transporte (3,9%). Do lado negativo, papel e gráfica (-3,8%), madeira (-7,5%) e calçados e artigos de couro (-2,8%) exerceram as perdas mais significativas.