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Emprego na indústria varia - 0,1% em junho

Taxa reflete acomodação após seqüência de cinco altas consecutivas, na série livre de influências sazonais, com avanço acumulado de 2,0% no período. Nas demais comparações, os resultados são...

13/08/2007 06h31 | Atualizado em 13/08/2007 06h31

Taxa reflete acomodação após seqüência de cinco altas consecutivas, na série livre de influências sazonais, com avanço acumulado de 2,0% no período. Nas demais comparações, os resultados são amplamente positivos: 2,1% em relação a junho/06, 2,0% frente a igual trimestre do ano anterior e 1,6% no acumulado do ano. A tendência de crescimento é observada no indicador acumulado nos últimos 12 meses, que prossegue em expansão desde outubro de 2006, passando de 0,8% em maio para 1,0% em junho.

A aceleração no ritmo do emprego industrial fica também evidente nos índices que comparam o trimestre contra trimestre imediatamente anterior, série com ajuste sazonal, onde o segundo trimestre de 2007 (1,1%), mostra a taxa mais elevada desde o terceiro trimestre de 2004 (1,6%).


Pessoal ocupado assalariado

Em junho, o emprego industrial apresentou variação negativa de 0,1% frente a maio, na série livre de influências sazonais, após seqüência de cinco meses com taxas positivas, período em que acumulou ganho de 2,0%. Ainda na série ajustada sazonalmente, o índice de média móvel trimestral, que mantém trajetória ascendente desde janeiro último, variou 0,3% entre maio e junho.

A comparação com junho de 2006 mostrou crescimento de 2,1%, décimo segundo resultado positivo consecutivo. Com isso, o acumulado no primeiro semestre do ano chegou a 1,6%. Nos índices trimestrais, o pessoal ocupado avançou 2,0% no segundo trimestre de 2007, em relação a igual período de 2006, e foi 1,1% maior no confronto com o trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente). O indicador acumulado nos últimos doze meses prossegue em crescimento desde outubro de 2006, e passa de 0,8% em maio para 1,0% em junho.

Em relação a junho de 2006 (2,1%), todos (14) os locais e onze dos dezoito setores pesquisados aumentaram o contingente de trabalhadores. Os principais destaques regionais foram São Paulo (2,9%), Minas Gerais (2,1%) e região Norte e Centro-Oeste (2,3%). Na indústria paulista, as principais contribuições positivas vieram de máquinas e equipamentos (11,7%), outros produtos da indústria de transformação (11,5%) e meios de transporte (4,4%); na indústria mineira, as pressões positivas mais relevantes vieram de produtos de metal (14,4%) e de meios de transporte (10,9%); e na região Norte e Centro-Oeste, alimentos e bebidas (8,7%) foi o destaque.

No total do país, em termos setoriais, alimentos e bebidas (4,0%), máquinas e equipamentos (9,4%), produtos de metal (8,3%) e meios de transporte (6,6%) foram os que exerceram as principais influências positivas. Em sentido contrário, vestuário (-4,3%), madeira (-7,6%) e calçados e artigos de couro (-4,2%) representaram os principais impactos negativos.

Na análise trimestral, na comparação com igual período do ano anterior, o emprego industrial continua em trajetória ascendente desde o segundo trimestre de 2006, com o período abril-junho de 2007 (2,0%) assinalando o resultado mais elevado desde o segundo trimestre de 2005 (2,2%). Dos onze ramos que apontam ganho, entre os índices do primeiro e do segundo trimestres deste ano, destaca-se o setor de máquinas e equipamentos (de 1,6% para 7,0%), refletindo o avanço na sua atividade produtiva. Também vale citar a redução no ritmo de queda vinda de segmentos mais intensivos em mão-de-obra, como calçados e artigos de couro (de -8,0% para -4,7%) e vestuário (de -5,9% para -4,2%). Entre os locais, no segundo trimestre, dez apresentaram resultados superiores aos do primeiro, com o Rio Grande do Sul registrando o maior avanço relativo: de -3,3% para -0,1%.

No indicador acumulado no primeiro semestre do ano, o pessoal ocupado assalariado apresentou crescimento de 1,6%, com índices positivos em todos os locais pesquisados, à exceção do Rio Grande do Sul (-1,7%), ainda pressionado pelo setor de calçados e artigos de couro (-13,9%). As principais contribuições positivas vieram de São Paulo (2,3%), região Nordeste (2,2%) e região Norte e Centro-Oeste (2,6%). Em termos setoriais, no total do país, os destaques foram alimentos e bebidas (5,3%), produtos de metal (5,7%), meios de transporte (4,7%) e máquinas e equipamentos (4,3%). Em contraposição, as pressões negativas na composição da taxa geral foram exercidas, sobretudo, por calçados e artigos de couro (-6,4%), vestuário (-5,1%) e madeira (-4,7%).


                                             

Número de horas pagas

Em junho, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria apresentou variação negativa de 0,2% frente a maio, na série livre dos efeitos sazonais, após dois meses de resultados positivos, período em que acumulou 1,2%. Com esses resultados, o indicador de média móvel trimestral mostra variação positiva de 0,3% entre os trimestres encerrados em junho e maio.

Nos demais indicadores, os resultados foram positivos: 1,5% em relação a junho de 2006, 1,3% no indicador acumulado no ano e, no acumulado nos últimos doze meses, a trajetória é crescente e atinge 1,0%. Nos índices trimestrais, o número de horas pagas aumentou 1,7% frente ao segundo trimestre do ano passado e 1,0% no confronto com o primeiro trimestre deste ano, descontadas as influências sazonais.

O indicador mensal avançou 1,5%, com resultados positivos em dez dos quatorze locais e onze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as maiores pressões positivas vieram de alimentos e bebidas (4,7%), máquinas e equipamentos (8,5%) e produtos de metal (7,0%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-7,5%) e vestuário (-5,7%) exerceram as contribuições negativas mais significativas.

Os locais que assinalaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram São Paulo (2,3%), região Norte e Centro-Oeste e Paraná, ambos com taxa de 2,6%. Em São Paulo, dez das dezoito atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para alimentos e bebidas (5,7%), máquinas equipamentos (9,4%) e outros produtos da indústria de transformação (12,8%). Na região Norte e Centro-Oeste, sobressaíram, entre as maiores influências positivas, alimentos e bebidas (10,7%) e produtos químicos (9,6%); e, no Paraná, o aumento mais expressivo veio de meios de transporte (28,5%). Por outro lado, a principal influência negativa na média global veio do Rio de Janeiro (-0,7%), onde alimentos e bebidas (-7,6%) foi a atividade que apresentou maior retração.

Em bases trimestrais, o ritmo de expansão no número de horas pagas se acelera na passagem do primeiro (0,8%) para o segundo trimestre (1,7%) do ano, ambas as comparações contra igual período do ano anterior, sendo esse o resultado mais elevado desde o segundo trimestre de 2005 (1,8%). Entre esses dois trimestres, onze das dezoito atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para máquinas e equipamentos, que passou de 1,4% para 6,4%. No corte regional, o maior avanço relativo veio do Rio Grande do Sul, que apresentou queda de 3,3% no primeiro trimestre e recuou apenas 0,3% no segundo, seguido pela Bahia, que passou de -1,0% para 1,2%, entre os dois trimestres de 2007.

No fechamento do primeiro semestre do ano, o acréscimo foi de 1,3%, com avanços em doze locais e também em doze setores. Os maiores impactos positivos, por local, vieram de São Paulo (1,7%), região Nordeste (2,2%) e região Norte e Centro-Oeste (2,4%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-1,8%) e Minas Gerais (-0,7%) foram as únicas pressões negativas. No corte setorial, as principais contribuições vieram de alimentos e bebidas (6,0%), meios de transporte (4,3%) e produtos de metal (4,3%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-8,2%) e vestuário (-6,5%) sobressaíram com as influências negativas mais expressivas.

Folha de pagamento real

Em junho, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente variou 0,2% em relação ao mês imediatamente anterior, após queda de 0,7% em maio. O índice de média móvel trimestral também mostrou taxa positiva (0,3%) na passagem dos trimestres encerrados em maio e junho, após recuar 1,1% em maio.

Na comparação com iguais períodos do ano anterior, os resultados também foram positivos: 4,6% em relação a junho de 2006, 4,9% no segundo trimestre e 4,6% no acumulado no ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, mostrou ligeiro ganho entre maio (3,0%) e junho (3,2%), e segue em trajetória ascendente desde dezembro de 2006.

No indicador mensal, a folha de pagamento real apresentou acréscimo de 4,6%, com taxas positivas em todos os locais pesquisados. A principal contribuição veio de São Paulo (3,3%), por conta, principalmente, de produtos químicos (19,2%), meios de transporte (5,4%) e metalurgia básica (12,3%). Vale citar, ainda, Rio de Janeiro (10,2%), em função dos ganhos salariais na indústria extrativa (43,7%) e na metalurgia básica (18,4%); região Norte e Centro-Oeste (8,4%), decorrente de alimentos e bebidas (18,5%) e meios de transporte (31,5%); e Rio Grande do Sul (6,0%), em função de produtos de metal (45,5%) e alimentos e bebidas (12,6%). Em termos setoriais, houve aumento real na folha de pagamento em doze dos dezoito ramos investigados. As maiores influências positivas vieram de produtos químicos (14,5%), alimentos e bebidas (6,2%), indústria extrativa (19,0%) e meios de transporte (4,9%). Em sentido contrário, as maiores pressões negativas vieram de papel e gráfica (-5,2%), borracha e plástico (-3,7%) e madeira (-8,9%).

Na análise trimestral, o valor da folha de pagamento real, em relação a igual trimestre de 2006, apresentou ligeiro aumento no ritmo de crescimento na passagem do primeiro (4,4%) para o segundo trimestre (4,9%), com todos os locais registrando taxas positivas. Esse movimento de relativa aceleração está presente em sete dos quatorze locais, com destaque para o Rio Grande do Sul, que passou de 4,1% para 6,7% e Rio de Janeiro (de 5,5% para 7,6%). Oito dos dezoito segmentos aumentaram seus índices de crescimento no segundo trimestre em relação aos do primeiro, sendo os mais relevantes, meios de transporte (de 1,3% para 5,2%), produtos químicos (de 7,7% para 11,6%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de 0,3% para 3,9%).

No indicador acumulado no primeiro semestre (4,6%), todos os locais aumentaram o valor da folha de pagamento real. As maiores contribuições positivas vieram de São Paulo (3,2%), por conta de produtos químicos (9,8%) e alimentos e bebidas (4,2%); de Minas Gerais (5,9%), em virtude da indústria extrativa (15,8%) e metalurgia básica (5,5%); e região Nordeste (7,1%), em função de alimentos e bebidas (8,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (28,0%). Na análise setorial, houve ampliação na massa salarial em treze das dezoito atividades. Os maiores impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (7,9%), produtos químicos (9,6%) e indústria extrativa (16,2%), enquanto as principais retrações foram observadas em papel e gráfica (-3,7%), madeira (-6,7%) e calçados e artigos de couro (-3,0%).